Artistas PcD relatam a falta de oportunidades no mercado musical, apesar do talento. Invisibilidade e capacitismo são barreiras. Grandes empresas não investem no segmento, e a inclusão ainda é superficial.

A música é uma forma de arte muita concorrida e os artistas com deficiência ainda lutam por um espaço ao sol e para garantir os mesmos direitos de um músico comum.
Apesar da pauta da inclusão ser cada vez mais uma constante, é inegável que o preconceito existe de forma velada ou explícita neste mercado. Quantos Nelson Ned’s, Stevie Wonder’s, Billy Saga’s, André Bocelli’s ou Hebert Vianna’s, por exemplo, deixaram de aparecer por conta da exclusão das pessoas com deficiência?
Mesmo com essa situação, muitos artistas PcD ainda tentam viver da música.
O jornal Metrópoles entrevistou Cauan Sommerfeld e Lara Lopes, ambos com deficiência visual e voltados ao rap, trap e reggaeton. Eles compartilharam experiências e mostraram que esse universo musical, mesmo parecendo democrático, não segue essa premissa na prática.
Eles acreditam que o capacitismo existe e mesmo sabendo da existência de grandes talentos, o mercado musical não acredita no real potencial das PcD.
Para Lara, essa situação chega a ser uma questão social. Ela diz que existe muita invisibilidade em relação às pessoas com deficiência na sociedade no geral, e os artistas devem seguir tentando derrubar os paradigmas.
Cauan também relatou que as grandes empresas “definitivamente não” fazem qualquer movimentação para incluir os artistas PcD e que, como o pai trabalhou em gravadora, sabe que alguns materiais não são nem analisados.
Especialistas acreditam que as grandes gravadoras não apostam porque ainda não veem um resultado de vendas grande no segmento PcD. Na opinião dele, a inclusão está muito vulgarizada e ramificada.
A memória do mercado musical parece curta. Tivemos grandes astros PcD na música, no Brasil e no exterior.
Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=ad880dc4-ae84-421e-b1bb-490058ff2b99
Postado Pôr Antônio Brito
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