19/02/2020

Jovem que ficou tetraplégica após 'pegar jacaré' em SP volta a andar


Por G1 Santos

Karina Castellanos, de 25 anos, fazendo exercícios com a fisioterapeuta Queila Gouveia — Foto: Arquivo PessoalKarina Castellanos, de 25 anos, fazendo exercícios com a fisioterapeuta Queila Gouveia — Foto: Arquivo Pessoal
Karina, que é moradora de Santos, estava curtindo dias de folga com o namorado, em Ilhabela, no litoral norte, quando levou um tombo brusco ao mergulhar no mar, durante uma manobra conhecida como ‘jacarezinho’.
O acidente, em 28 de janeiro de 2019, ocasionou uma lesão e fez Karina perder totalmente os movimentos. Em entrevista ao G1ela relatou, pela primeira vez, como foi o acidente e que tinha esperança de voltar a andar.
Após o acidente e o diagnóstico de tetraplegia, a jovem começou a fazer fisioterapia em casa com a fisioterapeuta Queila Gouveia. Ela também passou a ter acompanhamento no Centro de Reabilitação Lucy Montoro, em Santos, e também na Universidade Santa Cecília (Unisanta). Meses após o início do tratamento, Karina já demonstrava melhora nos movimentos e, com o passar do tempo, a jovem evoluiu ainda mais.
Karina Neustadter Castellanos sofreu acidente em Ilhabela (SP) — Foto: Arquivo PessoalKarina Neustadter Castellanos sofreu acidente em Ilhabela (SP) — Foto: Arquivo Pessoal
Os pequenos ganhos no tratamento, como voltar a comer sozinha e pentear o cabelo, são comemorados junto com a família que está em Santos desde o acidente, mas pretende voltar a morar em São Paulo em breve.
"O pai da Karina está fazendo obras de adaptação na casa para receber ela, tornando o imóvel mais acessível. Lá tem a AACD e outros centros que também podem ajudar a Karina", conta.
Equipe de fisioterapeutas acompanha a evolução de Karina após acidente no litoral de São Paulo — Foto: Arquivo PessoalEquipe de fisioterapeutas acompanha a evolução de Karina após acidente no litoral de São Paulo — Foto: Arquivo Pessoal

Médicas falam sobre evolução

A fisioterapeuta Renata Morales Banjai, que acompanha Karina durante o tratamento na Unisanta, explica que o trabalho que é feito com a jovem dentro da universidade é específico para o tipo de lesão dela, já que é uma fisioterapia neurofuncional.
"O nível de lesão dela foi grave, mas a lesão foi incompleta e ela vem evoluindo satisfatoriamente. Os exercícios são baseados em tentar fortalecer o máximo possível os músculos que foram afetados como os da mão, do tronco e da perna."
"Se depender do lado direito do corpo dela, a perspectiva é muito positiva. O lado esquerdo já não avança na mesma proporção e é por isso que ela ainda apresenta dificuldade para andar. Desde que acompanhamos, a evolução dela não teve uma parada, ela vem evoluindo todos os dias e isso é muito positivo", explicou.
Segundo a médica, é comum os pacientes chegarem em determinado momento do tratamento em que não apresentam mais evolução e ficam estacionados. Isso, até o momento, não aconteceu com Karina e, por isso, as expectativas para o futuro são boas. "Desde o início do quadro dela a previsão era de boa recuperação e ela ainda vai melhorar bastante."
A médica fisiatra Aline Maynart Godoi, que acompanha Karina durante o tratamento no Lucy Montoro, conta que a jovem evolui de forma satisfatória a cada dia. Na instituição, ela recebe atendimento de uma equipe multidisciplinar e, de acordo com a fisioterapeuta, todos têm sua importância no progresso do paciente.
"Como foi uma lesão medular incompleta, então poderíamos esperar essa melhora, mas ela vem surpreendendo toda a equipe com a sua força de vontade", finaliza.
Fonte https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2020/02/18/jovem-que-ficou-tetraplegica-apos-pegar-jacare-em-sp-volta-a-andar.ghtml
Postado por Antônio Brito 

Nenhum comentário:

Postar um comentário