03/07/2020

UE põe fim aos entraves à acessibilidade

Atualmente existem 120 milhões de europeus com algum tipo de deficiência, em parte devido ao aumento da percentagem de população idosa. Após dez anos de negociações, a União Europeia (UE) adotou o primeiro quadro jurídico para os requisitos comuns de acessibilidade, a chamada Lei de Acessibilidade da União Europeia. A diretiva comunitária terá de ser integrada na legislação nacional de todos os Estados-membros até 2022.

A acessibilidade é uma condição fundamental para beneficiar de direitos essenciais, como o acesso ao local de trabalho, à educação, a serviços públicos, à livre circulação, ou ao lazer.

Os Estados-membros da UE costumavam ter apenas as suas próprias leis e regras internas em matéria de acessibilidade e ainda hoje pessoas com deficiência continuam a enfrentar obstáculos no acesso a serviços fundamentais.

Com a nova diretiva comunitária, a União Europeia quer que os Estados-membros tornem os produtos e serviços mais acessíveis no mercado comum, eliminando ao mesmo tempo as dificuldades decorrentes da existência de diferentes regras nacionais.

Varsóvia, a cidade inclusiva

As organizações para os direitos das pessoas com deficiência descreveram a adoção da Lei de Acessibilidade da União Europeia como um passo histórico.

No entanto, foi um processo moroso e os portadores de deficiência alertam para um longo caminho que ainda há a percorrer para que haja igualdade de acesso e de oportunidades.

Varsóvia, a oitava maior cidade da Europa, foi reconstruída após a 2.ª Guerra Mundial sem pensar na acessibilidade para todos. Mas a realidade tem mudado nas últimas décadas, nesta cidade em rápido crescimento.

Konrad Rychlewski vive na capital polaca, é programador digital e deficiente visual. Apesar de algumas barreiras que ainda persistem, anda facilmente nos transportes públicos.

"Há o metro, o novo eléctrico, algumas paragens dos elétricos e de metro foram reformuladas. A segurança é o primeiro benefício. A expansão do número de semáforos com sinal auditivo, a possibilidade de circular de forma independente, equipara a minha qualidade de vida à qualidade de vida de um cidadão comum".

Konrad gostaria, contudo, que a cidade fosse pensada para todos os peões, com melhores pavimentos e menos carros. Mas com a ajuda de tecnologia, como os leitores de ecrã, Konrad pode trabalhar, fazer compras e gerir sozinho a própria vida financeira e administrativa.

Também Katarzyna Bierzanowska, intérprete por conta própria, defende que acessibilidade significa um estilo de vida integrado e ativo.

"Para mim é realmente mais fácil aceitar alguns trabalhos quando os eventos são mais acessíveis. Também posso ser mais participativa como ativista, formadora, ou simplesmente como pessoa, porque posso encontrar-me os meus amigos em ambientes diferentes", conta.

A acessibilidade é a área onde as despesas da cidade são mais elevadas, representando milhões de zlotys por ano em transportes públicos adaptados, um espaço público e espaços culturais sem barreiras e instalações especiais.

Este ano, Varsóvia ganhou o prémio "Access City Award", em reconhecimento aos esforços da cidade para se tornar mais inclusiva.

O vice-presidente da autarquia, Pawel Rabiej, afirma que "tudo isto é graças a três décadas de trabalho árduo". De acordo com o autarca, "tudo o que for construído de novo em Varsóvia tem de cumprir as normas de forma a já não apresentar obstáculos" aos cidadãos.

"Queremos que Varsóvia seja uma cidade para todos, E isso também se aplica às pessoas com deficiência. Queremos que elas possam tirar pleno partido do potencial que Varsóvia cria", defende.

Infraestruturas, obstáculos por vencer

Em Bruxelas, a capital da tomada de decisões da União Europeia, Nadia Hadad, é membro do Conselho Executivo do Fórum Europeu das Pessoas com Deficiência, uma organização que trabalha em prol dos direitos dos deficientes.

Engenheira de profissão, Nadia é triplégica e apesar de reconhecer os benefícios trazidos pela nova lei, aponta as fragilidades que ainda existem para a sua aplicação.

"A Lei de Acessibilidade da União Europeia, criada agora tem feito muito pelo mercado digital, pelos serviços digitais, mas, infelizmente, ainda falta cumprir requisitos em infraestruturas, nos transportes públicos, de espaços públicos, máquinas de multibanco. Não se sente muito progresso porque a infraestrutura ainda não é acessível, ainda não consigo apanhar o metro como quero. Em Bruxelas, preciso de duas pessoas para colocar uma rampa à minha frente para que tenha acesso ao metro; elas viajam comigo até à estação e depois, de novo, colocam a rampa para me deixarem sair".

Acesso ao mercado de trabalho

Katrin Langensiepen é a primeira e única mulher com algum tipo de deficiência visível a ser eleita para o Parlamento Europeu.

De acordo com a eurodeputada do grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia, "quase não existem oportunidades de emprego para as pessoas com deficiência, [sendo] frequente as empresas gostarem de pagar a taxa de indemnização, em vez de pagarem uma multa, em vez de formarem ou contratarem alguém com deficiência".

A legislação e as resoluções da União Europeia existem, mas as decisões acabam sempre por ser tomadas pelos governos nacionais.

Katrin Langensiepen acha "muito embaraçoso para um país industrializado e tão rico como a Alemanha", ter "falta de trabalhadores qualificados", sem pensar "como é a situação do mercado de trabalho para as pessoas com deficiência, especialmente quando se trata de mulheres".

Katarzyna, Konrad, Nadia e Katrin lutam por uma vida mais acessível, um caminho pela igualdade, onde - todos concordam - os preconceitos, a segregação e a falta de visibilidade constituem os principais obstáculos.

Fonte  https://pt.euronews.com/2020/06/24/ue-poe-fim-aos-entraves-a-acessibilidade

Postado por Antônio Brito 

02/07/2020

Nenhum direito a menos! Respeite as diferenças!

Essa garantia para as pessoas com deficiência visual, que utilizam o Braille como um dos meios de comunicação, veio de uma decisão judicial do Superior Tribunal de Justiça, em que determinou que os bancos terão que fornecer contratos em formatos acessíveis.

Porém, não é somente os contratos, mas também os extratos mensais e todas as informações referente aos serviços solicitados, além da obrigação de orientar seus empregados para realizar um atendimento adequado às pessoas com deficiência.

Ainda, importante mencionar que, qualquer descumprimento dessas obrigações configura em intolerável discriminação, inclusive sendo possível reparação de danos morais.
Por fim, trago alguns questionamentos: Por que também não oferecer acessibilidade para as pessoas com deficiência auditiva ou surdez? Os bancos estão preparados para atender TODAS as pessoas com deficiência?

Nenhum direito a menos! Respeite as diferenças!

#acessibilidade #empatia #cuidado
Fonte  https://www.facebook.com/294647147326067/posts/1825068140950619/?substory_index=0

Postado por Antônio Brito 

O Início

Descrição da Imagem #PraCegoVer: Fotografia mostra o Murilo Pereira dos Santos, autor desta coluna Sem Barreiras, no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro. Murilo esta  com óculos de grau, e sentado em sua cadeira de rodas. Ele calça tênis preto, bermuda cinza e camiseta azul marinho. Em uma quadra, Murilo está com os braços levemente abertos, e sorrindo. Atrás dele, na proteção dos limites da quadra, aparece a bandeira do Brasil e o título: Comitê Paralímpico Brasileiro. Fim da descrição | Foto: Arquivo/ Murilo P. dos Santos.

O Início – Até parece ser um clichê, mas desistir de um sonho assemelha-se a um crime. Na minha vida, e só pelo meu blog (Sem Barreiras) deve ter ficado perceptível, o esporte é a paixão que carrego. Como já abordado aqui anteriormente, esse sentimento ganhou um novo contorno:paradesporto.

Foram dois anos e alguns meses de treinamentos de Bocha Paralímpica. Por motivos para além da modalidade, minha estreia em competições oficiais estava distante. Entretanto, na vida, a pressa é inútil. Tudo já tem o seu momento reservado. Foi nessa linha de pensamento que cheguei à classificação funcional em marco de 2019. No final do mesmo mês, enfim disputei pela primeira vez a Segunda Divisão do Campeonato Paulista.

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Descrição da Imagem #PraCegoVer: Fotografia dentro de uma quadra esportiva, com piso brilhante de madeira e 10 bolas nas cores vermelho, vinho, branco e azul, usadas no jogo de Bocha Paralímpica. Fim da descrição | Foto: Ale Cabral/CPB

O Início... Na Prática

Quando o assunto é competição, a atmosfera é ímpar. Mogi das Cruzes foi a sede dos jogos esse ano e durante a viagem eu só pensava nas partidas, embora não fizesse a menor ideia do que estava por vir. 

Ao longo do aquecimento, a ficha começou a cair e então adentrei, de fato, no ambiente do campeonato. O frio na barriga cresce. Ao sinal do árbitro para que seja iniciada a primeira parcial (como o set do vôlei), passa o famoso filme na cabeça. O jogo é rápido. O arremesso ofensivo precisa ser uma boa estratégia de defesa. Logo, quem errar menos vence.

Dizem que a primeira vez a gente nunca esquece, não é? Assim foi a tão aguardada estreia. Enfrentei uma paratleta chamada Luísa, que tal como eu, estava se acostumando com a nova realidade. 

Iniciei a partida, jogando a bola alvo. Já na jogada seguinte, me aproximei da conhecida bola branca e, a partir daí, peguei confiança no jogo. Saí vitorioso por 8 a 0. Ao final da fase de grupos, avancei em primeiro lugar às oitavas. Porém, parei por aí. Fui derrotado por aquele que seria o Campeão Paulista da Segunda Divisão 2019, Juan.

Foto Murilo, paralisia cerebral, jogando bocha - O Início
Descrição da Imagem #PraCegoVer: Em uma foto de foto de perfil, Murilo está sentado na cadeira de rodas. Em uma quadra de esportes, ele está descalço, de bermuda e camiseta escura, segurando uma bola com a mão direita, que está levantada, para realizar um arremesso. Fim da descrição | Foto: Acervo/Murilo P. dos Santos

O Início... Um Aprendizado

Tudo isso modificou profundamente a minha visão sobre o universo paradesportivo. Uma prova dessa nova forma de pensar é a diferença de abordagem da atual edição para outra passada em que também retratei o esporte adaptado, contudo sem vivência nenhuma em competições. 

Apesar da contextualização já feita aqui neste texto, o paralímpico vai além das modalidades. Na bocha nós, paratletas, levamos as dificuldades alheias como aprendizados. Mas, mais do que isso, a relação com os auxiliares, que muitas vezes são familiares dos competidores, traz uma confiança extra nos momentos dos arremessos. Certamente, essa é a grande marca do jogo.

Nem sempre nossas percepções são reflexos do cotidiano. O paradesporto, além de ser um grande sonho, é uma das grandes lições que já tive na minha vida. Às vezes, o destino da gente passa pelos pontos mais improváveis. Cabe a nós ter a paciência de entendê-lo e viver intensamente cada segundo que ele proporciona.

Murilo Pereira

Murilo Pereira

Cursando a faculdade de Jornalismo, Murilo Pereira dos Santos é Paratleta pela categoria BC1 de Bocha Paralímpica Ituana. Ele administra, nas redes sociais, as páginas "Vem Comigo" e "Sem Barreiras", este último oriundo do seu blog que dá nome a coluna aqui no site Jornalista Inclusivo, sobre paradesporto e outras questões.

Fonte  https://jornalistainclusivo.com/o-inicio/

Postado por Antônio Brito 

Aliança Global aposta em informação e experiências para atletas

Movimento muda de nome a pedido do COB e COI e vai discutir 

Atuar fora da caixa, este é o objetivo de Kelly Muller, fundadora da Aliança Global, projeto recém-lançado como Olympic Global Alliance e que acaba de mudar para Organization Global Alliance (OGA) a pedido do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Olímpico Internacional (COI) por causa de questões de direito ligados ao nome olímpico. Aos 39 anos, e com 27 dedicados ao basquete, a ex-jogadora viveu em nove diferentes países. A partir da experiência internacional e das conexões realizadas pelo mundo, ela defende políticas públicas para o setor e afirma que o atleta precisa ser politizado para gerenciar a própria carreira.

“Saí de São Paulo aos 13 e fui morar em Sorocaba para jogar basquete. O esporte me levou a muitos lugares (Colômbia, Equador, Itália, Letônia, etc). Mas falta profissionalismo. Minha modalidade, por exemplo, só tem este prestígio nos Estados Unidos e na França. Em Cuba e na Turquia também há uma valorização maior aos esportistas dentro da sociedade”, diz a ex-jogadora.

A veterana afirma que ainda tem proposta para continuar a jogar, mas está concentra na OGA em busca de visibilidade e mais elos para uma corrente que tem o objetivo de massificar o esporte na cultura brasileira. “Ele é uma indústria e não pode ser esquecido. Hoje, no Brasil, lembram apenas do futebol. Não acredito em lideranças isoladas e temos diferentes núcleos pensando em diferentes áreas. Nossas redes sociais já estão aí e o nosso site, que está em construção, vai ter uma aba para que as pessoas possam se associar conosco”, declara.

Sobre o início da OGA, lançada no Dia Olímpico (23 de junho), Kelly elenca reuniões longas, com pautas abertas e troca de ideias. “São vários barquinhos que já estão no mar”, explica, destacando que vão elaborar um plano educacional para os atletas e trazer muita informação para o meio como metas iniciais.

Na próxima sexta (3), pelos perfis da OGA no Instagram e no Twitter, a partir das 16h, será discutido o racismo estrutural com Sandro Viana (ex-velocista e medalha de bronze dos Jogos de 2008, em Pequim), Mafoane Odara (gerente de combate às violências contra as Mulheres do Instituto Avon) e Iziane Marques (jogadora de basquete e membro da Comissão de Atletas do COB). Outra live também está programada para a próxima terça (7) com o velejador Lars Grael e Fabiola Molina sobre trajetória e política.

Edição: Fábio Lisboa

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2020-07/alianca-global-aposta-em-informacao-e-experiencias-para-atletas

Postado por Antônio Brito 

Hoje é o último dia para pedir o auxílio emergencial

Prazo para novos cadastros termina nesta quinta às 23h59


Para quem ainda não se cadastrou a fim de receber o auxílio emergencial de R$ 600, o prazo termina nesta quinta-feira (2), às 23h59, informou a Caixa Econômica Federal. O auxílio emergencial é um benefício financeiro destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos, desempregados e pessoas de baixa renda e tem por objetivo fornecer proteção emergencial no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia do novo coronavírus.

Inicialmente proposto para vigorar por três meses, com o pagamento de três parcelas de R$ 600, o benefício foi prorrogado por mais dois meses, com o pagamento de mais duas parcelas. Pelas regras, até duas pessoas da mesma família podem receber o auxílio. Para as famílias em que a mulher seja a única responsável pelas despesas da casa, o valor pago mensalmente é de R$ 1.200.

Quem pode se cadastrar?

A Lei 13.982/2020, que instituiu o auxílio emergencial, foi aprovada pelo Congresso Nacional em abril e definiu os critérios para ser incluído no programa. Para ter acesso ao benefício, a pessoa deve cumprir, ao mesmo tempo, os seguintes requisitos:

- Ser maior de 18 anos de idade ou ser mãe adolescente

- Não ter emprego formal

- Não ser agente público, inclusive temporário, nem exercer mandato eletivo

- Não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família

- Ter renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos (R$ 3.135,00)

- Não ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70

- Estar desempregado ou exercer atividades na condição de microempreendedor individual (MEI), ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) ou trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Como se cadastrar

Quem estava no Cadastro Único até o dia 20 de março e que atende às regras do programa, recebe os pagamentos sem precisar se cadastrar no site da Caixa. Quem tem o Bolsa Família pode receber o auxílio emergencial, desde que ele seja mais vantajoso. Nesse período, o Bolsa Família de quem recebe o auxílio fica suspenso.

As pessoas que não estão inscritas no Bolsa Família nem no CadÚnico e preenchem os requisitos do programa podem se cadastrar no site auxilio.caixa.gov.br ou pelo APP CAIXA | Auxílio Emergencial, disponível nas lojas de aplicativos. Depois de fazer o cadastro, a pessoa pode acompanhar se vai receber o auxílio emergencial, consultando no próprio site ou aplicativo.

O Ministério da Cidadania informou, na semana passada, que já recebeu mais de 124 milhões de solicitações do auxílio emergencial, sendo que cerca de 65 milhões foram considerados elegíveis e 41,59 milhões foram apontados como inelegíveis, por não atenderem aos critérios do programa. Existem ainda quase 17 milhões de inscrições classificadas de inconclusivas - quando faltam informações para o processamento integral do pedido. Quem estiver nessa situação deve refazer o cadastro por meio do site ou aplicativo do programa.

Mais informações sobre o auxílio emergencial também podem ser obtidas na página do Ministério da Cidadania na internet.

Edição: Graça Adjuto

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-07/hoje-e-o-ultimo-dia-para-pedir-o-auxilio-emergencial

Postado por Antônio Brito 

Ministério Público do DF deflagra Operação Falso Negativo

Objetivo é apurar ilegalidades na compras de testes de covid-19

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Justiça Criminal de Brasília deflagraram hoje (2) a Operação Falso Negativo, com o objetivo de apurar supostas ilegalidades em contratações de testes para a detecção de covid-19 em oito unidades federativas.

De acordo com o MPDFT, as suspeitas são de que, por meio da dispensa de licitações devido à situação emergencial decorrente da pandemia, mais de R$ 30 milhões tenham sido desviados em superfaturamento de contratos para aquisição de testes destinados à detecção da doença.

Segundo os investigadores, a soma do valor das dispensas de licitação sob investigação supera R$ 73 milhões. O processo corre em sigilo.

Setenta e quatro mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPDFT em São Paulo, no Espírito Santo, Rio de Janeiro, na Bahia, em Goiás, Santa Catarina e no Paraná, além do Distrito Federal.

Os suspeitos podem responder por crimes de fraude em licitação, formação de cartel, lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa e passiva.

Contactado pela Agência Brasil, o governo do Distrito Federal (GDF) informou que “todos os testes comprados, recebidos por meio de doações ou enviados pelo Ministério da Saúde, têm o certificado da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e, portanto, foram testados e aprovados pelo órgão federal”.

Com relação aos preços praticados, o GDF informa que eles representam os valores do mercado e que as compras foram feitas “avaliando as marcas apresentadas, os certificados de qualidade e os menores preços apresentados pelas empresas nas propostas”.

Edição: Graça Adjuto

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-07/ministerio-publico-do-df-deflagra-operacao-falso-negativo

Postado por Antônio Brito 

SP realiza "1º Webinário Internacional da Pessoa com Deficiência"

A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD), em parceria com a Rede Latino Americana de Organizações Não Governamentais de Pessoa com Deficiência e Suas Famílias (RIADIS), realiza, nesta quinta-feira (2), o "1º Webinário Internacional da Pessoa com Deficiência", com o objetivo de promover a reflexão da urgência de políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência na pandemia COVID-19.

A partir das 19h, ocorre o evento "Políticas Públicas para pessoas com deficiência pós-pandemia: um olhar para a América Latina" que vem da reflexão necessária ao debate de temas urgentes que envolvem esse público, além das respectivas agendas prioritárias voltadas à educação, trabalho, proteção e previdência social e acesso à saúde.

O webinário retratará reflexões em quatro temas: "Educação Inclusiva - o que a Pandemia nos revela", com a professora de Pós-Graduação da Unicamp, Dra. Maria Tereza Mantoan; "Políticas Públicas de Seguridade Social", com a Diretora de Assuntos Sociais da divisão de Desenvolvimento Social da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Dra. Heidi Ullmann; "Emprego digno para as pessoas com deficiência", com a Diretora Técnica da OIT - Brasil, Thais Faria e "Políticas Públicas e o Acesso à Saúde", com o assessor da Área de Deficiência e Reabilitação da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), Dr. Antony Duttine.

A transmissão será acessível e contará com intérprete de libras e tradução para a língua portuguesa. As inscrições são limitadas e gratuitas. Para o cadastro, mais informações e apresentações dos palestrantes, acesse o link: http://bit.ly/WEBINARPORTUGUES

Fonte  https://www.abcdoabc.com.br/abc/noticia/sp-realiza-1-webinario-internacional-pessoa-deficiencia-103822

Postado por Antônio Brito 

01/07/2020

ADET com data prevista para a volta de suas atividades recebeu doação de álcool 70% da Backvel.

       
 
        ADET programou a volta de suas atividades para próxima segunda feira dia 06-07-2020 seguindo o protocolo do município e do ministério da saúde, recebeu a doação de cinco litros de álcool 70% da Backvel através do seu representante comercial Fernando Soares.
   
         O presidente Luiz Antônio em nome de toda diretoria agradeceu pela doação, que será de fundamental importância na higienização de seus equipamentos ortopédicos.

Postado por
Heleno Trajano
Luiz Antonio

Da paralisia à militância: superação em busca de representatividade

Por causa de uma asfixia durante o parto, em 1969, Emílio Figueira ficou com sequelas na fala e nos movimentos. Apesar da paralisia cerebral, superou a exclusão social nos primeiros anos de vida e venceu os obstáculos sociais por meio da educação: cursou três faculdades, cinco pós-graduações e dois doutorados. Em O caso do Tipógrafo, Emílio narra de forma descontraída suas construções artísticas e superações ao discutir conceitos de Inclusão Social e Educação Inclusiva.

Verdadeiro legado à inclusão brasileira, a obra é dividida em sete partes. O autor revela desde a exclusão que sofreu durante a Ditadura Militar até suas principais experiências pessoais e acadêmicas. Na sétima parte, em especial, Emílio destaca como é o envelhecimento de pessoas com deficiência em um país que quase nada oferece a deficientes na terceira idade.

“Vivíamos uma época que os estudos e técnicas de tratamentos ainda engatinhavam. Por quase cinco anos usei aparelhos em quase todo o corpo para ele endurecer. Pesadas pulseiras de chumbo nos braços para “diminuir” os movimentos involuntários. Lembro-me de seminários com enormes plateias, onde, crianças, éramos colocados só de cueca no palco, o especialista ia nos mostrando e analisando o caso. Assim fiz parte de muitos outros experimentos e pesquisas no início dos anos 1970”, afirma o autor em .
 
O caso do Tipógrafo

Foi na adolescência, em meados da década 1980, que Emílio tomou consciência de sua própria deficiência. Começou a escrever seus textos sobre a temática, ler sobre esse universo e realizar suas tímidas pesquisas sobre integração social. Já na década seguinte colaborou com as primeiras publicações brasileiras voltadas exclusivamente ao assunto e definiu qual seria sua principal atividade pelas décadas seguintes: ser um divulgador das informações e novidades que envolvem as pessoas com deficiência.

Fonte  https://revistareacao.com.br/da-paralisia-a-militancia-superacao-em-busca-de-representatividade/

Postado por Antônio Brito 

'Você precisa ser empoderada e saber que pode tudo', diz mineira vencedora do concurso nacional Miss Cadeirante

Karen Aguiar é a Miss Cadeirante 2020 — Foto: Arquivo pessoal

A Miss Cadeirante 2020 tem nome, sobrenome e endereço. Karen Aguiar, de 22 anos, é de Belo Horizonte e foi eleita a vencedora do concurso nacional, criado para dar visibilidade a mulheres que usam cadeiras de rodas. Neste ano, a seletiva precisou ser on-line, em função da pandemia do coronavírus.

Participaram 157 cadeirantes de 19 estados do Brasil. Segundo a Lu Rufino, idealizadora do evento, o objetivo do concurso é excluir qualquer tipo de preconceito. "Queremos mostrar à sociedade brasileira a beleza que cada uma tem e que deficiente é o olhar preconceituoso", pontuou.

Vencedora desta edição, Karen prova que não é só uma mulher bonita. Ela estuda psicologia, faz aulas de dança, mergulho, pratica pilates. Já saltou de paraglider. Namora, sai com as amigas, vai e volta sozinha para a faculdade.

Uma vida semelhante a de muitas meninas da sua idade, com algumas limitações, claro. Porém, com muita independência.

A mineira pratica dança duas vezes por semana.
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A mineira pratica dança duas vezes por semana.

"Ser cadeirante não é fácil, não é barato, é muito complicado. Mas sei que eu posso tudo. Aliás, todo mundo é capaz de tudo. Basta querer!"

Karen perdeu os movimentos das pernas ainda criança, aos 8 anos de idade, quando teve um tumor primitivo neuroectodérmico, mais conhecido como PNET, na coluna. A doença lesionou sua medula óssea e, desde então, ficou paraplégica.

A estudante está no 3º período da faculdade de psicologia. — Foto: Arquivo pessoal.

A estudante está no 3º período da faculdade de psicologia. — Foto: Arquivo pessoal.

Aos 14 anos, teve seu primeiro namorado. Foi quando percebeu que não era diferente das amigas da escola e que poderia, sim, viver e sonhar como qualquer adolescente. Karen, que sempre teve uma boa relação com a mãe e com a avó, reforça que com uma base familiar sólida, tudo fica mais fácil.

Estudante disse que autoaceitação é fundamental para viver bem. — Foto: Arquivo pessoal

Estudante disse que autoaceitação é fundamental para viver bem. — Foto: Arquivo pessoal

Quando o assunto é autoestima, a resposta já está na ponta da língua: "eu sempre me achei bonita, sempre fui elogiada. Mesmo com paraplegia, me considero uma mulher empoderada. Eu sei que posso tudo!".