21/07/2020

Um olhar torto sobre a isenção do ICMS

Por: Geraldo Nogueira*

Você é pessoa com deficiência? Tem dificuldade de locomoção e necessita trocar de carro este ano? Então, a notícia que tenho não é boa para você. A isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), de competência dos Estados da Federação, encontra-se praticamente inviabilizada por causa de uma condição estabelecida pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ). O órgão estabeleceu um teto de R$70.000,00 (setenta mil reais), como condição de valor máximo do veículo para a concessão do benefício da isenção do ICMS. Como esse valor encontra-se desatualizado por mais de uma década, hoje, as pessoas com deficiência não conseguem achar, no mercado de automóveis, um carro com as características exigidas pelo DETRAN (câmbio automático e direção eletrônica), que se enquadre dentro do valor de teto estabelecido pelo CONFAZ. Para termos uma ideia da defasagem do valor, basta aplicarmos a correção aos R$70.000,00, por qualquer índice, pelo prazo de 11 anos, período em que o teto está em vigor, que chegaremos à atualização aproximada de R$126.000,00.

Sabemos que o sistema de transporte nas cidades brasileiras ainda deixa muito a desejar, quando o assunto é acessibilidade, fazendo com que o carro adaptado seja o desejo e solução de locomoção para inúmeras pessoas com deficiência pelo país. O pensar desse benefício como um luxo a ser rebaixado é sintoma de uma sociedade atrasada, alicerçada na cultura do capacitismo, que percebe o indivíduo com deficiência como menos igual, incapaz de prover e gerir a própria vida, digno de um olhar benevolente que o coloca na condição de submisso social. Diante desse modo de percepção da pessoa com deficiência, justifica-se a negação dos direitos que as colocariam em igualdade de condições com as demais pessoas. No presente caso, de inviabilização da concessão do benefício da isenção do ICMS, na compra de veículo novo, é o mesmo que abandonar a pessoa a sua própria sorte, dando-lhe um sonoro “se vira!”, para que busque resolver por si mesma sua dificuldade de transporte, visto que a sociedade da qual faz parte e para qual também recolhe impostos, nega-lhe o benefício da igualdade de oportunidade.

Segundo a ONU, uma pessoa com deficiência tem gastos mensais de um terço a mais do que uma pessoa sem deficiência, uma vez que o excesso de gastos é imposto pela própria condição de deficiência. O benefício das isenções são compensações diante destas despesas. São ações afirmativas na busca da equiparação de igualdade social. A negação do benefício repercute como um olhar torto para um segmento ainda invisível socialmente, portanto, não merecedor de produtos de qualidade. Cidadãos inferiores e submissos, aos quais são ofertados os produtos mais simples e menos confortáveis. A estes cidadãos invisíveis só resta contar com sua própria força e criatividade, sabendo que o dom vem de Deus e que Este, não age no corpo, mas na alma das pessoas.

*Presidente de Honra da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência (OAB/RJ).

Fonte  https://revistareacao.com.br/um-olhar-torto-sobre-a-isencao-do-icms/

Postado por Antônio Brito 

Em meio à pandemia, cresce novamente o número de denúncias de violência contra pessoas com deficiência

Levantamento do Centro de Apoio Técnico (CAT) da 1ª Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência, em São Paulo, revela que o número de atendimentos, que havia caído de 136 em janeiro para 30 em abril, voltou a subir, assim como o montante de Boletins de Ocorrência. 
Segundo o documento, em maio, foram 109 pessoas atendidas, presencial ou remotamente. Em junho, foram 134. Em relação aos Boletins de Ocorrência, foram registrados 12 em abril, 10 em maio e 17 em junho.

Para Cleyton Borges, supervisor do Centro de Apoio Técnico (CAT) — que é gerido pelo Instituto Jô Clemente (antiga Apae de São Paulo) –, esses números refletem um cenário preocupante. “Nós percebemos que no início da quarentena houve uma queda considerável no número de atendimentos por conta do isolamento social, que impediu que as pessoas com deficiência pudessem vir até a delegacia ou entrar em contato para denunciar casos de violência. Agora, com a flexibilização da quarentena, mais pessoas estão nos procurando, tanto em atendimentos remotos como em atendimentos presenciais”, diz.

A supervisora do Programa Jurídico-Social do Instituto Jô Clemente, Luciana Stocco, explica que durante os primeiros meses da pandemia, muitos casos de violência não foram observados em razão do isolamento. “A pandemia tirou as pessoas com deficiência da escola, do trabalho e de outros lugares que costumavam frequentar, pela necessidade de ficarem em casa para se protegerem do novo coronavírus. Com isso, muitos casos de violência que acontecem em casa, por exemplo, não foram observados por professores, psicólogos, colegas, entre outros grupos”, comenta.

Segundo ela, “muitas vezes, as denúncias surgem após observação de pessoas com as quais eles convivem fora de casa. Sem essa convivência, a violência continua acontecendo, mas não é notada”, afirma. Este mês, o Instituto Jô Clemente, em parceria com o Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (FUMCAD), lançou uma campanha nas redes sociais para informar a população sobre a importância de se denunciar a violência contra pessoas com deficiência.

“O número de denúncias de violência contra pessoas com deficiência aumentou”

Para a titular da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, Célia Leão, “precisamos entender que o cenário no planeta hoje é outro. A América Latina, Brasil e Estado de São Paulo também fazem parte desse contexto”. Segundo ela, “os problemas aumentaram e as ações têm que ser reinventadas. O número de denúncias de violência contra pessoas com deficiência aumentou, assim como de forma geral contra as mulheres, e isso também se refletiu nas mulheres com deficiência”, diz a secretária.

A psicóloga do Instituto Jô Clemente, Daniela Farias, que atua na equipe de atendimento do Centro de Apoio Técnico, afirma que “parte da população acredita
que a violência só acontece quando deixa marcas, mas não é só isso. Violência é toda forma de agressão, seja, psicológica, patrimonial, sexual, física ou violação de direitos humanos. Quando falamos em pessoas com deficiência não podemos esquecer que o ambiente familiar, o mesmo que promove o cuidado, pode por vezes propiciar situações de violências, devido à ausência de uma política de cuidado que acaba sobrecarregando a família”, explica.

Disque 100Em 2019, o Disque Direitos Humanos (Disque 100), coordenado pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, registrou 12,9 mil denúncias de violências praticadas a pessoas com deficiência em todo o país. Esse número representa um aumento de 9% em relação ao ano anterior. Segundo o levantamento, apresentado pelo Ministério em 4 de junho, o agressor é, na maioria das vezes, alguém do convívio familiar ou próximo da vítima, sendo 29% das violências praticadas por um irmão, 17% por filho, 11% pela mãe e 7% pelo pai. O documento mostra ainda que 54% das vítimas são do sexo feminino e 46% do sexo masculino, sendo a maior parcela (58%) com deficiência intelectual. Pessoas com deficiência física agredidas somam 19%.

“Precisamos que a sociedade ajude a denunciar qualquer tipo de violência contra as pessoas com deficiência, principalmente porque é comum que essas pessoas encontrem barreiras para denunciar o que ocorre com elas, infelizmente”, comenta Cleyton. “Além disso, é preciso que o poder público trabalhe cada vez mais no combate a qualquer tipo de violência”, finaliza.

“O trabalho conjunto da 1ª Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência, junto com o Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, busca conter essa violência com ações concretas, como o novo ‘Programa Todas in-Rede’ no combate à violência contra a mulher com Deficiência e o Centro de Apoio Técnico (CAT) com profissionais capacitados para acompanhar de perto os casos que requerem maior atenção”, finaliza a secretária Célia Leão.

Além do Disque 100, existem outros que podem ser usados para se fazer uma denúncia:

* Disque 180: serviço telefônico de recebimento de denúncias de violência doméstica
* Conselhos Tutelares: órgãos responsáveis por receber e encaminhar denúncias de violência contra crianças e adolescentes

* Delegacia Eletrônica: acessar pelo site www.delegaciaeletronica.policiacivil.sp.gov.br. A denúncia pode ser feita no campo ‘Outras Ocorrências’

* 1ª Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência: durante o período da pandemia, a 1ªDDPD está atendendo, presencialmente, pessoas com
deficiência, vítimas de homicídio, sequestro, estupro e violência doméstica. A delegacia está localizada na rua Brigadeiro Tobias, 527 – Luz – São Paulo/SP, e conta com números de telefone para contato: WhatsApp para pessoas com deficiência, exceto pessoas surdas: (11) 99918-8167 / WhatsApp exclusivo para pessoas surdas (com Intérprete de Libras): (11) 94528-9710 / Telefone fixo: (11) 3311-3380

Fonte  https://revistareacao.com.br/em-meio-a-pandemia-cresce-novamente-o-numero-de-denuncias-de-violencia-contra-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito 

20/07/2020

Estudantes fabricam carrinho motorizado para criança cadeirante de família carente

Um menino de dois anos com problemas de mobilidade ganhou nova vida depois que uma equipe de estudantes deu-lhe uma nova cadeira de rodas. Cillian Jackson nasceu com uma diferença genética que o deixou com função motora prejudicada. Antes de dezembro, o jovem teve que ser carregado em um carrinho ou nos braços de seus pais.

19/07/2020

Romeu Sassaki lança projeto colaborativo sobre pessoas com deficiência

“Tenho transitado nos últimos 60 anos como profissional, voluntário e estudioso. E sempre percebi que muitas pessoas não tinham acesso aos meus textos pois foram publicados em diversos meios, muitos deles esgotados e de difícil pesquisa”, diz Romeu Kazumi Sassaki, de 82 anos, maior referência do Brasil em conteúdo sobre o universo da pessoa com deficiência.

Formado em Serviço Social, Sassaki é professor, palestrante, tradutor, escritor de diversos livros e artigos, com atuação em dezenas de instituições públicas e privadas. Tem especializações em reabilitação, educação inclusiva, emprego apoiado, legislação e a participação de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, com vivências em países como Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Espanha e Japão.

Ao longo de seis décadas, produziu um amplo material sobre acessibilidade em sete dimensões, adaptações razoáveis, altas habilidades, categorias e tipos de deficiência, defesa de direitos da população com deficiência, inteligências múltiplas e estilos de aprendizagem, lazer e turismo, lei de cotas no mercado de trabalho, modelos médico e social da deficiência, terminologia na área das deficiências, transporte e mobilidade, além de muitas outras áreas.

Para compartilhar esse vasto conteúdo, Romeu Sassaki criou o projeto ‘Sociedade Inclusiva’.

“Neste projeto, irei compilar e republicar, com comentários atuais, variados textos que considero ainda significativos pelo valor histórico, pois demonstram a evolução dos temas”, explica o professor.

Serão quatro temas: artigos diversos de inclusão, lei de cotas no mercado de trabalho, educação inclusiva em perguntas, além do conteúdo das cartas que Sassaki trocou com seus alunos de serviço social. 

“Neste primeiro momento, o projeto se concentrará nos dois primeiros temas e posteriormente irei iniciar os dois seguintes”, comenta.

Para custear o projeto, Sassaki criou uma campanha de arrecadação mensal, uma espécie de assinatura (para participar, clique aqui).

“Pretendo enviar os textos sempre na primeira quinzena de cada mês. Na última semana de cada mês, oferecerei aos apoiadores uma breve apresentação online sobre os textos recém entregues. Os apoiadores que recebem os textos podem enviar perguntas antecipadamente para que algumas sejam respondidas durante a referida apresentação. Esta campanha não tem prazo planejado para se encerrar. Pretendo continuá-la se ela se mostrar viável ou enquanto os temas escolhidos estiverem em pesquisa e gerarem material para os apoiadores”, completa o professor.

Fonte  https://brasil.estadao.com.br/blogs/vencer-limites/romeu-sassaki-lanca-projeto-colaborativo-sobre-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito 

O que é interseccionalidade e por que devemos falar sobre ela?

Conversamos com Carla Akotirene, mestra e doutoranda em Estudos Feministas e autora do livro “Interseccionalidade”, para entender sobre o tema.

feminismo está cada vez mais presente nos debates de uma sociedade como um todo, mas a interseccionalidade dentro dele tem ganhado mais espaço, com por exemplo o feminismo negro. Em 1989, Kimberlé Crenshaw, advogada e acadêmica especialista em questões de gênero afro-estadunidense, criou o termo a qual refere-se como ferramenta que nos permite enxergar a colisão das estruturas. Conversamos com Carla Akotirene, Mestra e Doutoranda em Estudos Feministas, que nos explicou tudo sobre interseccionalidade e a sua importância no âmbito das políticas públicas.
International Womens Day. Vector seamless pattern with with women different nationalities and cultures. Struggle for freedom, independence, equality. (Foto: Getty Images/iStockphoto)

O que é interseccionalidade?

A interseccionalidade é um conceito indispensável no campo das ciências sociais. É ela que leva em conta a inseparabilidade estrututural do racismo, capitalismo e cis-heteropatriarcado, por exemplo. “Kimberlé Crenshaw sistematizou todas essas experiências para mostrar para o estado democratico que deveria existir um instrumento normativo capaz de dar conta das reivindicações das mulheres negras - porque elas não são brancas (experiência de raça) e elas também não são homens (experiência de genêro)”, explica Carla Akotirene.

A interseccionalidade é, portanto, esse lugar de identidade que está interceptado por mais de um marcador social. “Se a gente vem com ferramentas metodológicas, teóricas e práticas que só abriguem uma categoria como, por exemplo, dentro da luta feminista a categoria apenas de gênero, a gente cai no lugar da mulher branca universal”.

“Então, a interseccionalidade é esse instrumento normativo para que as mulheres negras possam ser vistas e faladas a partir do seu próprio lugar de experiência pós-colonial.” Carla afirma que, apesar dela ter sido sistematizada por Kimberlé, ela também está presente nos escritos de Lélia Gonzalez, Maria Beatriz Nascimento e Carolina Maria de Jesus. “Essa síndrome de vira-lata que temos faz com que a gente não perceba que também temos contribuições muito relevantes de intelectuais na América do Sul”, diz.

Carla Akotirene (Foto: Divulgação)

Carla Akotirene (Foto: Divulgação)

A interseccionalidade e políticas públicas

"Sem a interseccionalidade nenhuma política pública funciona”, afirma Carla, que também é a autora do livro Interseccionalidade (Pólen, R$ 24,90), o quinto da coleção Feminismos Plurais, coordenada por Djamila Ribeiro. “A política para mulheres sem a interseccionalidade contribuí para que apenas os feminicidios de mulheres brancas, usando a categoria genêro, seja diminuído”.

A sociedade é um grupo multifacetado com diferentes classes, genêros, raças, territórios e idades. A interseccionalidade é essa sensibilidade analítica de considerer experiências individuais. Akotirene dá um exemplo prático para entendermos melhor situações em que a interseccionalidade é extremamente relevante: “Uma mulher negra que mora em um território considerado criminalizado pelo tráfico das drogas quando faz um chamado policial não terá a mesma repercussão e assistência de um chamado feito por uma mulher branca moradora de um bairro nobre. Isso porque já existe um discurso oficial do estado de guerra contra as drogas, então acredita-se que antes de serem mulheres vítimas de violência, elas são companheirias de traficantes”.

No segmento criança-adolescente, Akotirene dá como exemplo o caso Miguel: “Por que Miguel foi deixado no elevador pela patroa? Porque antes dele ser visto como criança, que merece a proteção que está descrita no Estatuto da Criança e do Adolescente, ele é visto como negro. Há essa intersecção de raça estruturando a identidade”.

A interseccionalidade é importante para perceber que muitos fatores atravessam as experiências - sejam elas de raça, de geração, de território ou de classe. "Se a gente não conseguir dinamizar esses cruzamentos na identidade de alguém, a gente não vai conseguir dar cobertura em políticas públicas que combatam o racismo institucional, o sexismo institucional e a lgbtfobia institucional, que são todas estruturas que existem simultaneamente."

Fonte  https://revistaglamour.globo.com/Lifestyle/noticia/2020/07/o-que-e-interseccionalidade-e-por-que-devemos-falar-sobre-ela.html?fbclid=IwAR0aSBjE8eegn7mI3RIaCp0otXyhvmXSHv66g-dYwEQlZOd1ugTgdmoW9sA

Postado por Antônio Brito 

18/07/2020

CONSELHO RECOMENDA QUE ALUNOS COM AUTISMO NÃO RETORNEM ÀS AULAS PRESENCIAIS NA PANDEMIA

Parecer do Conselho Nacional de Educação orientou que esses estudantes só retornem com a curva descendente.
Conselho Nacional de Educação orientou a alunos com deficiência e autismo que não retornem a aulas presencias durante a pandemia Foto: Thiago Lontra

O Conselho Nacional de Educação recomendou que alunos com deficiência ou autismo não retornem às aulas presenciais enquanto vigorar a pandemia.

De acordo com um parecer de 7 de julho, a ida desses alunos só deverá ser feito no caso de decisão das equipes técnicas da escolas ou quando o risco de contaminação estiver em curva descendente.

O Conselho justifica a orientação afirmando que alunos com deficiência auditiva não podem usar máscara, já que usam as expressões para se comunicar, que estudantes com deficiência visual precisam de contato direto para locomoção e que alunos com autismo "têm dificuldades nas rotinas e de obediência de regras, tocam sempre olhos e boca, além de exigirem acompanhamentos nas atividades".

(Por Naomi Matsui)

Fonte  https://epoca.globo.com/guilherme-amado/conselho-recomenda-que-alunos-com-autismo-nao-retornem-as-aulas-presenciais-na-pandemia-24536115

Postado por Antônio Brito 

Amiga de jovem surda agredida por companheiro diz que divulgou vídeo para evitar ataques: 'Ninguém saberia quem ele é’

Vídeo mostra homem agredindo mulher em Bauru — Foto: Facebook/Reprodução

Vídeo mostra homem agredindo mulher em Bauru — Foto: Facebook/Reprodução

A amiga da jovem surda de 19 anos que foi agredida pelo companheiro com socos e pontapés em Bauru (SP) se considera a responsável por tornar a história pública após sua decisão de compartilhar na web as cenas que foram gravadas por uma vizinha da vítima.

A mulher e a vítima são amigas, se conhecem desde os 5 anos de idade e foram criadas na mesma rua, em São Manuel. Para ela, a decisão de divulgar o vídeo que acabou viralizando na internet foi a forma que ele encontrou de interromper aquele ciclo de violência.

“Se eu não tivesse feito isso [divulgar o vídeo], ninguém iria saber o que acontecia e ele [agressor] ia continuar fazendo o que fez com minha amiga até mesmo com outras pessoas. Ou seja, ninguém ia saber quem ele realmente é”, explica a amiga da vítima.

A agressão aconteceu em uma casa na Vila Engler, em Bauru, onde vítima e agressor viviam juntos há cerca de dois meses, segundo informações da mãe da vítima.

Nas imagens gravadas por uma vizinha, é possível ver o homem, que também é surdo, gesticulando. Em seguida, ele chuta a cabeça da jovem e ela cai no chão. Ele também dá pontapés na vítima e a prende com as pernas na região do pescoço. (Veja abaixo)

Jovem surda é agredida pelo companheiro em Bauru; vizinha flagrou violência doméstica
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Jovem surda é agredida pelo companheiro em Bauru; vizinha flagrou violência doméstica

Segundo a amiga da vítima, a decisão de divulgar o vídeo foi feita principalmente após o relato da mãe da jovem agredida de que o suspeito a ameaçava com novas agressões caso ela contasse algo do acontecia..

"Ele ameaçava ela. Se ela contasse, ele batia nela. Ela contou para nós depois, por isso que ela não contava pra mim que ela apanhava dele", admite a mãe da vítima.

Depois de ver as imagens, a mãe foi buscar a filha em Bauru, que tinha sido levada pela mãe do suspeito ao Pronto-socorro Central. A jovem teve machucados no corpo e a orelha cortada durante a agressão.

Jovem teve machucados no corpo e a orelha cortada durante a agressão em Bauru — Foto: TV TEM/Reprodução

Jovem teve machucados no corpo e a orelha cortada durante a agressão em Bauru — Foto: TV TEM/Reprodução

A vítima teve alta no mesmo dia e voltou para São Manuel com a mãe, onde elas registraram um boletim de ocorrência e conseguiram uma medida protetiva de urgência contra o autor.

Depois de passar pela Delegacia de Defesa Da Mulher de São Manuel, a jovem fez exame de corpo de delito e o caso foi encaminhado para a DDM de Bauru.

Suspeito de agredir e estuprar jovem surda é apontado como autor de outro ataque
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Suspeito de agredir e estuprar jovem surda é apontado como autor de outro ataque

Segundo a delegada Alexandra Nogueira, da DDM de Bauru, um inquérito policial foi instaurado para investigar o caso e ela aguarda a divulgação dos laudos para ouvir o suspeito e uma nova testemunha para, então, encaminhar o caso à Justiça.

TV TEM também tentou contato com o suspeito de agredir a jovem, mas não obteve retorno.

Denúncia de estupro

Além de ser agredida pelo companheiro, a mãe da jovem contou aos policiais que a filha também era estuprada por ele. Por isso, o boletim de ocorrência foi registrado por violência doméstica, lesão corporal e estupro.

Jovem não contava sobre agressões à mãe por medo do companheiro de Bauru — Foto: TV TEM/Reprodução

Jovem não contava sobre agressões à mãe por medo do companheiro de Bauru — Foto: TV TEM/Reprodução

Segundo o registro policial, a mãe da jovem contou à polícia que, conversando com a filha, descobriu que, além das agressões, o homem também manteve relações sexuais com a jovem contra a vontade dela nas últimas semanas.

Ainda de acordo com o relato, ela nunca teria contado a ninguém sobre isso porque o companheiro ameaçava agredi-la.

Fonte  https://glo.bo/2Wwby22

Postado por Antônio Brito 

Menina com síndrome de Down se emociona ao abraçar os pais que se curaram da Covid-19: 'É verdade?'; vídeo

Pais e filha ficaram 20 dias sem se ver, conversando apenas pelo celular. Consciente das medidas de isolamento, no início, ela se recusou a dar um abraço: 'E o coronavírus?'Pais registram reencontro emocionante com a filha após 20 dias isolados pelo coronavírus
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Pais registram reencontro emocionante com a filha após 20 dias isolados pelo coronavírus

Beatriz Cottini, de 7 anos, se emocionou ao rever os pais, que não encontrava pessoalmente há 20 dias. Eles foram diagnosticados com Covid-19 e precisaram ficar isolados, enquanto a filha ficava sob os cuidados da avó - que também teve a doença, mas já havia se recuperado. Ao saber da novidade, ela ficou surpresa.

Quando os pais, Graziela e João Cattini, finalmente se livraram da doença fizeram uma surpresa à menina, que tem síndrome de Down. O vídeo que mostra a cena foi gravado na quarta-feira (15) e é de trazer um sorriso ao rosto de quem o assiste (veja acima). Antes de os abraçar, ela ainda questiona: "É verdade?"

O vídeo registra quando, na casa da avó, em Goiânia, Beatriz vê os pais a alguns passos de distância e já fica toda feliz. Ela faz um sinal de abraço à distância e os pais perguntam: “Quem você vai abraçar primeiro? Agora pode!”.

Beatriz, de 7 anos, ao abraçar mãe e pai após 20 dias separados por causa do coronavírus em Goiânia Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Beatriz, de 7 anos, ao abraçar mãe e pai após 20 dias separados por causa do coronavírus em Goiânia Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Obediente e cuidadosa, a criança protesta dizendo que não pode "por causa do coronavírus". Até que a mãe explica que, depois de todos os cuidados, os pais fizeram novos exames e foram liberados pelo médico para abraçar a filha novamente.

A menina mal pode acreditar e diz: “É verdade?”. A mãe garante que sim e todos se abraçam.

Beatriz expressa em palavras o que vinha sentindo desde que teve de se separar dos pais: “Eu estava com muita saudade de vocês dois” - sentimento esse que será “espremido” com segurança nos milhões de abraços em família.

Graziela e filha Beatriz se abraçam após mãe se recuperar da Covid-19 — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Graziela e filha Beatriz se abraçam após mãe se recuperar da Covid-19 — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Coronavírus em Goiás e Goiânia

Segundo os dados da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Graziela e José fazem parte dos mais de 12,3 mil que se recuperaram da doença no estado.

Em Goiânia, a pasta aponta mais de 9,7 mil casos confirmados, sendo quase 300 mortes.

Também de acordo com o órgão, os casos confirmados de pessoas contaminadas pelo vírus chegaram a mais de 40 mil na quinta-feira (16). As mortes de pacientes com a doença já passaram de 1 mil, também de acordo com o boletim.

Nos primeiros 15 dias de julho, o estado registrou três vezes mais mortes em relação ao mesmo período de junho. Foram 99 óbitos registrados na primeira quinzena do mês passado, contra 406 neste mês, de acordo com os boletins divulgados pela SES-GO.

A rede pública estadual de saúde está com 86,1% dos leitos de UTIs ocupado e 68,6% das vagas em enfermarias preenchidas. A situação da rede municipal da capital é mais crítica e está com 97,4% dos leitos especiais indisponíveis e 86% das enfermarias ocupadas. O balanço mais recente até a publicação desta reportagem com o balanço foi divulgado na tarde de quinta-feira.

Fonte  https://glo.bo/395lIM3

Postado por Antônio Brito 

#EducarParaTransformar7

A Associação Somos Professores, de Recife/PE, é mais uma que está inovando nesse período de isolamento social. Eles são nossos parceiros no #EducarParaTransformar7, com o projeto “Alavanca na Escola”, que visa ajudar alunos e professores a no desenvolvimento de soluções para o ensino público. 📈

Desde o dia 07/07, todas as terças, a SomosProfessores.org está compartilhando em suas redes, conteúdos que eles acreditam que contribuem para o debate educacional atual. É uma leitura rápida e que ajuda muito a entender esse nosso novo cenário.

👉 Já são duas edições publicadas e estão muito boas. Confiram os posts no feed da SomosProfessores.org .

#PraCegoVer: um homem de roupa social, sorridente e lendo os conteúdos da Somos Professores pelo celular. Texto: Projeto no Recife dá dicas de conteúdo sobre educação.
Fonte  https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1496877417181735&id=624613137741505
Postado por Antônio Brito 

Falta de remédios prejudica tratamento da Covid-19 nas UTIs, alertam médicos Fonte: Agência Câmara de Notícias

A falta de medicamentos sedativos e anestésicos foi apontada como um dos principais problemas para o tratamento de pacientes críticos da Covid-19. Outros entraves para um bom atendimento são a falta de profissionais capacitados e as desigualdades de estrutura entre grandes e pequenas cidades e também entre as regiões do país.

Esse diagnóstico foi feito durante audiência pública nesta quinta-feira (16), da Comissão Externa da Câmara que examina as ações de combate ao coronavírus. Relatora da comissão, a deputada Carmen Zanotto (Cidadania-SC), que é enfermeira, questionou como se poderia minimizar os efeitos da carência de medicamentos utilizados para intubação. Ela alertou para o quadro atual nos estados do Sul do país, onde os casos estão aumentando.

“No momento em que a distribuição dos insumos estratégicos, ou seja, a produção e a chegada em quantidade suficiente para cada uma das nossas unidades de terapia intensiva, tem se mostrado insuficiente”, disse.

O representante da Associação Brasileira de Anestesiologia, Rogean Nunes, disse ter recebido relatos de que o abastecimento tem melhorado nos últimos dias. Mas a instituição recomendou que, fora os pacientes com Covid-19, os outros poderiam receber anestésicos por inalação, já que os estoques destes medicamentos estão regulares.

A presidente da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), Suzana Lobo, deu um panorama do tratamento da Covid-19 nas UTIs. Do início de março ao início de julho, foram 27 mil pessoas internadas em todo o país, com uma média de permanência de 12 dias, fora os pacientes diagnosticados com outras síndromes respiratórias. Dois terços das vagas estão na rede privada e um terço no Sistema Único de Saúde (SUS). Na rede pública, 70% dos internados em UTIs ficam intubados.

UTIs no interior
A especialista também detalhou as desigualdades na distribuição da terapia intensiva: só 6% das cidades do país têm leitos de UTI e 50% deles estão em capitais e grandes cidades, apesar de três quartos dos brasileiros morarem no interior. Suzana Lobo alerta, no entanto, para o risco da abertura de novas vagas sem as condições necessárias.

“Nós temos que levar em consideração se há profissionais para ficar abrindo leitos para que as cidades possam voltar a funcionar. Onde é que estão os profissionais, onde é que estão os insumos, analgésicos, sedativos, bombas, tomografia, exames, essa equipe multidisciplinar que é fundamental para um resultado bom? A gente não pode abrir a UTI com um médico que não tem experiência, tocar 20,30 doentes sem uma equipe toda, é claro que nossos resultados não vão ser adequados”, observou.

Distribuição de profissionais
Durante a audiência pública, muitos parlamentares ressaltaram a necessidade de ampliação das residências médicas. Mesmo no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), a médica Ho Yeh-Li teve que formar equipe de líderes nas UTIs para ajudar na capacitação de outros profissionais que não tinham experiência com terapia intensiva. Ela afirmou que uma tarefa pós-pandemia é tentar melhorar a distribuição de profissionais de saúde no país.

“Uma coisa que a gente sente é a ausência de uma política de interiorização dos médicos e lógico que geralmente isso acontece porque, infelizmente, tem uma distribuição desigual da infraestrutura de saúde pelo nosso país. Nenhum médico que tem uma boa formação quer trabalhar numa estrutura precária. Afinal, é o seu CRM que está sob risco”, afirmou.

Ho Yeh-Li apontou outros problemas, como o risco do uso de ventiladores inadequados nas UTIs, o medo de profissionais que têm equipamentos de proteção deficientes e uma questão polêmica: a necessidade de escolher, para o tratamento intensivo, aqueles pacientes com mais chance de sobreviver.

Reportagem - Cláudio Ferreira
Edição - Roberto Seabra

Fonte  https://www.camara.leg.br/noticias/676910-falta-de-remedios-prejudica-tratamento-da-covid-19-nas-utis-alertam-medicos/

Postado por Antônio Brito