Os passos tinham uma direção: o abraço da mãe, Fabiana. O fim das crises de convulsão e esses passos iniciais eram a grande conquista a ser comemorada naquela época. Pegar onda de joelhos era uma vitória, e algo além disso parecia ser um sonho distante.
Seis anos depois da reportagem, algumas coisas não mudaram nessa história. A Fabiana e o Raphael continuam morando em São Vicente, litoral de São Paulo, mas bem longe da praia. E ele continua surfando. O esporte trouxe autonomia para o Raphael. E é por isso que os dias de surfe são inegociáveis, por mais que não sejam fáceis. O trajeto é feito de transporte público. Entre a cidade de São Vicente e a de Santos.
Ele frequenta a primeira escola pública de surfe adaptado do Brasil, inaugurada no dia 2 de janeiro. O Rapha é uma espécie de símbolo do projeto. O garoto foi uma inspiração porque, no caso dele, o surfe funcionou muito bem para complementar duas cirurgias feitas ao longo dos últimos dez anos.
A equipe desenvolveu uma prancha especial para flutuar melhor, o que ajuda no equilíbrio. Mas seria bem diferente se o próprio Rapha não gostasse tanto de surfar. O garoto encontrou a vida dentro do mar.
Fonte https://g1.globo.com/fantastico/noticia/2020/02/16/jovem-com-paralisia-cerebral-e-inspiracao-para-escola-de-surfe-adaptado-em-santos-sp.ghtml
Postado por Antônio Brito
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