Todo nascimento de um filho mexe na estrutura familiar e na organização da casa. “Mas o de uma criança com deficiência não é uma situação simples, tampouco confortável”, diz a pedagoga Priscila Pereira Boy. Segundo ela, é preciso falar sobre o tema com franqueza. O primeiro desafio para os pais é lidar com a própria frustração. “Quando uma criança nasce, os pais costumam depositar várias expectativas sobre seus filhos com o intuito, na maioria das vezes inconsciente, de diminuir as próprias frustrações do passado”, explica. Outro desafio é lidar com as cobranças e os preconceitos das outras pessoas.
Superproteção não é solução
Resultados não perfeitos são aprendizado
De acordo com Priscila, é fundamental que o filho com deficiência realize pequenas tarefas. Pode levar mais tempo e ter resultados não tão perfeitos, mas é por meio da experiência que aprendemos. É percebendo que sapatos trocados incomodam que a criança verá a necessidade de calçá-los corretamente na próxima vez. Resolver por ela, o que ela vai vestir, o que vai comer, que filme vai assistir, também não é uma boa opção.
Pais não são eternos
A especialista lembra que os pais devem tentar construir uma vida autônoma para o filho, para que ele possa dar continuidade a sua existência, mesmo sem a presença deles. É fundamental aprender a ler, pegar um ônibus sozinho, consultar coisas na internet, usar o telefone e administrar seu próprio dinheiro. Coisas que para as crianças ditas “normais” são naturais ao longo do tempo, mas que para as crianças com deficiência pode levar mais tempo. Mas com a ajuda correta dos pais, elas aprenderão. “Filhos com deficiência pedem pais com eficiência”, resume Priscila.
Fonte https://www.metrojornal.com.br/metroamp/colunistas/2020/03/03/canguru-no-metro-filhos-com-deficiencia-pedem-mais-com-eficiencia.html
Postado por Antônio Brito
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