Moradores
de Foz do Iguaçu com deficiência visual enfrentam desafios como
calçadas esburacadas, falta de políticas públicas e capacitismo. A falta
de acessibilidade e apoio limita a autonomia e inclusão.

Segundo
o Censo 2022, a cidade de Foz do Iguaçu tem 13.148 moradores com algum
tipo de deficiência. Desse total, 9.184 (69,8%) apresentam deficiência
visual.
A
reabilitação desempenha um papel importante ao preparar a pessoa com
deficiência visual para viver com independência e autonomia.
Infelizmente,
a sensação que as pessoas com deficiências visuais de Foz do Iguaçu tem
é que elas são invisíveis. As calçadas são completamente esburacadas,
mesmo em regiões como o centro da cidade, que deveriam ser mais
acessíveis.
O
piso tátil, cuja implementação em novas calçadas é obrigatória por lei
municipal, é instalado apenas para cumprir a lei, sem seguir as
recomendações para sua instalação adequada.
Além
disso, segundo os moradores com deficiência relatam, o município não
cria políticas públicas que os incluam. Mesmo quando existem políticas
públicas, as autoridades não as implementam. Na rede de saúde pública,
por exemplo, a maioria dos profissionais não se prepara e demonstra
total desconhecimento sobre a deficiência visual.
Se
as PcD visuais precisam de atendimento emergencial ou agendar uma
consulta médica em uma unidade básica de saúde, os profissionais exigem
que levem um acompanhante. Se, por algum motivo, precisam ir sozinhos,
eles se recusam a atender ou tratam de maneira capacitista.
Outro
município da região, a cidade de Cascavel/PR, já avançou muito nas
pautas da pessoa com deficiência. Segundo relatos, lá as PcD visuais
caminham pelas ruas, trabalham tanto no serviço público quanto no setor
privado, estudam e vivem uma vida completamente normal, sem que a
sociedade tente limitar ou discriminá-las.
As PcD visuais também reclamam que a região não oferece oportunidades de estágio nem cursos de qualificação.
Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=f4150ac6-773a-4c07-b5e2-00aa4437b1ba
Postado Pôr Antônio Brito
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