04/06/2020

Eu me enquadro no perfil do PASSE LIVRE?

  • Todas as pessoas comprovadamente carentes com deficiência física, mental, auditiva, visual, doença renal crônica ou ostomia têm direito ao benefício, que é a gratuidade nas viagens interestaduais de ônibus, barco ou trem.
    A definição de deficiência é estabelecida pelo Decreto nº 3.298/1999.

    Obs: Para ter acesso aos documentos do PASSE basta clicar nos links azuis sublinhados.

  • Quero Pedir. O que preciso fazer?

    Ilustração de um cadeirante posicionado atrás de uma mesa com papeis.

    Você pode pedir o benefício de duas formas:

    Da forma manual, você deve imprimir os formulários, preenchê-los e enviá-los pelos Correios junto com uma foto 3 x 4, cópia da carteira de identidade e laudo médico.

    Agora, pela Internet, você faz tudo pelo computador! Simples assim: se você tiver o computador, nem precisa sair de casa, mas você também pode fazer da casa de um amigo ou mesmo de uma lan house, lugar onde você pode alugar o tempo de uso do computador. Está tudo bem explicado no final desta página.

    Vamos lá! Se preferir o processo manual, você precisa apenas preencher e entregar (ou enviar pelos Correios) os seguintes documentos: 

    1. Formulário para Requerimento de Beneficiário;

    2. Declaração da Composição e Renda Familiar (que é a segunda página do formulário);

    3. Atestado/Relatório Médico Padrão do Passe Livre;

    4. 1 Foto 3x4;

    5. Documento de Identificação;

    6. Comprovante de Residência; e

    7. Se o requerente é um menor de idade e o pai ou mãe não forem os responsáveis legais, é necessário que seja encaminhado o Termo de Tutela ou Curatela.

    Obs: Recomendamos acessar e preencher os formulários somente após visita à sessão DOCUMENTOS NECESSÁRIOS

Homem cadeirante preenchendo documentos online, através do computadorVocê também pode solicitar o seu Passe Livre pela Internet. Para isso, precisa ter em mãos o número do seu CPF, dos seus familiares e/ou acompanhante e os seus documentos escaneados ou fotografados. 

Em um computador na sua casa, na casa de um amigo ou de um parente, e até mesmo em uma lan house, onde você aluga um tempo para usar um computador, deve seguir os seguintes passos:

  1. Para começar, clique aqui e acesse o site do cadastro eletrônico de solicitação do Passe Livre, onde haverá um vídeo ensinando o passo a passo para o preenchimento via internet;

  2. Preencha todos os espaços do formulário eletrônico;

  3. Preencha os dados dos seus familiares e, se houver, do seu acompanhante;

  4. Clique em enviar.

Pronto, agora é só aguardar o pedido ser analisado e, quando aprovado, receber o seu PASSE LIVRE.

  • Como eu comprovo a minha deficiência?

    Por meio do Atestado/Relatório Médico Padrão do PASSE LIVRE.

  • Quem é considerado carente?

    Ilustração de um homem cadeirante em frente a um quadro negro com uma desmostração de cálculo matemático riscada à giz

    As pessoas que pertencem a uma família com renda mensal de até um salário mínimo por pessoa. Para calcular, some os valores dos ganhos de quem recebe dinheiro em casa (incluindo pensões, aposentadorias ou lucro de atividade agrícola...) e divida o resultado pelo número total de pessoas, até mesmo por aqueles que não têm renda, como as crianças. Se o resultado for igual ou abaixo de um salário mínimo, a pessoa será considerada carente.

  • Feito o cálculo, como devo apresentar a minha renda familiar?

    Ilustração de um homem cadeirante colocando uma carta na caixa de coleta dos correios.

    Preencha o Formulário para Requerimento de Beneficiário com os dados pessoais e a Declaração da Composição e Renda Familiar (que é a segunda página deste formulário). Depois de tudo preenchido e assinado, envie a documentação pelos Correios para o Ministério da Infraestrutura. O endereço é PASSE LIVRE, Caixa Postal nº 9.600, CEP 70.040-976, SAN Quadra 3 Bloco N/O térreo - Brasília (DF). A despesa com os Correios é por sua conta. Se toda a documentação estiver correta, a credencial (carteirinha) do PASSE será enviada para o seu endereço.

    CLIQUE AQUI para preencher corretamente os formulários.

  • Quanto tempo leva para eu receber a credencial?

    O prazo para análise, emissão e envio da credencial (carteirinha) é de 30 dias, a partir do recebimento da documentação pela equipe do programa.

  • Preciso pagar alguma quantia para obter minha credencial?

    Caso você solicite o benefício manualmente, as únicas despesas são com os Correios e com a impressão dos formulários para a solicitação do benefício. Pela internet, não há custos.

  • Como posso saber sobre a chegada de documentos ou sobre o andamento do processo?

    Acompanhe a análise do processo ou o envio de documentos por meio do Consultar andamento do processo do PASSE LIVRE (no site do Ministério). Se preferir, você também pode entrar em contato conosco pelo e-mail ouvidoria@antt.gov.br ou pelo telefone 166. Nós não telefonamos para informar sobre os processos e recomendamos primeiro a consulta ao sistema, mas o atenderemos com prazer se fizer contato pelo endereço acima.

    Se você fizer a sua solicitação pela Internet, por meio do cadastro eletrônico, você pode acompanhar o andamento do seu pedido pelo mesmo endereço eletrônico, apenas digitando o seu CPF. Acesse https://passelivre.transportes.gov.br e saiba mais.

  • Fonte  http://portal.infraestrutura.gov.br/passelivre/passe-livre/como-pedir?como-pedir

  • Postado por Antônio Brito 

Cego, menino ultrapassa barreiras do ensino à distância e sonha em ser jornalista em Ribeirão Preto, SP

Com a quarentena, estudantes de todas as idades se viram na urgência da adaptação ao ensino à distância. As dificuldades são muitas. Para Diego Martins, de 9 anos, que nasceu cego, elas são ainda maiores. Aos poucos, no entanto, o menino, que está acostumado a entender o mundo sem poder vê-lo, consegue ultrapassar as barreiras e aprender. E ele tem um sonho: ser jornalista.

A memória de Diego é superdesenvolvida. Mesmo com a cegueira total, ele conhece cada canto da casa onde mora, em Ribeirão Preto (SP). Esta habilidade facilita as aulas via internet. Pelo celular, a professora conversa com o menino ao vivo e o ensina a escrever.

Uma sequência lógica de símbolos que o menino nunca viu, as palavras só existem na cabeça de Diego. Até ele pôr as mãos na máquina de braile e escrevê-las.

“Os dedos também enxergam”, diz, crente de que as limitações não vão impedi-lo de conquistar seus objetivos.

 A escola onde Diego estuda, a Associação dos Deficientes Visuais de Ribeirão Preto e Região (Adevirp), está vazia devido à pandemia de coronavírus. Os 200 alunos estão tendo aula de casa. A princípio, parecia improvável, mas o trabalho está dando certo.

“Tem funcionado muito bem, porque nosso trabalho já era individualizado. A gente sempre olhou para as dificuldades individuais de cada criança. A proposta continua sendo a mesma, só que à distância. O processo de aprendizagem tem continuado”, diz a psicóloga Bianca de Assis, que acompanha os alunos.

O método de aprendizagem desenvolvido pela Adevirp, utilizado por 45 profissionais, recebeu avaliação máxima do Ministério da Educação (MEC), que considerou o trabalho referência nacional de ensino, de acordo com a fundadora da instituição, Marlene Cintra, que dedica a vida às crianças com deficiência visual.

Quem quiser colaborar com o trabalho desenvolvido Adevirp pode entrar em contato com a instituição pelo telefone (16) 3913-1900.

FONTE:G1

Postado por Antônio Brito 

4ª edição do Junho Lilás reforça a importância de se ampliar o Teste do Pezinho em meio à pandemia de Covid-19

Campanha lançada pelo Instituto Jô Clemente (antiga APAE de São Paulo) em parceria com a Unisert conscientiza a sociedade sobre a necessidade de expandir o acesso ao Teste do Pezinho Ampliado.
Com o objetivo de conscientizar o poder público e a sociedade civil sobre a importância de se expandir o acesso da população ao Teste do Pezinho Ampliado, especialmente em meio à pandemia do novo coronavírus, o Instituto Jô Clemente (antiga APAE DE SÃO PAULO) e a União Nacional dos Serviços de Referência em Triagem Neonatal (Unisert) lançam em 6 de junho, Dia Nacional do Teste do Pezinho, a campanha Junho Lilás, com a hashtag #VamosDarMaisUmPasso.
“Nosso foco este ano é orientar a sociedade sobre a necessidade da ampliação do teste do pezinho para o diagnóstico precoce de até 50 doenças, incluindo as doenças raras, que demandam intervenções clínicas emergenciais e tratamentos específicos”, afirma Daniela Mendes, superintendente-geral do IJC. Segundo ela, “é importante darmos mais um passo para expandir o acesso a esses diagnósticos a toda a população, pois sabemos que quanto antes iniciarmos os tratamentos adequados, mais chances a criança terá de se desenvolver com saúde e qualidade de vida”, comenta.
No dia 5 de junho haverá o pré-lançamento da campanha, que está em sua 4ª edição consecutiva. 
Na ocasião, a doutora Ana Escobar, médica pediatra e embaixadora oficial de saúde do Instituto Jô Clemente, participará de uma live, que será realizada às 18h30, e terá a presença da neurologista infantil Fernanda Monti, consultora de erros inatos do metabolismo, e da farmacêutica bioquímica e supervisora do Laboratório da Organização, Sonia Hadachi. Os internautas poderão assistir o evento, que será mediado pelo gerente do Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação (CEPI) do IJC, Edward Yang, pelo Facebook da Organização (facebook.com/institutojoclemente/).
A importância da realização do teste do pezinho ampliado
O Teste do Pezinho oferecido na rede pública pelo Sistema Único de Saúde (SUS) contempla a análise de somente seis doenças (Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Fibrose Cística, Anemia Falciforme e demais Hemoglobinopatias, Hiperplasia Adrenal Congênita e Deficiência Biotinidase). Já o teste ampliado pode detectar até 50 doenças* sendo disponibilizado atualmente apenas nas maternidades privadas.
De acordo com o médico imunologista e consultor técnico do Laboratório do Instituto Jô Clemente, doutor Antonio Condino Netto, principalmente em razão da pandemia do novo coronavírus, as análises deveriam ser ampliadas. “Quanto mais doenças raras a triagem neonatal puder detectar, melhor para a saúde do bebê”, diz. “Em tempos de pandemia, mais do que nunca, é necessário que os bebês tenham acesso a exames mais completos, para evitarmos sequelas e problemas sérios de saúde na criança”, comenta. “Estamos nos movimentando para que a Agência Nacional de Saúde (ANS) e o Ministério da Saúde (MS) insiram no rol dos exames obrigatórios o Teste do Pezinho Ampliado, que contempla até 50 doenças, incluindo a Imunodeficiência Combinada Severa (SCID) e a Agamaglobulinemia (Agama), duas doenças graves em que a criança nasce sem o sistema imunológico completamente formado fica suscetível a diversas enfermidades, podendo ir a óbito antes de um ano de vida se não houver o diagnóstico e a intervenção precoce”, explica.
A neurologista infantil Fernanda Monti reforça a necessidade de se expandir o acesso ao Teste do Pezinho Ampliado para toda a população e lembra que agora é o momento de cuidar dos bebês e garantir o acesso aos exames para evitar doenças raras e graves, além da deficiência intelectual, que ocorre em muitos casos. “Para isso, precisamos que os bebês passem pela coleta e, se possível, façam o Teste do Pezinho Ampliado, que contempla a análise e o diagnóstico de 50 doenças genéticas, metabólicas e imunológicas”, explica.
A médica diz ainda que “nos primeiros dias de vida, a maior parte das crianças não manifesta sintomas de diversas doenças, mas isso não quer dizer que não exista algo. É por esse motivo que o Teste do Pezinho é feito após as primeiras 48 horas e até o 5º dia de vida do bebê. Esse é o período mais adequado para detectarmos precocemente anormalidades, mesmo assintomáticas, como ocorre na maior parte dos casos. Quando os sintomas aparecem sem que haja um diagnóstico precoce, pode ser tarde”, comenta. “O grande número de erros no metabolismo existentes pode resultar em quadros clínicos diversos, variando desde pacientes assintomáticos até casos mais graves, incluindo situações em que o bebê vai a óbito. O foco da triagem neonatal ampliada é evitar sequelas como a deficiência intelectual, além de melhorar a qualidade de vida do paciente tratado precocemente e melhorar o custo efetividade do sistema de saúde. Frisamos, ainda, que é fundamental estar atento às manifestações clínicas. Esse é o primeiro passo para o diagnóstico”, completa.
Sonia Hadachi comenta que a disponibilidade do Teste do Pezinho Ampliado a todos os bebês geraria uma redução de custo aos cofres públicos. “Temos como base um artigo (Feuchtbaum et al), publicado no início dos anos 2000, na Califórnia (EUA). Nesse estudo, feito com 540 mil bebês que tiveram acesso ao Teste do Pezinho Ampliado, houve uma economia de até US$ 9 milhões ao longo dos anos com custos esperados para cuidados médicos durante a vida. O artigo mostra que 83 crianças apresentaram diagnóstico positivo para pelo menos uma doença. Aqui no Brasil, como o teste ampliado com 50 doenças ainda não é disponibilizado pelo SUS, fica difícil a mensuração dos ganhos ao realizar rapidamente o diagnóstico precoce, principalmente quando pensamos em tempo de internação, exames confirmatórios e demais custos associados. Ainda não existem estudos que mostrem essa redução no impacto financeiro, mas acreditamos que a prevenção e o diagnóstico precoce sempre são o melhor caminho para evitar custos maiores, por isso, é necessário que o poder público e a sociedade se engajem nessa causa e busquem essa ampliação”, diz.
Pioneiro na realização do exame no país, o Instituto Jô Clemente implantou o Teste do Pezinho no Brasil em 1976 e, desde 2001, é um Serviço de Referência em Triagem Neonatal (SRTN) credenciado pelo Ministério da Saúde, tendo sido um dos principais responsáveis pelo surgimento das leis que obrigam e regulamentam esta atividade, que se tornou conhecida por “Teste do Pezinho”.
Atualmente, a Organização é responsável pela realização da triagem de 80% dos bebês nascidos na capital paulista e 67% dos recém-nascidos do Estado de São Paulo, por meio do SUS (293 mil) e de maternidades e hospitais privados (103 mil, sendo 28% de testes ampliados).
O Laboratório do Instituto Jô Clemente é o maior do Brasil em número de exames realizados e desde a sua implantação triou mais de 16,5 milhões de crianças brasileiras. Somente em 2019, foram triados 395.281 bebês na Instituição, totalizando 2.635.283 exames. Sonia Hadachi afirma que a Organização também tem um sistema de Busca Ativa. “Esse e um sistema muito importante, porque realiza a convocação imediata de todos os recém-nascidos que apresentam alteração no Teste do Pezinho. Caso seja solicitada a recoleta, é fundamental fazê-la imediatamente”, explica.
O Instituto Jô Clemente possui ainda o Ambulatório de Triagem Neonatal, com equipe interdisciplinar para orientação e tratamento dos casos confirmados. Por se tratar de um serviço essencial, a equipe do ambulatório continua trabalhando e atendendo presencialmente os casos em que há diagnósticos positivos para realizar os exames confirmatórios e dar as primeiras orientações aos pais. “Esse é um trabalho essencial que fazemos e que não podemos parar, mesmo com a pandemia, pois nunca se sabe quando teremos um caso positivo de alguma doença para tratar, por isso, estamos cumprindo todas as recomendações das autoridades sanitárias para fazer os atendimentos presenciais”, diz Fernanda Monti.
Teste do Pezinho é um direito do bebê
A supervisora do Programa Jurídico-Social do Instituto Jô Clemente, Luciana Stocco, explica que muitas vezes os pais deixam de levar os filhos para fazer a coleta em algumas regiões do país porque não sabem que o Teste do Pezinho é um direito da criança. “É importante frisarmos que o Teste do Pezinho Básico, contempla seis doenças, é gratuito e deve ser oferecido a todos os bebês nascidos no Brasil, pois é um direito da criança sendo disponibilizado no SUS e regulamentado pela Portaria n. 822 do MS de 06 de junho de 2001”, diz. Segundo ela, ninguém pode negar ao bebê o direito à saúde e à vida. “Por isso o Teste do Pezinho é essencial e, quanto maior o número de doenças contempladas, mais fácil será garantir o cumprimento dos direitos da criança a um desenvolvimento saudável e seu pleno desenvolvimento social, recebendo os acompanhamentos multidisciplinares adequados”, afirma.
Doutor Caio Bruzaca, geneticista do Ambulatório de Diagnósticos do Instituto Jô Clemente, explica que ainda há muita desinformação a respeito do Teste do Pezinho no país. “Além de muitos pais não saberem desse direito, ainda vemos muitas pessoas que acham que o Teste do Pezinho é um carimbo da impressão digital do pé do bebê que se faz na maternidade e que não tem nenhuma utilidade, mas nosso papel, acima de tudo, é esclarecer que o Teste do Pezinho é um procedimento extremamente seguro e confiável em que, por meio de poucas gotas de sangue retiradas do calcanhar do bebê, é possível se detectar um número grande de enfermidades para que sejam feitas as intervenções necessárias imediatamente. Há casos de doenças, como a hiperplasia adrenal congênita, por exemplo, em que a criança tem poucos dias de vida se não tratada com urgência”, explica. “O primeiro passo para se ter saúde é respeitar o direito à prevenção, que é o principal objetivo do Teste do Pezinho. Por meio do diagnóstico precoce, é possível prevenir ou amenizar complicações que podem ser crônicas. Agora, diante desse cenário em que é preciso garantir a imunidade de todos, em especial por causa da pandemia, precisamos dar mais um passo no sentido da ampliação do Teste do Pezinho para todos os bebês”, finaliza.
*Doenças triadas no Teste Ampliado§ AAAC (Aminoacidopatias e Distúrbios do Ciclo da Uréia / Distúrbios Ácidos Orgânicos / Distúrbios de Oxidação dos Ácidos Graxos) – Perfil TANDEM MS / MS que inclui a detecção de 38 doenças§ Galactosemia§ Leucinose§ Deficiência de G6PD§ Toxoplasmose Congênita§ Imunodeficiência Combinada Grave e Agamaglobulinemia (SCID E AGAMA)

Sobre o Instituto Jô Clemente


O Instituto Jô Clemente é uma Organização da Sociedade Civil sem fins lucrativos que há 59 anos previne e promove a saúde das pessoas com deficiência intelectual, além de apoiar a sua inclusão social e a defesa de seus direitos, produzindo e disseminando conhecimento. Atua desde o nascimento ao processo de envelhecimento, propiciando o desenvolvimento de habilidades e potencialidades que favoreçam a escolaridade e o emprego apoiado, além de oferecer assessoria jurídica às famílias acerca dos direitos das pessoas com deficiência intelectual. Pioneiro no Teste do Pezinho no Brasil e credenciado pelo Ministério da Saúde como Serviço de Referência em Triagem Neonatal, o Laboratório do Instituto Jô Clemente é o maior do Brasil em número de exames realizados. Por meio do CEPI – Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação do Instituto Jô Clemente, a Organização gera e dissemina conhecimento científico sobre deficiência intelectual com pesquisas e cursos de formação. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 5080-7000, pelo site www.ijc.org.br

Fonte  https://revistareacao.com.br/4a-edicao-do-junho-lilas-reforca-a-importancia-de-se-ampliar-o-teste-do-pezinho-em-meio-a-pandemia-de-covid-19/

Postado por Antônio Brito 

Pessoas com deficiência e a representação na política

Senadora Mara Gabrilli

Você consegue pensar em políticos ou  pessoas com cargos públicos que têm alguma deficiência? Se olhar bem, vai ver que existem inúmeras pessoas no governo que possuem algum tipo de deficiência (física, cognitiva, sensorial). Contudo, será que estamos encorajando as gerações de jovens com deficiência a se tornarem politicamente envolvidos?

A representação das pessoas com deficiência na política está alinhada ao famoso lema ” Nada sobre nós, sem nós”, que surgiu na década de 60. Isso quer dizer que : “Nenhum resultado a respeito das pessoas com deficiência haverá de ser gerado sem a plena participação das próprias pessoas com deficiência.”Ou mesmo:” Exigimos que tudo que se refira a nós seja produzido com a nossa participação. Por melhores que sejam as intenções das pessoas sem deficiência, dos órgãos públicos, das empresas, das instituições sociais ou da sociedade em geral, não mais aceitamos receber resultados forjados à nossa revelia, mesmo que em nosso benefício.”

O lema comunica a ideia de que nenhuma política deveria ser decidida por nenhum representante sem a plena e direta participação dos membros do grupo atingido por essa política. Assim, na essência do lema NADA SOBRE NÓS, SEM NÓS está presente o conceito de PARTICIPAÇÃO PLENA das pessoas com deficiência.

É importante ressaltar que quando falamos de participação política, estamos nos referindo tanto aos meios de acessibilidade para o voto, como a própria influência da pessoa com deficiência no processo de tomada de decisões. Nesse sentido, estudos mostram que as pessoas com deficiência ainda encontram barreiras arquiteturais, comportamentais e tecnológicas quando estão exercendo seu direito ao voto; como a falta de sinais em Braille, de rampas de acesso e de interpretes de libras. Além disso, também encontram dificuldades para se candidatar e participar ativamente do processo eleitoral.

Com o intuito de aumentar a representação política das pessoas com deficiência  foi proposta a Emenda à Constituição (PEC) 34/2016, que estabelece cotas para garantir o aumento gradativo da representação política para esse segmento da sociedade brasileira.

Por sua vez, a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas, ratificada pelo Brasil em 2008, reitera a necessidade de que sejam tomadas medidas capazes de viabilizar a autonomia das pessoas com deficiência, especialmente voltadas para o fortalecimento da sua participação social, inclusive no mundo político partidário.

Artigo 29 – Participação na vida política e pública

Os Estados Partes garantirão às pessoas com deficiência direitos políticos e oportunidade de exercê-los em condições de igualdade com as demais pessoas, e deverão:

a) Assegurar que as pessoas com deficiência possam participar efetiva e plenamente na vida política e pública, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, diretamente ou por meio de representantes livremente escolhidos, incluindo o direito e a oportunidade de votarem e serem votadas, mediante, entre outros:

i) Garantia de que os procedimentos, instalações e materiais e equipamentos para votação serão apropriados, acessíveis e de fácil compreensão e uso;

ii) Proteção do direito das pessoas com deficiência ao voto secreto em eleições e plebiscitos, sem intimidação, e a candidatar-se nas eleições, efetivamente ocupar cargos eletivos e desempenhar quaisquer funções públicas em todos os níveis de governo, usando novas tecnologias assistivas, quando apropriado;

iii) Garantia da livre expressão de vontade das pessoas com deficiência como eleitores e, para tanto, sempre que necessário e a seu pedido, permissão para que elas sejam auxiliadas na votação por uma pessoa de sua escolha;

b) Promover ativamente um ambiente em que as pessoas com deficiência possam participar efetiva e plenamente na condução das questões públicas, sem discriminação e em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, e encorajar sua participação nas questões públicas, mediante:

i) Participação em organizações não-governamentais relacionadas com a vida pública e política do país, bem como em atividades e administração de partidos políticos;

ii) Formação de organizações para representar pessoas com deficiência em níveis internacional, regional, nacional e local, bem como a filiação de pessoas com deficiência a tais organizações. (grifos e destaques nossos)

Como visto acima, a Convenção trata dos direitos políticos das pessoas com deficiência sob dois aspectos, expostos nas alíneas “a” e “b”. A primeira aborda a participação na vida pública e política, em igualdade de oportunidades e com a utilização de meios que facilitem sua expressão política, enquanto a segunda discorre sobre a participação na condução de questões públicas, demonstrando a importância do direito de liberdade de associação, bem como da ação de organizações não-governamentais e de órgãos e conselhos executivos.

A participação política das pessoas com deficiência tem se demonstrado robusta e firme, com a capacidade de trazer à tona a discussão da efetivação de seus direitos humanos no bojo das Nações Unidas, a ponto de não somente influenciarem na discussão da convenção sobre seus direitos, mas, sobretudo, serem seus próprios redatores, o que dá ainda maior respaldo e legitimidade ao documento, quebrando a perspectiva errônea de que são incapazes de manifestar seus desejos e requerer a concretização de suas prerrogativas e mostrando à comunidade internacional a força da construção de uma sociedade democrática e plural.

Uma advertência que se deve fazer, entretanto, às pessoas com deficiência é que aquelas que nunca se envolveram em alguma manifestação política por seus direitos, devem fazê-lo. Aquelas que já fazem precisam unir forças entre si e com outros segmentos específicos de pessoas com deficiência e outras minorias, fortalecendo ainda mais o movimento de emancipação política, desfigurando o paradigma de “coitadinhos” e “necessitados”, de que muitas vezes se apropriam.

É importante também que as pessoas com deficiência busquem, elas mesmas, lutar por seus direitos, elegendo representantes de sua comunidade para falar de seus anseios nas instâncias decisórias, para que a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e o Estatuto da Pessoa com Deficiência possam ser conhecidos e concretizados e seus direitos humanos assegurados.

 Fonte: Diário da Inclusão Social

Postado por Antônio Brito 

TSE autoriza convenções partidárias virtuais para eleição deste ano

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou hoje (4), por unanimidade, a realização de modo virtual das convenções partidárias para a escolha dos candidatos nas eleições municipais deste ano, tendo em vista as recomendações de distanciamento social durante a pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Pela decisão, ficou estabelecido que os partidos têm liberdade de estabelecer regras e escolher os procedimentos para a realização das convenções virtuais, desde que garantam ampla publicidade a todos os filiados e atendam a todas exigências da legislação eleitoral já em vigor.

A flexibilização foi autorizada em resposta a duas consultas feitas por deputados federais e a uma terceira feita pelo partido Republicanos.

"No meu modo de ver, negar a adoção desse formato virtual no momento atual seria ignorar a realidade enfrentada no combate à doença. Na seara específica do processo eleitoral, seria inviabilizar essa etapa imprescindível à realização de eleições democráticas e transparentes", disse o relator das consultas, ministro Luis Felipe Salomão, que foi acompanhado por todos os outros seis ministros que compõem o TSE.

O tribunal formará um grupo de trabalho para estabelecer regras de envio virtual dos resultados das convenções para a Justiça Eleitoral. Uma norma sobre o tema deve ser votada ainda neste mês, segundo o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso.

De acordo com a legislação eleitoral, as convenções, obrigatórias para a escolha dos candidatos, devem ser realizadas por todos os partidos entre 20 de julho e 5 de agosto. No mesmo julgamento desta quinta-feira (4), o TSE reafirmou que não pode alterar tais datas sem prévia autorização do Congresso.

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2020-06/tse-autoriza-convencoes-partidarias-virtuais-para-eleicao-deste-ano

Postado por Antônio Brito 

IBGE: mulher tem peso importante no chamado "trabalho invisível"

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) sobre Outras Formas de Trabalho 2019 revela que a mulher tem peso importante no Brasil, sobretudo no que se refere a afazeres domésticos, enquanto a produção para consumo próprio é atividade mais masculina.

Divulgado hoje (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o levantamento abrange afazeres domésticos, cuidados de pessoas, trabalho voluntário e produção para consumo próprio. De acordo com a pesquisa, esse “trabalho invisível” não remunerado, que não se precifica nem conta como ocupação, pesa muito sobre as mulheres, que se dedicam cerca de 20 horas semanais a esse tipo de atividade.

Em entrevista à Agência Brasil, a economista Alessandra Brito, responsável pelo levantamento, disse que desde 2016 - quando o estudo sobre outras formas de trabalho começou a ser feito - embora o nível de realização desses serviços pelos homens tenha aumentado, os cuidados e afazeres pelos representantes do sexo masculino continuam desiguais em relação às mulheres.

Afazeres domésticos

No ano passado, 146,7 milhões de pessoas, ou o correspondente a 85,7% da população, realizaram afazeres domésticos no Brasil, com significativa participação das mulheres (92,1%), contra 78,6% de homens. Em relação ao ano anterior, entretanto, houve expansão para os homens de 0,4 ponto percentual (pp) - a taxa era 78,2% em 2018 -, enquanto as mulheres permaneceram estáveis (92,2% em 2018). O total de pessoas que se dedicavam a afazeres domésticos no país aumentou em 1,6 milhão de um ano para outro.

De acordo com a pesquisa, a maior diferença da taxa de realização de afazeres domésticos entre homens e mulheres, de 21 pp, foi encontrada na Região Nordeste: 69,2% para homens, contra 90,2% para as mulheres. Também no Norte  foi observada grande diferença por sexo: homens com 76,9%, contra 91,4% de mulheres. A Região Sul apresenta maior percentual de homens fazendo serviços domésticos: 84%, contra 93,6% de mulheres.

Alessandra Brito afirmou que além da questão regional, a prática de afazeres domésticos por homens no Norte e Nordeste tem a ver com a questão da escolaridade. “A gente vê que pessoas com menos escolaridade tendem a fazer menos afazeres do que pessoas de mais alto nível de instrução. Nessas regiões, o nível de instrução é um pouco menor. Isso pode estar influenciando”.

A economista avaliou que a mentalidade do homem, em especial, vai mudando com a escolarização. A taxa de realização de afazeres domésticos pelos homens, que alcança 74,1% para os sem instrução ou com nível fundamental incompleto, sobe para 85,7% no caso dos que têm ensino superior completo. No mesmo comparativo, as mulheres ascendem de um patamar de 89,6% para 93,4%.

Faixa etária

Por grupos de idade, mulheres e homens acima de 25 anos e maiores de 50 anos praticam mais afazeres domésticos do que os mais jovens, com 89,2% e 86,4%, respectivamente. Em termos de cor ou raça, a pesquisa revela relativa estabilidade entre as mulheres brancas (91,5%), pretas (94,1%) e pardas (92,3%), e entre os homens brancos (80,4%) e pretos (80,9%), com redução entre os pardos (76,5%). “A pessoa parda faz menos. É mais o caráter regional”, disse a analista.

De acordo com a condição no domicílio, a maior diferença por sexo de realização de afazeres em casa é encontrada entre filhos e enteados (18,3 pontos percentuais), do que entre responsáveis (8,7 pp) e cônjuges e companheiros (14,8 pp). “Os filhos ajudam menos”, comentou Alessandra.

A análise por tipo de afazer doméstico mostra que as principais diferenças por sexo são encontradas em cozinhar (33,5 pp), lavar roupas e calçados (36,6 pp) e fazer pequenos reparos (27,5 pp). Preparar alimentos é a atividade mais realizada pelas mulheres brasileiras,com 95,5%, enquanto os homens fazem mais compras e pesquisam preços para o domicílio (73,5%). Os homens representam quase o dobro das mulheres na realização de pequenos reparos: 58,1%, contra 30,6%. “Mas as mulheres fazem mais quase todas as atividades”, disse a economista.

Quando mora sozinho, o homem tende a preparar seu próprio alimento (92,6%), cuidar da limpeza e manutenção de roupas e sapatos (88,7%) e limpar e arrumar a casa (86,9%). Alessandra comentou que pesquisa do IBGE divulgada no mês passado já mostrou que em domicílio com um só morador, em geral homens e mulheres fazem afazeres de forma equiparada. Se o homem estiver em coabitação ou for o cônjuge, as taxas diminuem bastante, exceto no que se refere a pequenos reparos, que os homens fazem mais.

Cuidado de pessoas

No item referente ao cuidado de parentes moradores no domicílio, que envolve crianças, idosos, pessoas enfermas ou com deficiência, o Brasil contabilizou 54,1 milhões de pessoas (31,6% da população) em 2019, indicando queda em comparação ao ano anterior (31,8%). As mulheres predominam, com 36,8%, contra 25,9% de homens.

Por regiões, o Nordeste e o Norte apresentaram as maiores diferenças de taxa entre homens e mulheres, de 13,7 pp e 13,5 pp, respectivamente. “O Nordeste mostra a menor taxa de realização entre os homens (24,1%)”, destacou a economista. Já no Norte, a taxa de realização das mulheres é a mais alta do país (41,2%) porque há maior cuidado com crianças na faixa etária de zero a 14 anos de idade. “O Norte é a região que tem mais crianças até uma faixa mais jovem. Esse cuidado é esperado”.

Por grupos de idade, a pesquisa destaca que a realização de cuidados é maior entre 25 e 49 anos (43,4%), possivelmente ligada à presença de filhos. As mulheres são maioria nesse tipo de ocupação, com 49,3%, contra 36,9% dos homens. Por cor ou raça, observa-se que esse tipo de cuidado é feito mais por mulheres negras (39,6%) e pardas (39,3%), do que por brancas (33,5%).

Entre os homens, no entanto, a proporção é considerada equilibrada. Por nível de instrução, a pesquisa mostra que, em geral, quanto maior é o grau de escolaridade, maior o cuidado dispensado a outras pessoas no domicílio (33,4%). O mesmo se aplica aos homens com ensino superior completo (30,3%). Entre as mulheres, a maior taxa de realização ocorre entre aquelas com ensino fundamental completo e médio incompleto (41,1% e 40,9%, respectivamente).

Segundo o levantamento do IBGE sobre outras formas de trabalho não remunerado, diminuiu em 2019 o cuidado de crianças de até 5 anos de idade em relação a 2018 (de 50,7% para 49,2%). Em contrapartida, aumentou a taxa de realização de cuidados com crianças e adolescentes de 6 a 14 anos de idade (de 51,1% para 52%) e também de pessoas de 15 a 59 anos de idade (de 11,9% para 13,3%) e maiores de 60 anos de idade (de 9,7% para 10,5%).

Por sexo, a prática de cuidados foi maior em 2019 tanto para homens (87,6%) quanto para mulheres (91,6%), na tarefa de monitorar ou fazer companhia dentro do domicilio. Nos demais tipos de cuidados, nota-se maior diferença entre mulheres e homens, com destaque para o auxílio de mulheres nos cuidados pessoais e nas atividades educacionais. “Pesa mais para a mulher”.

Cuidados e afazeres

Quando se alia os cuidados aos afazeres domésticos, descobre-se que a taxa de realização é maior entre as pessoas ocupadas (89,6%) do que entre as não ocupadas (84,1%). As regiões Centro-Oeste e Sul tiveram as maiores taxas de realização no ano passado (90,1% e 89,9%, respectivamente), enquanto o Nordeste teve a menor taxa (82,2%). Analisando a média de horas dedicadas aos afazeres domésticos e/ou cuidados de pessoas, que muitas vezes podem ser feitos simultaneamente, como cozinhar e monitorar o filho, por exemplo, o que se percebe é que os homens dedicam 11 horas semanais, contra 21 horas, em média, das mulheres. “Essa diferença persiste desde o ano passado”.

Alessandra Brito acrescenta que, considerando homens e mulheres ocupados, a diferença de horas é de 8,1 a mais para as mulheres; entre os não ocupados, a diferença alcança 11,9 horas. “A diferença está se mantendo e é mais difícil mudar a intensidade de horas na realização ou não de cuidados e afazeres pelos homens”.

A pesquisa indica ainda que a diferença de horas no mercado de trabalho entre mulheres que fazem ou não afazeres e cuidados foi maior na Região Norte, com três horas a mais para as que não fazem. “A mulher trabalha três horas a menos no mercado de trabalho do que aquela que não realiza”, explicou a analista do IBGE. No Brasil, a diferença é, em média, de uma hora a mais para aquela que não está no mercado de trabalho.

Produção para consumo

No item relativo à produção de bens para consumo próprio, a pesquisa indica que houve queda tanto em termos nacionais quanto regionais. Em 2019, 12,8 milhões de pessoas realizavam produção para próprio consumo das pessoas de 14 anos ou mais de idade, o que correspondia a 7,5% da população do país. Em 2018, essa taxa atingia 7,7%. A maior retração em relação ao ano anterior foi observada no Norte brasileiro, onde caiu de 10,2% para 9,8%. A menor ficou com o Sudeste: de 4,7% para 4,5%.

A taxa de realização de produção para o próprio consumo é maior entre homens (8%), do que entre mulheres (7%) e cresce com a idade (10,6%) para os maiores de 50 anos ou mais. A taxa é mais alta também entre pessoas pretas (7,5%) e pardas (8,6%) e entre as não ocupadas (8,6%) - pessoas fora da força de trabalho ou desocupadas. A taxa de realização cai com o nível de instrução. Esse tipo de produção para consumo próprio é mais observado nas regiões Norte e Nordeste, sobretudo para cultivo, pesca, caça e criação de animais. Essas atividades incluíram um total de 77,9% de pessoas no ano passado, com taxa de 81,4% entre os homens e de 74,3% entre as mulheres.

Voluntariado

O trabalho voluntário envolveu 6,9 milhões de pessoas no Brasil em 2019, correspondendo a 4% da população. Alessandra observou, porém, que a taxa de realização vem caindo desde 2017. O Centro-Oeste apresentou a maior redução, de 4,6% em 2018 para 3,9% no ano passado.

Do total de voluntários, a mulher predomina, com 4,8%, contra 3,2% dos homens. Por grupos de idade, destacam-se os que se encontram na faixa de 25 a 49 anos (4,2%) e de 50 anos ou mais (4,7%). O trabalho voluntário é menor entre pessoas de cor parda (3,5%) do que entre pretos (4,8%) e brancos (4,5%). Do mesmo modo, a taxa de realização é maior entre os ocupados (4,5%) do que entre os não ocupados (3,5%), ampliando-se com o nível de escolaridade. Entre as pessoas com ensino superior completo, a taxa de realização do trabalho voluntário alcança 7,6%. “Em geral, pessoas mais escolarizadas tendem a realizar esses trabalhos voluntários”, afirmou a economista.

Do total dos voluntários, 90,7% realizaram trabalhos por meio de organizações não governamentais, congregações religiosas, partidos, sindicatos, entre outros tipos de instituições ou entidades. A média de horas dedicadas ao trabalho voluntário cresceu no Brasil de 2018 para 2019, de 6,5 horas semanais para 6,6 horas/semana, exceto no Sudeste, onde caiu de 6,7 horas semanais para 6,4 horas/semana.

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-06/ibge-mulher-tem-peso-importante-no-chamado-trabalho-invisivel

Postado por Antônio Brito 

Apenas 2% das pessoas com deficiência se vacinaram contra a gripe em SC

O Ministério da Saúde prorrogou até 30 de junho a Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe. A medida foi tomada para que os estados possam atingir a meta de imunizar ao menos 90% de cada grupo prioritário, chegando a pouco mais de 221 mil pessoas em Santa Catarina. No entanto, até o momento o baixo índice de vacinação de um dos grupos chama a atenção.

O índice de pessoas com deficiência vacinadas até a última segunda-feira (1º) em Santa Catarina, era apenas de 1,99%, ou 4.405 pessoas. Fazem parte do grupo pessoas com deficiência física, auditiva, visual, intelectual e mental, além de deficiência múltipla.

Conforme a Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) o número baixo pode ser explicado pelo fato de que essa população foi incluída na campanha de vacinação apenas neste ano.

Questionado sobre o baixo índice, o órgão afirmou que acredita que os registros de vacinação dessas pessoas possa ter entrado em outros grupos como idosos, crianças ou pessoas com comorbidades.

Em Santa Catarina, a cobertura vacinal está em 65% de um público-alvo total de 2.674.128 pessoas, conforme o governo do Estado. A meta de 90% foi superada no grupo dos idosos (123%) e dos trabalhadores da saúde (102%). Nos demais, ainda está abaixo do esperado.

Florianópolis

Conforme a Secretaria de Saúde, em Florianópolis estão sendo aplicadas vacinas em domicílio para pessoas com deficiência ou com dificuldade de locomoção.

“É importante destacar que qualquer dificuldade pode ser entrado com a equipe dos Centros de Saúde, para agendar vacinas, e/ou tirar dúvidas”, afirmou a secretaria por meio de assessoria.

Para fazer o agendamento o usuário deve acessar o site e realizar o procedimento. A secretaria não informou, no entanto, o número de pessoas com deficiência já vacinadas na Capital.

Aflodef dá apoio

A Aflodef (Associação Florianopolitano de Deficientes Físicos) tem atuado no suporte a cadeirantes e pessoas com dificuldade de mobilidade em Florianópolis.

Até o momento, através do departamento de assistência social, o órgão levou uma mãe com uma criança cadeirante ainda no mês de abril para se vacinar no bairro Tapera, no Sul da Ilha.

Conforme a responsável pelo departamento, Rosane Rodrigues, a pessoa deve entrar em contato com a Aflodef, que dará suporte e levará o solicitante até o ponto de vacinação.

Na próxima segunda-feira (8), o órgão deverá levar um morador do bairro Agronômica para vacinação. Caso tenha necessidade, a pessoa deve entrar em contato pelo telefone (48) 3228-3232.

Vírus de imunização

A vacina da gripe imuniza contra três subtipos do vírus que são: influenza A (H1N1); influenza A (H3N2) e influenza B e contribui para que haja redução de casos graves, complicações, internações e, consequentemente, óbitos em decorrência da gripe.

A gerente de imunização lembra que a grande maioria dos casos de gripe é leve e acaba se resolvendo de forma espontânea, sem sequelas ou complicações. No entanto, principalmente, nas pessoas que fazem parte dos grupos prioritários, o quadro pode se agravar.

Doses recebidas

Santa Catarina já recebeu um total de 2.506.200 doses da vacina contra a gripe, conforme o governo do Estado. O quantitativo equivale a 93% do total de doses necessárias para imunizar toda a população dos grupos prioritários.

As doses foram encaminhadas pelo Ministério da Saúde ao Estado em 13 remessas nos meses de março, abril e maio. Todas as doses já foram encaminhadas aos 295 municípios catarinenses, afirma o Executivo estadual.

Fonte  https://ndmais.com.br/noticias/apenas-2-das-pessoas-com-deficiencia-se-vacinaram-contra-a-gripe-em-sc/amp/

Postado por Antônio Brito 

LGBT com deficiência sofre mais preconceito na hora do sexo

O evento acontece no dia 9 de junho (Foto Ilustrativa)

LGBT com deficiência também gosta de sexo. Esse é o tema do vídeo do youtuber Marcio Rolim, que resolveu discutir sobre como as PCDs são deixados para segundo plano, ou sequer cogitados para um encontro, nos aplicativos de paquera.

Em seu vídeo, ele narra sua experiência como editor de conteúdo de um desses aplicativos, especificamente para gays, e conta com a contribuição de uma PCD que respondeu perguntas cruciais para entender a sexualidade da pessoa que tema algum tipo de limitação.

Deidy Cunha, que é cadeirante, contou que, por diversas vezes, amigas cadeirantes grávidas tinham que explicar que a gravidez era consensual e não fruto de estupro e elenca que existem terapeutas especializados em estimular as áreas erógenas das PCDS.

Marcio conta algumas experiências com cadeirante, surdo e conta que a principal limitação está na pessoa sem deficiência, que quase sempre que se interessa por um PCD no app, cancela o possível encontro quando descobre que ele tem alguma limitação.

“Existe muita gente se amando por aí e não é diferente com as PCDS, inclusive casais discordantes, como lésbica cadeirante com andante, ou cego gay com não-cego. Claro que deficiências intelectuais, como Down ou autismo, é mais comum uns se relacionarem com os outros”, diz a entrevistada.

Os LGBTs somam o preconceito de pertencerem à comunidade com a falsa ideia de que são pessoas infantilizadas, incapazes de ter prazer ou de que não podem dar prazer sexual. No vídeo, Marcio conta que centenas de PCDs o procuravam no aplicativo para perguntar por que nunca conseguiam um encontro.

Há uma lista de séries e filmes que o youtuber indica para entender melhor o sexo com pessoas com deficiência e como suas limitações não os torna “especiais”, mas apenas pessoas discriminadas em uma sociedade onde a forma, o corpo e a beleza, estão quase sempre à frente de nossas escolhas para sexo.

Fonte  https://observatoriog.bol.uol.com.br/noticias/lgbt-com-deficiencia-sofre-mais-preconceito-na-hora-do-sexo

Postado por Antônio Brito 

Garantia da educação inclusiva durante a pandemia é direito dos estudantes

Dentre os vários desafios que as redes de Educação enfrentam para manter os estudantes próximos à escola e em algum contexto de aprendizagem, destaca-se a necessidade de também garantir a inclusão das crianças e adolescentes com deficiência em todo esse processo. 

Para garantir essa equidade nos trabalhos pedagógicos remotos, as especialistas ouvidas pela reportagem do CR indicam os principais pontos que devem ser observados: acolher o estudante e sua família, com atenção ao seu contexto e necessidades específicas; priorizar a conexão, o bem-estar e as possibilidades de cada família em lugar de volume de conteúdo; não fazer diferenciação entre o que a turma está aprendendo e o que será ofertado aos estudantes com deficiência, e garantir que as ferramentas digitais ou físicas propostas sejam acessíveis a todos.

Leia + Educação a distância pode ampliar desigualdades durante a pandemia

“Entendemos as dificuldades, mas esse atendimento tem que ser mantido, porque não é uma benesse, é um direito e é uma prioridade”, afirma Regina Mercurio, formadora do Instituto Rodrigo Mendes.

O direito à educação inclusiva é garantido tanto pela Constituição, quanto pela Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU, e a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), de nº. 13.146/2015. Em relação ao contexto específico da pandemia, consta no parecer nº. 5 do CNE a necessidade de dar continuidade a esse direito, garantindo qualidade e equidade.

E para que os estudantes tenham esse direito garantido, Maria Antônia Goulart, Coordenadora Geral do Movimento Down e do MAIS(Movimento de Ação e Inovação Social), recomenda que as redes comecem por mapear quem são essas crianças e adolescentes, quais acessos eles têm disponíveis e os recursos necessários, para então elaborar as propostas pedagógicas.

A partir disso, as redes e escolas têm condições de pensar em quais plataformas, mídias, estratégias e materiais digitais ou impressos podem ser ofertados para eliminar as barreiras que impeçam os trabalhos pedagógicos remotos. “Não podemos criar materiais massificados, que não permitem individualização dos atendimentos”, diz a especialista.

A interlocução com o professor do Atendimento Educacional Especializado (AEE) também deve ser observada, para que ele apoie a criação dos materiais e o desenvolvimento das atividades da turma, mas não fique inteiramente responsável pelo trabalho.

“A aulas do AEE também devem ser mantidas. Então, por exemplo, que um aluno surdo continue tendo acesso à aprendizagem de Libras, porque é algo que às vezes em casa não tem contato”, relata Regina.

No contexto da pandemia, a formadora relata que tem acompanhado os benefícios que o trabalho conjunto entre o professor da sala comum e do AEE trazem para a qualidade da proposta não só para os estudantes com deficiência, mas para toda a turma. “Então se há um aluno surdo, o material precisa de muitas imagens, e isso ajuda a todos na compreensão do conteúdo”. 

Mas, acima de tudo, Regina destaca que é fundamental cuidar para que as famílias estejam próximas e consigam perceber as potencialidades e o desenvolvimento dos estudantes, por meio do diálogo e da construção conjunta do trabalho.

“A escola não pode fazer a família pensar que o filho não consegue e não tem motivo para voltar à escola. Se a escola só envia material escrito e ele não consegue fazer nada porque essa proposta não está acessível a ele, ou só faz as atividades da professora do AEE, há um subtexto nisso, de que esse aluno não tem que ir para a classe comum, tem que ficar na aula especial, e de que ele é menos capaz. E esse é o maior engano.” 

Algumas estratégias adotadas pelas redes de ensino

No contexto de isolamento social e suspensão das aulas, outro desafio que pode emergir no ambiente doméstico diz respeito aos recursos e apoios físicos que alguns alunos necessitam, como lupa de aumento, reglete ou engrossador de lápis, e são de difícil acesso das famílias. “Daí a importância de conhecer as barreiras e se adequar a isso. Vi redes que colocaram janela de Libras nas vídeoaulas, ou que emprestaram materiais adaptados que estavam na sala de recursos para as famílias”, descreve Regina.

Nas experiências que Maria Antônia tem acompanhado pelo Brasil neste momento, os educadores têm apostado no uso do PowerPoint, que permite incluir vídeos, áudios, aumentar o tamanho das letras e é leve para ser acessado pelo celular. Ela também conta que há vários trabalhos com grupos menores de alunos, para além daquele que é realizado com a turma toda, independentemente da plataforma utilizada. Assim, os educadores conseguem um acompanhamento mais próximo e facilita que os estudantes possam se expressar. 

“Esses momentos em que o professor não está com o grupo tudo têm sido útil para fazer alguns contatos individuais com os que estão demandando qualquer necessidade específica, e acompanhar com eles em que medida o material deu certo, se dialoga com os interesses desses estudantes, e também para engajar, para que tenham vontade de usar esses materiais e conteúdos”, conclui.

FONTE  https://educacaointegral.org.br/reportagens/garantia-da-educacao-inclusiva-durante-pandemia-e-direito-dos-estudantes/

Postado por Antônio Brito 

03/06/2020

Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência do Estado de São Paulo precisa de ajuda

A APMDFESP – Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência do Estado de São Paulo precisa de ajuda!

Amparar, recuperar, reabilitar.

Essas etapas fazem parte da nobre missão da APMDFESP – Associação dos Policiais Militares Portadores de Deficiência do Estado de São Paulo, que há 27 anos se dedica tanto aos Policiais Militares ativos, veteranos, pensionistas, inativos, quanto aos familiares.

Todo esse apoio, físico e emocional, permite que tenham uma nova condição de vida e integração social.

A APMDFESP é uma entidade beneficente, sem fins lucrativos, de caráter assistencial e ÚNICA no mundo a desenvolver esse trabalho.

Contamos com seu apoio!

Presente em São Paulo e no interior do Estado, a Entidade oferece assistência de profissionais da área jurídica e de uma equipe multidisciplinar que inclui médico fisiatra, fisioterapeutas, fonoaudiolóloga, terapeutas ocupacionais, psicólogos, assistente social, advogados e profissionais em outras áreas de reabilitação e de apoio a Família Policial Militar.

Cerca de 7 mil policiais militares do Estado são portadores de deficiência e eles só podem contar com o apoio da APMDFESP. Em sua maioria foram vítimas da violência.

No momento em que mais precisam, a Associação ajuda com cestas básicas, cadeiras de rodas, de banho, aparelhos ortopédicos, órteses, próteses, ajuda psicológica, fraldas geriátricas, dentre outros materiais, equipamentos e atendimentos.

A demanda é alta, mas a Entidade é referência e precisa continuar com essa missão.

Ajude a APMDFESP a continuar reabilitando esses guerreiros que tanto se esforçaram para nos garantir segurança.

Precisamos de você, da sua doação!

Se puder doar cadeira de rodas, muletas, bengalas, botas ortopédicas, cestas básicas ou outros equipamentos, procure a Associação.

Entre em contato por meio do telefone, e-mail ou redes sociais.

Acredite, apoie a APMDFESP a cuidar bem da Família Policial Militar!

Doações em dinheiro:
Santander 
Agência 0108 
conta 13-003168-7
CNPJ 00132709/0001-40

Entre em contato com a APMDFESP pelo 11.2262.9500.

Rua Adolfo Samuel 14 – Jardim Santa Inês – São Paulo

Envie seu email para

secretaria@apmdfesp.com.br ou apmdfesprp@gmail.com

Fonte  https://revistareacao.com.br/associacao-dos-policiais-militares-portadores-de-deficiencia-do-estado-de-sao-paulo-precisa-de-ajuda/

Postado por Antônio Brito