26/05/2020

Juiz autoriza penhora de metade de auxílio emergencial para pagamento de pensão alimentícia

O juiz de Direito Ricardo Costa D' Almeida, da 6ª vara de Família de Fortaleza/CE, autorizou penhora de 50% do auxílio emergencial, destinado a trabalhadores de baixa renda prejudicados pela pandemia do coronavírus, em razão de inadimplência de pensão alimentícia.

Na inicial, o exequente, sob o rito da constrição de bens, requereu a execução do valor da diferença da pensão alimentícia do período de julho/2011 a março/2016, esta, quando do ajuizamento da ação, no importe de R$ 26.635, mas corrigida para R$ 29.299.

Consta nos autos que, por duas vezes foram realizadas penhoras parciais, restando uma dívida no valor de R$ 28.664. Assim, requereu que a penhora incida sobre o auxílio emergencial e sobre o FGTS do executado.  

Ao analisar o pedido, o magistrado apontou que o auxílio emergencial instituído pela lei 13.982/20 tem evidente caráter de renda, e que, assim como as verbas salariais e demais rendas, são impenhoráveis.

No entanto, o magistrado entendeu que, em se tratando de execução de alimentos, independente da origem das verbas, os valores podem ser penhoráveis. "Portanto, mesmo levando em consideração a natureza e os fins do auxílio emergencial, tal não fica imune à penhora para fins de pagamento de dívida alimentar".

Ao autorizar a penhora, o magistrado considerou que o referido auxílio tem finalidade de verba salarial, assim, a alimentanda está incluída entre os destinatários do auxílio recebido pelo pagador de alimentos.

O magistrado determinou que a penhora deverá ser limitada ao percentual de 50% do valor disponível ao exequente.

O exequente foi patrocinado na causa pelo advogado Marcelo Nocrato, do escritório Linhares, Nocrato & Advogados Associados.

  • Processo: 0147559-23.2017.8.06.0001

Veja a decisão.

Fonte  https://m.migalhas.com.br/quentes/327637/juiz-autoriza-penhora-de-metade-de-auxilio-emergencial-para-pagamento-de-pensao-alimenticia

Postado por Antônio Brito 


Brasileira é finalista de prêmio internacional com aulas para surdos

Global Teacher Prize oferece prêmio de US$ ! milhão a vencedor.

Professora em uma escola municipal de Campinas (SP), Doani Bertan é uma das 50 indicadas ao Global Teacher Prize, premiação que busca incentivar iniciativas educacionais de impacto em todo o mundo. Ela concorre a partir do projeto Sala 8, um canal de vídeos que apresenta conteúdos de português e matemática para crianças em linguagem brasileira de sinais (Libras).

“O projeto Sala 8 surgiu de uma necessidade de que eu tenho com os meus alunos em sala de aula. A gente tem uma problemática no nosso país que é a escassez de material bilíngue, que atenda ao público surdo também”, conta Doani. A produção começou em 2017 para responder às dúvidas dos alunos para quem a professora leciona todas as manhãs na Escola Municipal Julio de Mesquita.

A professora conta que tinha dificuldades em auxiliar todos os estudantes nas dúvidas com as lições de casa. “Algumas atividades os pais não conseguiam ajudar, porque a forma como hoje a gente ensina é diferente de como os pais aprenderam”, contextualiza. Por isso, Doani muitas vezes fazia repetidas chamadas de vídeo pelo celular para conseguir dar conta das dúvidas dos alunos.

Assim, surgiu a ideia de fazer algo que fosse possível de compartilhar com toda a turma de uma vez. “Eu preciso preparar alguma coisa, algum resumo da aula, para que as crianças tenham condições de lembrar da aula e fazer as atividades”, explica sobre como surgiu a ideia. “Uma videoaula jamais substitui um professor. É mais um outro recurso, mais um tipo de material para a criança ter acesso”, pondera.

Repercussão

O projeto, no entanto, ganhou uma projeção muito além das turmas com quem Doani se encontra presencialmente. Os vídeos acumulam centenas de milhares de visualizações e retornos de espectadores até de outros países. “Eu recebo muita devolutiva não só das crianças surdas, mas de pessoas ouvintes que estão aprendendo libras”, diz a respeito dos resultados.

Apesar de ter ganho outros públicos, a professora enfatiza que usa uma linguagem adaptada para crianças. “É um sinal mais devagar, para o público infantil”, ressalta.

Para conseguir dar conta do trabalho extra, Daoni tem apoio do marido, Robson, que ajuda com a edição dos vídeos. “Ele participa inteiramente, me ajuda muito com as edições. Porque é muito puxado”, diz.

“Gosto mesmo do recreio”

Apesar das dificuldades, como a falta de material didático específico que levou a professora a fazer o esforço extra nos vídeos, Daoni conta que é apaixonada pelo ensino de crianças surdas. “Eu gosto mesmo é da escola, das crianças, da hora do recreio. Trabalhar com a diferença e com a alfabetização é o que eu mais gosto no mundo”, assume entre risadas.

Um gosto que surgiu ainda na infância, assistindo os programas infantis da apresentadora Xuxa Meneghel. “A Xuxa tinha um trabalho em relação à língua de sinais e quando criança eu já conhecia o alfabeto. É uma memória de infância que eu gosto, me traz nostalgia e alegria. Começou lá com a Xuxa”, relembra.

Mas o trabalho mesmo começou ainda na época em que cursava a faculdade de pedagogia, em 2002. Nesse período, Daoni chegou a lecionar no ensino superior, porém, acabou voltando para as aulas para as crianças.

Prêmio

Se for contemplada pelo Global Teacher Prize ganhará US$ 1 milhão, que gostaria de investir no projeto do Sala 8. O prêmio é concedido desde 2014 pela Varkey Foundation, entidade que destina recursos à educação em áreas carentes. Os 50 finalistas deste ano foram escolhidos entre 12 mil candidatos.

Edição: Aline Leal

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/

Postado por Antônio Brito 

24/05/2020

Advogado de 54 anos é o primeiro cego a receber a carteira da OAB em Américo Brasiliense

O documento em braile foi entregue a Antonio Cezar Antunes Ribeiro, que terminou a graduação no ano passado, após passar 30 anos longe dos bancos escolares.

Advogado de 54 anos é o primeiro cego a receber a carteira da OAB em Américo Brasiliense. — Foto: Nilson Porcel/EPTV

Ribeiro terminou a faculdade no fim do ano passado, mesmo período em que se preparou para as provas da OAB. Dessa vez, ele tirou um mês para se dedicar aos estudos, ao contrário do ano em que prestou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para concluir o ensino médio, depois de 30 anos afastado das escolas.

Advogado cego de Américo Brasiliense recebe a carteira da OAB aos 54 anos
Advogado cego de Américo Brasiliense recebe a carteira da OAB aos 54 anos

Em sua trajetória até a obtenção da carteirinha, ele enfrentou algumas dificuldades em relação à acessibilidade das provas. O advogado conta que varia de acordo com a banca dos exames. No caso da OAB, por exemplo, a equipe forneceu equipamentos conforme ele solicitou, enquanto em outros concursos, e até mesmo no Enem, foram realizadas adaptações que o atrapalharam na resolução das questões.

"Alguns processos disponibilizam algumas vagas para deficientes, só que se eles não derem uma condição mínima para essa pessoa fazer a prova, seria praticamente como se não tivesse disponibilizado vaga alguma", explica o advogado.

Durante a graduação, Ribeiro utilizou audiolivros, anotação no celular e no computador, além de explicações disponíveis na internet para manter as notas acima de oito.

Para o advogado, entrar na faculdade com quase 50 anos não foi um problema, na verdade foi até uma vantagem porque estudar em uma época com mais recursos tecnológicos foi mais fácil do que usar os livros didáticos em braille ou pedir para que amigos gravassem áudios lendo as obras que não eram acessíveis.

Primeiro advogado a receber a carteira da OAB em Américo Brasiliense se formou no fim do ano passado. — Foto: Antonio Cezar Antunes Ribeiro/Arquivo pessoal

O mercado de trabalho, porém, não encara a idade avançada da mesma forma de acordo com Ribeiro e as empresas preferem contratar profissionais mais novos e com outros tipos de deficiência.

"Embora alguns locais sejam obrigados a contratar pela cota, eles não procuram um profissional de alta qualificação para preencher a vaga. Normalmente, eles buscam pessoas com deficiências mais leves, como um braço ou uma perna mais curta, porque eles pensam que será menos trabalhoso para a empresa", disse o advogado.

Primeiro emprego

Ribeiro tinha planos de conseguir o primeiro emprego como advogado ainda em 2.020 e estava buscando uma colocaçao, mas o avanço dos casos de Covid-19 no Brasil causou impacto nas contratações de advogados, assim como em quase todos os setores.

*Sob supervisão de Fabiana Assis, do G1 São Carlos e Araraquara.

Fonte  https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2020/05/24/advogado-de-54-anos-e-o-primeiro-cego-a-receber-a-carteira-da-oab-em-americo-brasiliense.ghtml

Postado por Antônio Brito 

Futebol para cadeirantes: entenda como funciona o power soccer

O power soccer é uma modalidade esportiva voltada para pessoas com deficiências graves, como tetraplegia e paralisia cerebral. Também conhecido como futebol para cadeirantes, esse esporte ajuda deficientes a desenvolverem qualidades desportivas e estimula o espírito de equipe, além de proporcionar benefícios físicos e psíquicos.

Trata-se de uma atividade que pode ser iniciada a partir dos 5 anos, independentemente do sexo do indivíduo — basta que ele seja usuário de cadeira de rodas —, e que tem ganhado cada vez mais destaque. Por isso, trouxemos neste post algumas de suas particularidades. Confira!

A história do futebol para cadeirantes

O power soccer é o primeiro esporte competitivo realizado em grupo por pessoas que apresentam algum tipo de deficiência física. Ele surgiu na França e no Canadá, paralelamente, no final da década de 70. No entanto, pouco tempo depois, o futebol para cadeirantes já era praticado em vários países, mas seguia diferentes estilos.

Após mais de 25 anos, o power soccer tornou-se um esporte internacional, com regras comuns a todos os lugares do mundo. Somente em 2011, a modalidade foi iniciada no Brasil, a partir de um grupo de amigos que buscou as informações necessárias e agiu para regulamentá-la no território brasileiro.

Desse modo, criou-se a Associação Brasileira de Futebol em Cadeira de Rodas (ABFC), que posteriormente foi reconhecida pela Federação Internacional de Futebol em Cadeira de Rodas (FIPFA).

As regras dessa modalidade esportiva

Primeiramente, é importante saber que os participantes de uma partida de power soccer fazem o uso de uma cadeira de rodas motorizada. Os times são compostos por atletas (tanto homens quanto mulheres) que apresentam graus e tipos de paralisia distintos.

A maioria das regras se assemelham às do futsal e do futebol tradicional, mas algumas são diferentes. Veja:

  • dois contra um: somente um adversário pode disputar com o jogador que está com a posse de bola. Os demais devem se manter a mais de 3 metros de distância;
  • três na mesma área: só é permitido até dois jogadores na área da baliza;
  • velocidade: os jogadores não podem ultrapassar 10km/h com a cadeira de rodas.

Os pontos que merecem destaque no futebol para cadeirantes

Como vimos, apesar de terem muitas semelhanças, o power soccer apresenta alguns pontos específicos quando comparado ao futebol tradicional. A seguir, acompanhe mais alguns aspectos importantes!

Divisão das equipes

Os times são compostos por 8 jogadores, sendo 4 em quadra, 1 goleiro e 3 na linha.

Quadra

A quadra apresenta proporções mínimas (14-18m) e máximas (25-30m), assim como uma quadra de basquete.

Tamanho da bola

Utiliza-se uma bola com 32,5 cm de diâmetro, ou seja, maior do que aquelas utilizadas no futebol comum. 

Tempo

O jogo tem duração de 50 minutos, divididos em dois tempos de 20 minutos e um intervalo de 10 minutos.

Agora que você já conhece o power soccer, sabe que se trata de um esporte diferenciado, que traz muitas vantagens aos seus praticantes. Vale ressaltar que a prática esportiva por deficientes desenvolve um papel fundamental na motivação, qualidade de vida e sociabilidade, aspectos fundamentais que evitam que a deficiência física seja um obstáculo no dia a dia.

Gostou deste post? Então, aproveite para compartilhá-lo em suas redes sociais e ajude outras pessoas a conhecerem o futebol para cadeirantes!

Fonte  https://blog.ortoponto.com.br/futebol-para-cadeirantes/

Postado por Antônio Brito 

Google vai ressaltar locais com acessibilidade para cadeirantes

Google está introduzindo o recurso “Locais de Acessibilidade” ao seu mecanismo de busca e também ao Maps, que vai permitir aos cadeirantes encontrar estabelecimentos com acessibilidade adequada, com muito mais facilidade. Depois que o recurso é ativado, um ícone de cadeira de rodas será mostrado junto aos estabelecimentos que estiverem aptos a recebê-los, atendendo às suas necessidades de locomoção.

Os usuários poderão saber se locais públicos ou privados possuem entradas e acomodações destinadas a pessoas com locomoção limitada. O recurso deve detalhar sobre os níveis de acessibilidade de cada local, como ter assentos, banheiros, pias e estacionamentos adaptados. No caso dos estabelecimentos que não contam com nenhuma acessibilidade, ou com funcionalidades parciais, essas informações também ficarão em destaque.

Lançamento gradual

A Google disse que o recurso já é capaz de mostrar as informações de acessibilidade de mais de 15 milhões de estabelecimentos em todo o mundo.

Os “Locais de Acessibilidade” estão disponíveis atualmente nos EUA, Japão, Austrália e Reino Unido. O lançamento do recurso está sendo gradual e em breve ele chegará a outros países.

Recurso para trabalhadores essenciais

Outro recurso que foi adicionado pela Google à Pesquisa e ao Maps, é a possibilidade de trabalhadores essenciais poderem encontrar acomodações seguras, que obedecem às recomendações de prevenção contra a covid-19, além de gratuitas ou com desconto.

Durante a pandemia, muitos trabalhadores essenciais estão precisando se locomover para ajudar no tratamento de pacientes em locais de difícil acesso.

Fonte  https://www.tecmundo.com.br/internet/153392-google-ressaltar-locais-acessibilidade-cadeirantes.htm

Postado por Antônio Brito 

Há democracia sem imprensa acessível e inclusiva?

Descrição da imagem #pracegover: Foto de um notebook aberto e desligado, com o teclado bloqueado por uma forte corrente, trancada por um cadeado. Crédito: Reprodução.

A solução da Hand Talk, de Recife, incluída em 2014, traduz o texto para a Língua Brasileira de Sinais com o Hugo, que faz a interpretação em Libras. Para usar, acione o botão azul à esquerda.

E a tecnologia da Audima, do Rio de Janeiro, incorporada em 2018, transfere o conteúdo escrito para áudio, transforma texto em som. Para ouvir, use o player no alto da página.

Essas duas empresas liberaram seus recursos sem custos para dezenas de portais e páginas de notícias, ampliando o acesso às informações sobre o coronavírus e a pandemia da covid-19.

Comento a importância dessa atitude para o universo da pessoa com deficiência em artigo publicado nesta semana no site da Social IN, que replico aqui.


Imprensa forte, livre e acessível

Jornalistas de todo o mundo estão na linha de frente do público exposto ao coronavírus. Não haveria qualidade, profundidade e abrangência na cobertura diária da pandemia da covid-19 sem o trabalho nas ruas, nos hospitais e nas estruturas do poder público. É impossível fazer isso somente à distância, sem conhecer as pessoas de perto, sem acompanhar presencialmente as histórias.

As medidas de proteção foram colocadas em prática, com distanciamento e isolamento social dos profissionais que integram o grupo de risco, esvaziamento das redações para impedir a proliferação do vírus, uso dos equipamentos essenciais, principalmente a máscara, rigor na higiene, especialmente das mãos, e atualização dessas providências conforme os trabalhadores da saúde indicam o caminho a seguir.

Neste momento, quem precisa liderar essa luta é a ciência. E a imprensa tem de caminhar junto com os fatos, fortalecer as orientações à população.

Aqui no Brasil, ainda precisamos lidar com governantes oportunistas, violentos, que agridem e ameaçam constantemente jornalistas e órgãos de imprensa, tentam coagir repórteres e editores, gritam “cala a boca” quando são questionados, que atuam para construir uma mensagem fascista e mentirosa de que estão com o povo.

A pandemia reforçou a importância da imprensa livre e do amplo acesso ao conteúdo publicado em jornais, revistas, portais na internet, emissoras de rádio e televisão, está deixando claro a diferença entre quem tem compromisso com a informação e quem está nessa apenas para construir a própria imagem e, talvez, fazer uns ‘merchants’.

Estratégias para atrair e manter esse público estão em discussão, espaços abertos e sem cobrança surgiram por todos os lados, o significado do conhecimento ficou ainda mais nítido. Os grandes veículos perceberam a necessidade de ampliar o acesso às notícias, abriram (um pouco) seus portões e relaxaram as regras de leitura.

Devemos abraçar essa oportunidade, consumir as informações com atenção e critério. Melhor está para quem pode ler, ouvir e ver tudo isso sem maiores dificuldades, sem a necessidade dos recursos de acessibilidade. Porque, mais uma vez, os grandes veículos de imprensa decidiram não contemplar as pessoas com deficiência nesse pacote de ‘bondades’.

Uma visita rápida aos principais portais de notícias mostra que não há ferramentas para garantir acesso a cegos, surdos, gente com mobilidade restrita, a população com deficiência intelectual, até mesmo aos idosos que não são íntimos das modernidades.

Há um argumento comum nessas empresas de que a implementação da acessibilidade é cara e trabalhosa, mas isso não procede. O movimento Web Para Todos já explicou muitas vezes de que maneira esse investimento é fundamental. Sendo assim, não faz somente quem não quer fazer.

Pela situação grave e estressante que a pandemia nos impõe, nos aspectos da saúde, da economia e das políticas sociais, muitas empresas especializadas em acessibilidade digital se colocaram à disposição e ofereceram seus recursos gratuitamente. Alguns veículos aceitaram imediatamente a boa iniciativa, outros consideraram desnecessário.

Entre tantas possibilidades, duas startups que trabalham com inteligência artificial se destacaram: a Audima, do Rio de Janeiro, com sua ferramenta que transfere para áudio o texto publicado, e a Hand Talk, de Recife, especialista em recursos para pessoas com deficiência auditiva e língua de sinais, que tem uma solução para tradução automática do texto para Libras.

Na programação do telejornalismo, é raro haver interpretação em Libras, audiodescrição e legendas em tempo real (closed caption). Atualmente, a emissora que mais investe nessa estrutura é a TV Cultura.

E, com a obrigação do uso de máscara nas ruas, os repórteres de TV aparecem no vídeo com parte do rosto coberto, impedindo que o público surdo, já esquecido, consiga sequer fazer a leitura labial e acompanhar o que é apresentado.

Imprensa forte e livre é fundamental, mas somente com acesso total e inclusão real existe, de fato, uma democracia.

Fonte  https://brasil.estadao.com.br/blogs/vencer-limites/ha-democracia-sem-imprensa-acessivel-e-inclusiva/

Postado por Antônio Brito 

Apenas 0,74% dos sites brasileiros são acessíveis a pessoas com deficiência

Pesquisa averiguou nível de acessibilidade de sites brasileiros (Foto: Creative commons)

Após o sucesso do primeiro levantamento, realizado em agosto de 2019, o Movimento Web para Todos e a plataforma de dados BigDataCorp divulgaram na última quarta-feira (20) os resultados da segunda pesquisa sobre acessibilidade de sites brasileiros. Cerca 14,65 milhões de endereços ativos foram avaliados no mês de abril, correspondendo a 68% dos sites do país.

Os resultados da pesquisa deixam claro que a maior parte da web brasileira é inacessível aos 45 milhões de cidadãos que possuem alguma deficiência. Os dados assustam: menos de 1% dos sites tiveram sucesso em todos os testes de acessbilidade aplicados. Entre agosto de 2019 e abril de 2020, a variação foi mínima, de 0,61% para 0,74%.

“Ainda temos 99,26% dos sites com pelo menos um problema a ser solucionado em termos de acessibilidade”, apontou Thoran Rodrigues, CEO e fundador da BigDataCorp, em conferência à imprensa. Ainda assim, segundo o executivo, esses dados indicam que, na web, reduzir barreiras para pessoas com deficiência é uma tendência.

Resultados

Sites governamentais apresentaram algumas melhorias desde o último levantamento sobre acessibilidade. Em 2019, apenas 0,34% deles estavam completamente adaptados. Hoje, são 3,29%.

Entre sites de notícia e jornais online, 3,03% passaram em todos os testes. Páginas corporativas alcançaram 2,81% de sucesso; enquanto o e-commerce chegou a 1,30% e os blogs, apenas 1,24%.

O grupo que apresenta o melhor desempenho em relação à acessibilidade é o de sites educacionais: 3,88% deles não apresentaram barreiras de acesso ao público com deficiências.

Outros tipos de sites, não classificados, puxam o percentual total (0,74%) para baixo.

O levantamento também constatou que os sites brasileiros com problemas nos links subiram de 83,56% para 93,65%. Além disso, o número de páginas que não passaram pelos testes aplicados pelo verificador de HTML, padrão a ser seguido na web, aumentou de 95,18% para 97,22%.

“A transformação seria muito mais rápida se a legislação especificasse quais critérios de acessibilidade um site deve atender", afirma Vagner Diniz, gerente geral do W3C Brasil e do Ceweb.br/NIC.br, centro de estudos que organiza o evento Todos@Web. "Por enquanto, a legislação nacional não passa de uma declaração de boa vontade do legislador, mas sem nenhuma aplicação prática", critica.

Fonte  https://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/noticia/2020/05/apenas-074-dos-sites-brasileiros-sao-acessiveis-pessoas-com-deficiencia.html

Postado por Antônio Brito 

A importância da atividade física no TDAH

O Transtorno do Déficit de Atenção, Concentração e Hiperatividade (TDAH) é uma das condições neuropsiquiátricas mais prevalentes da infância, sendo responsável por significativo impacto escolar e social. Evidências científicas documentadas por estudos experimentais em modelos animais, estudos em seres humanos, utilizando técnicas de neuroimagem, junto a estudos de resposta clínica e farmacológica, demonstram que disfunções envolvendo neurotransmissores como a dopamina, a norepinefrina e a serotonina, estão presentes nestes indivíduos. Deste modo, alterações nos centros cerebrais de controle da atenção, do controle dos impulsos e nos centros de recompensa fazem parte da fisiopatologia básica do TDAH.

Pesquisas básicas também sugerem que o TDAH esteja relacionado a alterações genéticas que determinam o funcionamento das proteínas transportadoras de dopamina (DAT1) no núcleo estriado e dos receptores de dopamina (DRD4) nas porções anteriores do córtex pré-frontal. Alterações envolvendo estes neurotransmissores e receptores terão grande impacto sobre diversos fenômenos cognitivos, como planejamento, organização e funções executivas.

Há muito tempo, profissionais que interagem com crianças com TDAH percebem que a prática regular de atividades físicas (AF) tem impacto sobre os rendimentos escolar e comportamental destas crianças. Mais recentemente, diversas pesquisas vêm corroborando esta tese de forma clara e objetiva.

Desde o início da década de 1980, estudos publicados pela Associação Americana de Psicologia começaram a sugerir que a prática regular de AF poderia impactar positivamente nos desempenhos escolar e social. Com a evolução da neurociência e da ciência do esporte, muitas pesquisas demonstram que AF não podem ser consideradas como uma modalidade de tratamento de forma isolada para crianças com TDAH, mas que contribuem de modo significativo quando associadas às terapias comportamentais e farmacológicas. Estudos apontam, ainda, que o risco de obesidade e sobrepeso em adultos que tiveram diagnóstico de TDAH na infância pode ser o dobro, quando comparado ao de adultos sem nenhum diagnóstico neuropsiquiátrico. Assim, a prática de exercícios regulares também é fundamental para a redução dos riscos metabólicos decorrentes da obesidade.

Fonte  https://www.institutopriorit.com.br/a-importancia-da-atividade-fisica-no-tdah/

Postado por Antônio Brito 

Atendimento personalizado e crescimento de 30% em 2018

 pós-venda está entre os grandes diferenciais desta multimarcas de cadeira de rodas que vem conquistando clientes e parceiros em todo o Brasil.

No Brasil, se há 10 anos os cadeirantes não tinham muitas opções de cadeira de rodas, hoje – com fabricantes nacionais e importados – a concorrência é grande. Especializada em multimarcas para o cadeirante, a LinhaMove tem um leque de produtos, permitindo com que os clientes escolham conforme seus desejos, necessidades e/ou condições financeiras, sempre com atendimento diferenciado, humanizado e com muita simpatia e parceria com o consumidor. Nessa linha de trabalho, a empresa faturou 30 % a mais nas vendas em 2018 em relação a 2017.

“Mesmo sendo um ano difícil para o Brasil, nossos negócios foram muito bons. Temos um diferencial na área de cadeira de rodas que é o atendimento personalizado: com um terapeuta operacional e um técnico de cadeiras de rodas, conversamos com os usuários e, juntos, determinamos o melhor produto”, explica a empresária Mariane Sant’Ana. “Não escolhemos o cliente pelo bolso. Temos cadeiras boas de todo tipo de valor”, conclui.

Entre os produtos que mais foram comercializados na empresa em 2018 está a cadeira de rodas monobloco Smart S, que Mariane classifica como: boa, bonita e barata. Extremamente leve, a cadeira é ideal para as pessoas que têm certa autonomia, que buscam uma vida mais ativa, de qualidade e com liberdade para fazer suas atividades. “Todo lojista tem uma aceitação muito boa com esse item por conta do preço. A cadeira custa R$ 2.500,00 – valor de um produto considerado simples – mas tem uma qualidade superior”, conta a empresária que também é usuária de cadeira de rodas.

Com um pós-venda de qualidade, com SAC, marketing e financeiro pensados para os clientes, a LinhaMove tem como foco o atendimento com excelência, servindo o Brasil inteiro sem fazer distinções entre as pessoas que gastam mais ou menos nas lojas, mantendo um bom relacionamento com cada um depois das compras.

Para atender um público mais seleto, como hospitais e associações, a empresa abriu a segunda sua loja em outubro, na avenida dos Bandeirantes, em frente ao Aeroporto de Congonhas, zona sul da capital paulista. A primeira unidade da marca segue ativa em São Bernardo do Campo/SP, região do Grande ABC. “Acredito que em 2019 o País vai crescer com o novo governo, refletindo na segurança de os usuários de cadeiras de rodas  poderem comprar um produto de melhor qualidade”, finaliza a empresária.

Fonte  https://revistareacao.com.br/atendimento-personalizado-e-crescimento-de-30-em-2018/

Postado por Antônio Brito 

Cooperativas paulistas desenvolvem programa de inclusão


O Estado de São Paulo possui 1.116 cooperativas registradas, envolvendo cerca de 4 milhões de cooperados, o que representa 32 % dos filiados no país. O Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo (SESCOOP/SP) atua em três diferentes frentes: formação profissional, promoção social e monitoramento.

Desde 2012, o tema da inclusão foi incorporado às ações da entidade, a partir de um seminário realizado pelo Ministério do Trabalho com instituições representantes do sistema “S”, que inclui SESC, SENAI e SESI, entre outros.

Mário Cesar Ralise, gerente de desenvolvimento social do SESCOOP/SP, lembra que, em 2013, uma pesquisa revelou que 79 % das cooperativas paulistas estavam abaixo da exigência da Lei de Cotas (Lei Nº 8.213/91). Para trabalhar com essa situação, foi criado o programa “Cooperativa Inclusiva” que tem como objetivo fomentar a cultura da inclusão entre elas e na comunidade, para incentivar que os programas desenvolvidos nesse sentido tenham sustentabilidade e consigam ir além de apenas contratar e cumprir cotas, procurando uma visão abrangente e de longo prazo.

Num primeiro momento foi feito um diagnóstico junto às cooperativas em relação ao tema e, segundo o gerente, ficou claro que sabiam da Lei porém não entendiam como realizar a inclusão. “Fizemos um mapeamento das pessoas com deficiência no cooperativismo e aferimos que grande parte não cumpria plenamente a legislação, essencialmente por não saberem lidar com a situação. A partir deste diagnóstico foram realizadas inúmeras ações de esclarecimento da lei e de ações que poderiam incluir a pessoa com deficiência no ambiente de trabalho, quebrando assim as barreiras relacionais”, conta.

Nesse primeiro momento, as ações não eram com as pessoas com deficiência e sim com os colaboradores das cooperativas, para que pudessem ver como recebê-las enquanto colegas de trabalho e como lidar com elas no dia a dia. “Em segundo lugar, identificamos que a pessoa com deficiência não estava apenas no quadro de colaboradores, ou seja, o desafio não estava somente em cumprir a legislação trabalhista. Foram identificados não apenas colaboradores com deficiência, mas também cooperados, dirigentes e clientes com deficiência. O trabalho de inclusão deveria ser ampliado para o público interno e externo das cooperativas, em todos os âmbitos, e elas deveriam estar prontas para como trabalhar a inclusão” lembra o gerente.

“O Programa engloba inúmeras ações de sensibilização, mobilização e desenvolvimento, baseado nas etapas que oportunizam fomentar que a cooperativa cada vez mais as realize de forma integrada. É imprescindível preparo adequado em relação ao atendimento de pessoas com deficiência, pois a maioria dos profissionais do país não está acostumada a lidar com PcD, que é historicamente discriminado” afirma Ralise. 

De acordo com ele, entre as ações desenvolvidas, está a realização de cursos de Libras para preparar os profissionais das cooperativas para esse atendimento. O projeto começou em 2015 e várias cooperativas já realizaram o módulo básico e intermediário, trazendo grande diferencial nos serviços prestados e na vida das pessoas atendidas. Também fazem parte do Programa Cooperativa Inclusiva, esquetes e peças teatrais, que de forma lúdica abordam a inclusão; cursos, oficinas e palestras para diversos públicos: pessoas com deficiência, profissionais de RH, gestores, professores, entre outros. “Nesses casos, as cooperativas têm acesso ao catálogo com os temas e objetivos de cada um deles, podendo aplicá-los de acordo com sua real necessidade” informa.

Há, ainda, a “Massoterapia Inclusiva”, em que a quick massage é realizada por profissionais com deficiência visual, ocorrendo em diversos eventos em parceria com as cooperativas. Além disso, há Interpretação de Libras e Audiodescrição em eventos do SESCOOP/SP e em parcerias com as cooperativas.

O SESCOOP/SP faz palestras, seminários, cursos, workshops e encontros anuais para tratar deste assunto. “Hoje, as ações são solicitadas e as cooperativas se mostram satisfeitas com os resultados que estão fazendo o diferencial de atendimento em algumas delas. Desta forma, faz parte de nosso planejamento estratégico desenvolvermos uma pesquisa para levantamento do impacto das ações na realidade das cooperativas participantes e no cooperativismo paulista”, explica Ralise.

O Serviço tem buscado expandir o diálogo sobre o assunto com o cooperativismo em nível nacional. O Workshop de Inclusão, por exemplo, que teve a sua 4ª edição em novembro passado, sempre convida representantes da Unidade Nacional e das demais Unidades Estaduais, para participarem e ampliarem o diálogo sobre a inclusão de pessoas com deficiência. O gerente acredita que, apesar dos avanços, é preciso ainda muito aprendizado. “A falta de conhecimento, às vezes, impede a naturalidade nas relações e a garantia de direitos das pessoas com deficiência. Ainda existem gestores, que por medo ou mesmo ignorância sobre o assunto, preferem pagar multa, ao invés de valorizar a diversidade e crescer como instituição”, informa.

Para ele, é importante que as cooperativas se preparem para a inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho, que vá além das cotas: “O que estamos trabalhando é para mudar o cenário da cultura da inclusão. Outro aspecto importante é o atendimento as pessoas com deficiência. É imprescindível preparo adequado, pois a maioria dos profissionais do país não está acostumada a lidar com esse público que é historicamente discriminado”, explica. Para concluir, o gerente afirma que “ainda há muito a ser aprimorado, o aprendizado é constante, mas nossa expectativa é que cada vez mais o Programa traga real diferença para as pessoas e cooperativas participantes, ampliando sempre a atuação inclusiva do cooperativismo na sociedade”.

Fonte  https://revistareacao.com.br/cooperativas-paulistas-desenvolvem-programa-de-inclusao/

Postado por Antônio Brito