Fechado desde o dia 20 de março devido à pandemia, o Jardim Botânico do Recife celebra 41 anos com intercâmbio de sementes de espécies em extinção. (Foto:Andréa Rêgo Barros/PCR.) |
Apesar de estar temporariamente fechado devido à pandemia do novo coronavírus, o Jardim Botânico do Recife celebra 41 anos no dia 1º de agosto. O equipamento ambiental da Prefeitura do Recife, localizado às margens da BR-232, no Curado, agora integra uma rede de troca de sementes feita pelas capitais brasileiras, com apoio dos Jardins Botânicos de cada cidade, através do Programa Bandeira Verde.
Mensalmente, os municípios que aderiram ao programa como a capital pernambucana, anunciarão a lista de espécies que possuem para realizar as trocas para que as sementes sejam enviadas às cidades solicitantes. A iniciativa colabora para a conservação da flora brasileira em risco de extinção e o seu uso sustentável.
Atualmente, o Jardim Botânico do Recife disponibiliza a lista de espécies disponíveis para permuta com outros jardins botânicos do Brasil por meio do Index Seminum, catálogo institucional de sementes, publicado no site oficial do equipamento público, sendo esta uma das exigências para manutenção da categorização Junto ao Ministério do Meio Ambiente e a Rede Brasileira de Jardim Botânico.
Estão presentes espécies como Xylopia frutescens Aubl (Pindaíba), Ptychosperma macarthurii (Palmeira de Macarthur), Eugenia luschnathiana (Pitomba da Bahia) e Passiflora foetida (Maracujá silvestre), entre outras.
Projeto Bandeira Verde
Capitais pela Biodiversidade conta apoio da academia e dos especialistas dessa área para a criação de uma rede de intercâmbio de espécies em extinção entre as capitais brasileiras. A iniciativa está alinhada com um dos princípios do Fórum CB27: cooperação nos temas da biodiversidade e restauração, um diálogo intermunicipal entre secretários de meio ambiente das capitais brasileiras.
Ainda reforça o importante papel e compromisso dos governos locais com a agenda de biodiversidade, visto que 2020 é considerado pela ONU o Ano da Biodiversidade. "O projeto Bandeira Verde será mais um meio para garantir a diversidade genética e a sustentabilidade na nossa região. Além disso, vamos trocar conhecimentos e colaborar com a preservação de outras cidades", pontua o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Neves Filho.
Capitais pela Biodiversidade conta apoio da academia e dos especialistas dessa área para a criação de uma rede de intercâmbio de espécies em extinção entre as capitais brasileiras. A iniciativa está alinhada com um dos princípios do Fórum CB27: cooperação nos temas da biodiversidade e restauração, um diálogo intermunicipal entre secretários de meio ambiente das capitais brasileiras.
Ainda reforça o importante papel e compromisso dos governos locais com a agenda de biodiversidade, visto que 2020 é considerado pela ONU o Ano da Biodiversidade. "O projeto Bandeira Verde será mais um meio para garantir a diversidade genética e a sustentabilidade na nossa região. Além disso, vamos trocar conhecimentos e colaborar com a preservação de outras cidades", pontua o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, José Neves Filho.
Além de ser um dos principais pontos turísticos da capital pernambucana, o Jardim Botânico do Recife desenvolve pesquisas e abriga uma riqueza botânica em suas coleções que pode ajudar a reflorestar áreas desmatadas e a repor na natureza espécies que correm o risco de serem extintas.
O equipamento ambiental realiza estudos a fim de preservar as espécies da flora que estão ameaçadas de extinção, produzindo mudas de cactos e orquídeas em uma parceria firmada, em 2019, com o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE).
As sementes são obtidas a partir das expedições de coletas que o JBR realiza periodicamente. Em seguida, são enviadas para o CETENE, que beneficia e coloca as sementes para germinar in vitro.
Espécies como o Melocactus violaceus, uma cactácea da restinga, e a orquídea Gorgora nigrita, atualmente na lista vermelha com risco de desaparecer, já estão no processo do cultivo in vitro. O Jardim Botânico do Recife possui área própria de produção de mudas, com aproximadamente 3.000m² e capacidade de alojar 5 mil mudas, predominantemente de espécies nativas de Mata Atlântica, com o objetivo de suprir a demanda interna em reflorestamentos de seu fragmento de mata, bem como das unidades protegidas e arborização urbana da cidade do Recife.
"Atualmente, o viveiro de mudas tem capacidade para produzir 1.200 mudas ao ano, mas já estamos com projeto para ampliar o espaço, assim como a demanda de produção", explica o gerente do Jardim Botânico do Recife, Sérgio Rocha.
Durante o período em que as atividades e as visitas estão suspensas, o Jardim Botânico segue realizando sua manutenção de rotina, tanto no viveiro de produção de mudas, quanto nas coleções científicas, como orquidário, cactário, passifloraceae, seguindo todas as recomendações de segurança e saúde.
Também está sendo desenvolvida uma nova composteira, que proporcionará a ampliação da produção de substratos para os cuidados com a natureza do espaço.
Fonte https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/vidaurbana/2020/07/jardim-botanico-do-recife-integra-rede-de-troca-de-sementes-com-outras.html
Postado por Antônio Brito
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