Empresa desenvolve bengala inteligente para PCD visuais, utilizando inteligência artificial e dados públicos para auxiliar na locomoção autônoma e segura, integrando-se a cidades inteligentes.

Usar a tecnologia e a inteligência artificial para ajudar na acessibilidade de pessoas com deficiência visual. Esta é a proposta da empresa RTT-AI que, com o apoio da Incubadora Tecnológica do Tecpar (Intec), está desenvolvendo uma bengala inteligente para auxiliar pessoas cegas e com baixa visão.
O projeto iniciou em 2016, quando o CEO da empresa percebeu que muitas soluções podiam ser adaptadas para ajudar pessoas com deficiência visual, permitindo que a bengala ‘enxergasse’ o que o usuário não pode ver, e o avisasse por vibração e som.
O dispositivo funciona integrado a uma bengala normal e se adapta a quase todos os tipos existentes no mercado. Assim que o usuário movimenta a bengala e o sistema autoconfigura e encontra o trajeto que ele está seguindo. Os sensores no dispositivo verificam para qual sentido o usuário está indo, e identificam se há algum tipo de objeto à frente.
Essas informações podem ser acessadas porque a memória do dispositivo reúne uma gama de dados embarcados de bancos de dados públicos – como localização de postes, pontos de ônibus, semáforos e estabelecimentos públicos – além de GPS interno e informações coletadas pelo próprio sistema, como trajetos de rotina e locais de interesse, somados aos dados pessoais inseridos pelo usuário.
A BIA – como é chamada - é inteligente porque se adapta ao modo de uso de cada pessoa e é capaz de reconhecer obstáculos, pessoas, objetos, locais e ambientes de forma totalmente autônoma, sem depender de internet ou celular. Tudo porque toda a tecnologia está integrada dentro da própria bengala.
A bengala também avisa quando o usuário sai de um perímetro pré-definido. Em situações de risco ou necessidade, ela pode enviar automaticamente a localização e até uma mensagem de voz, garantindo mais segurança. Outra inovação é que a BIA se integra naturalmente às cidades inteligentes, onde sensores urbanos, semáforos sonoros e sistemas de mobilidade conectada tornam sua atuação ainda mais eficaz.
Nas ruas, a BIA é capaz de identificar pontos de ônibus, clínicas, bancos, prédios públicos e comércios, facilitando a locomoção e o reconhecimento do entorno. Em ambientes internos, ela reconhece salas, consultórios, comércios, acessos, elevadores e sanitários, garantindo uma navegação mais autônoma, acessível e confiante.
Considerada uma tecnologia inovadora no campo da mobilidade, a Bengala Inteligente com Inteligência Artificial (BIA) é baseada na integração do RFID (Identificação por Radiofrequência) com a inteligência artificial (IA).
Por ser um instrumento de apoio de baixo custo, a bengala é um método bastante utilizado para auxílio no deslocamento de PCD visuais. Seu uso permite detectar obstáculos e desníveis no caminho e ajuda o usuário a se locomover com estabilidade, de forma independente.
Recentemente, o projeto da BIA se destacou no “1º Concurso Público de Inovação do Paraná – Desafio de Inovação: Bengalas Inteligentes”, realizado pelo Governo do Estado em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=53dd816c-3416-4e60-bfdd-b02b0200d47c
Postado Pôr Antônio Brito
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