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Professor desenvolve modelos de monumentos e imprime em 3D para crianças deficientes visuais sentirem. — Foto: Renato Frosch
O professor de construção civil Renato Frosch, de 41 anos, capta imagens de monumentos conhecidos da região, os transforma em projeto gráfico através de softwares específicos e, depois, os imprime em 3D, para que pessoas com deficiência visual consigam conhecer através do tato o formato das estruturas. A conclusão de todas as etapas pode variar de dois dias a uma semana.
Em entrevista ao G1, o professor contou que tudo começou em um tour feito com uma amiga deficiente visual acompanhados por um guia turístico em uma cidade da Argentina, onde ele fez parte de um programa de inovação cidadã ao ter seu projeto escolhido. "No nosso único dia de folga, fomos fazer o tour pela cidade. Um guia turístico dizia como era o monumento, como se parecia, se tinha figura humana nele, o que representava, mas não era a mesma coisa. Minha amiga, deficiente visual, não fazia ideia do que estava à sua frente".
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Professor oferece modelo 3D gratuitamente a professores e responsáveis para reprodução pedagógica. — Foto: Renato Frosch
“Ela ficou muito entusiasmada em poder 'enxergar' a estrutura na palma das mãos e voltou para o país dela, Colômbia, levando a miniatura do monumento”, conta.
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Esculturas e monumentos santistas viram miniaturas pedagógicas para deficientes visuais. — Foto: Renato Frosch
De volta ao Brasil, o professor notou que não fazia sentido não dar continuidade ao projeto mas, desta vez, decidiu se basear em monumentos brasileiros. Em Santos, o objeto em formato de coração em frente à Paróquia do Imaculado Coração de Maria, o famoso Peixe da entrada da cidade e a escultura Tomie Ohtake, no Emissário Submarino, receberam as versões fiéis em miniatura.
Com ou sem drones
Para fazer o projeto sem o auxílio de drones, Renato tira diversas fotos em ângulos diferentes da mesma estrutura, mas precisa ter referência de proporções. "Tiro fotos com alguém ao lado e faço o cálculo com base na altura média de uma pessoa. Depois, desenho em softwares específicos todo o monumento”, detalha. “Sempre coloco uma ‘pessoinha’ adulta ao lado da miniatura, para que a pessoa deficiente visual tenha também uma referência de tamanho”.
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Professor utiliza fotos e drones para gerar modelo em softwares específicos. — Foto: Renato Frosch
Direitos Autorais
Uma preocupação do pesquisador ao compartilhar online seus projetos é o uso indevido que terceiros possam fazer do produto final da impressão mas, de acordo com a Lei de Direitos Autorais, os direitos para projetos voltados à pessoas com deficiência visual são assegurados. "Descobri isso ao longo do processo, mas tenho que garantir que ninguém vai vender esse arquivo", comenta. "As escolas, tendo uma impressora 3D, podem baixar e reproduzir gratuitamente, essa é a frente que eu defendo. Não quero atender uma só criança, o material que produzo é pra todo mundo", finaliza.
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Todo o desenvolvimento do projeto pode variar de dois dias a uma semana. — Foto: Renato Frosch
Fonte https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/educacao/noticia/2020/05/12/professor-transforma-monumentos-em-miniaturas-para-criancas-cegas.ghtml
Postado por Antônio Brito
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