Em 2017 na final da Copa Libertadores da América, se enfrentaram Grêmio e Lanus da Argentina. Mas o que chamou atenção mesmo foi um torcedor na cadeira de rodas em meio a torcida gremista. Ele era Rivelino Justo, gaúcho de Torres, protagonizou uma verdadeira saga para ir até a Argentina e entrar no estádio para ver seu time campeão. Relembre aqui.
No entanto, aquela não era a única saga que Rivelino protagonizaria, pois como ele contou na entrevista anterior, o sonho dele era voltar a andar. E para isso, ele buscou fazer um tratamento em São Paulo por meio de neurotransmissores.
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Rivelino tem 41 anos e aos 35 viu sua vida mudar após ser atropelado. Ele estava com sua moto uma Hayabusa em Goiás quando um motorista fez uma conversão proibida e o atingiu. Em decorrência ao acidente ele teve uma lesão na vértebra T4 causando uma lesão completa e consequentemente a paraplegia.
Mas em 2016, ele descobriu uma técnica que somente um médico no Brasil realizava que consistia na implementação de neuroestimulador na região do acidente, esse aparelho envia sinais elétricos através de eletrodos para o local da lesão. Originalmente essa prática é usada para auxiliar pessoas que usam cadeira de rodas na recuperação do controle do intestino e bexiga, mas em alguns casos ela pode auxiliar na recuperação de movimentos.
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Ao saber disso, Rivelino buscou uma consulta com o Dr. Nucélio Ramos “resolvi marcar uma consulta pra ver se eu tinha condições de fazer o tratamento. Ele analisou os exames e achou que eu podia fazer um implante de um neuroestimulador e com estímulos ficar em pé com a ajuda do andador.” Conta.
Porém, as batalhas de Rivelino iam muito além da cirurgia, pois para conseguir o tratamento, avaliado em mais de o tratamento, avaliado em mais de R$ 600 mil, ele teve que ingressar na justiça contra o seu plano de saúde. Em novembro de 2017 ele conseguiu nos tribunais o direito a realizar o tratamento.
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Em abril de 2019 ele se mudou para São Paulo para se preparar para a cirurgia, que ocorreu em julho. Segundo ele o procedimento foi um sucesso “fiz a cirurgia e foi realizada com bastante sucesso. E por três meses não pude fazer movimentos de torções, por exemplo, só depois do quinto mês eu poderia calçar o tênis sozinho, então tive que contratar uma cuidadora, eu dependia 100% de alguém.” Explica.
Passado esse período Rivelino começou uma série de treinamentos, fisioterapias e exercícios posturais, visto que a cirurgia impõe bastante restrições. “após três meses comecei os treinamentos para ficar em pé na barra paralela. Aí começou a batalha da fisioterapia para recuperar os movimentos, com a ajuda de uma órtese comecei a dar uns passos, com o andador passei a ganhar mais força”. Relata. Confira aqui.
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Todo esse esforço já vem tendo progressos importantes “recentemente eu consegui ficar em pé em um par de muletas, sou o primeiro paciente a ficar em pé de muletas, o próximo desafio é tentar trocar passos com elas. É muito difícil, mas não vou desistir.” E completa “estou realizado porque minha condição de vida melhora muito. Estou bem satisfeito.” Finaliza. Assista aqui.
Fonte https://deficienciaemfoco860798267.wordpress.com/2019/12/12/torcedor-gremista-que-chamou-atencao-por-estar-na-arquibancada-de-cadeira-de-rodas-ja-esta-dando-os-primeiros-passos/
Postado por Antônio Brito
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