25/12/2019

Em vídeo, portador de deficiência chora ao ser barrado em shopping

Reprodução

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Às vésperas do Natal, Eduardo Henrique Oliveira, de 27 anos, foi até ao Várzea Grande shopping fazer compras, na tarde de segunda-feira (23). No entanto, o passeio descontraído acabou se tornando um transtorno, quando ele foi impossibilitado de retirar seu carro do estacionamento a partir da isenção de pagamento para deficientes.

 

O jovem, que é deficiente físico e não possui uma das pernas, relatou o caso em seu perfil no Facebook. Visivelmente abalado e sentado no estabelecimento, ele chora ao contar o ocorrido. “Pra minha infelicidade, eu resolvi vir de carro e esqueci minha CNH em casa. Mas eu trouxe minha carteira de deficiente, porque eu sou deficiente físico”, diz o rapaz. 

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Quando terminou de fazer as compras, Eduardo pediu a liberação do ticket do estacionamento. Por ser deficiente, ele tem respaldo da Lei nº 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência e direito a estacionamento gratuito. Contudo, a atendente do guichê não liberou o ticket.

 

Surpreendido, ele foi até a estação de pagamento digital, porém, outro contratempo surgiu: a cabine só oferecia opção de débito. No momento, ele só estava com dois cartões de crédito. Ao retornar ao guichê, a atendente chamou o supervisor.

 

O supervisor então fez diversas orientações, como sugerir que ele fosse até alguma loja passar o cartão e pedir o retorno do dinheiro, entretanto, Eduardo já estava indignado e se sentindo exposto. Ao final, o supervisor disse que liberaria o ticket, mas que “descontaria o valor do caixa no final do expediente”, colocando ele contra a atendente.

Sem alternativa, ele foi a pé até sua casa buscar a CNH e o dinheiro para pagar o ticket. “Quando retornei ao shopping, fui direto a administração relatar o ocorrido, falaram que era assim mesmo e eles estavam amparados pela legislação do município de Várzea Grande. Mas pediram para liberar o meu ticket depois que já tinha ido em casa a pé e estava todo suado, fiquei muito chateado”, relembra.

 

Ele ainda é um cliente recorrente do Várzea Grande shopping, uma vez que malha na academia do local. Eduardo conta que antes nunca teve problema com o ticket do estacionamento. “Particularmente não gosto de compartilhar essas coisas, pois em 20 anos de deficiente nunca presenciei tal constrangimento, muito lamentável”.

 

Outro lado
A reportagem do  entrou em contato com a assessoria do shopping, que afirmou que a administração está conversando com Eduardo e busca amenizar o ocorrido. Além disso, informou que o ocorrido foi uma falha e um episódio a parte, uma vez que tem políticas públicas voltadas a pessoas com deficiência.

 Veja o vídeo

 

 Fonte  https://www.gazetadigital.com.br/editorias/cidades/em-vdeo-portador-de-deficincia-chora-ao-ser-barrado-em-shopping/602221


Postado por Antônio Brito 

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