15/03/2020

Cresce número de atendimentos no Centro de Apoio Técnico da Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência, em São Paulo



Um levantamento apresentado pelo Centro de Apoio Técnico da 1ª Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência, em São Paulo, indica que o número de atendimentos ao público no local cresceu de 1834 em 2018 para 2318 no ano passado. Em relação aos casos de pessoas com deficiência, o número passou de 797 para 1366, um aumento de 71,3%.
Segundo Cleyton Borges, supervisor operacional do Centro de Apoio Técnico, comandado pelo Instituto Jô Clemente (antiga APAE DE SÃO PAULO), o cenário mostra que as pessoas, em especial as que têm algum tipo de deficiência, estão buscando mais seus direitos. “O que nós percebemos é que as pessoas estão mais atentas sobre seus direitos e buscando apoio quando se sentem desrespeitadas ou que tenham seus direitos violados de alguma forma”, diz. O Centro de Apoio Técnico da Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência realiza atendimentos com intérpretes de Libras, psicólogos e assistentes sociais, em atendimento compartilhado com uma equipe da Polícia Civil, com o objetivo de orientar, prevenir, identificar e encaminhar para investigação casos de abuso e violência contra pessoas com deficiência.


De acordo com o levantamento, 66,1% dos atendimentos em 2019 foram feitos a pessoas com deficiência auditiva, totalizando 903 casos. Pessoas com deficiência intelectual representam 6% dos casos, com 88 pessoas atendidas em 2019. “De fato, quem mais nos procura são as pessoas com deficiência auditiva, por termos intérpretes de Libras, mas é importante observar que houve aumento no número de atendidos também com deficiência física, visual, múltipla e psicossocial”, comenta Cleyton. O Centro de Apoio Técnico é mantido pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência/SP — SEDPcD e gerido pelo IJC por meio de um Termo de Colaboração.
“É importante que as pessoas saibam que podem nos procurar sempre que necessitarem de apoio ou quando quiserem denunciar um caso de violência contra as pessoas com deficiência. Nós, do Instituto Jô Clemente, entendemos que essas situações devem ser enfrentadas com orientações às famílias, canais de denúncias, programas de prevenção à violência, fiscalização e punição de qualquer ato que desrespeite essa população. Somente em 2019, nós encaminhamos 351 casos para a rede de defesa e garantia de direitos, para órgãos públicos da justiça, assistência social e saúde por exemplo. Nossa expectativa é de ampliar esse trabalho”, finaliza Cleyton.
Sobre o Instituto Jô Clemente
O Instituto Jô Clemente é uma Organização da Sociedade Civil sem fins lucrativos que há mais de 58 anos previne e promove a saúde das pessoas com deficiência intelectual, além de apoiar a sua inclusão social e a defesa de seus direitos, produzindo e disseminando conhecimento. Atua desde o nascimento ao processo de envelhecimento, propiciando o desenvolvimento de habilidades e potencialidades que favoreçam a escolaridade e o emprego apoiado, além de oferecer assessoria jurídica às famílias acerca dos direitos das pessoas com deficiência intelectual.
Pioneiro no Teste do Pezinho no Brasil e credenciado pelo Ministério da Saúde como Serviço de Referência em Triagem Neonatal, o Laboratório do Instituto Jô Clemente é o maior do Brasil em número de exames realizados. Por meio do CEPI – Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação do Instituto Jô Clemente, a Organização gera e dissemina conhecimento científico sobre deficiência intelectual com pesquisas e cursos de formação.
Fonte  https://revistareacao.com.br/cresce-numero-de-atendimentos-no-centro-de-apoio-tecnico-da-delegacia-de-policia-da-pessoa-com-deficiencia-em-sao-paulo/
Postado por Antônio Brito 

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