26/05/2020

Pesquisa inédita revela a percepção do brasileiro sobre educação inclusiva

Você sabia que 86% dos brasileiros afirmam que “as escolas ficam melhores quando incluem alunos com deficiência? Este e outros dados sobre o imaginário popular acerca do que significa falar de inclusão e escola estão em uma pesquisa inédita divulgada nesta terça-feira, 15. O Instituto Alana, organização que trabalha para honrar a criança e defender os seus direitos, encomendou o estudo O que a população brasileira pensa sobre educação inclusiva ao Datafolha, com o objetivo de traçar um panorama sobre o entendimento da população sobre educação inclusiva. Afinal, o que é incluir uma criança com deficiência no ambiente escolar?

Escolas regulares funcionam melhor para a inclusão? Quais os impactos desse convívio para toda a comunidade escolar? Questões como essa são o ponto de partida da análise. Sobretudo no atual momento do país, que discute se há ou não demanda popular pelas chamadas escolas especiais, trata-se de uma discussão fundamental – confira a avaliação do De Olho nos Planos sobre o fim da Secretaria de Diversidade e Inclusão. O Plano Nacional de Educação, e a própria Constituição Federal defende que a educação é um direito de todos, o que contempla a inclusão de crianças com deficiência intelectual em escola regulares. Oartigo 227 da Constituição coloca como absoluta prioridade assegurar que esse direito seja garantido, reforçando que este é um dever compartilhado do Estado, da família e da sociedade.

A partir de afirmações que costumam povoar a cabeça de muita gente quando se fala neste tema, a pesquisa convida as pessoas a concordar ou discordar do proposto. Por exemplo, uma das afirmativas apresentadas foi “professores têm interesse em ensinar para crianças com deficiência“; 71% responderam que sim. Ao todo, foram dez perguntas, que os entrevistados puderam responder a partir de cartões de múltipla escolha.

A pesquisa, realizada entre 10 e 15 de julho de 2019, contemplou 130 cidades brasileiras nas cinco regiões, e interpelou um total de 2.074 entrevistados – homens e mulheres com mais de 16 anos. Os dados apresentados são somatórias das variações “concorda totalmente”, “concorda em parte”, “discorda totalmente” e “discorda em parte”.

O resultado do estudo aponta para duas realidades; de um lado, há um grande entendimento sobre os benefícios da inclusão para todas as crianças; de outro, a fragilidade da falta de formação sobre o assunto, o que faz com que as pessoas que têm pessoas com deficiência na família estejam melhor paramentadas para lutar pela inclusão, restringindo a pauta a um nicho específico da sociedade. O principal entrave aqui é social, e reforça a importância de situar o debate sobre inclusão como um problema comum a toda a sociedade, e não somente de quem a vivencia no dia a dia.

Na escola, por exemplo, para garantir que a educação seja inclusiva, de fato, é necessário oferecer capacitação para toda a comunidade escolar, entre professores, gestores, assistentes, profissionais de saúde, famílias e, claro, os próprios estudantes.

Dentre as principais conclusões da pesquisa, está que os entrevistados que convivem com pessoas com deficiência têm uma atitude mais favorável em relação à inclusão.

Confira alguns dados da pesquisa:

Fonte  https://lunetas.com.br/pesquisa-educacao-inclusiva/

Postado por Antônio Brito 

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