Jovane Guissone (esquerda) treinando em casa com o técnico Marco Xavier. Foto: Arquivo Pessoal.
Que a vida de atleta não é monótona, todo mundo sabe. Mas a rotina de Jovane Guissone, um dos grandes nomes da esgrima em cadeira de rodas, parece ser ainda mais movimentada. Com a pandemia, ele tem dividido seu tempo entre treinos em casa, na cidade de Esteio, Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), e fisioterapia na capital gaúcha. De vez em quando foge para o sítio, em Portão (cidade que fica a cerca de meia de carro de sua residência). E ainda virou empreendedor, ajudando a esposa Kelly a fazer sucesso com uma barbearia.
O novo negócio, a Barbearia Touché, foi a forma encontrada de Jovane ajudar a esposa a fazer aquilo que gostava. “Há cinco anos atrás, quando comprei minha casa, ela me disse que gostaria de trabalhar em algo que pudesse fazer em casa. Paguei cursos para ela e acabou dando certo. O bom é que ela atende a mim e ao meu filho”, brinca o atleta, pai de Jovane Júnior e padrasto de Amanda Pereira.
Com a esposa cuidando da barbearia, Jovane vem se dedicando totalmente aos treinos para repetir o bom resultado de Londres-2012, quando foi campeão paralímpico. E ele mantém uma rotina bem rígida, dividindo-se entre as duas cidades gaúchas.
“O local onde eu treino, no CETE (Centro Estadual de Treinamento Esportivo), está fechado. Fiz uma adaptação na minha sala, com fixadores, e o Marco Xavier, meu treinador, vem aqui para treinar comigo. Toda segunda, quarta e sexta, tenho preparação física, pela manhã. Depois, faço as aulas de esgrima e combate. Vou a Porto Alegre nos dois outros dias para fazer fisioterapia”, detalha o atleta.
A correria da semana geralmente é aliviada com outra corrida, desta vez mais prazerosa, até o sítio, em Portão: “Fiquei um mês e meio isolado no meu sítio, onde dei uma trégua no início da pandemia. Nasci em uma cidade muito pequena, chamada Barros Cassal, onde todas as pessoas produzem milho, fumo e feijão e trabalham com animais. Sempre que eu posso, dou uma chegada lá, de onde trago energias boas, energias positivas”.
Aos 37 anos, Jovane Guissone garante que está muito preparado para buscar o alto do pódio em Tóquio. E quer usar justamente esse fator, das várias competições que enfrentou na carreira, para sair vitorioso.
“Com certeza, a minha meta é brigar por medalha. Cada ano que passa, a experiência ganha mais força. Todo atleta mais experiente usa mais a técnica do que a força e joga no erro do adversário”, avisa, confiante.
Fonte: Confederação Brasileira de Esgrima (CBE)
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), por meio da sua área de Educação Paralímpica, está com inscrições abertas para suas clínicas de atualização em atletismo. As aulas online serão gratuitas e voltadas para profissionais da Educação Física de todo o Brasil que já concluíram o curso de habilitação técnica da modalidade, também realizado pelo CPB.
A programação terá datas e conteúdos específicos para cada nível de formação. Os pré-requisitos são os mesmos para todos os participantes: ter realizado previamente o curso gratuito Movimento Paralímpico: Fundamentos básicos do Esporte (para cursá-lo, basta clicar aqui) e possuir a carteirinha de habilitação técnica do respectivo nível com vencimento no ano de 2020.
A clínica de atualização nível I, que habilita profissionais para atuarem em competições regionais, vai acontecer no dia 28 de novembro (sábado), das 9h às 13h e terá como tema "Deficiência Visual e Características de Treinamento". Será ministrada pelos treinadores do CPB Everaldo Lúcio e Alex Sabino. Os interessados devem se inscrever até o dia 10 de novembro pelo formulário deste link.
A clínica de atualização nível II, que habilita profissionais para competições nacionais, vai acontecer no dia 5 de dezembro (sábado), das 9h às 13h e terá como tema "Características de Treinamento nas Deficiências Físicas para Atletas (Pista e Campo)". Será ministrada pelos treinadores do CPB Fábio Dias e Alex Sabino. Os interessados devem se inscrever entre os dias 5 e 19 de novembro pelo formulário que será disponibilizado neste link.
A clínica de atualização nível III, que possibilita profissionais a integrarem equipes técnicas em eventos internacionais, vai acontecer no dia 12 de dezembro (sábado), das 9h às 13h e terá como tema "Treinamento de Força e suas Adaptações no Atletismo". Será ministrada pelos treinadores do CPB Everaldo Lúcio e Thiago Lourenço. Os interessados devem se inscrever entre os dias 3 e 24 de novembro pelo formulário que será disponibilizado neste link.
Para mais informações ou dúvidas, os interessados podem enviar um e-mail para educ.paralimpica@cpb.org.br.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro
Os estímulos das músicas podem fazer a diferença para crianças com o espectro autista. Essa observação é fruto de pesquisa e ações práticas de terapeutas. “O processamento auditivo no autismo é diferenciado, sendo que há maior atividade no córtex auditivo primário, que é responsável pelo processamento auditivo-musical e por padrões da fala”, afirma a musicoterapeuta Daniele Pendeza, que é educadora musical. Ela explica que protocolos de tratamento baseados em evidências científicas indicam que a pessoa que possui autismo necessita de intervenções de forma intensiva e constante com o objetivo de amenizar suas dificuldades e lhe propiciar maior autonomia e qualidade de vida.
“Em indivíduos típicos, o processamento da fala, especialmente de sons agudos que a compõem, dá-se no córtex auditivo secundário, este, que nas pessoas com autismo, encontra-se com menos ativações”, explica. A musicoterapeuta também destaca que as pessoas com autismo podem apresentar hiperfoco, hipo ou hiperreatividade aos sons, bem como a outros estímulos sensoriais.
O fato pode afetar a percepção, havendo dificuldade na diferenciação e interpretação dos sons ouvidos. “Por exemplo, sons inofensivos podem ser interpretados como perigosos e gerar comportamentos de fuga”.
Porém, pessoas com autismo possuem maior sensibilidade para diferenciar notas musicais, timbres ou identificar a voz. “É muito comum a presença de ouvido absoluto nessa população, ou seja, a capacidade de ouvir um som e saber dizer qual a sua frequência – se é um dó, ré, mi…”, destaca Daniele Pendeza.
Já o reconhecimento das emoções presentes na música ocorre nas pessoas autistas da mesma forma que nas pessoas neurotípicas, que não estão no espectro do autismo, explicam os terapeutas.
Subconsciente
O terapeuta ocupacional João Steinkopf considera que a música expõe as ideias do subconsciente humano. Sendo assim, com os autistas não é diferente. Eles sentem e se expressam de um jeito próprio, como qualquer outra pessoa, e a música intensifica esse fator. De uma forma diferente, mas os autistas são expressivos.
“É um jeito único, singular”, afirma João Steinkopf, que é voluntário da ONG “Uma Sinfonia Diferente”. A entidade busca desenvolver habilidades sociais e comunicativas de pessoas autistas por meio da música.
Ela explica que a música, em geral, pode trazer evolução nas habilidades motoras, cognitivas e na comunicação de pessoas que possuem o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Autismo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define que o Transtorno do Espectro Autista ocasiona déficits sociocomunicativos e comportamentos restritos e repetitivos, por meio da Classificação Internacional de Doenças e de Problemas Relacionados à Saúde (CID-10). A indicação dos terapeutas para a música provou-se viável.
Geralmente esses comportamentos são identificados nos primeiros anos de vida, até os três anos de idade, e em diversos contextos ou formas diferentes, causando prejuízos significativos ao longo de toda a vida do indivíduo.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é classificado pelos terapeutas como um espectro devido a grande variação de situações e sintomas. As nuances que existem nesses traços proporcionam a gradação que vai da mais leves à mais grave, o diagnóstico não é feito com facilidade.
Por exemplo, a criança autista pode ser verbal, enquanto outras podem nunca conseguir pronunciar palavras, mas emitir sons, utilizar a linguagem de sinais ou se comunicar por pranchas de imagens e aplicativos.
Segundo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5.ª edição (DSM-5), o autismo pode se apresentar em três níveis de gravidade. No nível 1 exige apoio, no nível 2 exige apoio substancial, e no nível 3 exige apoio muito substancial. Essa avaliação é feita por um(a) neuropediatra ou psiquiatra. O tratamento e acompanhamento é variável, segundo terapeutas, adequando-se às necessidades apresentadas pela criança. Esse fator “pode sofrer alterações ao longo do curso de vida de acordo com a implementação das terapias e resposta do(a) paciente.”, destaca Daniele Pendeza.
Música como terapia
Envolver canções, improvisos e composições colabora para a comunicação expressiva e exploração de conceitos. Também melhora a comunicação interpessoal, a comunicação intrapessoal, a atenção e disciplina das crianças autistas.
Com a música é possível trabalhar questões comportamentais e verbais, tomando como princípio o processo inicial de aprendizado da criança, a aprendizagem por imitação, conforme destaca o terapeuta ocupacional João Steinkopf. Entre os benefícios, podem ser observados no relato da universitária Sara Meneses, que foi voluntária na ONG “Uma Sinfonia Diferente”.
Em 2018, a voluntária acompanhou Pedro, que tinha três anos no início do processo. Ele não falava, não abraçava e possuía muitos episódios de ações repetitivas de autorregulação, também denominados como estereotipia. Após um ano do processo de tratamento na ONG, associado com outros acompanhamentos, Pedro apresentou desenvolvimento na fala, demonstrou relação física afetuosa com mais frequência e houve a diminuição dos episódios de estereotipia.
Portanto, segundo os especialistas, os estímulos musicais são capazes de realizar ativações e colaborar para o desenvolvimento global do indivíduo.
O processo da musicoterapia deve ser acompanhado de adaptações do conteúdo, organização e poucos adornos na sala, utilização de agendas visuais, associação com cores e sempre buscar material de apoio visual ou simplificado. A musicoterapeuta, Daniele Pendeza, acrescenta que “todo esse processo se dá em parceria com os profissionais da escola (professor regente, monitor, educador especial), terapeutas e família”.
A capacidade que a música possui de criar uma janela maior de comunicação com o mundo para essas crianças é visível para a musicoterapeuta do Hospital da Criança de Brasília (HCB), Ângela Fajardo.
A dinâmica de trabalho utiliza a musicalização e a musicoterapia de forma conjunta. A especialista também é violoncelista, educadora musical e possui um projeto de criar uma orquestra dentro do hospital com os pacientes recuperados agregando todo o hospital.
Ao fazer um paralelo com o processo de tratamento por meio da psicologia, Ângela Fajardo ressaltou que assim como a fala e a palavra é utilizada no campo psicológico a música exerce esse papel por meio de acordes e ritmos. O que é um ponto crucial já que, de acordo com os profissionais, grande parte das crianças autistas apresentam dificuldades na fala.
Ainda assim, os terapeutas alertam que os indícios da eficácia do tratamento vai variar de criança para criança. Segundo o musicoterapeuta Matheus Oliveira de Souza, da Clínica Recriar, a primeira observação de modo geral é a tentativa de expressividade e verbalização, além disso, a questão comportamental também é observada já que a música também permite que a atenção e a concentração da criança seja prolongada e mantida.
Dentro do espectro as características são individuais e variáveis, as respostas aos tratamentos também pode ser, por isso cada autista deve ser tratado de forma individual e específica de acordo com suas as necessidades priorizando sempre a qualidade de vida da criança. A música como tratamento terapêutico pode complementar esse processo.
Musicoterapia e musicalização não são palavras sinônimas. musicoterapia se refere a uma atividade que utiliza técnicas, métodos e abordagens específicas que utiliza a música e seus elementos (ritmo, harmonia, melodia, ruídos) com vistas ao desenvolvimento, reabilitação e a saúde do indivíduo como uma forma de tratamento terapêutico. Já a musicalização é o processo de aprendizagem de técnicas musicais e tem enfoque na construção do conhecimento musical do indivíduo.
Desde 2012, a Lei nº 12.764 instituiu que a pessoa com Transtorno do Espectro Autista é considerada pessoa com deficiência. Proporcionando às pessoas autistas o direito ao acesso a várias políticas e benefícios sociais.
O acesso às ações e serviços de saúde devem garantir o diagnóstico precoce, o atendimento multiprofissional, os medicamentos e as informações que auxiliem no diagnóstico e no tratamento por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Todo projeto terapêutico para a pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo precisa ser construído com a família e a própria pessoa de forma específica devido a complexidade do transtorno. Visando e disponibilizando ferramentas que possam melhorar a qualidade de vida.
Além disso, o atendimento de musicoterapia no Hospital da Criança de Brasília (HCB) é indicado por outras instituições, o atendimento ocorre por meio do SUS e dependendo da demanda existe uma fila de espera. Os atendimentos são ambulatoriais com a presença dos pais, em grupos ou individuais, segundo os terapeutas. Também existem atendimentos pontuais, nos quais não existe um planejamento terapêutico. Eles ocorrem nos leitos da interação com o objetivo de otimizar a recuperação da criança.
Para obter informações mais precisas de formas de tratamento por meio do SUS para pessoas autistas, entre em contato com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal ou da sua região. Fonte: Milena CastroJornal de Brasília/Agência UniCeub
O Instituto Unibanco promove nesta quarta-feira, dia 21 de outubro, às 16h, o webinário “Desafios da educação inclusiva”, em parceria com o Instituto Rodrigo Mendes. Para discutir o tema, foram convidados Luiza Corrêa, coordenadora de Advocacy do Instituto Rodrigo Mendes, Maria Eleonora Pereira Sá, gerente de Educação Especial da Secretaria de Estado da Educação do Piauí (Seduc-PI), e Maria Regina da Conceição Neta, coordenadora da Escola Estadual de Educação Profissional Lucas Emmanuel Lima Pinheiro, em Iguatu (CE). Com transmissão ao vivo pelo YouTube e tradução em libras, o evento será mediado por Tiago Borba, gerente de planejamento e articulação institucional do Instituto Unibanco.
Segundo Ricardo Henriques, superintendente-executivo do Instituto, é fundamental que gestores e redes de ensino desenvolvam práticas capazes de garantir uma educação inclusiva, com qualidade e equidade, para estudantes com deficiência. “Diante dos novos desafios impostos pela pandemia, como a adequação para o ensino híbrido, as escolas devem reconhecer a diversidade e buscar diferentes formas de garantir a aprendizagem de cada aluno, por meio de práticas capazes de abarcar suas necessidades”, explica.
Para apoiar gestores na promoção da educação inclusiva, o Instituto Unibanco disponibiliza em seu Observatório de Educação – Ensino Médio e Gestão uma coletânea focada no assunto. Com curadoria do Instituto Rodrigo Mendes, a coleção Educação inclusiva reúne vídeo, instrumentos legais e artigos acadêmicos com reflexões para a busca de uma educação inclusiva e de qualidade.
O webinário “Desafios da educação inclusiva” faz parte do Ciclo de Webinários: Gestão da Educação Pública em Tempos de Crise, série de encontros realizados pelo Instituto Unibanco com apoio das Secretarias de Educação dos estados parceiros no programa Jovem de Futuro (Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Piauí e Rio Grande do Norte). O objetivo é contribuir para a ampliação de repertórios sobre gestão em educação no contexto da COVID-19, além do debate de temas transversais, como o enfrentamento às desigualdades étnico-raciais.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
Cem dias onde o objetivo era minimizar o prejuízo pela falta de treinos. Desde 13 de julho, a Seleção Brasileira paralímpica de tênis de mesa começou a retomar as atividades no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, cercada de cuidados e protocolos rígidos para proteção dos próprios atletas. Hoje, o momento é de comemorar a evolução depois de tanto tempo parados.
Bruna Alexandre, Danielle Rauen, Israel Stroh e Jennyfer Parinos foram os atletas liberados para treinarem presencialmente. De acordo com o técnico da Seleção, Paulo Molitor, no início havia um temor pelo tempo de paralisação. Mas, os cuidados e o planejamento foram feitos de forma que nenhum atleta fosse afetado.
“No começo, estávamos um pouco preocupados, pois os atletas nunca tinham passado um tempo tão grande, de quatro meses, sem tocar na raquete, sem poder sair de casa. Mesmo acompanhados virtualmente, fazendo exercícios físicos e de prevenção, tínhamos a preocupação de como iriam chegar. Reduzimos os nossos exercícios de mesa em 50% e demos mais ênfase para a parte física. Nas primeiras três a quatro semanas, não estávamos tão preocupados com a parte técnica, pois queríamos evitar lesões nessa volta. Foi muito positivo na parte física, não tivemos nenhuma lesão”, lembra o profissional.
Na questão técnica, houve impacto também. Afinal, com tempo de treinamento reduzido e a necessidade de recondicionar fisicamente os mesa-tenistas, certamente os atletas demorariam mais a atingir o patamar técnico anterior.
“Reduzimos o período de treinos. Eles estavam acostumados a treinar em dois períodos, por três dias na semana. E a gente começou a treinar em um período, fazendo tudo, parte física e de mesa. Mas foi altamente positiva a retomada. Atualmente, aumentamos a nossa carga horária, treinando três horas pela manhã, com duas vezes na parte da tarde, em período reduzido. Na parte técnica, estão muito bem. Já estamos um pouco mais avançados, com 70% a 80% dos exercícios que fazíamos antes da pandemia”, detalha Molitor.
Até o final do ano, a tendência é de que os mesa-tenistas que iniciaram os treinamentos em julho estejam próximos do patamar técnico que se encontravam em março, antes do fechamento do CT Paralímpico.
“Ampliamos a nossa parte de mesa. Podemos treinar mais saques, por conta deste segundo período. Esperamos que, até o final do ano, possamos ter de 90% a 95% do planejamento que existia antes da pandemia”, finaliza.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
Governo de São Paulo com um “pequeno atraso” de 2 anos ratifica convenio publicado em 2018.
O governador Doria sancionou um decreto que estabelece o prazo de 4 anos para a venda de veículos adquiridos com isenção de impostos por pessoas com deficiências.
E mais, também proíbe a compra com isenção de veículos nas versões especialmente criadas para atender esse segmento.
Estranho é que o governo fala abertamente que essas medidas pretendem diminuir fraudes.
Quais fraudes ?
Se existem fraudes o próprio governo deveria dizer quais são e além de apontá-las deveria coibi-las com uma fiscalização e punição exemplares para os fraudadores.
Ao invés disso quer resolver o problema cortando benefícios.
E quem paga essa conta ?
Como já esperado quem paga essa conta são as pessoas com deficiência que necessitam de um meio acessível para seu transporte. Triste.
• Renato Baccarelli, Consultor especialista em veículos acessíveis e diretor da Baccarelli Consultoria e Treinamentos
Nesta quinta-feira, 22/10, às 14h, Renato Baccarelli participa da LIVE pelo canal da Revista Reação no Facebook – @revista.reacao. O objetivo da transmissão será esclarecer o que significa a nova determinação do Governo de São Paulo, assim como tudo sobre as consequências do IPVA em SP (PL 529) e as últimas notícias do CONFAZ (ICMS). Internautas poderão enviar suas perguntas e comentários durante a LIVE.
Embora exista a Lei de Cotas garantindo a contratação de 2% a 5% de PcD em empresas a partir de 100 funcionários, o cenário atual de trabalho ainda está longe da inclusão necessária. Segundo a pesquisa “Expectativas e Percepções sobre o Mercado de Trabalho para Pessoas com Deficiência 2017”, realizada pela I.Social, 88% dos empregadores entrevistados afirmaram que só contratam os funcionários para cumprir a cota. Mesmo com esse cenário, ainda é possível encontrar empresas que têm uma cultura inclusiva e contratam pessoas com deficiência para além da cota determinada pela lei.
O trabalho de ONGs com o foco em desenvolver um ambiente inclusivo no mercado de trabalho para PcD ajuda a reduzir a distância deste público até a oportunidade de um emprego. A ASID, Ação Social para Igualdade das Diferenças, é uma dessas instituições que trabalham diariamente na mudança do panorama de inclusão brasileiro. Com a produção de palestras, webinários e e-books, ela busca informar a população, sobre os benefícios da inclusão. “Nossa missão é contribuir para a construção de uma sociedade inclusiva, o que envolve transformar as empresas em locais mais inclusivos e diversos”, afirma, Alexandre Amorim, diretor executivo da ASID.
Devido a troca de informações sobre o assunto, já é possível encontrar empresas que entendem o potencial das PcD, incluem esse grupo de maneira correta e se destacam no mercado como empresas inclusivas. Uma delas é a Magazine Luiza, que desde 2013 tem seu programa próprio de inclusão. A marca oferece treinamento e sensibiliza seus colaboradores para receberem corretamente e valorizarem ao máximo o potencial dos funcionários com deficiência.
Outra empresa que se destaca neste ramo é a Natura. Ela conta com uma meta anual de contratação de funcionários com deficiência, superior à cota exigida por lei. Além de oferecer cursos de libras para todos funcionários.
Com a missão de popularizar as informações sobre a inclusão deste grupo no mercado de trabalho, a ASID está divulgando uma série de vídeos com o nome de “Informações Inclusivas”. A série conta com seis episódios, divididos entre os meses de setembro e outubro, partilhando informações sobre assuntos cruciais para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
O “Informações Inclusivas” pode ser visto pelo canal do Youtube da ASID Brasil (ASID Brasil) e pela página do Facebook (ASID Brasil), além de ser divulgado nas redes sociais do Grupo Volkswagen. Todos os conteúdos estão disponíveis gratuitamente para o internauta, com legendas simultâneas e intérprete de libras.
No Pará, desde segunda-feira (19), os servidores públicos selecionados para o curso de ‘Aperfeiçoamento em Políticas Públicas e Gerenciamento de Processos Inclusivos: Um olhar para o transtorno do espectro autista’ poderão realizar sua matrícula. Após o período disponibilizado em edital para apresentação de recursos, o resultado final permanece o mesmo.
“Não houve apresentação de recursos, por isso mantivemos o resultado divulgado no dia 07 de outubro”, explica a coordenadora do Centro de Pós-Graduação da Escola de Governança Pública do Estado do Pará (EGPA), Rose Leão.
O curso, desenvolvido a partir de uma parceria entre a EGPA e a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo (Cepa), tem o objetivo de suprir a necessidade de qualificar servidores da área da gestão pública com foco nas áreas jurídicas, saúde, educação, assistência social, cultura, esporte e lazer, e capacitá-los na gestão de políticas públicas de inclusão, atendendo as legislações vigentes sobre o tema e também habilitando-os para a construção de projetos e captação de recursos nessa área.
As matrículas seguem até o dia 23 de outubro, sendo realizada por meio de formulário que deve ser encaminhado por e-mail ao Centro de Pós-Graduação. “Já enviamos as orientações para os servidores selecionados realizarem sua matrícula, receberemos o formulário de matrícula assinado e toda a documentação prevista em edital”, finaliza Rose.
As aulas estão com o início previsto para o dia 9 de novembro e as atividades serão desenvolvidas em formato de ensino a distância, com carga horária total de 180 horas, contendo atividades presenciais distribuídas em dois encontros, nos municípios sede do curso. Para esta fase, foram inscritos servidores públicos dos municípios de Altamira, Barcarena, Breves, Capanema, Conceição do Araguaia, Goianésia do Pará e Itaituba. Fonte: www.agenciapara.com.br
Foto: Divulgação Comitê Organizador dos Jogos de Inverno Pequim 2022.
Os Jogos Paralímpicos de Inverno de 2022 ocorrerão de 4 a 13 de março de 2022 e nesta terça-feira, 20 de outubro, celebra-se o marco de 500 dias para o evento. As competições acontecerão no centro de Pequim, na China, no distrito de Yanqing, à noroeste da capital, e em Zhangjiakou, na província de Hebei.
Apesar das incertezas sobre o futuro da pandemia Covid-19, que cancelou diversos eventos esportivos desde então, o vice-presidente executivo do Comitê Organizador de Pequim 2022, Zhang Jiandong, garantiu total comprometimento dele e de sua equipe para garantir os Jogos Paralímpicos de Inverno seguros e memoráveis, em coletiva de imprensa virtual.
“Temos total confiança em nossos preparativos para os Jogos, apesar dos desafios devido ao coronavírus e estamos confiantes em fornecer serviços abrangentes, eficientes e convenientes para todos. A construção das instalações e da infraestrutura está dentro do cronograma e todas as instalações serão concluídas até o final deste ano. Pequim continua pronta para trabalhar com as principais organizações para a melhor forma de cobertura e controle do Covid-19 durante os Jogos ", disse Zhang.
A temporada de competições internacionais dos esportes de inverno, que vão definir os atletas classificados para os Jogos, estava marcada para dezembro deste ano e teve seu início adiado para janeiro de 2021 devido à pandemia.
Os brasileiros Aline Rocha e Cristian Ribera buscam classificação no esqui cross-country. Saiba como os atletas estão treinando durante o isolamento social aqui. Neste ano, no mês de julho, o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês) divulgou a atualização do ranking mundial de esqui cross-country e Cristian aparece na quinta colocação, com 39.68 pontos.
Os Jogos Pequim 2022 usarão oito locais existentes e dois temporários, incluindo o Ninho de Pássaro, que sediou os Jogos de 2008. A cidade-sede já concluiu duas das novas instalações permanentes - o Centro de Treinamento de esportes no gelo, denominado 'Jarra de Gelo' e o Oval Nacional de Patinação de Velocidade, conhecido como 'Faixa de Gelo'.
A última edição dos Jogos de Inverno, PyeongChang 2018, reuniu 567 atletas de 48 países e o Brasil foi representado por três atletas. A estreia do Brasil em Jogos Paralímpicos de Inverno ocorreu em Sochi, na Rússia, em 2014. Na ocasião, a delegação tinha apenas dois atletas.
O melhor resultado do Brasil, até agora, foi sexta colocação na prova de 15km do esqui cross-country com Cristian Ribera em PyeongChang 2018.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
A Live Paralímpica desta quarta-feira, 21, terá como tema “Mulheres no Esporte” e contará com a participação da nadadora Edênia Garcia, da halterofilista Márcia Menezes e da velocista Viviane Ferreira. As atletas contarão suas experiências, desafios e expectativas para o esporte paralímpico nacional feminino em um bate-papo que acontecerá às 18h30, na página oficial do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) no Facebook.
Iniciada no mês de maio, a Live Paralímpica compõe o conjunto de ações feitas pelo CPB durante a pandemia do Covid-19. Ao todo, já foram realizadas 19 transmissões ao vivo. Confira a playlist completa aqui.
Natural de Crato, Ceará, Edênia Garcia é um dos principais nomes da natação feminina nacional. Em 2019, a nadadora conquistou duas medalhas no Mundial da modalidade em Londres, sendo ouro nos 50m costas e bronze nos 100m livre. A conquista da medalha dourada a tornou tetracampeã mundial nos 50m costas (Mar del Plata 2002, Durban 2006, Eindhoven 2010 e Londres 2019). Também no ano passado, ela sagrou-se pentacampeã parapan-americana (Mar del Plata 2003, Rio 2007, Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019).
Já a halterofilista Márcia Menezes foi a responsável pela primeira medalha do Brasil da modalidade em campeonatos mundiais, em Dubai 2014. Naquela ocasião, a paranaense, que tem sequelas nas pernas de poliomielite e compete no halterofilismo desde 2009, faturou a medalha de bronze.
A velocista Viviane Ferreira, por sua vez, conquistou a medalha de bronze nos 100m, classe T12 (para atletas com baixa visão), no Mundial de Dubai no ano passado. Natural de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, a esportista nasceu com glaucoma e começou no atletismo em 2006.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível A atleta Viviane Ferreira é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 70 atletas e sete atletas-guia.
Time São Paulo A atleta Edênia Garcia é integrante do Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo que beneficia 61 atletas e dois atletas-guia de 11 modalidades.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)