11/12/2020

Defensoria Pública de SP obtém sentença que garante vestibular inclusivo a pessoas surdas na Unesp

A Defensoria Pública de SP obteve uma sentença que condenou a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e a Fundação para o Vestibular daquela universidade (Vunesp) a implementarem mecanismos para garantir a pessoas surdas acessibilidade e concorrência em igualdade de condições em relação às demais pessoas no vestibular organizado pelas entidades.

A decisão determina que sejam disponibilizados editais dos vestibulares e prova de conhecimentos gerais em Libras – Língua Brasileira de Sinais. No caso da prova de conhecimentos específicos, deverá constar a informação, nas avaliações discursivas e de redação, de que o candidato é pessoa surda, sem sua identificação.

Deverão ser disponibilizados, ainda, professores especializados e intérpretes à Comissão do Vestibular, de forma a viabilizar a compreensão dos comandos da prova pelo candidato surdo.Também terão que ser adotados critérios diferenciados de correção da prova de redação dos candidatos com surdez, privilegiando o aspecto semântico em detrimento do aspecto estrutural da linguagem. A avaliação dessas provas de pessoas surdas deverá ser feita por professores especializados.

Proferida no dia 30 de novembro pela Juíza Renata Pinto Lima Zanetta, a sentença atende a uma ação civil pública ajuizada pelo Núcleo Especializado dos Direitos da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência da Defensoria, elaborada pelas Defensoras Renata Flores Tibyriçá e Fernanda Dutra Pinchiaro, respectivamente coordenadora e ex-coordenadora do Núcleo.

Em 2015, o Núcleo recebeu a reclamação de estudantes com surdez que solicitaram que o vestibular da Unesp fosse realizado também em Libras. Após tentativas extrajudiciais infrutíferas, foi protocolada a ação civil pública, em maio de 2017.

“Embora haja a disponibilização de intérprete de Libras, este permanece para esclarecimento sobre as instruções da prova, sendo a prova integralmente na língua portuguesa, não havendo tradução ou interpretação da prova para a Língua Brasileira de Sinais”, apontam as Defensoras na ação.

Acordo judicial

Em agosto de 2017, a Defensoria chegou a firmar no processo um acordo judicial com a Unesp e a Vunesp. O termo previa o aperfeiçoamento do site do vestibular, para indicar com mais clareza a existência do Manual do Candidato em Libras, em vídeo disponibilizado nesta linguagem. A Vunesp também se comprometeu a disponibilizar, para cada três candidatos, ao menos um tradutor de Libras para traduzir instruções e questões, se assim solicitado pelo candidato.

Em relação à prova discursiva, a Vunesp se comprometeu a fazer a correção em duas etapas, uma utilizando o critério padrão e uma segunda a ser realizada por uma banca específica, composta por ao menos um professor especialista em surdez e nas peculiaridades daqueles candidatos. Essa correção teria que considerar a coerência do texto e o conteúdo semântico, sem valorizar excessivamente a forma, a ortografia e a estruturação gramatical. O acordo previa também o aprimoramento contínuo de propostas inclusivas para vestibulares futuros.

Embora o acordo tenha sido celebrado já em 2017, o processo judicial continuou em tramitação, visando à garantia da efetiva e total acessibilidade às pessoas surdas no vestibular, culminando agora na sentença acima referida.

Notícia em Libras:

https://www.facebook.com/watch/?v=1093876784392534

Fonte: https://revistareacao.com.br/defensoria-publica-de-sp-obtem-sentenca-que-garante-vestibular-inclusivo-a-pessoas-surdas-na-unesp/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

Curso de formação de soldados da Polícia Militar de Santa Catarina ganha disciplina de Libras

Foto: Divulgação / PMSC

Foi realizada a aula inaugural da disciplina de Libras, na modalidade de educação a distância para o Curso de Formação de Soldados (CFSd) da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC). A aula, que foi dada pela primeira vez em um curso de formação militar, foi proferida pelo coordenador do departamento de Libras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), professor Deonísio Schmitt. Ela foi transmitida para todos os 18 pelotões do CFSD 2020.

A PMSC, por meio da Diretoria de Instrução e Ensino, está em tratativas para promoção da disciplina no curso desde meados de agosto deste ano. A parceria firmada entre o departamento de Libras da UFSC, a presidência da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Pessoa com Deficiência da Câmara Municipal de São José e a PMSC já existia desde 2019.

Para o comandante-geral da PMSC, coronel Dionei Tonet, o projeto é muito importante para a formação dos novos policiais. “Apesar da pandemia, pensou-se em expandir essa importante qualificação também aos alunos soldados em formação.

A forma de ministrar a disciplina por EaD, com 30 horas de aula no total, atende totalmente ao que precisamos no plano de ensino do curso do CFSd”, afirmou.O diretor-geral da Faculdade da Polícia Militar de Santa Catarina, coronel Fábio José Martins, disse que a estrutura do novo curso inaugurado foi pensada para atender às demandas mais urgentes e situações mais corriqueiras envolvendo pessoas surdas e a PMSC. 

Desta forma, a abordagem a pé em pessoa surda; a abordagem de fiscalização de trânsito em pessoa surda; a abordagem veicular a pessoa surda em operação de barreira ou em situação de suspeição, e a abordagem a pessoa surda no curso de busca domiciliar foram escolhidas como os principais a serem ministrados. 

Fonte: https://revistareacao.com.br/curso-de-formacao-de-soldados-da-policia-militar-de-santa-catarina-ganha-disciplina-de-libras/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

Governo do Ceará lança programa para descentralizar serviços

Como parte do Programa de Modernização da Saúde, o Governo do Ceará lançou o Programa de Assistência à Saúde das Pessoas com Deficiência. A iniciativa foi anunciada pelo governador Camilo Santana. A ação vai promover junto ao público-alvo cadastro, censo, formação profissional e implantação de oficinas-escolas em órteses e próteses.

“Esse programa vai possibilitar a inserção e integração das pessoas com deficiência nas políticas públicas, especialmente na saúde. O programa vai fazer a diferença principalmente para as pessoas que moram no Interior e muitas vezes se deslocam para a Capital. A lógica hoje é a descentralização para que as pessoas possam ter os serviços prestados na sua região. Vamos poder planejar para as pessoas receberem a sua assistência, seja a órtese, prótese, cadeira de rodas, medicamento, na sua região”, detalhou Camilo Santana ao comentar a finalidade do novo programa.

Além de levar o serviço de saúde para mais perto do seu público-alvo, o governador explicou que o projeto vai viabilizar também um ganho econômico para as pessoas com deficiência. “Uma outra questão é criar uma economia no entorno dessa área da saúde no Interior com as próteses, a recuperação, manutenção. A ideia é capacitar essas pessoas com deficiência para fazer esse trabalho lá mesmo, inclusive utilizando as nossas policlínicas”, informou o chefe do Executivo estadual.

O programa vai mapear o quantitativo de pessoas com deficiência no Estado através de um cadastro. Em seguida, vai promover um censo para obter informações detalhadas sobre o universo da pessoa com deficiência no Ceará. Para além dessas informações, o Estado vai capacitar cearenses para a elaboração, adaptação e manutenção de órteses e próteses com a implantação de oficinas-escolas, possibilitando emprego e renda à pessoa com deficiência, reabilitação, maior autonomia e garantia de inclusão social.

Para que o programa obtenha as informações necessárias para funcionar com eficiência, o secretário da Saúde, Dr. Cabeto, ressaltou a necessidade das pessoas aderirem aos chamamentos. “É importante que todas as pessoas com deficiência preencham o censo digital para que nós conheçamos a realidade daqueles que precisam usar dessas ações estaduais descentralizadas. Vai acontecer uma série de ações inclusivas, como oficinas descentralizadas, ações de formação e de distribuição de medicamentos e desses itens”, disse o gestor.

Para Marcos Gadelha, secretário executivo de Política em Saúde do Ceará, com as informações no banco de dados o Estado vai ter condições de dar prioridade aos casos de acordo com a realidade individual. “Nós vamos qualificar essa informação, conhecer melhor as necessidades dessas pessoas com deficiência. Isso vai definir as pessoas que vão precisar ser atendidas de forma mais urgente”, afirmou.

As pessoas vão poder se cadastrar através da plataforma Saúde Digital, clicando https://digital.saude.ce.gov.br/pessoas-com-deficiencia/#/inicio

O processo de regionalização será realizado nas 22 áreas descentralizadas da saúde, com distribuição de medicamentos, materiais e insumos, com toda logística necessária para que o atendimento alcance todos da região, de acordo com suas necessidades.  

Ações de inclusão

O Governo do Ceará já possui uma série de ações voltadas para as pessoas com deficiência. Dentre as iniciativas, existe o programa Praia Acessível, que são estações que dão oportunidade às pessoas tomarem um banho de mar, o Centro de Profissionalização Inclusiva em Fortaleza e as cinco Residências Inclusivas de Acolhimento.

Recentemente, o Estado lançou as brinquedopraças com brinquedos inclusivo. Outra ação importante foi com o Bolsa Atleta para paradesportistas, além do passe livre intermunicipal para pessoas com deficiência, inclusive para o acompanhante em caso de necessidade

Fonte: https://revistareacao.com.br/governo-do-ceara-lanca-programa-para-descentralizar-servicos/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

Bienal do Livro de São Paulo: Mauricio de Sousa e Sarepta apresentam nova revistinha com personagem da Turma da Mônica com doença rara

Edu, o novo personagem da Turma da Mônica, é um menino de 9 anos que tem uma doença rara, a Distrofia Muscular de Duchenne (DMD). Acolhido de forma carinhosa pela famosa turminha, ele protagoniza sua quarta revistinha, que será apresentada por Maurício de Sousa e pela Sarepta Farmacêutica em live no dia 10 de dezembro, às 15h, na 1ª Bienal Virtual. O evento online faz parte da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que será realizada virtualmente até 13 de dezembro.

A revistinha faz parte do projeto Cada Passo Importa, desenvolvido pela Sarepta, em parceria com a Mauricio de Sousa Produções, com o intuito de conscientizar sobre a doença que não tem cura e afeta um a cada 3.500 a 5.000 meninos globalmente. No portal, é possível ler as histórias, fazer o download das revistinhas e se cadastrar para receber informações sobre novos lançamentos.

“Graças ao talento e a sensibilidade do Mauricio de Sousa e sua equipe, podemos fazer a diferença na vida de crianças e famílias com a Distrofia Muscular de Duchenne, provando que qualquer assunto ou história pode ser contada e levada adiante através dos quadrinhos”, pontua o diretor-geral da Sarepta, Fábio Ivankovich. A empresa é líder em medicamentos genéticos para doenças neuromusculares raras.

A nova historinha destaca a chegada de um novo personagem que, assim como Edu, também convive com a distrofia: seu primo Leonardo, que precisa de cadeira de rodas para se locomover. Nesta edição, os personagens da Turma da Mônica se reúnem para uma festa do pijama, com direito a muita diversão e uma pitada de terror. Assim como nas revistinhas anteriores, a famosa turminha reforça a integração do novo amigo em suas atividades e demonstram bastante interesse em entender um pouco mais sobre a rotina de Edu e Leo, que contam sobre seus alongamentos diários, exercícios respiratórios e até mesmo o uso de órteses – botas que mantém as pernas alinhadas – na hora de dormir.

“É muito importante apresentarmos às crianças as inúmeras diferenças que existem entre nós, para que possam se familiarizar e, principalmente, incluir esses amiguinhos em seus ciclos e vidas”, afirma Mauricio de Sousa. A live também abordará outros personagens especiais criados pelo desenhista e terá outros convidados.

capa gibi

Informação na palma da mão

Nesta edição especial, a revistinha vem acompanhada de um Cartão de Alerta Médico DMD, que pode ser personalizado com os dados do paciente, e leva informações de qualidade, relevantes e efetivas, que podem salvar vidas. O pequeno cartão cabe dentro da carteira e traz as principais recomendações e cuidados que um médico não especialista precisa saber em um momento de emergência.

“Na ausência de um especialista, o cartão é de grande utilidade para agilizar e facilitar qualquer assistência médica necessária, garantindo a conduta adequada e preservando a vida do paciente com Duchenne”, comenta Karina Hamada Iamasaqui Züge, presidente da Aliança Distrofia Brasil (ADB), instituição referência no apoio a pacientes e familiares que convivem com a doença.
Caracterizada pela deterioração muscular progressiva, a DMD é de rápida evolução e pode limitar completamente os movimentos do corpo. Por este motivo, se faz tão importante conscientizar a população e a comunidade médica em relação aos principais cuidados com estes pacientes.

Projeto ganha Troféu HQMIX

O projeto Cada Passo Importa está entre os vencedores da 32ª edição do Troféu HQMIX, uma das mais tradicionais premiações dos quadrinhos brasileiros, que visa divulgar, valorizar e premiar a produção de artes gráficas no país. Na categoria “Homenagem”, o projeto se classificou pela inovação em utilizar as HQs para conscientização sobre DMD.

“É com muita alegria que recebemos esse prêmio, que representa não somente um grande reconhecimento nacional, mas, principalmente, a certeza de estarmos caminhando na direção correta, que leva informação, cuidados e inclusão para inúmeras famílias”, declara Ivankovich.

A cerimônia da 32ª edição será transmitida virtualmente pelo canal do YouTube do Centro de Pesquisa e Formação e redes sociais do SESC SP, no dia 12 de dezembro, às 18h.

Serviço:
Lançamento 4ª Revistinha
Data: 10 de dezembro de 2020
Horário: 15h
Link da transmissão: 1ª Bienal Virtual: https://www.bienalvirtualsp.org.br/
Site do projeto:https://www.cadapassoimporta.com.br/

Serviço:
Troféu HQMIX
Data: 10 de dezembro de 2020
Horário: 18h
Links da transmissão:
• Centro de Pesquisa e Formação: https://www.youtube.com/c/CPFSesc/featured
• Instagram SESC SP: https://www.instagram.com/sescsp/
• Facebook SESC SP: https://www.facebook.com/sescsp
Site do projeto:https://hqmix.com.br

Fonte  https://revistareacao.com.br/bienal-do-livro-de-sao-paulo-mauricio-de-sousa-e-sarepta-apresentam-nova-revistinha-com-personagem-da-turma-da-monica-com-doenca-rara/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

Em São Paulo, proprietários de carros com isenção serão obrigados a utilizar adesivo de identificação

De acordo com as informações da Secretaria da Fazenda do Governo do Estado de São Paulo, “as pessoas com deficiência física severa ou profunda, cujo veículo necessite de adaptação, continuarão a ter direito à isenção de IPVA. Dessa forma, o imposto não recolhido poderá ser utilizado pelos proprietários como investimento para custear as modificações necessárias, como inversão do pedal do acelerador, comandos manuais de acelerador e freio e adaptação de comandos do painel no volante. Os autistas e as pessoas com deficiência física, visual e mental, severa ou profunda, não-condutoras, continuam beneficiadas”.

A Secretaria da Fazenda e Planejamento (Sefaz) já disponibiliza em seu site um guia com os principais pontos da mudança.

Outra mudança é a necessidade de afixar no veículo isento de IPVA adesivo indicativo da isenção, conforme disciplina estabelecida pela Sefaz. Os beneficiados poderão imprimir a arte indicativa de isenção no site da Secretaria da Fazenda. É necessário que o adesivo esteja visível no veículo para evitar penalidades.

https://portal.fazenda.sp.gov.br/Noticias/Documents/Modelo_Adesivo_IPVA_PCD_Decreto%2065337_2020.pdf

Todas as novas informações, divulgadas a partir desta quarta-feira, podem ser acessadas em https://portal.fazenda.sp.gov.br/servicos/ipva/Paginas/Objetivos.aspx

Fonte  https://revistareacao.com.br/em-sao-paulo-proprietarios-de-carros-com-isencao-serao-obrigados-a-utilizar-adesivo-de-identificacao/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

10/12/2020

“Muito se fala em inclusão, mas ainda falta muito”, diz mãe de aluna com deficiência

Dia 3 de dezembro é o ‘Dia Internacional da Pessoa com Deficiência’. Entretanto, existe uma grande distância entre a teoria e a prática da inclusão nas escolas. Este é o pensamento de Fabi Souto Zanetta, moradora de Jundiaí e que tem uma filha de 14 anos com deficiência intelectual. Ela conta que a filha estuda na Escola Estadual Professor José Silva Júnior e no final do ano, o Estado manda as provas para avaliar a escola, mas devido à pandemia, este ano, seriam feitas na casa do aluno. “Quando fui buscar a prova, a mesma não estava adaptada para a minha filha. Isso me revoltou, pois, parece ironia, no mês em que se comemora o ‘Dia Internacional da Pessoa com Deficiência’, ainda temos muitas dificuldades a ser superadas. Muito se fala em inclusão, mas ainda falta muito para chegarmos à igualdade que gostaríamos”, pontuou Fabi, observando que não apenas professores, mas muitos profissionais da Educação ainda não estão preparados para lidar com o aluno com deficiências, assim como muitas escolas não têm a infraestrutura para estes alunos. “Quando recebi a prova fiz um desabafo sobre o quanto ainda estamos longe da inclusão plena. Recebi muitos apoios”, contou.

Para ela, este é um problema que precisa ser discutido, uma vez que a teoria de que existe inclusão é muito bonita, mas está longe da realidade. “As pessoas, muitas vezes não sabem dos direitos da pessoa com deficiência e acabam aceitando. Não podemos aceitar “É o que tem para ser oferecido”. Pais e responsáveis devem buscar as informações e os próprios governantes deveriam divulgar mais os direitos a que fazem jus”.

Fonte  https://portalaverdade.com.br/muito-se-fala-em-inclusao-mas-ainda-falta-muito-diz-mae-de-aluna-com-deficiencia/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

Com investimentos fixos no paradesporto e aposta na inclusão, Secretaria Especial do Esporte divulga importantes números no Dia Internacional das Pessoas com Deficiência

No dia 3 de dezembro quando o mundo celebra o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, o esporte paralímpico se mostra ainda mais forte como um caminho eficiente na busca por inclusão em nossa sociedade.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente 10% da população mundial possui algum tipo de deficiência. No Brasil, segundo dados do IBGE, são 12 milhões de pessoas. Para Erinaldo Chagas, secretário Nacional substituto do Paradesporto, o esporte surge como um aliado na promoção e na luta por melhores condições.

“O esporte amplia a capacidade das pessoas com deficiência, fortalece sua dignidade e permite caminhar efetivamente na construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e solidária, que possibilite a todos a igualdade de oportunidades”, afirma o secretário. Nesse sentido, os investimentos federais no esporte confirmam que a prática esportiva é, sim, um catalisador poderoso de inclusão.

Atualmente, dos 274 atletas que recebem a Bolsa Pódio, a mais alta categoria do Programa Bolsa Atleta, 167 (61%) são de modalidades paralímpicas. Dos R$ 36,72 milhões investidos na Bolsa Pódio anualmente, R$ 23,076 milhões (62,8% do total) são destinados por ano aos atletas paralímpicos.

Ao todo, o Programa Bolsa Atleta, uma das maiores iniciativas de patrocínio direto a esportistas do mundo, contempla atualmente 1.505 atletas paralímpicos, em 27 modalidades, em um investimento anual de mais de R$ 40,85 milhões. São 554 bolsistas no feminino e 951 no masculino, divididos entre os 1.338 inscritos nas categorias convencionais do Bolsa Atleta e os 167 beneficiados com a Bolsa Pódio.

Os investimentos ajudaram a tornar o Brasil uma potência esportiva em âmbito mundial. Nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o país teve a maior delegação de sua história, com 286 atletas, sendo 90,9% bolsistas. Foram 72 medalhas conquistadas, em 13 esportes diferentes: 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes, além de 99 finais disputadas. Todas as medalhas foram conquistadas por atletas que recebiam o apoio da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.

No ciclo para os Jogos de Tóquio 2020, a força do Bolsa Atleta ficou clara mais uma vez nos Parapan-Americanos de Lima 2019, no Peru, o maior evento multiesportivo antes dos Jogos no Japão. O Brasil protagonizou um resultado histórico e chegou ao topo do quadro de medalhas, com 308 pódios. Foram 124 medalhas de ouro, 99 de prata e 85 de bronze. Do total de medalhas, 287 (93,18%) foram conquistadas por atletas contemplados pelo Bolsa Atleta.

“Para nós, o esporte paralímpico é motivo de orgulho. Nossos atletas são respeitados em todo o mundo e sempre honram as cores de nosso país. Mas o esporte paralímpico vai além do alto rendimento. O que queremos e para isso trabalhamos é que nossas crianças e jovens com deficiência possam ter acesso à prática esportiva e tenham a chance de, por meio do esporte, viverem uma vida plena”, afirma o secretário Especial do Esporte, Marcelo Magalhães.

Inclusão em outras frentes

O Ministério da Cidadania não atua apenas no campo esportivo quando se trata de pessoas com deficiência. Em setembro deste ano, por exemplo, a Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação – SAGI, em parceria com a Secretaria Nacional de Assistência Social, ambas integrantes da pasta, lançaram a publicação digital Proteção e Promoção Social de Pessoas com deficiência no Brasil: uma abordagem a partir de indicadores sociais e relatos de caso.

A obra, que teve como objetivo aprofundar o conhecimento sobre as pessoas com deficiência no Brasil, pode ser acessada virtualmente e traz uma série de dados que dão a noção precisa de quem são, onde estão e como vivem as pessoas com deficiência em nosso país.

Os investimentos do Governo Federal com repercussão direta na qualidade de vida das pessoas com deficiência também estão presentes em outros programas do Ministério da Cidadania. No Cadastro Único do Governo Federal há mais de 4 milhões de pessoas com deficiência registradas. No Bolsa Família são 900 mil pessoas atendidas. No Benefício de Prestação Continuada, são 2,6 milhões.

Fonte  https://revistareacao.com.br/com-investimentos-fixos-no-paradesporto-e-aposta-na-inclusao-secretaria-especial-do-esporte-divulga-importantes-numeros-no-dia-internacional-das-pessoas-com-deficiencia/
POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

09/12/2020

As Pessoas com Deficiência devem se enquadrar ao sistema geral de ensino ou o sistema regular de ensino deve se enquadrar à diversidade, promovendo a inclusão?

Foto: MEC/Fabiana Carvalho
  • Por Hegle Machado Zalewska

É importante mencionarmos brevemente o histórico das principais normas protetivas da Pessoa com Deficiência para termos condições de avaliar, fazer críticas e propor Políticas Públicas efetivas no que diz respeito à educação da Pessoa com Deficiência.

Histórico Internacional – Princípios para a Legislação Brasileira

Em 1994 a Unesco realizou a Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais: Acesso e Qualidade; e na Espanha foi elaborada a Declaração de Salamanca, resolução das Nações Unidas sobre Princípios, Políticas e Práticas na área das Necessidades Educativas Especiais (o compromisso Educação para Todos). Em 1999, na Guatemala, aconteceu a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas com Deficiência (texto convertido em Decreto Legislativo – 198/2001). Em 2007, na sede da Onu, em Nova York, houve a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo (texto convertido em Decreto Legislativo – 6.949/2009), que foram base para a instituição da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência – LBI (Lei n° 13.146/2015). Em 2015, na Coréia do Sul, foi aprovada a Declaração de Incheon, durante o Fórum Mundial de Educação, onde se constituiu o Compromisso da Comunidade Educacional com a Educação 2030 (Decreto n° 9.980/2019 que atribuiu competência à Secretaria Especial de Articulação Social para realizar ações de internalização da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU).

A determinação das campanhas públicas pela Convenção de Nova York ultrapassou a discussão da garantia da não discriminação. A destinação passou a ser, também, o cultivo da receptividade em relação aos direitos das Pessoas com Deficiência; o fomento de uma percepção positiva e maior consciência social; e a promoção do reconhecimento dos méritos, habilidades e capacidades das Pessoas com Deficiência. De fato, o intento da Lei Federal n° 13.146/2015 (LBI).

Esse cultivo de receptividade e verdadeira inclusão passa necessariamente pela educação, independente da fase da vida.

No que diz respeito à educação com consciência social, Eliana Cunha Lima (assessora de serviços de apoio à inclusão da Fundação Dorina Nowill para Cegos) ressalta que o processo de educação é individualizado, que todo aluno deve ser visto como pessoa com características próprias, que tem interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem únicas. Esclarece que “a inclusão deve ser para todo mundo não só para aluno incluído”.

Afirma, ainda, que a escola toda tem que ser inclusiva, não apenas dentro da sala de aula, já que os sistemas de ensino têm como responsabilidade a construção de espaços para a participação de toda a comunidade escolar (gestores, professores, funcionários, pais e alunos).

Avanços e Retrocessos do Ensino Inclusivo Brasileiro de 1961 até 2020 – uma questão de opinião

  • Em 1961, a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n° 4.024) – falava na educação dos “excepcionais”, para, quando possível, enquadrar-se no sistema geral de educação;
  • Em 1971, a segunda Lei de Diretrizes e Bases (Lei n° 5.692) manteve garantido os direitos da Pessoa com Deficiência à educação, mas de forma genérica “…deverão receber tratamento especial de acordo com as normas fixadas pelos competentes conselhos de educação”;
  • Em 1988, foi promulgada a Constituição Federal, que em seu artigo 208 veio determinar que o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de atendimento educacional especializado (AEE) às Pessoas com Deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
  • Em 1989, a Lei n° 7.853, dentre diversas determinações, obrigou a inserção de escolas especiais (privadas e públicas) no sistema educacional, bem como a educação especial em estabelecimentos públicos de ensino. Já nessa época determinou a matrícula compulsória para Pessoas com Deficiência em cursos regulares de escolas públicas e privadas, mas especificou que essa obrigação dizia respeito às pessoas capazes de se integrarem no sistema regular de ensino;
  • Em 1990, a Lei n° 8.069 (Estatuto da Criança e Adolescente) garantiu o AEE às Pessoas com Deficiência preferencialmente na rede regular de ensino;
  • Em 1994, a Política Nacional de Educação Especial propôs a chamada “Integração Institucional”, nada muito diferente da Lei n° 7.853 pois a inserção em classes regulares só se daria para crianças com condições de acompanhar e desenvolver as atividades curriculares programadas no mesmo ritmo que os alunos sem deficiência. No mesmo ano surgiu a Portaria do Ministério da Educação (MEC) n° 1793 recomendando a inclusão da disciplina “Aspectos Ético-Político-Educacionais da normalização e integração da Pessoa com Deficiência (à época utilizado o termo “pessoa portadora de necessidades especiais). Essa recomendação era direcionada prioritariamente aos cursos de pedagogia, psicologia, todas as licenciaturas, bem como nos cursos da área da saúde, serviço social e nos demais cursos superiores, de acordo com suas especificidades;
  • Em 1996, entrou em vigor a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Lei nº 9.394/199, determinando que “haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado na escola regular para atender às peculiaridades da clientela de educação especial”. Impôs, ainda, que “o atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a integração nas classes comuns do ensino regular”. Além disso, o texto trata de métodos, recursos e formação dos professores;
  • Em 1999, entrou em vigor o Decreto n° 3298 que veio para regulamentar a Lei nº 7853/1989, determinando, entre outras coisas que a educação do aluno com deficiência deveria se iniciar a partir do zero ano;
  • Em 2001, a Lei n° 10.172 (Plano Nacional de Educação) determinou que a educação especial deveria ser promovida e que a garantia de vagas no ensino regular era uma medida importante. Também em 2001, surgiu a Resolução n° 2 do Conselho Nacional de Educação colocando como possibilidade a substituição do ensino regular pela escola especial. O mesmo Conselho, em 2002, (Resolução n° 01/2002) afirmou que, a formação dos professores deveria incluir conhecimentos sobre as especificidades dos alunos com necessidades especiais;
  • Em 2006, o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos colocou entre as metas a inclusão de temas relacionados às Pessoas com Deficiência nos currículos das escolas;
  • Em 2007, após o país ter sido signatário da Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi promulgado o Decreto n° 6253 que definiu o atendimento educacional especializado como um conjunto de atividades, recursos pedagógicos e de acessibilidade prestados de forma complementar ao ensino regular. No mesmo ano o Decreto n° 6.094 (que implantou o Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação) estabeleceu a garantia do acesso e permanência das Pessoas com Deficiência nas classes comuns do ensino regular;
  • Em 2008, o Decreto n° 6.571 acrescentou um dispositivo ao Decreto n° 6253/2007: o AEE poderia ser oferecido pelos sistemas públicos de ensino ou pelas instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, com atuação exclusiva na educação especial, conveniadas com o poder executivo competente. O Decreto n° 6.571/2008 criou a obrigação da União em prestar apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino no oferecimento da acessibilidade, reforçando que o atendimento para Pessoas com Deficiência deveria ser integrado ao projeto pedagógico da escola;
  • Em 2009, a Resolução n° 4 do MEC orientou que o estabelecimento de AEE na educação básica prestasse atendimento preferencialmente nas salas de recursos multifuncionais das escolas regulares;
  • Em 2011, o Decreto n° 7.611 revogou o Decreto n° 6.571/2008; impediu a exclusão do sistema educacional geral sob alegação de deficiência determinando: que a oferta de educação especial se desse, preferencialmente, na rede regular de ensino; que seria assegurado apoio necessário e adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais; e que haveria apoio técnico e financeiro pelo Poder Público às instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial. Atualizou a definição de AEE (antes determinada no Decreto n° 6253/2007), que passou a ser “serão denominados atendimento educacional especializado, compreendido como o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucional e continuamente, prestado das seguintes formas: I – complementar à formação dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, como apoio permanente e limitado no tempo e na frequência dos estudantes às salas de recursos multifuncionais; ou II – suplementar à formação de estudantes com altas habilidades ou superdotação”; e afirma que o poder público estimulará o acesso ao AEE de forma complementar ou suplementar ao ensino regular, assegurando a dupla matrícula, sendo consideradas, para a educação especial, tanto as matrículas na rede regular de ensino como nas escolas especiais ou especializadas;
  • Em 2014, foi aprovado o novo Plano Nacional de Educação(Lei nº 13.005) que determina que o atendimento educacional especializado se dará, preferencialmente, na rede regular de ensino;
  • Em 2015, foi instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146) representando um grande avanço da inclusão da Pessoa com Deficiência, inclusive possuindo um capítulo dedicado à educação;
  • Em 2020, foi promulgado o Decreto n° 10.502 que instituiu a Política Nacional de Educação Especial (que merece discussão específica).

Estatísticas:

De acordo com os relatórios extraídos do site do MEC considerando o Plano Nacional de Educação (http://simec.mec.gov.br/pde/grafico_pne.php) – relatório Linha Base 2° Ciclo 2018  INEP – da meta 4 que se refere à inclusão (Universalizar, para a população de 4 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados), temos:

* no indicador 4 A – Percentual da população de 4 a 17 anos de idade com deficiência que frequenta a escola: da meta prevista de 100 %, a situação atual configura 85.8%;

* no indicador 4 B – Percentual da população de 4 a 17 anos de idade com deficiência que frequenta a escola: da meta prevista de 100 %, a situação atual configura 85.5%.

(fontes IBGE/censo populacional – 2010, censo demográfico – 2010 e censo da Educação Básica – 2015).

Efetividade das Políticas Públicas de Educação da Pessoa com Deficiência

O Decreto n° 10.502/2020 que instituiu a Política Nacional de Educação Especial tem sido objeto de controvérsias, inclusive ações judiciais questionando sua constitucionalidade por promover, em tese, a segregação de alunos com deficiência.

Um dos questionamentos é se o Poder Público, com aval do Decreto que flexibiliza a matrícula no sistema regular de ensino, estará de fato preparado a atender a escolha das famílias que desejam ver seus filhos matriculados no sistema regular, não apenas direcionando a uma escola especial para minimizar os custos de adequação para o recebimento do aluno com deficiência (sejam financeiros, sejam de efetivação de treinamentos de profissionais, de disponibilização de profissionais especializados, etc).

O interesse na efetividade da integração é unânime a quem defende os direitos e garantias da Pessoa com Deficiência. As divergências se dão no entendimento da melhor forma de aplicação dessas garantias, na interpretação das normas nacionais e internacionais (tanto na rede pública quanto rede privada), especialmente considerando o fato de que o Poder Público comumente descumpre suas obrigações legais com relação à educação, seja para pessoas com ou sem deficiência.

O Poder Público falha na disponibilização de suportes. Um exemplo básico é a falta dos fundamentais cuidadores na rede regular de ensino (são facilitadores na mobilidade, comunicação, e em diversas outras limitações a que a Pessoa com Deficiência possa estar sujeita).

As Ações Civis Públicas promovidas pelo Ministério Público contra o Poder Executivo por negligência no atendimento à Pessoa com Deficiência na rede regular de ensino, e os Termos de Ajuste de conduta (TAC) firmados entre Ministério Público e Governo expõem o óbvio: que o professor não possui condições de trabalho, que não existe estrutura para o ensino inclusivo.

http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/noticias/publicacao_noticias/2013/marco_2013/2013%2003%2019%20MP%20e%20Governo%20do%20Estado%20firmam%20TAC%20para%20garantir%20cuidadores%20na%20rede%20escolar.pdf

Normatização nós já temos. Muitas, aliás.

  • Hegle Machado Zalewska – Advocay; Comunicadora; Desenvolvedora de Projetos; Produtora de Conteúdo de Políticas Públicas; Advogada Especializada em Direito Digital. 

e-mail: heglemz@yahoo.com.br

Fonte  https://revistareacao.com.br/as-pessoas-com-deficiencia-devem-se-enquadrar-ao-sistema-geral-de-ensino-ou-o-sistema-regular-de-ensino-deve-se-enquadrar-a-diversidade-promovendo-a-inclusao/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO 

CPB lança Manifesto Paralímpico com fotos, vídeo e mensagem "Nossa deficiência não nos define"

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) lança nesta quinta-feira, 3, o “Manifesto Paralímpico” para celebrar a data em que é comemorado o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992. 

O ato tem como objetivo sensibilizar e fomentar uma reflexão a respeito dos desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência no dia a dia, e como transformar a infraestrutura e os serviços em ambientes sustentáveis, seguros e acessíveis. 

Com a mensagem central “Nossa deficiência não nos define”, o manifesto vai reunir um texto oficial, um vídeo com atletas paralímpicos que será exibido nas redes sociais do CPB, além de um ensaio fotográfico do qual valoriza-se os corpos dos atletas com deficiência.  

Confira o vídeo do Manifesto Paralímpico: 

                  

“Acreditamos no poder transformador do esporte e o CPB é um dos principais agentes nesta luta pela inclusão das pessoas com deficiência na sociedade por meio do esporte. O dia 3 de dezembro é de grande significado para nós, porque promove a reflexão e a mobilização para diversas ações referentes aos direitos das pessoas com deficiência em todo o mundo”, afirma Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cinco em Atenas 2004 e Pequim 2008, e presidente do CPB.    

A sessão de fotos, que já está disponível nas redes sociais do CPB, foi produzida pela fotógrafa do Comitê Paralímpico Brasileiro, Alessandra Cabral, e contou com a participação dos atletas da natação Andrey Garbe (classe S9), Dayanne da Silva (S6), Gabriel Cristiano (S8), Maiara Barreto (S3), Roberto Alcalde (S6), do atletismo Daniel Mendes (T11), Verônica Hipolito (T38), Washington Assis (T47) e Raissa Rocha (F56), além da mesa-tenista Jennyfer Parinos (9).   

“Eu amei participar das fotos. Foi uma experiência semelhante à campanha Movimento Paralímpico, que participei ano passado, com enaltecimento do nosso corpo e mostrando que a deficiência é só um detalhe. Essas ações são fundamentais porque despertam na sociedade a questão da igualdade da pessoa com deficiência”, destacou a nadadora potiguar Dayane Silva, que tem má-formação nos membros superiores.

Para o capixaba Daniel Mendes, do atletismo, o material fotográfico contribuirá para uma maior percepção da sociedade em relação às pessoas com deficiência. 

“Não é comum fazer fotos com esse perfil. Normalmente, a gente faz como atleta competindo ou posando com a medalha. Achei bem diferente expor o corpo assim, mas foi natural. Gosto de mostrar que tenho uma limitação e convivo de forma tranquila com ela. Nunca quis esconder a minha deficiência. Sempre notei que as pessoas ficam chocadas ao ver a minha bengala e perceber que eu não tenho visão. Acredito que o mundo é que tem que se adequar às diferenças”, completou Daniel, velocista da classe T11 (para cegos). 

No Brasil, de acordo com dados do censo do IBGE 2010, existem 45,6 milhões de indivíduos que se declaram com deficiência, o que corresponde a quase 23% da população. 

O decreto via lei nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, define a deficiência humana como “toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano”. 

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível  

Os atletas Daniel Mendes, Raissa Rocha e Roberto Alcalde são integrantes do programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 70 atletas e sete atletas-guia.   

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br) 

Fonte  https://cpb.org.br/noticia/detalhe/3128/cpb-lanca-manifesto-paralimpico-com-fotos-video-e-mensagem-nossa-deficiencia-nao-nos-define
Postado por Antônio Brito 

Em nota, “Governo de São Paulo regulamenta isenção de IPVA para pessoa com deficiência”

O SISTEMA REAÇÃO acaba de receber uma Nota Oficial da Assessoria de Comunicação da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo sobre o “Decreto 65.337 que altera o Decreto Nº 59.953, de 13 de dezembro de 2013, que regulamenta a imunidade, isenção, dispensa de pagamento, restituição e redução de alíquota do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA e dá outras providências”.

De acordo com a Nota, “para garantir o direito a quem realmente precisa e combater fraudes, o Governo do Estado de São Paulo fará mudanças no sistema que garante às pessoas com deficiência (PCD) a isenção de IPVA. O decreto n° 65.337/2020 que regulamenta a Lei 17.293/2020 (IPVA) foi publicado na edição desta terça-feira (8) do Diário Oficial do Estado. As alterações na legislação visam resgatar o princípio de renúncia de receita para beneficiar quem realmente precisa.

As pessoas com deficiência física severa ou profunda, cujo veículo necessite de adaptação, continuarão a ter direito à isenção de IPVA. Dessa forma, o imposto não recolhido poderá ser utilizado pelos proprietários como investimento para custear as modificações necessárias, como inversão do pedal do acelerador, comandos manuais de acelerador e freio e adaptação de comandos do painel no volante. Os autistas e as pessoas com deficiência física, visual e mental, severa ou profunda, não-condutoras, continuam beneficiadas”.

De acordo com a informação “a Secretaria da Fazenda e Planejamento (Sefaz) disponibilizará em seu site um guia com os principais pontos da mudança. A tabela das restrições médicas com a letra inserida na CNH, com a indicação ou não das isenções, pode ser encontrada nesse espaço. Para aplicar a lei, a Sefaz fará o recadastramento automático (ofício) dos veículos de propriedade de pessoas para os quais tenha sido concedida a isenção do IPVA antes de 1º de janeiro de 2021. Esse recadastramento será feito uma única vez, com base nas informações do banco de dados da Fazenda e Detran-SP. Os proprietários serão informados a conferir sua situação por meio de e-mail e SMS”.

“Os proprietários que não se enquadrarem nos novos critérios exigidos em lei terão o benefício da isenção cessado e deverão recolher o IPVA 2021 normalmente, de acordo com o calendário de pagamento do imposto. A regulamentação da lei permite aos que perderem o benefício a oportunidade de solicitar nova isenção por meio de recurso, desde que sejam obedecidas as novas regras. Outra mudança é a necessidade de afixar no veículo isento de IPVA adesivo indicativo da isenção, conforme disciplina estabelecida pela Sefaz. Os beneficiados poderão imprimir a arte indicativa de isenção no site da Secretaria da Fazenda. É necessário que o adesivo esteja visível no veículo para evitar penalidades”, afirma a nota.

O Departamento de Jornalismo da Revista Reação ainda recebeu, oficialmente, em Nota que “o aumento dos casos de isenção de IPVA para veículos PCD indica que pessoas que não precisam passaram a usufruir do benefício ao longo do tempo. Nos últimos quatro anos, o número de veículos com isenção cresceu de 138 mil para 351 mil, um aumento de mais de 150%. Enquanto isso, a população com deficiência no Estado cresceu apenas 2,1% – de 3.156.170 em 2016 para 3.223.594 pessoas em 2019, segundo dados da Secretaria da Pessoa com Deficiência.

Os números mostram que pessoas que não necessitavam se aproveitavam das regras então vigentes para obter isenções. Com isso, nos últimos quatro anos, subiu de R$ 232 milhões para R$ 689 milhões o volume de recursos que deixaram de ser recolhidos em beneficio de todos os contribuintes paulistas e aplicados em educação, segurança e saúde, um crescimento de aproximadamente 200%”.

Fonte  https://revistareacao.com.br/em-nota-governo-de-sao-paulo-regulamenta-isencao-de-ipva-para-pessoa-com-deficiencia/

POSTADO POR ANTÔNIO BRITO