Especialistas alertam para a banalização do autismo nas redes sociais. A exposição excessiva do tema tem levado a interpretações equivocadas, autodiagnósticos e uso indevido da condição, prejudicando pessoas com autismo.
As redes sociais há muito tempo vêm sendo um palco para a exposição do tema AUTISMO de forma maciça e persistente. Essa expansão de conteúdos sobre autismo nas redes sociais tem ampliado a visibilidade do tema, porém, tem favorecido algumas interpretações equivocadas, simplificadas e até estimulando o chamado auto-diagnóstico, de certa forma até, banalizando a condição.
Pesquisas indicam que vídeos e postagens tendem a apresentar sinais isolados como se fossem suficientes para identificar o transtorno, o que pode afastar o público dos critérios formais estabelecidos e da necessidade de avaliação clínica por equipes especializadas. Pelo que se vê nas redes, hoje, ser autista parece que se transformou em uma condição de “moda” ou de algum tipo de “vantagem” sobre as outras pessoas. Em outros casos, o autismo auto declarado acaba até servindo de muleta ou desculpa para alguns atos duvidosos de certos indivíduos, que acabam se justificando de coisas que fazem, se dizendo autistas.
O que além de banalizar, ainda denigre, difama e prejudica as pessoas com autismo de verdade.
Segundo reportagem publicada pelo jornal Correio do Povo, esse cenário pode contribuir para diagnósticos equivocados ou tardios, sobretudo entre adultos e mulheres, que já enfrentam dificuldades de reconhecimento devido a características menos evidentes. A exposição contínua a conteúdos voltados para audiência pode reforçar estereótipos e distorcer o entendimento sobre características, relações sociais, interesses específicos e modos de comunicação associados ao autismo.
O prejuízo para a imagem da condição do transtorno e suas diversas características é real. O que muitos estão fazendo “usando” o autismo para sua auto promoção ou justificativas pessoas é uma irresponsabilidade que deveria ser punida legalmente.
Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=9871364b-211b-4cb9-a115-ce9f52dd4b9f
Postado Pôr Antônio Brito
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