06/01/2020

Após ter equipamentos roubados paratleta faz rifa para arrecadar dinheiro

#PraTodosVerem: Na foto está Karoline, ela tem pele branca, cabelos curtos e está sorrindo. Ela está sentada na cadeira de rodas, veste um agasalho azul e segura troféus e medalhas. Fim da descrição. Foto: Divulgação.

Em 2018 contamos aqui a história da Karoline Podlasinski, paratleta da cidade de Taquara/RS, que teve seus equipamentos esportivos roubados. Na época ela fez uma Vakinha online para arrecadar recursos. Agora ela está tentando com uma rifa para arrecadar o dinheiro para a compra dos equipamentos que foram roubados. Segundo Noemi, mãe de Karoline, eles ainda tem 10 mil números para vender.

A rifa custa R$ 5,00 e tem como prêmios, um fogão a gás, um ferro a vapor e uma pipoqueira. Para tirar dúvidas sobre a rifa é possível falar com a Karoline pelo Facebook.

Relembre a história:

Unindo forças para voltar a sonhar

                A história de Karoline

  O esporte tem um potencial inimaginável de transformar vidas, existem inúmeros exemplos de todos os tipos que mudaram após conhecer algum esporte. Isso vale também para a inclusão das pessoas com deficiência, como é o caso da Karoline Podlasinski, de 35 anos, residente em Taquara. Karoline é cadeirante devido a uma doença chamada Ataxia de Friederich, causada por deficiência de vitamina E. A doença tem origem genética e se manifestou aos 11 anos e não tem cura.

                O esporte

                Karoline encontrou no esporte uma maneira de se reinventar, de ter qualidade de vida e sonhar. Foi através do tiro esportivo, aos 28 anos, que Karoline se reencontrou segundo ela “o esporte foi muito importante para mim, me trouxe saúde e bem estar” explica. Além disso, para o esporte ajudou no desenvolvimento “Desenvolveu a mentalidade, abriu portas e combateu o coitadismo.”

#PraTodosVerem: Na foto está Karoline, ela tem pele branca, cabelos curtos. Ela está sentada na cadeira e segurando uma arma de tiro esportivo em uma competição. Fim da descrição. Foto: Arquivo pessoal.

                O Tiro Paralímpico deu a Karoline a possibilidade de aprender e conhecer muitas coisas, ela já disputou e venceu a Copa do Mundo de Tiro Paralímpico e o Campeonato Mundial da modalidade na Alemanha em 2014 e 2015. Para Karoline mais importante que as vitórias as participações em campeonatos em outros países é a possibilidade de conhecer lugares e idiomas “É sempre muito legal viajar, conhecer pessoas, ter novos aprendizados, novas culturas e outros idiomas.”

#PraTodosVerem: Na foto está Karoline, ela tem pele branca, cabelos curtos. Ela está na sua cadeira e veste um agasalho amarelo da seleção brasileira de tiro esportivo paralímpico. Ao fundo está um banner com a seguinte frase “2014 IPC Shooting. World Championsship Suhl”. Fim da descrição. Foto: Arquivo pessoal.

                Mas nem toda a história é feliz, em maio de 2017, Karoline passou por um momento muito difícil na sua carreira de atleta. Sua casa foi invadida e seu equipamento foi roubado, levaram a cabina olímpica, a cadeira adaptada para o esporte, óculos, jaqueta e uma câmera tele objetiva que era usada nas competições. Desde então a família luta para arrecadar R$ 32 mil reais para comprar esses equipamentos, segundo a mãe de Karoline, Noemi dos Santos, até a residência da família já foi colocada à venda “já colocamos a casa a venda para tentar adquirir o material.”

                Além da dificuldade financeira a família de Karoline luta contra o preconceito relacionado ao tiro esportivo “Muitos acham que o tiro esportivo incentiva a violência e, por isso ninguém ajuda” declara Noemi.

                O roubo do material

                Além do Tiro Esportivo Karoline também pratica ciclismo com um Handbike e ai vem outro desafio, conseguir o dinheiro para a compra de um triciclo adaptado para o transporte da Handbike, que custa em torno de R$ 12 mil reais, devido à questão financeira, segundo Noemi o alto custo do esporte e a falta de apoio está fazendo com que Karoline encerre a carreira “A Handbike já está à venda e vamos vender tudo o que sobrar e ela vai encerrar a carreira no esporte.”

                Somado as dificuldades financeiras da família há um outro fator importante que é a falta de patrocínio e o valor dos equipamentos, já que a maioria precisa ser importado da Alemanha.

Fonte  https://deficienciaemfoco860798267.wordpress.com/2020/01/06/apos-ter-equipamentos-roubados-paratleta-faz-rifa-para-arrecadar-dinheiro/

Postado por Antônio Brito 

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