Entidade leva ao plenário das Nações Unidas, em Doha, a pauta da justiça cognitiva e da neurodiversidade como eixo essencial para políticas sociais inclusivas
A Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas – Autistas
Brasil participa oficialmente da Segunda Cúpula Mundial para o
Desenvolvimento Social, promovida pela Organização das Nações Unidas
(ONU) em Doha, nos dias 4 e 6 de novembro, reunindo chefes de Estado,
ministros, agências da ONU e lideranças globais da sociedade civil.
Doha (Catar), 4 a 6 de novembro de 2025 — A Associação Nacional para
Inclusão das Pessoas Autistas – Autistas Brasil participa oficialmente
da Segunda Cúpula Mundial para o Desenvolvimento Social, promovida pela
Organização das Nações Unidas (ONU) em Doha, reunindo chefes de Estado,
ministros, agências da ONU e lideranças globais da sociedade civil.
O
encontro sucede a histórica Cúpula de Copenhague de 1995 e tem como
objetivo reafirmar os compromissos internacionais com a justiça social, o
trabalho decente e a inclusão plena, alinhando esses princípios ao
marco da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
A Autistas Brasil, referência nacional em políticas públicas e
direitos humanos das pessoas autistas, integra a delegação brasileira
como representante da sociedade civil especializada em deficiência e
neurodiversidade. A participação marca o protagonismo do país nas pautas
globais de inclusão, equidade e desenvolvimento humano sustentável.
A entidade está representada por seu ex-presidente Silvano Furtado da Costa e Silva,
reconhecido por sua atuação na formulação de políticas inclusivas e por
defender o avanço da justiça cognitiva como novo eixo de análise
social. No evento, Silvano participa de painéis oficiais e de reuniões
bilaterais com agências da ONU, autoridades internacionais e
instituições acadêmicas, apresentando contribuições brasileiras sobre
neurodiversidade, equidade cognitiva e participação social no
desenvolvimento global.
Durante a Cúpula, Silvano Furtado também se reuniu com o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias, para dialogar sobre ações conjuntas voltadas à inclusão produtiva e à formação profissional de pessoas neurodivergentes. O encontro já rendeu frutos: ficou acertada uma reunião, na volta ao Brasil, com o secretário de Formação e Emprego do Ministério do Desenvolvimento, para avançar em propostas que promovam o acesso equitativo ao trabalho e o fortalecimento de políticas de inclusão cognitiva.
“O mundo fala em diversidade, mas ainda exclui quem pensa de modo
diferente. A justiça cognitiva é a base esquecida da igualdade. Nenhuma
política social será verdadeiramente inclusiva enquanto as diferenças
cognitivas forem tratadas como anomalias, e não como expressões
legítimas da condição humana.”
— destaca Silvano Furtado da Costa e Silva, representante da Autistas Brasil na Cúpula.
A Autistas Brasil tem se destacado internacionalmente como referência
em inclusão e neurodiversidade, com iniciativas que combinam acesso
científico, pesquisa e visibilidade global. A exemplo do Fórum
DiversaMente, que recebeu pesquisadores dos Estados Unidos e da Europa, a
entidade tem se consolidado como um polo de democratização do
conhecimento. Além disso, a Autistas Brasil tem buscado e ocupado
espaços em grandes arenas internacionais, reafirmando o protagonismo
brasileiro em debates sobre políticas inclusivas e direitos humanos.
A presença da Autistas Brasil em um dos mais importantes fóruns
internacionais sobre desenvolvimento social é considerada um marco
histórico para o movimento autista brasileiro e para o avanço do
pensamento inclusivo no Sul Global.
Ao ocupar um espaço de
diálogo ao lado das principais lideranças mundiais, a entidade reforça
que o desenvolvimento humano só será pleno quando reconhecer a
diversidade das formas de existir, aprender e pensar. Com isso, o Brasil
consolida sua posição como referência ética, intelectual e
internacional no campo da neurodiversidade, contribuindo para que a
Agenda 2030 avance rumo a uma sociedade verdadeiramente inclusiva,
equitativa e cognitivamente diversa.
Sobre a Autistas Brasil
A Autistas Brasil atua
desde 2020 na defesa dos direitos das pessoas autistas e pela efetivação
de políticas públicas inclusivas em todo o território nacional. A
entidade é referência no debate sobre educação inclusiva e direitos
humanos, participando de instâncias consultivas e fóruns de controle
social em diversas áreas.
Fonte https://diariopcd.com.br/autistas-brasil-representa-o-brasil-na-cupula-mundial-para-o-desenvolvimento-social-da-onu/
Postado Pôr Antônio Brito
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