02/07/2020

Hoje é o último dia para pedir o auxílio emergencial

Prazo para novos cadastros termina nesta quinta às 23h59


Para quem ainda não se cadastrou a fim de receber o auxílio emergencial de R$ 600, o prazo termina nesta quinta-feira (2), às 23h59, informou a Caixa Econômica Federal. O auxílio emergencial é um benefício financeiro destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos, desempregados e pessoas de baixa renda e tem por objetivo fornecer proteção emergencial no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia do novo coronavírus.

Inicialmente proposto para vigorar por três meses, com o pagamento de três parcelas de R$ 600, o benefício foi prorrogado por mais dois meses, com o pagamento de mais duas parcelas. Pelas regras, até duas pessoas da mesma família podem receber o auxílio. Para as famílias em que a mulher seja a única responsável pelas despesas da casa, o valor pago mensalmente é de R$ 1.200.

Quem pode se cadastrar?

A Lei 13.982/2020, que instituiu o auxílio emergencial, foi aprovada pelo Congresso Nacional em abril e definiu os critérios para ser incluído no programa. Para ter acesso ao benefício, a pessoa deve cumprir, ao mesmo tempo, os seguintes requisitos:

- Ser maior de 18 anos de idade ou ser mãe adolescente

- Não ter emprego formal

- Não ser agente público, inclusive temporário, nem exercer mandato eletivo

- Não receber benefício previdenciário ou assistencial, seguro-desemprego ou de outro programa de transferência de renda federal que não seja o Bolsa Família

- Ter renda familiar mensal per capita (por pessoa) de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos (R$ 3.135,00)

- Não ter recebido rendimentos tributáveis, no ano de 2018, acima de R$ 28.559,70

- Estar desempregado ou exercer atividades na condição de microempreendedor individual (MEI), ser contribuinte individual ou facultativo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) ou trabalhador informal inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Como se cadastrar

Quem estava no Cadastro Único até o dia 20 de março e que atende às regras do programa, recebe os pagamentos sem precisar se cadastrar no site da Caixa. Quem tem o Bolsa Família pode receber o auxílio emergencial, desde que ele seja mais vantajoso. Nesse período, o Bolsa Família de quem recebe o auxílio fica suspenso.

As pessoas que não estão inscritas no Bolsa Família nem no CadÚnico e preenchem os requisitos do programa podem se cadastrar no site auxilio.caixa.gov.br ou pelo APP CAIXA | Auxílio Emergencial, disponível nas lojas de aplicativos. Depois de fazer o cadastro, a pessoa pode acompanhar se vai receber o auxílio emergencial, consultando no próprio site ou aplicativo.

O Ministério da Cidadania informou, na semana passada, que já recebeu mais de 124 milhões de solicitações do auxílio emergencial, sendo que cerca de 65 milhões foram considerados elegíveis e 41,59 milhões foram apontados como inelegíveis, por não atenderem aos critérios do programa. Existem ainda quase 17 milhões de inscrições classificadas de inconclusivas - quando faltam informações para o processamento integral do pedido. Quem estiver nessa situação deve refazer o cadastro por meio do site ou aplicativo do programa.

Mais informações sobre o auxílio emergencial também podem ser obtidas na página do Ministério da Cidadania na internet.

Edição: Graça Adjuto

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-07/hoje-e-o-ultimo-dia-para-pedir-o-auxilio-emergencial

Postado por Antônio Brito 

Ministério Público do DF deflagra Operação Falso Negativo

Objetivo é apurar ilegalidades na compras de testes de covid-19

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Justiça Criminal de Brasília deflagraram hoje (2) a Operação Falso Negativo, com o objetivo de apurar supostas ilegalidades em contratações de testes para a detecção de covid-19 em oito unidades federativas.

De acordo com o MPDFT, as suspeitas são de que, por meio da dispensa de licitações devido à situação emergencial decorrente da pandemia, mais de R$ 30 milhões tenham sido desviados em superfaturamento de contratos para aquisição de testes destinados à detecção da doença.

Segundo os investigadores, a soma do valor das dispensas de licitação sob investigação supera R$ 73 milhões. O processo corre em sigilo.

Setenta e quatro mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPDFT em São Paulo, no Espírito Santo, Rio de Janeiro, na Bahia, em Goiás, Santa Catarina e no Paraná, além do Distrito Federal.

Os suspeitos podem responder por crimes de fraude em licitação, formação de cartel, lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa e passiva.

Contactado pela Agência Brasil, o governo do Distrito Federal (GDF) informou que “todos os testes comprados, recebidos por meio de doações ou enviados pelo Ministério da Saúde, têm o certificado da Anvisa, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, e, portanto, foram testados e aprovados pelo órgão federal”.

Com relação aos preços praticados, o GDF informa que eles representam os valores do mercado e que as compras foram feitas “avaliando as marcas apresentadas, os certificados de qualidade e os menores preços apresentados pelas empresas nas propostas”.

Edição: Graça Adjuto

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-07/ministerio-publico-do-df-deflagra-operacao-falso-negativo

Postado por Antônio Brito 

SP realiza "1º Webinário Internacional da Pessoa com Deficiência"

A Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD), em parceria com a Rede Latino Americana de Organizações Não Governamentais de Pessoa com Deficiência e Suas Famílias (RIADIS), realiza, nesta quinta-feira (2), o "1º Webinário Internacional da Pessoa com Deficiência", com o objetivo de promover a reflexão da urgência de políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência na pandemia COVID-19.

A partir das 19h, ocorre o evento "Políticas Públicas para pessoas com deficiência pós-pandemia: um olhar para a América Latina" que vem da reflexão necessária ao debate de temas urgentes que envolvem esse público, além das respectivas agendas prioritárias voltadas à educação, trabalho, proteção e previdência social e acesso à saúde.

O webinário retratará reflexões em quatro temas: "Educação Inclusiva - o que a Pandemia nos revela", com a professora de Pós-Graduação da Unicamp, Dra. Maria Tereza Mantoan; "Políticas Públicas de Seguridade Social", com a Diretora de Assuntos Sociais da divisão de Desenvolvimento Social da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Dra. Heidi Ullmann; "Emprego digno para as pessoas com deficiência", com a Diretora Técnica da OIT - Brasil, Thais Faria e "Políticas Públicas e o Acesso à Saúde", com o assessor da Área de Deficiência e Reabilitação da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), Dr. Antony Duttine.

A transmissão será acessível e contará com intérprete de libras e tradução para a língua portuguesa. As inscrições são limitadas e gratuitas. Para o cadastro, mais informações e apresentações dos palestrantes, acesse o link: http://bit.ly/WEBINARPORTUGUES

Fonte  https://www.abcdoabc.com.br/abc/noticia/sp-realiza-1-webinario-internacional-pessoa-deficiencia-103822

Postado por Antônio Brito 

01/07/2020

ADET com data prevista para a volta de suas atividades recebeu doação de álcool 70% da Backvel.

       
 
        ADET programou a volta de suas atividades para próxima segunda feira dia 06-07-2020 seguindo o protocolo do município e do ministério da saúde, recebeu a doação de cinco litros de álcool 70% da Backvel através do seu representante comercial Fernando Soares.
   
         O presidente Luiz Antônio em nome de toda diretoria agradeceu pela doação, que será de fundamental importância na higienização de seus equipamentos ortopédicos.

Postado por
Heleno Trajano
Luiz Antonio

Da paralisia à militância: superação em busca de representatividade

Por causa de uma asfixia durante o parto, em 1969, Emílio Figueira ficou com sequelas na fala e nos movimentos. Apesar da paralisia cerebral, superou a exclusão social nos primeiros anos de vida e venceu os obstáculos sociais por meio da educação: cursou três faculdades, cinco pós-graduações e dois doutorados. Em O caso do Tipógrafo, Emílio narra de forma descontraída suas construções artísticas e superações ao discutir conceitos de Inclusão Social e Educação Inclusiva.

Verdadeiro legado à inclusão brasileira, a obra é dividida em sete partes. O autor revela desde a exclusão que sofreu durante a Ditadura Militar até suas principais experiências pessoais e acadêmicas. Na sétima parte, em especial, Emílio destaca como é o envelhecimento de pessoas com deficiência em um país que quase nada oferece a deficientes na terceira idade.

“Vivíamos uma época que os estudos e técnicas de tratamentos ainda engatinhavam. Por quase cinco anos usei aparelhos em quase todo o corpo para ele endurecer. Pesadas pulseiras de chumbo nos braços para “diminuir” os movimentos involuntários. Lembro-me de seminários com enormes plateias, onde, crianças, éramos colocados só de cueca no palco, o especialista ia nos mostrando e analisando o caso. Assim fiz parte de muitos outros experimentos e pesquisas no início dos anos 1970”, afirma o autor em .
 
O caso do Tipógrafo

Foi na adolescência, em meados da década 1980, que Emílio tomou consciência de sua própria deficiência. Começou a escrever seus textos sobre a temática, ler sobre esse universo e realizar suas tímidas pesquisas sobre integração social. Já na década seguinte colaborou com as primeiras publicações brasileiras voltadas exclusivamente ao assunto e definiu qual seria sua principal atividade pelas décadas seguintes: ser um divulgador das informações e novidades que envolvem as pessoas com deficiência.

Fonte  https://revistareacao.com.br/da-paralisia-a-militancia-superacao-em-busca-de-representatividade/

Postado por Antônio Brito 

'Você precisa ser empoderada e saber que pode tudo', diz mineira vencedora do concurso nacional Miss Cadeirante

Karen Aguiar é a Miss Cadeirante 2020 — Foto: Arquivo pessoal

A Miss Cadeirante 2020 tem nome, sobrenome e endereço. Karen Aguiar, de 22 anos, é de Belo Horizonte e foi eleita a vencedora do concurso nacional, criado para dar visibilidade a mulheres que usam cadeiras de rodas. Neste ano, a seletiva precisou ser on-line, em função da pandemia do coronavírus.

Participaram 157 cadeirantes de 19 estados do Brasil. Segundo a Lu Rufino, idealizadora do evento, o objetivo do concurso é excluir qualquer tipo de preconceito. "Queremos mostrar à sociedade brasileira a beleza que cada uma tem e que deficiente é o olhar preconceituoso", pontuou.

Vencedora desta edição, Karen prova que não é só uma mulher bonita. Ela estuda psicologia, faz aulas de dança, mergulho, pratica pilates. Já saltou de paraglider. Namora, sai com as amigas, vai e volta sozinha para a faculdade.

Uma vida semelhante a de muitas meninas da sua idade, com algumas limitações, claro. Porém, com muita independência.

A mineira pratica dança duas vezes por semana.
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A mineira pratica dança duas vezes por semana.

"Ser cadeirante não é fácil, não é barato, é muito complicado. Mas sei que eu posso tudo. Aliás, todo mundo é capaz de tudo. Basta querer!"

Karen perdeu os movimentos das pernas ainda criança, aos 8 anos de idade, quando teve um tumor primitivo neuroectodérmico, mais conhecido como PNET, na coluna. A doença lesionou sua medula óssea e, desde então, ficou paraplégica.

A estudante está no 3º período da faculdade de psicologia. — Foto: Arquivo pessoal.

A estudante está no 3º período da faculdade de psicologia. — Foto: Arquivo pessoal.

Aos 14 anos, teve seu primeiro namorado. Foi quando percebeu que não era diferente das amigas da escola e que poderia, sim, viver e sonhar como qualquer adolescente. Karen, que sempre teve uma boa relação com a mãe e com a avó, reforça que com uma base familiar sólida, tudo fica mais fácil.

Estudante disse que autoaceitação é fundamental para viver bem. — Foto: Arquivo pessoal

Estudante disse que autoaceitação é fundamental para viver bem. — Foto: Arquivo pessoal

Quando o assunto é autoestima, a resposta já está na ponta da língua: "eu sempre me achei bonita, sempre fui elogiada. Mesmo com paraplegia, me considero uma mulher empoderada. Eu sei que posso tudo!".

A representatividade das pessoas com deficiência nas mídias

Ao assistir a um filme, série ou até mesmo comercial de televisão, você consegue notar a representatividade das pessoas com deficiência? Provavelmente a sua resposta é não, isso porque quase não se fala em  pessoas com deficiência nas mídias.

Cerca de 24% da população brasileira tem algum tipo de deficiência, o que é um percentual significativo. Porém, a julgar pelo que se vê nos meios de comunicação, a sensação é que esta parcela da sociedade é esquecida. Nas poucas ocasiões em que pessoas com deficiência aparecem na mídia, falta naturalidade: ou são mostrados como coitados ou tenta-se criar uma narrativa para que sejam supervalorizados.

Para tentar lidar com a diversidade, algumas empresas tentam mostrar a deficiência de alguma maneira e, na maioria das vezes, os fatos apresentados não condizem com a realidade. O que se tem no fim é uma imagem distorcida.

Apesar disso ocorrer na maioria dos casos, não se pode generalizar. Existem mídias preocupadas em como será transmitida essa imagem e buscam se informar sobre o tema antes de fazer qualquer divulgação.

Entretanto, a realidade é que a maioria das mídias deseja transmitir ideias de pessoas perfeitas, que seguem um padrão imposto e a representatividade das pessoas com deficiência nem sempre não faz parte dela.

Representatividade das pessoas com deficiência por pessoas que não possuem deficiência

A representatividade das pessoas com deficiência só pode acontecer se ela transmitir a realidade, mostrando que são pessoas comuns que enfrentam desafios e têm suas conquistas diárias, como qualquer outra pessoa. Não se trata de super-heróis, estamos tratando apenas de pessoas que querem conquistar o seu espaço mediante esforço e direitos garantidos; não por pena.

Isso fica evidente quando se assiste a um programa de televisão que aborda algum tipo de deficiência. Na maioria das vezes, o papel é representado por alguém que não tem deficiência, quando, na verdade, existem ótimos atores que vivenciam essa realidade e poderiam fazer aquela interpretação.

As imagens usadas em divulgações e campanhas publicitárias muitas vezes não são fidedignas. Quem posa para a foto normalmente não tem deficiência e isso pode ser notado quando existe o uso de equipamentos como cadeiras de rodas, muletas ou aparelhos auditivos. É nítido que o modelo não está confortável com aquela situação nem sabe como manusear tais acessórios.

O que se tenta fazer é abordar o tema da diversidade quando existe a exclusão. Não se pode usar a representatividade das pessoas com deficiência se elas não são chamadas para demonstrar uma realidade; isso deixa evidente o preconceito existente e a dificuldade que há para lidar com o assunto.

O correto seria abrir oportunidades para que todos possam mostrar como são, desmistificar a deficiência e mostrar suas capacidades. Pessoas que integram esse grupo podem transmitir uma mensagem de como conseguem executar tarefas, vivem uma situação de normalidade e, muitas vezes são consumidoras de uma determinada marca.

Os ganhos para as marcas ao trabalhar com a diversidade

Aos poucos, é possível ver uma pequena mudança na mídia, principalmente quando se trata de propagandas institucionais, afinal, essas representam não apenas um produto, mas a imagem da empresa.

A diversidade começou a ser abordada de diferentes formas e hoje já se discute sobre raças, preferencias sexuais e deficiência. Está se tornando mais evidente que a população é diversificada e que todos devem ser inseridos nesse novo contexto.

Quando as marcas mostram pessoas “fora do padrão”, conseguem se aproximar dos grupos que eram esquecidos e que muitas vezes tinham dificuldade para se aceitar. É nesse momento que se cria a sensação de pertencimento, que não estão sozinhos e que estão sendo vistos e lembrados.

Ao fazer isso, não se prega apenas a representatividade das pessoas com deficiência, as empresas estão buscando melhorar as suas marcas e agregar valor a elas.Aos poucos, é possível conscientizar a população, mesmo que com ações simples, ao trazer à tona a representatividade das pessoas com deficiência.

Com o tema em discussão, a sociedade passa ver com outros olhos a diversidade e o preconceito velado vai se desconstruindo. Por essa razão, é importante abrir cada vez mais espaço para a representatividade das pessoas com deficiência na mídia, para que se alcance, enfim, uma real e natural inclusão.

Quer entender um pouco mais sobre representatividade das pessoas com deficiência e inclusão? Acompanhe o blog da Talento Incluir.


Postado por Antônio Brito 

Agentes de saúde na mira da Covid-19

Representantes dos ACS e ACE cobram medidas de proteção para esses trabalhadores durante a pandemia que, segundo sindicatos, já matou 46 agentes em todo o país
André Antunes - EPSJV/Fiocruz 
Representantes de duas categorias fundamentais para o Sistema Único de Saúde (SUS), uma na Atenção Primária em Saúde – caso dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) - e outra na Vigilância em Saúde – caso dos Agentes de Combate às Endemias (ACE) – alertam para a elevada exposição desses trabalhadores à Covid-19, que tem produzido contaminações e mortes por todo o país. Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde (Conacs), desde o início da pandemia morreram 46 trabalhadores de Covid-19 no país, entre ACS e ACE. A maioria no Ceará (10), seguido pelos estados do Amazonas (7), Bahia e Rio de Janeiro (6), Pará (5), São Paulo e Pernambuco (4), Maranhão (2) e Roraima e Alagoas (1). Já segundo o boletim do Ministério da Saúde, 2,5% dos casos de Covid-19 registrados entre trabalhadores da saúde até meados de junho eram de ACS, sendo que outros 2,5% eram de “outro tipo de agente de saúde”, segundo a Pasta, cujos dados não especificavam quais as categorias abarcadas. Os números se referem ao total de casos, e não de óbitos. Tanto a Conacs quanto a Federação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e Endemias (Fenasce) informaram que não têm um levantamento do total de casos de Covid-19 entre os ACS e ACE.

Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgada no final de maio apontou que 91% dos ACS e dos ACE relataram sentir medo da Covid-19, percentual maior que o encontrado entre os profissionais de enfermagem, de 84%. “O número crescente de casos e de óbitos causa pânico entre os ACS e ACE, e também não tivemos nenhum preparo para enfrentar a doença, de como devemos nos comportar nas nossas visitas domiciliares. Além disso nossas categorias estão muito desassistidas pelo poder público em relação a distribuição dos EPIs em quantidade e qualidade necessárias”, aponta a presidente da Conacs, Hilda Angélica.

Luis Claudio Celestino, presidente da Federação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e Endemias (Fenasce) concorda, e relata que ele mesmo contraiu a doença, chegando a ficar internado por 12 dias. “Posso afirmar que é uma coisa muito séria. Então a primeira coisa que a gente cobra é respeito por essas categorias, que saem de casa sem nenhuma proteção e não sabem se vão voltar e contaminar seus familiares”, diz Celestino, que é presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Endemias no Estado do Ceará (Sinasce). “Até hoje continua o problema da falta de EPIs apropriados, que mesmo quando chegam muitas vezes não são distribuídos para os agentes. Por isso tomamos a decisão em nível de Ceará e de Fenasce de que se o agente não tem o EPI ele tem direito de se recusar a fazer visitas domiciliares, porque não tem as condições necessárias para fazer seu trabalho”, relata.

Ronaldo Moreira, presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde do Rio de Janeiro (Sindacs-RJ) relata que o sindicato precisou entrar na Justiça para tentar garantir acesso à EPIs aos trabalhadores da categoria na capital fluminense, segunda cidade mais afetada pela doença no país. “Muitos compraram máscaras ou receberam doações. A prefeitura só autorizou fornecer as mascaras cirúrgicas aos ACS depois do dia 26 de abril, mas até hoje enfrentamos problemas para que esses direitos sejam respeitados dentro das unidades. Muitos só conseguem usar as máscaras de pano que trazem de casa, porque não têm equipamentos que são primordiais”, denuncia, lembrando que, no caso do Rio de Janeiro, grande parte dos ACS mora nas favelas e periferias. “Portanto vive os dois lados dessa pandemia. Além de usuário do SUS, está na linha de frente, recebendo pacientes sem condições de trabalho necessárias para sua proteção, além de poder ser um vetor de transmissão para seus pacientes e famílias. Ele vai ao território e depois retorna para seu lar, e muitas vezes não tem água disponível para higienização. Muitos moram em casas pequenas e sem possibilidade de isolamento. Muitos de seus parentes perderam renda e emprego. Tudo isso, aliado ao descaso de muitos gestores e a inexistência de políticas públicas voltadas para esses trabalhadores contribuem muito para a angústia que hoje sentem esses profissionais”, avalia o presidente do Sindacs-RJ. Por outro lado, continua ele, a condição de morador das comunidades nas quais atuam faz com que os ACS tenham um papel fundamental nesse contexto. “O ACS ajuda muito na busca dos sintomáticos, nas orientações. Na hora em que reconhece sinais e sintomas que podem caracterizar o agravo do quadro, ele encaminha para a unidade de saúde, atuando para amenizar as necessidades básicas dessa população”, afirma Ronaldo. 

Segundo Hilda Angélica, uma das principais reivindicações das categorias hoje, além da garantia dos EPIs, é a elaboração de um protocolo unificado para as visitas domiciliares e de ações para esses trabalhadores no contexto da pandemia, que seja desenvolvido em conjunto pelos conselhos que representam os secretários de saúde municipais (Conasems), estaduais (Conass) e pelo Ministério da Saúde. “O que está acontecendo é que cada secretaria de saúde está agindo de forma diferenciada, de acordo com as necessidades do município, mas não leva em conta as necessidades das categorias”, afirma Hilda.

Rodrigo Rodrigues, presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde da Região Metropolitana de São Paulo (Sindacs-SP) relata que em meio à pandemia, a principal orientação é que os agentes não entrem nos domicílios durante suas visitas. “As visitas estão acontecendo na rua, obedecendo a distância de um metro e meio. A gente conversa, verifica se podem haver casos de Covid-19 ali, bem como as outras doenças de notificação compulsória e as doenças crônicas que observamos no cotidiano. Agora, a região metropolitana de São Paulo é muito diversa, e de uma cidade para outra os protocolos variam muito”, diz ele.

Outro problema que segundo a presidente da Conacs tem sido comum é a falta de testes clínicos para o diagnóstico da Covid-19 disponíveis para esses profissionais. Um projeto de lei aprovado no Congresso Nacional no dia 9 de junho, e que aguarda sanção presidencial para entrar em vigor, pode contribuir nesse sentido. O PL 1.409/2020 lista os profissionais de saúde considerados essenciais no enfrentamento ao coronavírus, que deverão ter prioridade nos testes diagnósticos para a Covid-19, além de receber gratuitamente de seus contratantes todos os EPIs recomendados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para os trabalhadores que mantêm contato direto com quem possa ter a doença. Tanto os ACS quanto os ACE foram contemplados pelo texto aprovado, que inclui ainda outras categorias de trabalhadores técnicos da saúde, como os técnicos em enfermagem, em saúde bucal, em análises clínicas e em radiologia.


Monitoramento da saúde dos trabalhadores no foco de pesquisas

Parte do esforço da Fiocruz durante a pandemia de Covid-19 – esse capitaneado pela EPSJV/Fiocruz - se concentra em desenvolver estudos para o monitoramento das condições de trabalho e do impacto da doença sobre os trabalhadores técnicos da saúde, a exemplo da pesquisa “Monitoramento da saúde dos ACS em tempos de Covid-19", coordenada pelas professoras da EPSJV Mariana Nogueira e Camila Borges. O estudo tem como objetivo analisar os impactos da pandemia na saúde dos ACS, bem como suas demandas em relação a condições de trabalho, acesso à EPIs e à formação profissional em São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza, além de outras três cidades das regiões metropolitanas das capitais analisadas: Guarulhos (SP), São Gonçalo (RJ) e Maracanaú (CE). “O produto principal da pesquisa é um painel digital que será disponibilizado em plataforma virtual com o registro do impacto da pandemia sobre a saúde dos ACS nos municípios estudados, que contribuirá para acompanhamento e apoio aos ACS, avaliação sobre a necessidade de reposição da força de trabalho e para a previsão de implantação de medidas e políticas públicas que garantam a proteção e a recuperação da saúde dos ACS”, explica Mariana Nogueira. Segundo ela o estudo é uma colaboração entre a EPSJV/Fiocruz e diversas unidades da Fundação, como o Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict), bem como a Fiocruz Ceará e seis sindicatos de ACS. “Estamos avaliando no âmbito da equipe a possibilidade de expandirmos o estudo para outras regiões, caso seja possível ampliarmos o financiamento”, diz Mariana. A pesquisa, identificada como estratégica, é financiada por meio do Programa de Políticas Públicas, Modelos de Atenção e Gestão do Sistema e Serviços de Saúde (PMA) da Vice-Presidência de Pesquisa e Coleções Biológicas (VPPCB) da Fiocruz.

Outra pesquisa da EPSJV/Fiocruz, aprovada no edital Inova Fiocruz e coordenada pela professora-pesquisadora Gladys Miyashiro, tem como objetivo identificar desafios e possibilidades de atuação dos Agentes de Combate a Endemias (ACE) durante a pandemia de Covid-19, de modo a subsidiar métodos eficazes de controle de vetores como o mosquito transmissor da dengue em um contexto em que esses trabalhadores ficam impossibilitados de entrar nos domicílios. “Estamos preocupados com as favelas que não possuem abastecimento de água ou têm fornecimento intermitente, já que nesses territórios a população precisa armazenar maior quantidade de água para realizar medidas de higiene mais frequentes durante a pandemia”, destacou Gladys, em entrevista ao Portal EPSJV.

Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia registra 18 óbitos por Covid-19 e 254 casos de contaminação de trabalhadores da área em todo o Brasil. Falta de EPIs e de testes clínicos para detecção do coronavírus são alguns dos problemas relatados por conselhos profissionais, que cobram maior reconhecimento desses trabalhadores
Técnicos e auxiliares de enfermagem estão entre os trabalhadores da saúde mais vulneráveis ao Covid-19, com uma centena de óbitos registrados até o momento no país segundo o Cofen. Falta de EPIs e de treinamento adequado estão entre as principais causas, dizem representantes das categorias.
Fonte  http://www.epsjv.fiocruz.br/noticias/reportagem/agentes-de-saude-na-mira-da-covid-19

Postado por Antônio Brito 

Por que o SUS não entrega minha cadeira de rodas motorizada?

Segundo matéria sobre campanha para aquisição do equipamento, a fila de espera por uma cadeira de rodas no Brasil é um dos maiores problemas enfrentados hoje pelo brasileiro com deficiência. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), só no Brasil, cerca de 2 milhões de pessoas precisam de uma cadeira de rodas para se locomover, mas apenas 10% consegue ter acesso ao equipamento fornecido pelo Sistema Único de Saúde. Não bastasse esse baixíssimo índice, a média de espera dessa população é de cerca de 2 anos, mas em alguns estados pode chegar a cinco.

E com o crescente número de pessoas que necessitam de uma cadeira de rodas, os critérios adotados para dar entrada no pedido através do SUS fizeram aumentar a burocracia e dificultar o seu acesso. Prova disso são os comentários de usuários do Facebook, por exemplo, em alguns grupos específicos. Ao perguntar alguém por aqui já conseguiu a cadeira de rodas motorizada pelo SUS?, recebi dezenas de respostas como:

Por outro lado, aqueles que tiveram a oportunidade de frequentar institutos de reabilitação como a Rede Lucy Montoro, em São Paulo (SP), ou a Rede Sarah, em Brasília (DF) e em Salvador (BA), além de outros como a AACD, APAE etc, puderam contar com o apoio de assistentes sociais que em pouco tempo resolveram essa questão. Perceba nos comentários:

Fonte  https://apaebrasil.org.br/noticia/por-que-o-sus-nao-entrega-minha-cadeira-de-rodas-motorizada

Postado por Antônio Brito 

Ministério da SaúdeSecretaria de Atenção à Saúde

PORTARIA Nº 116, DE 9 DE SETEMBRO DE 1993

O Secretário de Assistência à Saúde, no uso de suas atribuições e, Considerando a integralidade da assistência, estabelecida na Constituição Federal e na Lei Orgânica de Saúde (Lei nº 8.080 de 16.09.90);
Considerando que o atendimento integral à saúde é um direito da cidadania e abrange a atenção primária, secundária e terciária, com garantia de fornecimento de equipamentos necessários para a promoção, prevenção, assistência e reabilitação;
Considerando que o fornecimento de órteses e próteses ambulatoriais aos usuários do sistema contribui para melhorar suas condições de vida, sua integração social, minorando a dependência e ampliando suas potencialidades laborativas e as atividades de vida diária;
Considerando a autorização estabelecida pela RS nº 79 de 02/09/93 do Conselho Nacional de Saúde, resolve:
1 – Incluir no Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde – SIA/SUS a concessão dos equipamentos de órteses, próteses e bolsas de colostomia constantes do Anexo Único.
2 – A concessão das órteses e próteses ambulatoriais, bem como a adaptação e treinamento do paciente será realizada, obrigatoriamente, pelas unidades públicas de saúde designadas pela Comissão Bipartite. Excepcionalmente, a referida comissão poderá designar instituições da rede complementar preferencialmente entidades universitárias e filantrópicas para realizar estas atividades.
3 – Caberá ao gestor estadual/municipal, de conformidade com o Ministério da Saúde, definir critérios e estabelecer fluxos para concessão e fornecimento de órteses e próteses, objetivando as necessidades do usuário.
4 – O fornecimento de equipamentos deve se restringir aos usuários do Sistema Único de Saúde que estejam sendo atendidos pelos serviços públicos e/ou conveniados dentro da área de abrangência de cada regional de saúde.
5 – Fica estabelecido que a partir da competência setembro/93, o Recurso para Cobertura Ambulatorial – RCA será acrescido de 2,5 %, destinado ao pagamento das órteses e próteses fornecidas aos usuários.
6 – Os valores das órteses e próteses descritas no Anexo Único serão divulgados quando da publicação da tabela de Valores dos Procedimentos do Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde – SIA/SUS.
7 – Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação com efeitos financeiros a partir de 1º de setembro de 1.993.
CARLOS EDUARDO VENTURELLI MOSCONI
Não deixe esse benefício cair no esquecimento.

Fonte  https://viagemacessivel.com/como-solicitar-uma-cadeira-de-rodas-motorizada-gratuitamente-pelo-sus-em-3-passos/

Postado por Antônio Brito