O "Vela Para Todos" recebe alunos com qualquer tipo de deficiência. Alguns dos participantes já estão se destacando no cenário internacional
Por Carina Ávila — Brasília, DF
O projeto "Vela Para Todos" oferece aulas gratuitas de vela adaptada para pessoas com deficiência. Os treinos são no Lago Paranoá e alguns dos atletas já se destacam no cenário internacional. Pessoas com qualquer tipo de deficiência são bem-vindas e não há limite de idade.
— É um projeto que o nome diz tudo: é vela para todos. A gente não segrega deficiência. Atendemos qualquer e todo tipo de deficiência, desde o lesado medular ao síndrome de down, deficiência degenerativa, estamos com um projeto agora com deficientes visuais, então é realmente emocionante — diz Estevão Lopes, coordenador do projeto.
Ele perdeu o movimento das pernas quando foi atingido por uma bala perdida em 2012. Durante o período de reabilitação no Hospital Sarah Kubitschek, conheceu a vela adaptada e se apaixonou.
Fui vítima da violência de Brasília. Aparentemente seria uma história triste, mas a partir daí, falei: "Cara, vamos transformar este limão em uma limonada". Não foi fácil no começo. Falo que a gente passa por um período de luto. Mas tive a felicidade de ter aqui em Brasília o Hospital Sarah Kubitschek, que tem como uma das atividades da reabilitação a "vivência esportiva", onde me apresentaram vários esportes — conta Estevão.
Estevão já competiu em mais de 30 países e usa toda a experiência para ensinar quem está chegando, como a Iracema Sousa. Ela já tinha 48 anos quando praticou um esporte pela primeira vez na vida, em 2015. Iracema teve poliomielite e raquitismo na infância, que atrofiaram algumas partes do corpo dela. Algumas décadas depois, uma colega de trabalho a convidou para fazer uma aula de vela adaptada.
— A vela foi meu primeiro esporte, foi o esporte do coração. O esporte que me acolheu, que me inseriu no mundo e me ajudou a superar várias dificuldades. Em 2015, eu estava com depressão e o projeto me ajudou a ficar bem, a vela mudou minha vida por completo — relembra Iracema.
Hoje, ela tem 52 anos e já participou de competição até fora do país. Em julho, ela representou o Brasil no Campeonato Mundial de Vela Adaptada, em Cádiz, na Espanha, e ficou em nono lugar.
— Eu me superei na expectativa, porque o primeiro Mundial não é fácil, a gente não conhece, eu nunca tinha velejado no mar. Foi minha primeira experiência internacional, para mim foi muito, muito, muito inexplicável. Você vai com a certeza de que fará o seu melhor, porém surgem vários obstáculos. Encarei e fiquei entre as dez melhores do mundo — relata.
Iracema Sousa ficou entre as dez melhores do
mundo no Campeonato Mundial de Vela Adaptada,
na Espanha.
Foto: TV Globo/Reprodução
Iracema trabalha no Centro de Ensino Especial de Deficientes Visuais (CEEDV). O "Vela Para Todos" fechou uma parceria com o CEEDV e está com um projeto voltado especificamente para os deficientes visuais.
— É emocionante ver a alegria das crianças. É incrível como elas se superam, porque elas sentem melhor o vento, elas têm uma percepção mais apurada, sensibilidade para perceber o vento melhor do que a gente que enxerga, é incrível — pontua Iracema.
Além da atividade física e dos campeonatos, os participantes reforçam que o projeto também cria muitos laços de amizade.
— Conheci um monte de gente aqui e nós somos todos muito amigos, então é bem legal. Sempre fica melhor quando tem mais gente, por isso já convidei muitas pessoas — enfatiza Bia Mendes, que tem 12 anos e participa do projeto desde os 7.
"Gosto muito de velejar, é uma brincadeira para mim", diz Bia Mendes, atleta de vela adaptada — Foto: TV Globo/Reprodução
"Vela Para Todos"
Local: Clube Nipo (Setor de Clubes Sul)
Mais informações: https://fbva.esp.br
Telefone: (61) 9 9962-9868
Para ver o vídeo: https://globoplay.globo.com/v/8206969/
Doação pode ser feita no primeiro piso do Shopping Nova América
Voluntário da White Martins doa anéis de lata
RIO - Em 2011, um grupo de funcionárias da empresa White Martins, que funciona no Shopping Nova América, em Del Castinho, iniciou uma campanha: juntar anéis de latas de bebidas para serem trocados por cadeiras de rodas. A mobilização funcionou e continua de vento em popa. Os pontos de entrega do material estão na loja sustentável no 1º piso do shopping e em todas as unidades da White Martins. A coleta é feita por meio de garrafas PET de dois litros: 770 unidades cheias correspondem a uma cadeira de rodas para uma criança, que é selecionada pela One by One, ONG voltada para inclusão social de menores de baixa renda com deficiência.
Thaminne Cerqueira, gerente de marketing do Nova América, conta que é gratificante ver como um material que iria para o lixo pode melhorar a qualidade de vida de alguém.
É um pequeno lacre que faz uma grande diferença na vida de muita gente. Ver a transformação das pessoas, saber que podemos dar para o mundo um olhar diferente do que herdamos e observar o sorriso no rosto da pessoa atendida são as melhores recompensas — afirma Thaminne.
Desde que foi iniciada, a campanha já arrecadou mais de cinco milhões de anéis de lata, que foram trocados por 16 cadeiras de rodas doadas a creches, hospitais e lares de idosos. Entre as instituições já beneficiadas no Rio estão o Lar Maria de Lourdes, o Hospital Mário Kröeff, o Instituto Amparo Thereza Cristina, o Lar de Frei Luiz e o Lar de Idosos Froein Farain.
A proposta é exaltada pela gerente de Sustentabilidade e Diversidade da White Martins, Mariana Simões:
— Ao longo dos anos, pudemos ver um aumento significativo na participação de nossos colaboradores para melhoria da qualidade de vida da pessoa com deficiência. Estamos certos de que esta campanha atingirá cada vez mais pessoas.
O INSS vai suspender temporariamente as perícias médicas nas agências
O Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) vai dispensar os segurados que requereram auxílio-doença da necessidade de comparecer a uma agência da Previdência Social para fazer a perícia médica. O mesmo valerá para idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência que deram entrada no pedido de Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas). O objetivo é reduzir o atendimento nas unidades, por conta do avanço do coronavírus no país. As novas medidas foram divulgadas nesta quinta-feira (dia 19).
Segundo as novas diretrizes, essas pessoas deverão enviar o atestado médico pelo portal Meu INSS ou pelo aplicativo. Após o segurado fazer o upload do documento, a perícia médica fará uma análise para a concessão ou a prrogação do benefício. Todos os que já fizeram o pedido e aguardavam o exame poderão anexar o atestado.
Os segurados que tiverem diagnóstico de contaminação pela Covid-19 também poderão fazer o requerimento de auxílio-doença de forma virtual.
Veja ainda:
Futuros requerimentos
Caso o usuário ainda não seja cadastrado no portal Meu INSS, será preciso se inscrever em acesso.gov.br. O interessado deverá informar o CPF e clicar em “Crie sua conta”. Uma segunda tela se abrirá para o preenchimentos dos dados pessoais, como nome e CPF (campos obrigatórios), além de e-mail e número de telefone.
Durante o processo de inscrição, o cidadão terá que confirmar o nome da mãe, assim como o dia e o mês de nascimento. O cadastramento dependerá ainda de o interessado responder a um questionário sobre sua vida trabalhista e previdenciária.
De acordo com o INSS, as agências estarão fechadas durante um período, e um servidor estará de plantão, por telefone, para esclarecer dúvidas sobre o Meu INSS. Os telefones das unidades serão divulgados para que os interessados entrem em contato. Os demais servidores vão trabalhar de forma remota.
Abrigo Boracea, na Barra Funda, onde dormem pessoas em situação de rua
Em um trecho da rua Norma Pieruccini Giannotii, na Barra Funda, sujeira e moradores em situação de rua dividem a calçada com pequenos comerciantes que vendem água e doses e garrafinhas de cachaça.
Pouco antes da fila que se acumula para entrar no centro de convivência do Abrigo Boracea, os irmãos Michael e César* mostram a outras pessoas que estão vivendo nas ruas como estão se cumprimentando em tempos de coronavírus. Sorrindo, tocam os calcanhares. "Se alguém pegar isso aí aqui, fudeu", diz Paulo.
"Mandaram todo mundo ir pra casa. E nós, que não temos casa? Estamos dormindo aqui um do lado do outro, a 40 centímetros uns dos outros. Pediram isolamento, e nós vamos nos isolar aonde?"
Os dois vivem nas ruas de São Paulo há cerca de um ano. Em 2014, eles deixaram Governador Valadares, em Minas Gerais, para tentar a vida na capital paulista. Conseguiram um emprego na zona cerealista no Brás, mas perderam os postos no ano passado. Desde então, os dois passaram a dormir no Boracea, sobrevivendo com bicos e trabalhos esporádicos, como ajudar no carregamento de um caminhão ou montar palcos de eventos.
De chinelos, com uma calça jeans dobrada na altura do tornozelo e camisa vermelha estampada, César acompanha o irmão na preocupação com a pandemia que atinge o mundo. No albergue, diz ele, o entra e sai é constante: um dia, você está com alguém dormindo ao seu lado, no outro pode ser outra pessoa.
Na porta do albergue, em meio ao acúmulo de pessoas para almoçar no centro de convivência, uma funcionária admite:
"Eu sei que isso aqui está errado, mas não tenho o que fazer"
Beliches e vagas escassas
O Abrigo Boracea é um dos maiores de São Paulo. Lá dormem, todos os dias, cerca de 1.200 pessoas que não têm onde morar. Elas são acomodadas, na maioria dos casos, em beliches. Convalescentes (pessoas que estão passando por alguma recuperação em termos de saúde) e pessoas com deficiência têm alas específicas, com camas individuais. As vagas, segundo relatos, são escassas, e o albergue está sempre lotado.
O Censo da População de Rua estima que pouco mais de 24 mil pessoas vivam nas ruas de São Paulo. O número é considerado subnotificado pelas organizações que tratam do tema. Mesmo levando em consideração este valor, que não reflete a realidade, a prefeitura dispõe de 17 mil vagas, ou seja, há um déficit de pelo menos 7.000 pessoas.
Paulo, 25, chegou há pouco tempo. Uma semana atrás, estava em Bom Jesus dos Perdões e veio à capital por conta da promessa de um emprego de ajudante. "Chegando aqui, vi que tudo estava um caos. Não teve emprego, e agora estou morando aqui", conta. "Fui eu quem ensinei o cumprimento com os pés pros irmãos."
Dentro do centro de convivência e do albergue, alguns funcionários utilizam máscara e o álcool gel é disponibilizado. Prefeitura e governo do estado, entretanto, não têm planejamento concreto para atender as pessoas em situação de rua. A reportagem apurou que o albergue na Barra Funda, por exemplo, vem questionando a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, mas não há resposta.
O temor é que máscaras e álcool em gel acabem. "Estamos aguardando uma posição da secretaria. Temos aqui só os produtos que usamos normalmente, não chegou mais. Ontem, 10 litros de álcool em gel foram utilizados em uma hora e meia, nesse ritmo vai acabar tudo", disse um funcionário.
"A precariedade já é constante aqui. Não teve conversa, não teve uma assembleia para orientar as pessoas em situação de rua. A orientação, quer dizer, os produtos foram só para os funcionários. Nós ainda não sabemos o que fazer, nem como vai ser no futuro. Nossa preocupação é com os idosos", relata Átila Robson Pinheiro, 57, conselheiro do Comitê de População de Rua (PopRua).
"Estamos com os pés e as mãos amarradas",
"Hora de sair do Twitter"
Em uma rua miúda na região da Luz, centro de São Paulo, uma casa de paredes esverdeadas acolhe diariamente 222 pessoas em situação de rua. O espaço é focado nos "adultos com autonomia", pessoas que são responsáveis em questões como trabalho e higiene pessoal. No dia em que a reportagem esteve no local, todas as vagas já estavam preenchidas. Lá, também há uma mistura de nervosismo e desinformação.
"A cada 30 minutos chega uma coisa nova. Ainda não temos uma posição concreta do poder público. Se alguém aqui apresenta sintomas, ou faz o teste e dá positivo, onde eu vou colocá-lo para fazer quarentena? Estamos preocupados", diz Mauro Pereira da Silva, gerente do albergue Portal do Futuro.
"Estamos um vivendo um momento político de precariedade dos serviços públicos, incluindo a saúde. Agora, não é hora de politizar a situação, de falar em esquerda ou direita. É hora de tomarmos atitudes, principalmente em relação aos mais vulneráveis. Faço um apelo ao poder público: sejam mais ágeis. Tá na hora de sair do Twitter", afirma Mauro.
Para o médico Flávio Falcone, que trabalha há pelo menos oito anos com a população em situação de rua, em especial na chamada 'cracolândia', "nada vem sendo feito" pelo poder público em relação a estas pessoas.
"Prefeitura deveria garantir lugares públicos para lavar as mãos. Na praça Julio Prestes, as torneiras estão quebradas. Também deveria ter distribuição de álcool em gel para as pessoas. Mas não tem nem para os assistentes sociais, imagina para quem vive na rua", diz Falcone.
"Eu atendi um paciente que teve contato com alguém contaminado, e fui afastado. Sou contratado, tenho um emprego em Guarulhos. Tenho condições de fazer quarentena. E as pessoas em situação de rua, como vão fazer?"
Outro lado
Procurado, o governo do Estado afirmou que "os programas que tratam dos moradores de rua são de responsabilidade da prefeitura".
Já a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) diz que "os serviços conveniados à pasta estão intensificando os cuidados com a higiene, como lavar bem as mãos com água e sabão, cobrir a boca e o nariz ao tossir e espirrar, evitar tocar os olhos, e orientações de não compartilharem objetos de uso pessoal".
Serviço
No próximo sábado, o Centro de Convivência É de Lei realiza uma ação para conscientizar a população em situação de rua sobre os riscos e sintomas do novo coronavírus. O centro também está arrecadando doações de álcool em gel, sabonete e outros itens de higiene. Mais detalhes podem ser lidos aqui..
Para combater o novo coronavírus (Covid-19), a partir desta terça-feira (17), a Prefeitura de Caraguatatuba irá adotar um pacote de medidas preventivas e cuidados focados na proteção da população, principalmente de idosos e pessoas com doenças crônicas.
Além das orientações iniciais, como o hábito da etiqueta social e a suspensão de atividades que envolvam crianças, idosos e pessoas com deficiência, a Prefeitura irá investir em métodos que evitem o contágio e proliferação do vírus.
Uma dessas ações será aplicada pelo Centro de Especialidades Médicas e Odontológicas (CEM/CEO) no atendimento aos cerca de 1,6 mil pacientes cadastrados no “Programa Alto Custo”. Esses pacientes recebem medicamentos de processo municipal, alto custo e controlados.
A Prefeitura deCaraguatatuba, por meio da equipe da farmácia do CEM/CEO criou um plano de contingência para evitar aglomerações na retirada desses medicamentos, que é realizada na própria unidade.
“A Secretaria de Saúde irá ampliar o sistema de entrega de medicamentos a domicílio, que foi implantado em 2018 pela atual administração, para evitar que idosos e pacientes crônicos venham até a unidade e se exponham a grande quantidade de pessoas”, ressalta o farmacêutico do “Programa Alto Custo”, Arthur Reis Caldas.
A previsão é de que até a próxima quinta-feira (26), cerca de 950 pacientes do programa irão receber seus medicamentos.
Os demais irão ter seus remédios em casa a partir do dia 27 de março (sexta-feira). “Temos cerca de 1,6 mil pacientes e todos eles receberão os remédios e a visita da nossa equipe em casa”, afirmou Arthur Reis.
O farmacêutico destacou ainda a importância das pessoas manterem os seus cadastros com endereço e telefone atualizados. “Nós começamos a ligar para todos os munícipes do programa para confirmar, principalmente, o endereço de entrega desses medicamentos; é extremamente primordial que esses dados estejam corretos”, disse.
Mesmo com todas as medidas de prevenção ao novo coronavírus aderidas pela Prefeitura Municipal, a farmácia do CEM/CEO irá continuar aberta e à disposição de todos os munícipes, principalmente dos que fazem uso de remédios controlados que só podem ser entregues aos pacientes no local mediante a apresentação de receita médica.
O presidente da Caixa Econômica Federal , Pedro Guimarães, disse nesta quinta-feira que o banco está se preparando para iniciar o pagamento do voucher no valor de R$ 200 para trabalhadores informais — medida anunciada na quarta-feira pelo governo.
Além do crédito em conta para quem é correntista ou tem poupança, o dinheiro poderá ser sacado nas lotéricas, nos terminais, correspondentes e correspondentes bancários e nas agências.
Guimarães destacou os beneficiados não poderão receber outros benefícios do governo, como bolsa família por exemplo e que serão utilizados cadastros da Caixa e do INSS para identificar quem receberá o auxílio.
— Mais de 30 milhões de informais serão pagos majoritariamente pela Caixa. Como faremos isso? nas agências, lotéricas, correspondente bancário e também on-line.
A Caixa está a serviço da população brasileira. Sabemos que serão dias, semanas e meses intensos. Queremos ajudar o máximo possível — disse Guimaraes.
Ele mencionou que o governo decidiu pelo voucher há apenas dias e que está conversando com a equipe econômica sobre os detalhes da medida. Havendo uima definição rápida, disse, a Caixa poderá iniciar os pagamentos no próximo mês.
Quem vai receber o voucher?
A Caixa Econômica Federal tem 26 mil postos de atendimento. De acordo com o ministro Paulo Guedes, todos já estão sendo preparados.
“O interessado no voucher vai se apresentar e dizer o nome e dar alguma identificação. O atendente checará se o nome já consta como beneficiário do Bolsa Família ou do BPC (Benefício de Prestação Continuada). Se não estiver recebendo nada, estará habilitado para receber o voucher e já recebe o dinheiro”, diz Guedes.
E como será possível prevenir fraudes?
“O pessoal da Caixa será treinado. Teremos alguma checagem que vai permitir identificar quem se inscreveu e não deveria receber. Não é primeiro programa de renda universal nem renda básica, como alguns erroneamente disseram. O Brasil não tem condição de dar dinheiro para todo mundo agora. Não vamos dar dinheiro para ricos. No 2º mês em que as pessoas forem receber na Caixa, já terá sido realizada uma checagem adicional. Aí, quem se inscreveu sem ter direito não receberá mais”, explica o ministro.
INSS adotou medidas durante a pandemia do coronavírus| Foto: Arquivo Gazeta do Povo
O INSS anunciou nesta quinta-feira (19) que vai permitir que os trabalhadores recebam o auxílio-doença e o Benefício de Prestação Continuada (pago a idosos pobres ou pessoas com deficiência) sem a necessidade de passar por perícia médica. Os novos segurados precisarão apenas apresentar um atestado médico que prove que eles têm direito ao benefício. Esse atestado deverá ser anexado dentro do site ou aplicativo MEU INSS. O atestado poderá ser obtido junto ao médico particular. Os peritos do INSS vão analisar remotamente o atestado e aprovar o pagamento do benefício. A medida visa facilitar a vida das pessoas neste momento de circulação restrita, devido à pandemia do coronavírus"
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/republica/breves/justica-nega-pedido-do-mp-e-mantem-cultos-de-silas-malafaia/
A startup holandesa Envision decidiu dar nova vida ao Google Glass, um fracasso de vendas da gigante de tecnologia, ao desenvolver uma nova maneira de ver o mundo para pessoas cegas ou com baixa visão.
O projeto usa inteligência artificial para extrair informações do ambiente e descrever para o usuário o que está acontecendo ao redor.
Assim que algum texto é colocado em frente ao dispositivo, o software automaticamente analisa as letras e informa em voz alta do que se trata. Outra função é o reconhecimento facial, assim, é possível saber quem está no mesmo ambiente ou em frente ao equipamento sem a pessoa se apresentar.
O óculo pode ler mais de 60 linguans em tipografias diferentes e até escritas a mão. A empresa diz que este é o software de reconhecimento facial mais rápido no mercado.
A empresa postou um vídeo em que usuários contam suas experiências com o dispositivo. O maior destaque foi para realizar as tarefas com mais facilidade, como cozinhar sozinho.
Sobrevida para o Google Glass
Os pré-pedidos do óculos começaram na quarta-feira (11) pelo valor de 1.699 dólares, cerca de R$ 8.400, e a previsão de envio para os primeiros compradores é agosto deste ano.
O softwre da empresa holandesa pode dar uma nova vida para um produto da Google que já estava esquecido. Estima-se que atualmente 253 milhões de pessoas vivam com problemas visuais.
Fonte https://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/startup-usa-google-glass-para-ajudar-cegos-a-verem-o-mundo-16032020
Postado por Antônio Brito
Mãe de três filhas autistas, Skarlait Neves criou ONG para atender crianças com transtornos — Foto: Skarlait Neves/ Arquivo Pessoal
Diariamente, a força revolucionária das mulheres surpreende e, Skarlait Neves, de 35 anos, é um desses exemplos.
Mãe de três filhas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ela usou a experiência que teve na família e fundou a Organização Não Governamental (ONG) Céu Azul, que hoje atende em Divinópolis mais de 80 crianças com autismo e outros transtornos.
É fácil perceber perceber em Skarlait que toda dor vivenciada com os diagnósticos clínicos das filhas se transformou em coragem para travar uma batalha coletiva, onde hoje ela tem a oportunidade de compartilhar dentro da ONG.
Aos 19 anos Skarlait teve uma gestação, mas por complicações na gravidez acabou perdendo a criança.
Na mesma ocasião e já casada, ela e o marido iniciaram um tratamento de um ano para tentar engravidar novamente.
Durante o processo foi informada por médicos que não poderia mais ter gestações, mas ela conta que não desistiu. Cerca de três meses depois, engravidou de uma menina.
"Por providência divina, meses depois e sem nenhum medicamento eu engravidei da minha primeira filha, Samara" relatou.
Diagnósticos de autismo
Skarlait conta que a gestação de Samara foi considerada de alto risco e a criança nasceu prematura. Ao nascer, a bebê ficou internada para ganhar peso e, nos primeiros três primeiros meses de vida da bebê, mãe percebeu que ela já demonstrava características do autismo.
"O autismo não tem uma característica apenas. São características muito particulares e que sempre vão variar de uma pessoa para outra. Samara foi diagnosticada com um ano e oito meses de idade e nesse momento eu perdi meu chão. Precisei recriar meu universo e redefinir minha vida a partir dela," lembrou.
Ainda tendo que lidar com o diagnóstico da primeira filha, Skarlait realizou exames para saber o percentual de chances dos outros filhos nascerem com autismo e o resultado foi de 98%. Na ocasião destes exames ela descobriu a gravidez de Emanuelle.
"Mesmo com os exames apontando 98% de chances de mais um filho com autismo, eu me apeguei aos 2% com toda fé, para que minha filha escapasse do diagnóstico, mas os desafios novamente me encontraram", relembrou.
Assim que nasceu Emanuelle, aos oito meses, um neurologista avaliou a criança e desde então posicionou a mãe sobre a possibilidade dela também ser autista. O diagnóstico foi concluído quando a menina fez um ano.
Ainda em meio à turbulência das duas filhas com autismo, Skarlait descobriu a quarta gravidez. Novamente mais dificuldades e obstáculos.
"Tive todas as intercorrências possíveis numa gravidez e minha filha nasceu com 650 gramas e 15 centímetros. Uma experiência sobrenatural. Quando ela nasceu, aos cinco meses, teve complicações que nenhum prematuro suportaria. É nesse sentido que digo que toda essa experiência, de minhas três filhas, me fez crescer como mulher", frisou.
Desde o primeiro diagnóstico Skarlait deixou sua função de administradora, abandonou seus gostos para então viver na dedicação exclusiva à maternidade. Se debruçou a aprender sobre o autismo e aceitou que estava pronta para uma verdadeira batalha que hoje é compartilhada com mais de 80 famílias de crianças especiais atendidas pela Ong Céu Azul.
"Tive experiências com verdadeiras avalanches, tive medo e insegurança. Mas tudo isso me fortaleceu e eu quero a cada dia poder transmitir força a essas famílias e a essas crianças que cuidamos com tanto amor", finalizou.
Devido à baixa imunidade, idosos e pessoas com deficiência representam o público com maior preocupação com o novo coronavírus (Covid-19), pois se tornam mais vulneráveis à ação do vírus e a possíveis complicações.
Em Caraguatatuba, algumas medidas de prevenção foram tomadas pela Prefeitura para garantir que esse público permaneça em suas residências e evite lugares fechados e com aglomerações.
O Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência e ao Idoso (Ciapi) suspendeu as oficinas do Centro de Convivência e o atendimento do Centro Dia, onde os usuários permanecem no espaço o dia todo e recebem alimentação, banho, serviços de saúde e atividades diversas. Neste período, os profissionais passarão por capacitações, de acordo com sua área de atuação.
Os usuários do Centro Dia receberão monitoramento em casa pela equipe multiprofissional do Ciapi, garantindo que os direitos não sejam violados, com atendimento de fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, assistente social, nutricionista, enfermeiro e cuidador de idosos.
Na Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência e do Idoso (Sepedi) haverá suspensão do atendimento de cadastro e Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) por tempo indeterminado.
Nas entidades sociais, o Lar São Francisco permanece com o atendimento em domicilio, garantindo assistência integral dos idosos dependentes de cuidados.
A Associação Acalento também suspenderá os atendimentos e neste período fará um levantamento de demanda para montar um plano de atendimento domiciliar dos casos mais graves.
Nas Instituições de Longa Permanência para idosos, as visitas estão suspensas e as atividades nos Centros de Convivência do CCTI e Pró+Vida também canceladas.
O departamento de esportes adaptados da Secretaria Municipal de Esportes e Recreação também cancelou o treino dos atletas com deficiência por tempo indeterminado.