Lívia, 10 anos, de Colombo/PR, cria bengala inteligente "BENBOT" para detectar obstáculos acima da cintura, ganhando destaque na robótica. Com sensores e apoio técnico, o projeto inova em acessibilidade.

Aos 10 anos, a garotinha Lívia de Morais Neri já tem seu nome entre os destaques da robótica educacional paranaense.
Estudante da Dumont Escola de Robótica, em Colombo/PR, ela conquistou o primeiro lugar em 2 categorias da Feira Maker 2025, promovida pela Prefeitura de Curitiba/PR. A jovem brilhou com um projeto que une inovação, sensibilidade social e tecnologia de ponta: uma bengala inteligente voltada a pessoas com deficiência visual.
Batizada de BENBOT, a bengala robótica foi projetada para identificar obstáculos acima da linha da cintura – algo que bengalas tradicionais não detectam. A ideia surgiu após uma história contada pelo pai de Lívia, sobre quando acompanhou um cego que se acidentou ao bater a cabeça em um orelhão.
Com o objetivo de evitar esse tipo de situação, Lívia desenvolveu o projeto no fim do ano passado, durante uma atividade na escola sobre tecnologia assistiva, em parceria com o programa de pós-graduação em Tecnologia e Saúde da PUC-PR, na frente de doutores e cientistas.
Lívia programou sensores e alarmes que, ao detectarem objetos no caminho, emitem alertas vibratórios ou sonoros.
O desenvolvimento teve apoio técnico de um professor PhD da Universidade Estadual de Campinas/SP (UNICAMP), que é PcD visual desde os 5 anos. Ele deu sugestões sobre ergonomia, empunhadura e ângulo de inclinação do sensor.
O projeto da menina se destacou entre mais de 60 iniciativas expostas na feira. Lívia venceu a categoria Maker Starter, voltada a projetos desenvolvidos por crianças e adolescentes iniciantes, e também a categoria principal do evento, superando equipes de universidades e profissionais da área de engenharia.
A bengala foi apresentada à Fundação Araucária, em busca de apoio para uma bolsa de iniciação científica, e será exposta novamente em agosto na PUC-PR, em uma nova etapa de aprimoramento.
Com o prêmio, Lívia também ganhou uma impressora 3D e já começou a desenvolver novos projetos em casa.
Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=a1941a67-837e-42b4-9dee-4d5bc5869a2e
Postado Pôr Antônio Brito
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