Os professores da Universidade Federal do Pará (UFPA) decidiram, durante assembleia virtual realizada na quinta-feira (16), que não retornarão às atividades presenciais até o final deste ano, devido a pandemia da Covid-19.
O corpo de docentes também não quer o ensino remoto (à distância). Para os professores, a única saída é o cancelamento do segundo período do ano letivo de 2020. As posições definidas na assembleia serão defendidas pela entidade no Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) e na Comissão da Universidade que analisa o trabalho remoto e o retorno das atividades acadêmicas.
Na Assembleia, os professores reafirmaram o que classificam como a defesa da vida e manifestaram a preocupação com as condições de trabalho, de ensino e de saúde dos docentes e da comunidade universitária no período da pandemia. Na avaliação da categoria, não há segurança para o retorno das atividades presenciais na UFPA ainda neste ano.
Uma comissão foi formada para monitorar e analisar as condições de trabalho docente na Universidade. Na Assembleia, os professores também analisaram a conjuntura brasileira e aprovaram, por unanimidade, o engajamento na Campanha Fora Bolsonaro e Mourão, defendendo a saída imediata do atual Presidente da República.
“O cenário não é dos melhores para nós, por conta dessa pandemia, da crise sanitária e ambiental, e da agenda de medidas neoliberais que aprofundam os ataques aos trabalhadores, o que deverá gerar mais tensionamento e cerceamento das liberdades. É um cenário de polarização aguda, que tende a uma maior instabilidade, em que precisamos estar articulados e mobilizados para defender nossos direitos”, apontou o diretor-geral da Associação dos Docentes da UFPA (ADUFPA), Gilberto Marques.
Testes clínicos com o medicamento haviam sido suspensos no início de junho, e faziam parte dos ensaios 'Recovery', com 11 mil pacientes, estudam diversos possíveis tratamentos para a doença.
Resultados preliminares publicados nesta quarta-feira (15), de um estudo liderado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, associaram o uso da hidroxicloroquina a piora do quadro e morte pela Covid-19 em 1,5 mil pacientes com a doença.
Os ensaios que testavam o medicamento contra a doença fazem parte do conjunto de ensaios clínicos "Recovery", que analisa vários remédios para a Covid-19 em 11 mil pacientes britânicos. O braço com a hidroxicloroquina começou os testes no dia 25 de março, mas foi suspenso no início de junho, quando os cientistas anunciaram que não houve benefício no uso dele para a infecção.
Segundo o estudo, que ainda não passou por revisão de outros cientistas (a chamada "revisão por pares"), a hidroxicloroquina não reduziu a mortalidade e foi associada a períodos de internação mais longos e risco aumentado de morte ou necessidade de ventilação mecânica para o paciente.
"Embora preliminares, esses resultados indicam que a hidroxicloroquina não é um tratamento eficaz para pacientes hospitalizados com Covid-19", dizem os cientistas de Oxford.
Eles destacam, ainda, que as estatísticas constatadas no estudo "descartam qualquer possibilidade razoável de benefício significativo de mortalidade" pelo uso do remédio.
Os pesquisadores pontuaram, entretanto, que os resultados se aplicam a pacientes hospitalizados com a doença, e não ao uso do remédio para prevenção (profilaxia) ou em casos leves de Covid-19.
Para avaliar a substância, foram comparados 1.561 pacientes que tomaram o medicamento com outros 3.155 que não tomaram (o grupo controle).
A hidroxicloroquina é usada para tratar doenças autoimunes, como o lúpus, e alguns tipos de malária. O principal risco no uso do remédio, disseram os pesquisadores, é para o coração, podendo causar arritmias. Esse efeito pode ser agravado se o remédio for usado em associação com a azitromicina, um antibiótico.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) também chegou a testar o medicamento, mas suspendeu os ensaios de forma definitiva há cerca de um mês, depois de uma suspensão temporária e de retomar as tentativas.
Ensaios Recovery
Os ensaios Recovery são um conjunto de testes feitos com mais de 11 mil pacientes internados por Covid-19 no Reino Unido. As pessoas são divididas, de forma aleatória, entre os seguintes tipos de tratamento:
1 Lopinavir-Ritonavir (comumente usado para tratar o HIV)
2 Dexametasona em baixa dose (um tipo de esteroide, usado em várias doenças para reduzir a inflamação)
3 Hidroxicloroquina, que é usada para tratar malária e algumas doenças autoimunes, como o lúpus (ensaio suspenso e que não demonstrou eficácia)
4 Azitromicina (antibiótico)
5 Tocilizumab (tratamento anti-inflamatório administrado por injeção)
6 Plasma convalescente (coletado de doadores que se recuperaram da Covid-19, com anticorpos para o novo coronavírus (Sars--CoV-2).
“Foi um momento de revelação pra mim. Não foi algo ruim, e sim ótimo, porque pude aprender ainda mais com minhas dificuldades e melhorar elas de forma direcionada e objetiva”. É assim que o estudante de medicina Vittor Guidoni – conhecido na internet como Vittinho do SUS – define a sensação de receber um diagnóstico de autismo aos 18 anos.
Sensação na internet ao virar meme após um post no Twitter, o jovem conta ao Olhares do Autismo que sempre se sentiu diferente das outras pessoas, e chegou a pesquisar diversas vezes sobre outras condições e transtornos. Interessado em saúde mental e curioso em entender como poderia interagir melhor socialmente, ele lia bastante a respeito do tema.
“Não aprendi a ser um psicanalista depois de ler os livros e ver tutoriais e vídeos que vi. Porém, aprendi muito em questões sociais, como conversar, como me comportar, etc. E quando trouxe isso para a psicóloga, ela ficou até surpresa que eu tinha feito toda essa ‘autoterapia’ ao longo dos anos”, lembra.
Diagnóstico
Foi a psicóloga quem levantou as primeiras suspeitas de que Vittor podia estar no espectro do autismo. Ao longo de sete meses, o estudante fez terapia com o objetivo de tratar questões de ansiedade e falta de foco.
“Conversávamos mais sobre prováveis motivos pelas minhas diferenças do ser humano ‘normal’, por assim dizer, e tentávamos achar algo que encaixasse”, conta.
Durante uma consulta, ela pediu que o estudante procurasse informações sobre o TEA e analisasse se encontrava semelhanças nas características apresentadas. “Me encaixei em tudo. Dos stims aos hiperfocos, às dificuldades. Tudo. Daí ela me encaminhou para um psiquiatra e lá tive o diagnóstico”.
Ainda assim, ele diz que demorou um tempo até contar para os amigos. “Medo de me tratarem diferente, sabe?”. Mas fez o post em uma rede social.
“Vittinho do SUS”
Em julho de 2019, Vittor fez um post que viralizou em todas as redes sociais e o deixou conhecido. No tweet, ele colocou uma selfie na qual aparece com uma camiseta com os dizeres: “Sim, eu faço Medicina, mas por favor não me chame de doutor. Me chame de Vittinho do SUS”.
Rapidamente, o post se espalhou pelo Twitter e em outras redes sociais. Foram mais de 211 mil curtidas e 34 mil compartilhamentos só no perfil oficial do jovem. Desde então, ele conseguiu novos seguidores na rede social.
Post de Vittor viralizou no Twitter (foto: arquivo pessoal/ Vittor Guidoni)
Vittor conta que teve a ideia ao ver uma camiseta parecida, de um estudante de Direito. “Um dia, quando estava indo para o terceiro período de Medicina, acho, bolei a ideia: “E se eu mudasse de Direito para Medicina”. Aí escolhi ‘Vittinho do SUS’. Postei, e deu no que deu”, diverte-se.
Repercussão
O jovem lembra que não esperava tanta repercussão na foto, e que ficou surpreso. Na época, ele tinha apenas 100 seguidores. “Postei como piada, para os poucos que me seguiam. Postei mais ‘para mim’, sabe? ,Achei engraçado só. Fiquei em choque [risos]. Eu nem tinha visibilidade. Aí, do nada, foi para 200. Depois para 500. Quando eu vi, à noite, já estava em 7 mil seguidores e subindo. E continuou subindo até dar pouco mais de um mês”.
Hoje, o estudante tem mais de 234 mil seguidores no perfil do Twitter. Apesar dos fãs, ele conta que ter esta visibilidade também tem um lado ruim, e que recebe muitos hates [comentários maldosos] em alguns momentos.
“É apenas normal, né. Em situações assim que você recebe muito olhar, de muita gente, também tem muita gente que vai falar mal. Alguns com motivo, a maioria nem tanto”, comenta.
Visibilidade para o autismo
Vittor também aproveita um pouco do espaço que tem ganhado nas redes sociais para dar mais visibilidade ao autismo. No próprio Twitter, chegou a fazer alguns posts sobre o tema.
Apesar de ainda não ter se dedicado muito ao assunto, devido ao isolamento social provocado pelo novo coronavírus, o jovem conta que planeja estudar novas formas de produzir conteúdo voltado para o tema. “Quero fazer as coisas direito”, afirma.
Enquanto isso não é possível, ‘Vittinho do SUS’ diz que recebe mensalmente algumas dúvidas de pessoas que querem saber mais sobre o tema porque estão no espectro ou conhecem alguém com o diagnóstico.
“Algumas trazem perguntas que eu não consigo/sei responder. Nesses casos, sugiro que pergunte a um profissional. Para todas, né, sempre sugiro isso. Um profissional no assunto é muito melhor que eu, mas qualquer dúvida menor, eu tento ajudar com o que posso”, reforça.
Contribuindo para a causa
O jovem também tem contribuído em algumas iniciativas na causa do autismo. Em fevereiro deste ano, ele participou de um episódio do podcast ‘Introvertendo’, sobre autistas na Medicina. Entre outros assuntos, comentou sobre a escolha da profissão.
“Eu acho que, para mim, minha motivação nunca foi realmente fazer medicina. A minha motivação, como eu sempre digo por mais clichê e bobinho que seja, foi salvar o mundo. Só que, claro, isso é um desejo de criança, um sonho completamente ingênuo e utópico”, disse sobre a escolha do curso de formação.
“Defensor do SUS”
Na oportunidade, ele ainda reforçou a importância da saúde pública no Brasil.
“Eu acho que a saúde pública no Brasil tem uma importância ridícula, num sentido bom da palavra. No sentido que é tão grande que você não consegue expressar com adjetivos comuns”.
“A gente tem uma população imensa e ela é mal distribuída. […] Você tem que pensar que, a gente vivendo no Sul, no Centro-Oeste, a gente vê a saúde pública como algo muito mundano, como algo que pessoas pobres vão usar, como algo que pessoas que não têm capacidade de pagar um plano de saúde vão usar. Poxa, eu tenho um plano de saúde, mas mesmo assim eu vou até o SUS fazer coisas diárias. Não vou gastar R$ 200 de uma consulta ridícula que eu posso fazer em um postinho de graça. Muita gente reclama de fila e sim, fila é um problema, só que a qualidade do atendimento não se resume ao tempo que você espera. E eu digo com certeza que a maioria dos médicos que atendem pelo SUS fazem o mesmo atendimento do serviço particular à noite ou de manhã”, pontuou.
Prestes a completar um ano do post viral, Vittor enxerga a visibilidade que ganhou por meio do meme como algo útil para transmitir mensagens e conscientizar as pessoas.
“É bom saber que um post falando sobre saúde publica e/ou causas sociais pode atingir milhares de pessoas pelo país, e que elas vão sempre sair carregando um pouco mais de conhecimento. Estar nessa posição de poder ensinar alguém sobre alguma coisa dessa importância é um privilégio. Tento fazer o possível pra não deixar essa oportunidade passar. O foco é ensinar e agregar na vida das outras pessoas o máximo possível”, conclui.
Neste momento, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, participa de entrevista online e fala sobre a operação de pagamento do auxílio emergencial durante a pandemia do novo coronavírus.
O auxílio emergencial de R$ 600 será liberado para cerca de 1,5 milhão de pessoas nos próximos dias. Todas elas recorreram e passaram por nova análise da Dataprev, empresa responsável pelo processamento de dados, para receber as cinco parcelas da ajuda, paga pelo governo federal por causa da pandemia do novo coronavírus.
"Até momento, a atuação da Dataprev no reconhecimento do direito do cidadão está restrita apenas à primeira parcela do benefício. A reavaliação e autorização para pagamento das demais parcelas são hoje realizadas pelo Ministério da Cidadania", ressalta o órgão.
Após essa etapa de validação do órgão gestor do programa, os dados serão atualizados no portal de consultas da empresa. O conjunto de informações engloba os pedidos realizados nos três últimos meses", afirmou a empresa ao acrescentar que o resultado da análise foi encaminhado ao Ministério da Cidadania para homologação.
Com o objetivo ampliar a atuação e promover a cultura de inclusão e diversidade para empresas nos demais países da América Latina, a Talento Incluir – consultoria que já proporcionou emprego mais de 7 mil pessoas com deficiência no Brasil – anuncia parceria com a argentina Incluyeme.com, uma plataforma que atua no mesmo segmento na região.
Segundo dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho), há mais de 30 milhões de pessoas com deficiência desempregadas na América Latina, em países que, ao contrário do Brasil, não utilizam Lei de Cotas.
De acordo com dados do Ministério do Trabalho e IBGE mais de 24% dos brasileiros (mais de 45 milhões de pessoas) possuem algum tipo de deficiência. Desse total, estima-se que 9 milhões de pessoas com deficiência estão em idade laboral e aptas para trabalhar, porém, cerca de 400 mil postos ainda estão desocupados. Somente 48% do total das vagas reservadas para pessoas com deficiência estão ocupadas.
Juntas, as duas empresas terão mais facilidade para continuar um trabalho iniciado, por exemplo, em empresas sediadas no Brasil e com operações nos demais países da América Latina.
“Essa parceria foi possível porque soma os objetivos das duas empresas em fortalecer a cultura de inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, no Brasil e entre nossos ‘vizinhos’. Além disso, nos motiva a trilhar na trajetória da Talento Incluir uma estratégia de crescimento que busca saltar de 7 mil empregos viabilizados no setor ao ano para a mesma quantidade só que ao mês”, afirma a sócia fundadora da Talento Incluir, Carolina Ignarra.
“A parceria trará um impacto bastante positivo para o tema inclusão na região. Além de expandir a atuação das duas empresas no setor, possibilitará compartilhar e transferir os conhecimentos sobre a cultura de inclusão de cada um desses mercados da região”, declara o fundador da Incluyeme.com Gabriel Marcolongo.
Juliana Ramalho e Carolina Ignarra (cadeirante), sócias fundadoras da Talento Incluir
O presidente Jair Bolsonaro informou, por meio de redes sociais, que medicamento para atrofia muscular espinhal terá a alíquota do Imposto de Importação zerada.
Bolsonaro, no entanto, não detalhou o nome da medicação à qual se referia.
“O governo zera Imposto de Importação de medicamento para Atrofia Muscular Espinhal, que paralisa até o corpo todo. A medida beneficia crianças de até 2 anos portadoras da doença. A desoneração do medicamento, um dos mais caros do mundo, trará nova esperança às crianças portadoras”, diz a mensagem postada pelo presidente no Twitter.
Segundo o Ministério da Saúde, a atrofia muscular espinhal (AME) é uma doença rara, degenerativa, passada de pais para filhos e que interfere na capacidade do corpo de produzir uma proteína essencial para a sobrevivência dos neurônios motores, responsáveis pelos gestos voluntários vitais simples do corpo, como respirar, engolir e se mover.
Varia do tipo 0 (antes do nascimento) ao 4 (segunda ou terceira década de vida), dependendo do grau de comprometimento dos músculos e da idade em que surgem os primeiros sintomas.
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos abriu uma licitação para produzir o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em linguagem direcionada para pessoas surdas ou com deficiência auditiva. A iniciativa é fruto de uma parceria do ministério com a Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).
O material será voltado a pessoas surdas ou com deficiência auditiva que dominem a língua brasileira de sinais (Libras), independentemente do conhecimento da língua portuguesa. Para que isso ocorra, o processo de tradução do ECA envolverá a interpretação do texto na língua-fonte (português) e sua reformulação na língua-alvo (Libras), de forma a torná-lo compreensível. Conheça a íntegra do edital.
Estatuto
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece direitos e garantias especiais às crianças e aos adolescentes. Sancionado em 13 de julho de 1990, o estatuto prevê a ampla divulgação dos direitos da criança e do adolescente pelo poder público, de forma periódica, nos meios de comunicação social.
A legislação também estabelece que as mensagens devem ser veiculadas em linguagem clara, compreensível e adequada a crianças e adolescentes. Segundo o ministério, em comemoração aos 30 anos do ECA, a norma será traduzida para atender às necessidades específicas das pessoas surdas ou com deficiência auditiva.
Com apenas 4,2 % do público-alvo vacinado, o Ministério da Saúde ampliou a vacinação contra o sarampo, da população de 20 a 49 anos, para até 31 de agosto, em todo o país. Desde o início da campanha, em 16 de março, até o dia 15 de julho, segundo dados das secretarias estaduais de saúde, registrados no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações, foram vacinadas 3,7 milhões de pessoas nessa faixa etária.
Nesta quarta etapa da Mobilização Nacional de Vacinação contra o Sarampo, a população alvo nesta faixa etária totaliza mais de 90 milhões de pessoas. Se a pessoa não tomou nenhuma dose da vacina, perdeu o cartão ou não se lembra, deve receber apenas uma dose da vacina. Em caso de dúvida, a orientação é procurar a unidade básica de saúde mais próxima levando o cartão de vacinação e um documento. Lá a situação vacinal será avaliada e atualizada conforme recomendações do calendário básico de vacinação.
Para viabilizar a estratégia de vacinação, foram enviadas 4,3 milhões de doses extra da vacina, além do quantitativo para o atendimento de rotina. Também está em andamento a aquisição emergencial de 29 milhões de seringas e agulhas para apoiar os estados no andamento da operacionalização da vacinação.
Se a pessoa não tomou nenhuma dose da vacina, perdeu o cartão ou não se lembra, deve receber apenas uma dose da vacina.
Vacinação x pandemia
O Ministério da Saúde tem alertado a população quanto à importância da vacinação contra o sarampo, mesmo com a pandemia da covid-19. O sarampo é uma doença grave e de alta transmissibilidade. Uma pessoa infectada pode transmitir para até outras 18 pessoas. A disseminação do vírus ocorre por via aérea ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Neste caso, não é necessário o contato direto porque o vírus pode se disseminar pelo ar a metros de distância da pessoa infectada.
Números
De acordo com o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde de 2020, até 27 de junho, foram confirmados 5.642 casos de sarampo em 21 estados. O Pará foi o estado que mais teve registros, foram 3.237 (57,4%), seguido do Rio de Janeiro com 1.192 casos ( 21,1%), São Paulo com 688 casos (12,2%); Paraná 248 casos (4,4%) e Santa Catarina que registrou 111 casos ( 2%).
O Brasil permanece com surto de sarampo nas cinco regiões, com 11 estados com circulação ativa do vírus. No momento, o país registra cinco óbitos pela doença, sendo três no Pará, um no Rio de Janeiro e um em São Paulo.
Sintomas
Pessoas acometidas pela doença apresentam febre, manchas avermelhadas pelo corpo, tosse, coriza, conjuntivite (olhos vermelhos e lacrimejantes), fotofobia (sensibilidade à luz) e pequenas manchas brancas dentro da boca.
Gestantes
A vacina é contraindicada durante a gestação pois são produzidas com o vírus do sarampo vivo, apesar de atenuado, e a gestação tende a diminuir a imunidade da mulher. O Ministério da Saúde por meio do Programa Nacional de Imunizações recomenda que mulheres em idade fértil devem evitar gravidez até um mês após a vacinação.
O Ministério da Cidadania publicou hoje (17) no Diário Oficial da União uma portaria que regulamenta, como incentivo material, bolsa-auxílio para atletas de rendimento não profissional.
De acordo com a portaria, a bolsa-auxílio tem, por finalidade, dar suporte às despesas provenientes de treinamento e participação em competições esportivas. Entre as despesas possíveis de serem custeadas estão alimentação, suplementação alimentar, hospedagem ou aluguel, uniforme, taxas de inscrições em competições ou treinamento; transporte, consultas e exames médicos, fisioterápicos, nutricionais e psicológicos.
A portaria estabelece como teto máximo para o custeamento dessas despesas o valor de R$ 8 mil mensais.
O benefício pode ser cumulativo a demais auxílios federais, como o bolsa-atleta. No entanto não poderá ser pago a atletas profissionais de esporte de alto rendimento.
Todo o Brasil repercute a informação trazida com exclusividade pelo SISTEMA REAÇÃO de que se o valor teto para carro 0 Km para PcD não for revisto, o mercado pode ficar sem nenhuma opção de modelo com isenção de ICMS e milhares de empregos podem ser afetados.
A movimentação pelas redes sociais cresceu significativamente nas últimas horas, principalmente com apelos de que o assunto seja tratado, com extrema urgência, pelos membros do CONFAZ – Conselho Nacional de Política Fazendária – e de técnicos do COTEPE – Comissão Técnica Permanente (GT 45) – órgãos ligados ao Ministério da Economia e formados pelas Secretarias de Fazenda de todos os Estados brasileiros.
O chamado “segmento PcD” espera que pelo menos dois assuntos sejam pautados na próxima reunião do órgão, ou pelo menos colocado em pauta, no dia 23 de julho: o primeiro, o reajuste do valor teto para o veículo 0Km que pode ser comprado por pessoas com deficiência e familiares – afinal já se vão 11 anos que, pelo Convênio 38 do ICMS do CONFAZ, as pessoas que tem o direito à essa isenção só podem adquirir veículos com valor inferior a R$ 70.000,00 (setenta mil reais). E o outro assunto, seria a prorrogação do direito a esse benefício de isenção do ICMS que se encerrará dia 31 de dezembro deste ano.
Hoje, essa fatia de mercado representa cerca de 14 % do total dos veículos vendidos em todo o País. Foi assim nos últimos anos. “Se por um lado o governo abre mão de IPI e ICMS – e em alguns casos do IPVA – para atender o benefício concedido às pessoas com deficiência e familiares, por outro lado o próprio governo se beneficia com a arrecadação de outros tantos impostos embutidos no carro 0 KM, sem falar nos impostos com mais venda de combustível e autopeças e a geração de empregos na indústria (montadoras), comércio (concessionárias) e serviços (despachantes, empresas de isenção, autoescolas e adaptadoras) geradas pelo setor. Mesmo com o mundo dos automóveis passando por tantas modificações nos últimos anos, percebemos que, para as pessoas com deficiência, o carro tem um grau de importância muito grande na vida e no dia-a-dia, dela e de suas famílias. É sinônimo de mobilidade, liberdade, saúde até em muitos casos. É peça fundamental para sua qualidade de vida”, analisa Rodrigo Rosso, Diretor do SISTEMA REAÇÃO e presidente da ABRIDEF – Associação Brasileira da Indústria, Comércio e Serviços de Tecnologia Assistiva, entidade patronal do setor de pessoas com deficiência.
De acordo com Rosso “é preciso que seja feita uma pressão junto ao CONFAZ e aos governadores de todos os estados e seus Secretários de Fazenda para que, não só seja mantido esse direito de isenção e o benefício do convênio, como também o valor teto seja aumentado pelo menos pelos índices de inflação dos últimos 11 anos. Ou então, se estipule um valor médio para o teto maior do que temos hoje. O melhor mesmo e mais coerente, seria não haver valor teto, como acontece com a isenção do IPI, que é federal”.
Para Geraldo Nogueira, presidente de honra da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB-RJ – Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro “para termos uma ideia da defasagem do valor, basta aplicarmos a correção média do período aos R$ 70.000,00, por qualquer índice, pelo prazo de 11 anos, que chegaremos à atualização aproximada de R$ 126.000,00. Sabemos que o sistema de transporte nas cidades brasileiras ainda deixa muito a desejar, quando o assunto é acessibilidade, fazendo com que o carro com isenção – adaptado ou não – seja o desejo e solução de locomoção para inúmeras pessoas com deficiência pelo País. O pensar desse benefício como um luxo a ser rebaixado é sintoma de uma sociedade atrasada, alicerçada na cultura do capacitismo, que percebe o indivíduo com deficiência como menos igual, incapaz de prover e gerir a própria vida, digno de um olhar benevolente que o coloca na condição de submisso social”. Geraldo Nogueira, além de advogado e militante, é também cadeirante e usuário do benefício.
Em nota, a Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Economia afirma que “neste momento, o Ministério da Economia não está comentando o assunto”. “Por isso a pressão popular é tão importante neste momento. Temos que fazer a nossa parte e buscar manter os direitos das pessoas com deficiência”, afirma o presidente da ABRIDEF.