13/07/2020

Estatuto da Criança e do Adolescente completa 30 anos

Para pesquisadores, país deu um passo importante com publicação do ECA

No Brasil de 1990, uma em cada cinco crianças e adolescentes estava fora da escola, e uma em cada dez, entre 10 e 18 anos, não estava alfabetizada. A cada mil bebês nascidos vivos no país naquele ano, quase 50 não chegavam a completar um ano, e quase 8 milhões de crianças e adolescentes de até 15 anos eram submetidas ao trabalho infantil.

Para pesquisadores e defensores dos direitos dessa população, o país deu um passo importante para mudar esse cenário naquele ano, quando foi publicado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que completa 30 anos hoje (13).

Passadas três décadas, o percentual de crianças e adolescentes fora da escola caiu de 20% para 4,2%, a mortalidade infantil chegou a 12,4 por mil, e o trabalho infantil deixou de ser uma realidade para 5,7 milhões de crianças e adolescentes.

O estatuto considerado parte desses avanços é fruto de um tempo em que a concepção sobre os direitos das crianças e adolescentes mudou no país e no mundo. O coordenador do Programa de Cidadania dos Adolescentes do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Mario Volpi, conta que o Brasil participou ativamente das discussões internacionais que culminaram, em 1989, na Convenção Sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas (ONU), assinada por 196 países.

Mesmo antes de esse acordo ter sido ratificado no Brasil, em 1990, os conceitos debatidos na ONU contribuíram para a inclusão do Artigo 227 na Constituição Federal de 1988. A partir dele, tornou-se "dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão".

A partir do ECA tornou-se dever da família, da sociedade e do Estado assegurar com "absoluta prioridade" direitos essenciais - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Aprovado dois anos depois da Constituição, o ECA parte do Artigo 227 e consolida todo o debate que o antecedeu, declarando crianças e adolescentes sujeitos de direito, aos quais devem ser garantidas a proteção integral e as oportunidades de desenvolvimento em condições de liberdade e de dignidade.

"Foi um processo muito complementar. Em 1988, a Constituição. Em 1989, a Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU. E, em 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente. Existe um alinhamento conceitual bastante coerente nesses três documentos jurídicos que estabeleceram essa mudança bastante radical na forma como a infância passa a ser vista pelo país", explica Volpi. "O ECA é considerado uma das melhores leis nacionais que traduzem a Convenção sobre os Direitos da Criança, e foi usado como referência para a maioria dos países latino americanos, uma referência histórica".

A mudança conceitual destacada pelo coordenador do Unicef se dá em relação ao Código de Menores, de 1979. Volpi explica que o texto anterior, revogado pelo ECA, estava inteiramente concentrado na repressão a crianças e adolescentes em situações irregulares, como crianças órfãs, pobres, em situação de rua ou em conflito com a lei.

"Existia uma visão de que, para toda a situação de irregularidade nas pessoas menores de idade, deveria haver uma ação repressiva do Estado para proteger a sociedade", resgata Volpi. "Criou-se essa divisão entre as pessoas com menos de 18 anos conhecidas como crianças e adolescentes, porque estavam em situação de normalidade, e as que eram chamadas de menores, que era como se referiam a uma criança pobre, desvalida. Ninguém dizia que tinha em casa dois menores, dizia que tinha duas crianças ou dois filhos. Mas, quando se referiam às famílias das crianças mais pobres, diziam que a família tinha dois menores".

Medidas socioeducativas

Ao substituir o Código de Menores na legislação brasileira, o Estatuto da Criança e do Adolescente mudou a Doutrina da Situação Irregular para a Doutrina da Proteção Integral, que distribui a toda a sociedade a responsabilidade por assegurar os direitos das crianças e adolescentes com prioridade absoluta, citando explicitamente que esse é um "dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público".

A mudança produziu transformações, mas não apagou a mentalidade enraizada no Código de Menores. "Não fizemos ainda uma total mudança das práticas sociais. A lei veio trazendo novas visões, mas a prática social demora muito mais para mudar do que a lei. Nesses 30 anos, houve um grande trabalho de divulgação da lei, de conhecimento, de aplicação, de mudanças positivas, mas existe uma parcela da sociedade que resiste em entender esse conceito de infância como um sujeito de direito", avalia Volpi, que usa como exemplo o sistema de medidas socioeducativas para crianças e adolescentes em conflito com a lei, apesar de ponderar que há boas experiências no país.

"O país não fez ainda um investimento significativo para transformar o que era esse sistema penal de crianças e adolescentes em um sistema educativo", afirma ele, que lembra que o objetivo das medidas socioeducativas é afastar das práticas criminais os cerca de 26 mil adolescentes que cumprem medidas socioeducativas atualmente no país, e que, para isso, precisam melhorar sua escolaridade, capacitação profissional e seu modo de se relacionar e respeitar outras pessoas. "O sistema socioeducativo está muito focado em punir os adolescentes pelo ato cometido, mas essa é só uma dimensão".

Para o coordenador da Infância e Juventude da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, Rodrigo Azambuja, o ECA sofreu duas crises, ao longo de seus 30 anos: uma de implementação de suas políticas por parte dos governos e outra de interpretação de suas regras por parte dos juristas e da Justiça, de modo a sonegar direitos.

Azambuja também é coordenador da Comissão Especializada de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Conselho Nacional dos Defensores Públicos-Gerais (Condege) e contesta a ideia de que as medidas socioeducativas são insuficientes porque têm menor duração temporal.

Adolescentes em unidade de internação em Brasília - José Cruz/Arquivo Agência Brasil

"Nas questões policiais, o ECA muitas vezes é visto como sinômimo de impunidade. Mas as pessoas que falam isso são adultas, e não se lembram de como o tempo é relativo e passa de maneira diferente para as crianças e adolescentes. Se você se imaginar com 12, 13 ou 14 anos, longe da sua mãe e preso, o quão infernal isso poderia ser? Esses meninos são bem responsabilizados, mas isso adequado à realidade e idade deles".

Apesar das dificuldades, o ECA também serviu de instrumento para reivindicar direitos para esses adolescentes, lembra ele, citando a decisão do Supremo Tribunal Federal que obrigou, no ano passado, o estado do Rio de Janeiro a soltar adolescentes apreendidos em unidades superlotadas, até que se atingisse a lotação máxima de 119% da capacidade de internos. Azambuja também cita que, durante a pandemia de covid-19, a Defensoria Pública do Rio de Janeiro cobrou que o governo do estado garantisse educação à distância aos adolescentes apreendidos e videochamadas com as famílias.

"As unidades deveriam se assemelhar a escolas, mas ainda vemos esses espaços como pequenas prisões, com todos os malefícios que isso gera, como uma subcultura criminal, incutindo neles o ideal de que são perigosos, prisioneiros, e moldando a personalidade deles de acordo com essa ideia, o que contraria toda a lógica do Estatuto da Criança e do Adolescente", analisa o defensor.

Edição: Denise Griesinger

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2020-07/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-completa-30-anos

Postado por Antônio Brito 

12/07/2020

Polícia inglesa investiga ofensas racistas a jogador do Crystal Palace

Atleta africano foi encorajado, pelo clube, a prestar depoimento

Um torcedor de 12 anos foi detido após o jogador marfinense Wilfried Zaha revelar ter sido alvo de insultos racistas no seu perfil pessoal no Twitter antes do jogo da equipe dele, o Crystal Palace, contra o Aston Villa.

A polícia da região confirmou ao jornal Daily Mail que o suspeito foi levado como parte da investigação. A Premier League acompanha o caso e considera que a ação faz parte de um sistema de abuso. A Associação dos Jogadores Profissionais (PFA) disse, no seu perfil oficial no Twitter, que “mensagens enviadas ao jogador Wilfried Zaha foram doentias e aborrecedoras. Os atletas continuam sendo alvos desse implacável abuso na internet”.

Já Roy Hodgson, técnico do Crystal Palace, declarou: “Acho que jogadores e clubes devem manter a atenção aos frequentes abusos sofridos. As manifestações do 'Vidas Negras Importam', que tomaram conta do mundo todo, trazem a chance que precisamos para erradicar esse tipo de coisa. É muito triste um jogador sofrer esse tipo de abuso covarde e desprezível, ainda mais no dia de uma partida”.

Edição: Fábio Lisboa

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2020-07/policia-inglesa-investiga-ofensas-racistas-jogador-do-crystal-palace

Postado por Antônio Brito 

Semana será marcada pelo 1º Camping Virtual de Parataekwondo

Atividade reunirá atletas classificados para Tóquio

Entre os dias 14 a 18 acontecerá a primeira edição do Camping Virtual Internacional de Treinos de Parataekwondo, modalidade estreante nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. O Brasil irá aos Jogos do próximo ano com a maior delegação da América e a quarta maior do mundo. São três atletas classificados, todos sa classe k44 (atletas amputados de braço): Nathan Torquato (na categoria até 61kg), Silvana Fernandes (na categoria até 58kg) e Debora Menezes (na categoria acima de 58kg).

Os outros sete atletas da América, que representam México, Estados Unidos, Peru e Argentina, também participarão da iniciativa.

Alan Nascimento, técnico da seleção brasileira, diz, à Agência Brasil, que o Camping terá uma importância muito maior no aspecto social e psicológico dos atletas do que no desempenho esportivo: “Quando nós, treinadores e coordenadores das seleções nacionais, tivemos esta ideia, de imediato pensamos em mostrar para os nossos atletas que todos estão enfrentando essa dura realidade da pandemia”.

Além do técnico, estarão presentes ao camping outros membros da seleção como Elisa Pilarski (fisioterapeuta), que fará uma palestra sobre o retorno de treinos de alto rendimento pós-pandemia, e Rodrigo Ferla (coordenador técnico), que, com Alan Nascimento, ministrará o treino no dia 16.

Todo o Camping acontecerá no aplicativo Zoom e terá diariamente uma sessão de treino das 11h ao 12h e uma palestra das 17h às 18h.

Edição: Fábio Lisboa

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2020-07/semana-sera-marcada-pelo-1o-camping-virtual-de-parataekwondo

Postado por Antônio Brito 

Estatuto da Criança e do Adolescente ganhará versão em Língua Brasileira de Sinais

Foto: Banco de Imagens/Internet.

Uma nova edição do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) será disponibilizada em linguagem clara, compreensível e adequada a pessoas surdas ou com deficiência auditiva. O edital para a adaptação da norma à Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi publicado nesta sexta-feira (10). Qualquer empresa interessada em desenvolver o conteúdo do Estatuto nessa versão pode se candidatar.

O material será voltado a pessoas surdas ou com deficiência auditiva que dominem a Língua Brasileira de Sinais (Libras), independentemente do conhecimento da Língua Portuguesa. Para que isso ocorra, o processo de tradução do ECA envolverá a interpretação do texto na língua-fonte (Português) e sua reformulação na língua-alvo (Libras), de forma a torná-lo compreensível.

A licitação será realizada na modalidade tomada de preços, tipo técnica e preço, e seguirá as regras da Lei de Licitações e Contratos (nº 8.666/93). O recebimento dos envelopes e a abertura da documentação ocorrerão no dia 12 de agosto de 2020, às 10h, em Brasília (DF).

A Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA) e Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD), ambas do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), desenvolveram essa iniciativa em parceria com a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).

Requisitos

Para participar, a empresa licitante precisa comprovar experiência na realização de projetos de pesquisa ou extensão e na área temática e/ou correlata. A equipe-chave também deve ter a formação exigida.

Estatuto

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é o principal instrumento normativo do Brasil que estabelece direitos e garantias especiais às crianças e aos adolescentes.

Sancionado em 13 de julho de 1990, o estatuto prevê a ampla divulgação dos direitos da criança e do adolescente pelo poder público, de forma periódica, nos meios de comunicação social. A legislação também estabelece que as mensagens devem ser veiculadas em linguagem clara, compreensível e adequada a crianças e adolescentes.

Justamente por isso, em celebração aos 30 anos do ECA, a norma será traduzida para atender às necessidades específicas das pessoas surdas ou com deficiência auditiva.

Acesse o edital

Mais informações:
Assessoria de Comunicação Social do MMFDH
(61) 99558-9277

Fonte  https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2020-2/julho/estatuto-da-crianca-e-do-adolescente-ganhara-versao-em-lingua-brasileira-de-sinais

Postado por Antônio Brito 

Sem público, Fluminense e Flamengo se enfrentam na final do Estadual

Flamengo já conquistou 35 estaduais e o Fluminense 31

Fluminense x Flamengo se enfrentam neste domingo (12), no Maracanã, às 16h (horário de Brasilia), no primeiro jogo da final do Campeonato Estadual. O clube que sair vitorioso levará vantagem para a segunda partida da decisão, que será disputada na próxima quarta-feira (15).

Assim como aconteceu na final da Taça Rio, na quarta (8) passada, também não haverá presença de público no estádio. Esta medida foi anunciada pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) no final de junho, quando confirmou que independente da Prefeitura do Rio de Janeiro liberar a venda de ingressos, os jogos finais seriam disputados sem torcedores no local da partida.

A dupla Fla x Flu é a maior vencedora do Campeonato Estadual, que começou em 1906. Os flamenguistas já gritaram campeão 35 vezes, seguido dos tricolores que acumulam 31 conquistas.

Em relação ao time que começa jogando, o técnico Odair Hellmann deve manter praticamente a mesma equipe que conquistou a Taça Rio na última quarta-feira (8), no Maracanã. A única mudança deverá ser no setor defensivo. O zagueiro Nino sofreu uma entorse no joelho esquerdo no treinamento da última sexta-feira (10) e não foi relacionado. Desta forma, Digão e Luccas Claro lutam pela vaga para atuar ao lado de Matheus Ferraz na zaga.

Para enfrentar o Flamengo havia a esperança do retorno do atacante Fred. O camisa 9 desfalcou o tricolor na última partida após sentir dores no pé. Desta vez, o jogador descobriu um problema oftalmológico no olho esquerdo e precisará passar por uma cirurgia. Sendo assim, Evanilson deve ganhar nova oportunidade.

O meio-campista Paulo Henrique Ganso vive a mesma situação de Fred, ele não foi relacionado na final da Taça Rio, após sentir dores na região lombar, e permanece sem condições de jogar.

Pelo lado rubro-negro, o técnico português Jorge Jesus também deverá manter quase todos os 11 titulares que empataram com o Fluminense de 1 a 1, na final da Taça Rio, e que acabaram sendo derrotados nos pênaltis por 3 a 2. A exceção será no ataque, Bruno Henrique sentiu dores na panturrilha na última partida e provavelmente será poupado. O treinador português tem duas opções para posição, Pedro que mais centralizado ou Michael com características de velocidade, atuando pelos flancos.

Prováveis escalações:

Fluminense: Muriel; Gilberto, Matheus Ferraz, Luccas Claro ou Digão e Egídio; Dodi, Hudson e Yago; Nenê, Marcos Paulo e Evanilson. Técnico: Odair Hellmann.

Flamengo: Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Léo Pereira e Filipe Luís; Arão, Gerson e Everton Ribeiro; Arrascaeta, Pedro ou Michael e Gabigol. Técnico: Jorge Jesus.

Edição: Denise Griesinger

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2020-07/sem-publico-fluminense-e-flamengo-se-enfrentam-na-final-do-estadual

Postado por Antônio Brito 


CPB conecta profissionais do esporte a deficientes visuais por meio do aplicativo Be My Eyes

Homem vestido com camiseta do Movimento Paralímpico trabalha em frente a um computador

O Be My Eyes é um aplicativo que conecta pessoas cegas ou com baixa visão com voluntários que emprestam seus olhos para ajudá-las. Recentemente, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) firmou uma parceria com app dinamarquês para oferecer assistência especializada às pessoas com deficiência visual que praticam atividade física por meio da plataforma Movimente-se.

O CPB disponibiliza profissionais de Educação Física que atendem aos chamados dos usuários do Movimente-se de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Por meio de chamadas de vídeo no aplicativo, eles tiram dúvidas e orientam a execução dos exercícios lecionados em qualquer uma das aulas para pessoas com deficiência visual. “Não tenho como utilizar o toque para corrigir o exercício, como costumamos fazer pessoalmente. Então, explico detalhadamente o exercício, utilizando uma linguagem simples e de fácil compreensão.

Evito termos técnicos para possibilitar a prática de qualquer pessoa”, relatou Robert Rodrigues, profissional de Educação Física do CPB e que atende no Be My Eyes. Sarai Guimarães, 16 anos, tem baixa visão devido a Uveite, doença inflamatória que afetou seus olhos aos três anos. Durante o isolamento social da pandemia de Covid-19, ela fez alguns exercícios do Movimente-se e experimentou o serviço do CPB por meio do aplicativo. “Foi bem legal.

Eu fiquei com vergonha no começo por falar com alguém que eu não conheço. O professor que me atendeu me ajudou bastante, principalmente com alguns exercícios que eram mais complicados. Suei e fiquei cansada depois”, comentou Sarai, que cursa o primeiro ano do ensino médio.

A assistência provida pelo CPB está disponível a todos os usuários do Be My Eyes nos países de língua portuguesa e da América do Sul. As orientações são prestadas em português. 
Fonte: Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro 

Fonte  https://revistareacao.com.br/cpb-conecta-profissionais-do-esporte-a-deficientes-visuais-por-meio-do-aplicativo-be-my-eyes/

Postado por Antônio Brito 

11/07/2020

Estudantes do PR criam app pra ensinar matemática em Libras e ganham concurso da ONU

Surdo desde os 5 anos de idade e apaixonado por matemática, o paranaense Carlos Eduardo de Carvalho sempre se dedicou aos estudos e se destacava entre os colegas. No entanto, sentia dificuldade em alguns momentos devido à falta de material baseado na Língua Brasileira de Sinais (Libras) que ajudasse os intérpretes a transmitir o conteúdo corretamente.

Por isso, assim que foi convidado para ajudar em um projeto com esse objetivo, ele não pensou duas vezes. “Afinal, os alunos poderiam aprender com muito mais facilidade”, garante o rapaz de 19 anos, que participou no desenvolvimento do aplicativo MatemáTIC Libras entre setembro de 2019 e junho de 2020.

O convite veio da professora Viviane Fuly, que já havia atendido alunos com deficiência auditiva no Instituto Federal do Paraná (IFPR) e percebido a necessidade de reunir formas gestuais relacionadas à matemática para melhorar a explicação de cada conceito.

“Não seria a criação de sinais novos, mas a organização de um sinalário acessível que os intérpretes usariam como fonte de pesquisa”, afirma a educadora. “Isso porque, um intérprete não fica apenas soletrando palavras, mas precisa aprender sobre o curso e sobre cada disciplina a fim de ensinar o estudante que ele atende”, pontua.

Só que a ideia não era simplesmente montar uma cartilha online e distribuí-la. De acordo com Viviane, o conteúdo seria apresentado por meio de um aplicativo moderno e lúdico com direito a um mascote que direcionaria os temas. Esse “apresentador” – chamado Thales – explicaria cada conceito, estimularia o usuário a responder algumas perguntas e apresentaria curiosidades sobre pessoas surdas que se tornaram referência no Brasil. Além disso, “nosso aluno Carlos Eduardo gravaria vídeos mostrando as sinalizações abordadas”.

Então, para conseguir a verba e a mão de obra necessária, a professora inscreveu o projeto na Maratona Unicef Samsung, concurso promovido pelo Fundo das Nações Unidas desde 2018 que incentiva a produção de novas tecnologias educacionais. “Eu já havia participado do evento no ano anterior com um resultado bem interessante, então não medi esforços para participar novamente”, conta a educadora, que tinha expectativas ainda maiores em relação à inscrição desta vez.

“Nosso aplicativo de matemática e Libras não era só voltado à inclusão dos alunos surdos, mas tratava-se de um projeto no qual o surdo estava no papel de protagonista, e isso faria grande diferença”. E realmente fez. Assim que a banca avaliadora analisou os 314 projetos inscritos, o app MatemáTIC foi selecionado para ser um dos 20 aplicativos desenvolvidos pelos técnicos da Samsung e o preparo do software começou.

De acordo com a coordenadora da equipe paranaense, todo o processo aconteceu on-line, devido à pandemia de Covid-19, e o projeto passou por inúmeras adequações do protótipo e dificuldades. “Mas foi um belo trabalho em equipe que nos rendeu aprendizado e a satisfação de ver a primeira versão do aplicativo pronta”, comemora.

Isabel Costa, gerente na Samsung Brasil, o trabalho ainda deve passar por alguns ajustes finais antes de ser disponibilizado para download gratuito com os demais selecionados, em agosto. No entanto, já chamou a atenção da equipe responsável pela maratona e promete facilitar bastante o aprendizado de estudantes surdos espalhados pelo país.

“Principalmente agora, quando o ensino passou a acontecer de maneira remota”, afirma a gestora, ao parabenizar a equipe. “O objetivo do concurso era desenvolver aplicativos que atendessem a necessidade da educação e tivessem alguma acessibilidade, mas eles foram muito além”, finaliza.

Fonte  https://www.tribunapr.com.br/viva/estudantes-do-pr-criam-app-pra-ensinar-matematica-em-libras-e-ganham-concurso-da-onu/

Postado por Antônio Brito 

Lançamento do resultado da Pesquisa “Consequências da Violação do Direito à Educação” ao vivo no Youtube

Quanto o Brasil perde ao não educar seus jovens? Qual o custo para a sociedade brasileira ao não priorizar a educação?

Vamos descobrir o tamanho do prejuízo para os jovens e para o país ao deixarmos nossa juventude fora da escola? Conheça a pesquisa “Consequências da Violação do Direito à Educação”, no próximo dia 14, às 16h, no Youtube do Canal Futura. Participe!

Participantes do lançamento da pesquisa “Consequências da Violação do Direito à Educação”:

Miriam Leitão, jornalista
Rodrigo Maia, Presidente da Câmara dos Deputados
Ricardo Paes de Barros, Professor do Insper
Marcos Lisboa, Presidente do Insper
Wilson Risolia, Secretário da Fundação Roberto Marinho

A pesquisa “Consequências da Violação do Direito à Educação” é uma parceria da Fundação Roberto Marinho e do Instituto Insper. Os resultados da pesquisa  e o impacto econômico e social da educação na sociedade serão debatidos, em primeira mão, em um webinário no próximo dia 14 de julho, das 16h às 18h, com participação do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e mediação da jornalista Miriam Leitão.

A apresentação será feita pelo economista Ricardo Paes de Barros, responsável técnico da pesquisa, seguida de debate com o secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, Wilson Risolia, e o presidente do Insper, Marcos Lisboa. A transmissão será na página do Canal Futura no YouTube.

“A pesquisa traz a resposta para uma pergunta objetiva: quanto custa não priorizar a educação? Esse indicador é um poderoso instrumento para o gestor público. A partir dele, o gestor pode reorganizar suas ações de forma a alocar os recursos de forma mais eficiente. Não reconhecer a educação como propulsora do desenvolvimento do país traz um gigantesco prejuízo monetário ao país. No contexto atual de forte restrição econômica, especialmente em virtude da pandemia, priorizar a educação, evitando a evasão escolar, é ainda mais importante”, diz Wilson Risolia, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho.

“Cada jovem que abandona a escola representa um custo muito elevado para a sociedade brasileira. Não é uma questão menor um jovem no século XXI não concluir a educação básica. É um problema gravíssimo que não afeta só uma minoria. Afeta 17,5% de todos os jovens de 16 anos desse país.”, diz Ricardo Paes de Barros, professor titular do Insper.

Fonte  https://www.futura.org.br/lancamento-resultado-da-pesquisa-consequencias-da-violacao-do-direito-a-educacao-ao-vivo-no-youtube/

Postado por Antônio Brito 

ADET Realiza Sua Primeira Reunião Ordinária Pós Período de Pandemia.

          
A Associação dos Deficientes de Tabira - ADET, realizou a reunião ordinária para prestação de contas e deliberação de algumas demandas no que diz respeito a entidade, respeitando as orientações da OMS e Ministério da Saúde, como o uso de máscara, higienização das mãos com álcool gel na entrada e durante reunião e o distanciamento entre os presentes.

Lembrando que o ambiente é higienizado diariamente com quaternário de amônio.

Fonte e postagem:
 Antônio Brito


Ministério busca especialista para publicar ECA em Libras

Descrição da imagem #pracegover: Foto de uma sala de aula repleta de crianças e adolescentes. Em pé, de frente para a turma, uma professora ensina Libras. A professora é jovem, negra, magra, tem cabelos cheios, penteados para trás, veste um vestido estampado com flores e predominância das cores amarela e branca. Crédito: Reprodução.

Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) está em busca de uma empresa especializada para publicar neste ano uma versão do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em Libras, a Língua Brasileira de Sinais.

O edital de licitação foi publicado nesta sexta-feira, 10. O projeto é desenvolvido pela Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA) e pela Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNDPD) – ambas vinculadas ao MMFDH -, em parceria com a Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI). Foram reservados R$ 320 mil para a iniciativa.

“Qualquer empresa interessada em desenvolver o conteúdo do estatuto nessa versão pode se candidatar. Precisa comprovar experiência em projetos de pesquisa ou extensão e na área, e ter equipe com a formação exigida”, diz o Ministério.

“O material será voltado a pessoas surdas ou com deficiência auditiva que dominem a Língua Brasileira de Sinais, independentemente do conhecimento da Língua Portuguesa”, explica a pasta. “Para que isso ocorra, o processo de tradução do ECA envolverá a interpretação do texto na língua-fonte (Português) e sua reformulação na língua-alvo (Libras), de forma a torná-lo compreensível”, complementa o MMFDH.

A licitação será na modalidade tomada de preços, tipo técnica e preço, e seguirá as regras da Lei de Licitações e Contratos (nº 8.666/1993). O recebimento dos envelopes e a abertura da documentação estão previstos para o dia 12 de agosto de 2020, às 10h, em Brasília.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), sancionado em 13 de julho de 1990, prevê a ampla divulgação dos direitos da criança e do adolescente pelo poder público, de forma periódica, nos meios de comunicação social. A legislação também estabelece que as mensagens devem ser veiculadas em linguagem clara, compreensível e adequada a crianças e adolescentes.

Fonte  https://brasil.estadao.com.br/blogs/vencer-limites/ministerio-busca-especialista-para-publicar-eca-em-libras/

Postado por Antônio Brito