29/06/2020

Rio: campanha de doação de sangue voltada à LGBTI começa nesta segunda

A ação ocorre para comemorar o Dia do Orgulho LGBTI.

O estado do Rio de Janeiro promoverá nesta semana sua primeira campanha de doação de sangue voltada à população de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e intersexuais (LGBTI). A ação ocorre para comemorar o Dia do Orgulho LGBTI, celebrado no domingo (28), e a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu restrições à doação de sangue por homens homossexuais.

A campanha de doação será realizada nos bancos de sangue do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe), em Vila Isabel, na Santa Casa de Barra Mansa e no Hospital São João Batista de Volta Redonda. No Hupe, a campanha será realizada entre os dias 29 de junho a 3 de julho, e, para evitar aglomerações e atender às recomendações de segurança durante a pandemia, as doações precisarão ser pré-agendadas, respeitando o limite de 20 por dia. Em Volta Redonda, a campanha começará no dia 30 e vai até o dia 3, e, em Barra Mansa, as doações serão colhidas apenas no dia 29.

O subsecretário de Promoção, Defesa e Garantia dos Direitos Humanos da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, Thiago Miranda, destaca que é preciso seguir as orientações de segurança, como o uso de máscara e o distanciamento social. "Doar sangue e salvar vidas sempre foi um desejo de muitos, mas a barreira do preconceito sempre foi um obstáculo. Derrubamos essa barreira e vamos juntos promover essa campanha", comemora ele.

Recomendações

A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos avisa: é necessário que o doador leve o documento original com foto, esteja bem de saúde e tenha entre 16 e 69 anos. Já os menores de 18 anos devem levar autorização e documento do responsável. Além disso, o doador deve ter peso mínimo de 50 quilos, não estar em jejum, evitar alimentos gordurosos três horas antes e ter dormido pelo menos seis horas. O intervalo mínimo entre uma doação e outra é de dois a três meses. Para conhecer outras recomendações e impedimentos à doação de sangue, acesse o site do Ministério da Saúde.

Decisão do STF

A restrição à doação de sangue de homens que fazem sexo com homens impedia que gays e bissexuais doassem sangue caso sua última relação sexual tivesse sido a menos de 12 meses. A proibição incluía mesmo aqueles que declarassem ter usado preservativos e mantido relacionamento estável com um único parceiro.

A decisão que autorizou a doação foi tomada pela maioria dos ministros do supremo, em votação virtual concluída em 8 de maio. Os magistrados atenderam à ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pelo PSB, declarando inconstitucionais as restrições à doação a homens que fazem sexo com homens que constavam na Portaria 158/2016 do Ministério da Saúde e na Resolução RDC 34/2014 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os ministros Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Gilmar Mendes, Luiz Fux e Dias Toffoli formaram a maioria a favor da ação.

O relator, ministro Edson Fachin, considerou que a garantia da segurança dos bancos de sangue deve ser buscada com requisitos baseados em condutas de risco e não na orientação sexual dos doadores, o que classificou como "discriminação injustificável e inconstitucional".

Edição: Liliane Farias

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-06/campanha-de-doacao-de-sangue-voltada-lgbtis-comeca-nesta-segunda-no-rio

Postado por Antônio Brito 

28/06/2020

Pesquisa mostra aumento da violência contra pessoas trans no Brasil

No primeiro semestre de 2020, 89 pessoas trans foram assassinadas.

No primeiro semestre deste ano, 89 pessoas transgênero foram assassinadas no Brasil, quantidade que supera em 39% a registrada no mesmo período de 2019, de acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). Para a entidade, os números escancaram como a omissão de autoridades governamentais tem contribuído para que estejam no centro de um contexto amplo de vulnerabilidade, que inclui agora efeitos da pandemia de covid-19.

"Os dados não refletem exatamente a realidade da violência transfóbica em nosso país, uma vez que nossa metodologia de trabalho possui limitações de capturar apenas aquilo que de alguma maneira se torna visível. É provável que os números reais sejam bem superiores. Mesmo com essas limitações, os dados já demonstram que o Brasil vem passando por um processo de recrudescimento em relação à forma com que trata travestis, mulheres transexuais, homens trans, pessoas transmasculines e demais pessoas trans. O que reforça a importância do nosso trabalho de monitoramento, incidência política e denúncias a órgãos internacionais", escreve a Antra, que acrescenta que, em tentativa de suprir uma lacuna deixada pelo Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal decidiu, em junho de 2019, tratar os casos de transfobia com base na Lei nº 7.716/1989, na qual são tipificados os crimes de preconceito contra raça e cor.

Em nota, ao comentar os homicídios, a Antra antecipou respostas obtidas em entrevistas feitas para o projeto TransAção, de apoio a travestis e mulheres trans do Rio de Janeiro, a fim de elucidar como a suscetibilidade desse grupo populacional ocorre. A maioria (87,3%) das entrevistadas apontou como uma de suas principais necessidades a conquista de um emprego capaz de garantir seu próprio sustento. Além disso, 58,6% declararam pertencer ao grupo de risco de covid-19 e 94,8% que sofreram algum tipo de violência motivada por discriminação devido a sua identidade de gênero.

Ainda segundo a entidade, estima-se que cerca de 60% da população trans não conseguiu ter acesso ao auxílio emergencial concedido pelo governo federal ou benefício semelhante. Desenha-se, portanto, uma situação preocupante, tendo em vista que 29,3% das participantes do TransAção afirmaram sobreviver com uma renda média de até R$ 200; 39,7% com uma de valor entre R$ 200 e R$500; 27,6% com até um salário mínimo (R$1.045) e 3,4% com renda entre R$ 1.045 e R$ 3.135. Nenhuma delas declarou receber acima de três salários mínimos. Ou seja, mesmo quando têm uma fonte de recursos, a quantia é, majoritariamente, baixa, o que faz com que parte delas busquem ajuda de familiares, que, em alguns casos, as subjugam a agressões dentro da própria residência.

No comunicado, a Antra também destaca que não há, até o momento, levantamentos abrangentes sobre as dificuldades enfrentadas pela comunidade LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, intersexo e outros) durante a crise sanitária, produzidos por iniciativa das diferentes esferas de governo. Para a Organização das Nações Unidas (ONU), os LGBTI+ estão entre as parcelas populacionais mais expostas à pandemia, motivo pelo qual, defende, se deve reivindicar aos governos políticas específicas de proteção social. 

Edição: Liliane Farias

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2020-06/pesquisa-mostra-aumento-da-violencia-contra-pessoas-trans-no-brasil

Postado por Antônio Brito 

Como incentivar o uso da máscara em crianças com Transtorno do Espectro Autista

A máscara acabou virando uma das nossas companheiras mais fiéis. Afinal, é ela que também nos ajuda na proteção e combate ao Coronavírus. E, se para nós, adultos, a adaptação já é difícil, para crianças dentro do TEA e com alguma condição neurológica o desafio é ainda maior. Mas então, como estimular o uso da máscara nesses casos? De acordo com a terapeuta ocupacional do Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE), Thaysse Hayane Ferreira, da maneira mais lúdica possível.

“Faça com que a criança participe desse processo, dando a ela a opção de escolha da máscara. Busque seus personagens favoritos, assim elas conseguem assimilar com mais facilidade sobre a importância do objeto. Usar o lúdico é a melhor forma de incentivo ao uso da máscara. Nossa equipe, por exemplo, tem aproveitado os treinos de Atividades de Vida Diária (AVD) e auxiliado nesse quesito, para que aos poucos ela seja incluída. Criamos ainda uma cartilha que auxilia pais e responsáveis nessa tarefa”, conta.

Ainda segundo Thaysse, graduar o tempo de uso do objeto é uma boa alternativa. “Comece introduzindo pelo tempo máximo que a criança aguenta e vá aumentando. Além disso, você deve explicar, com calma, a importância desse ato e que sem a máscara não podemos sair de casa. Aproveite os momentos de brincadeira para fazer isso, você pode usar um boneco que a criança goste para colocar uma máscara, assim ela vai se sentir mais confortável em usá-la quando precisar sair”.

Ou ainda, você mesmo pode colocar a máscara e incentivar os pequenos a colocarem juntos. Para finalizar a terapeuta ocupacional reforça que “essa não é uma das tarefas mais fáceis para ninguém, mas é possível torná-la um pouco mais divertida. Sabemos que não é nada fácil ficar com a máscara no rosto, nem para os adultos, imagina para uma criança que já está confinada. É um processo completamente novo de adaptação. Então torne esses momentos divertidos, assim as crianças ficarão mais tranquilas e tudo ficará bem”, acrescenta Thaysse.

Fonte  https://revistareacao.com.br/como-incentivar-o-uso-da-mascara-em-criancas-com-transtorno-do-espectro-autista/

Postado por Antônio Brito 

Google vai veicular notícias com acesso aberto em nova ferramenta

O Google anunciou uma nova ferramenta por meio da qual veículos jornalísticos parceiros poderão disponibilizar para acesso gratuito notícias pelas quais cobram de forma aberta. O serviço deverá ser lançado no Brasil até o fim do ano. A previsão é que outros países, como Alemanha e Austrália, também tenham a novidade ainda em 2020.

O novo produto será incluído no agregador de notícias da empresa, o Google News. Nele aparecerão seções específicas para cada um dos veículos convidados para a parceria. Cada um destes escolherá quais conteúdos deixarão de ter a limitação de acesso pago (ou paywall na linguagem técnica em inglês).

Cada empresa parceira será remunerada pelo conjunto de notícias que decidir disponibilizar. A forma de remuneração não foi divulgada pela companhia, mas irá variar conforme cada acordo e diferentes arranjos.

Além de ler as notícias, o usuário poderá marcá-las (ou favoritar, no termo utilizado pelo Google) para que possa receber as atualizações daquele veículo.

O serviço será incluído também nas recomendações para o sistema operacional Android, controlado pelo conglomerado. As matérias serão disponibilizadas em uma seção do Android chamada discover, onde são mostrados outros tipos de informação, como previsão do tempo.

Segundo a diretora de Parcerias de Produtos de Notícias para a América Latina do Google, Andrea Fornes, a iniciativa dá seguimento a um conjunto de projetos da companhia de construção de iniciativas conjuntas com as empresas jornalísticas.

“Não é a primeira vez que remuneramos ospublishers [termo em inglês utilizado por plataformas para se referir a produtores de conteúdo]. O projeto Webstories foi um exemplo. O Google remunerou também para produzir conteúdo de áudio para seu assistente. Este produto é mais um passo importante para continuar apoiando empresas de mídia. E fidelizar o usuário”, comenta Andrea Fornes.

Edição: Nádia Franco

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-06/google-vai-veicular-noticias-com-acesso-aberto-em-nova-ferramenta

Postado por Antônio Brito 

Autoridades Federais sentem pressão pela manutenção do BB Crédito Acessibilidade

A pressão popular realizada pelas Pessoas com Deficiência e Entidades do 3º Setor nos últimos dias pela manutenção da linha BB Crédito Acessibilidade tem movimentado autoridades do Governo Federal, principalmente do Ministério da Economia e Fazenda, dos Direitos Humanos e do Banco do Brasil.

Após a denúncia feita com exclusividade pelo SISTEMA REAÇÃO (Revista REAÇÃO e TV REAÇÃO) de que o orçamento previsto para a linha de crédito deve acabar até o final de junho, muitas movimentações aconteceram nos últimos dias. Influenciadores digitais com Deficiência repercutiram durante toda a semana em suas contas nas redes sociais à necessidade da movimentação e pressão popular. Fontes informam que “já existiram movimentações políticas importantes no sentido de se evitar a suspensão dessa linha de crédito. A pressão que vem sendo feito está surtindo excelentes resultados”.  Procurada, a Assessoria de Imprensa do Banco do Brasil, não apresenta respostas pontuais feitas pelo Departamento de Jornalismo do SISTEMA REAÇÃO.

“É um problema muito grande que precisamos reverter. Até o atual momento o BB Crédito Acessibilidade está com uma execução muito boa. Tem demanda para essa linha de crédito. Não faz sentido você cortar pela metade. Quanto mais Tecnologia Assistiva for colocada no mercado, melhor será a vida das Pessoas com Deficiência que terão mais inclusão, acesso ao mercado de trabalho e etc”, afirmou o Deputado Federal cego, Felipe Rigoni/PSB do Espírito Santo.

Para Rodrigo Rosso, Diretor do SISTEMA REAÇÃO e presidente da ABRIDEF – Associação Brasileira da Indústria, Comércio e Serviços de Tecnologia Assistiva, “a Pessoa com Deficiência vem enfrentando uma luta – nos últimos tempos – pela manutenção de direitos alcançados. Não conseguimos pensar em amplia-los, mas em mantê-los. Essa possibilidade de suspensão do BB Crédito Acessibilidade é um absurdo. O Governo ganha. O Banco do Brasil ganha. E a Pessoa com Deficiência é quem paga por isso! Ao invés de oferecerem uma linha de crédito mais acessível e barata, ou até mesmo a cessão de equipamentos pelo SUS de boa qualidade, criamos movimentos para tentar – ao menos – manter a possibilidade de a pessoa se comprometer a um empréstimo de até 60 meses. Tecnologia assistiva de qualidade para o cidadão é dever do governo previsto na LBI”.

Para Caio Silva de Sousa, Membro da Comissão Permanente de Acessibilidade do Município do Rio de Janeiro e Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB/RJ, “a linha BB Crédito Acessibilidade garante financiamento para a compra de produtos e serviços de tecnologia assistiva, destinados à melhoria da qualidade de vida. A ideia é propiciar oportunidades para a participação de todos, a fim de focar questões relacionadas à inclusão, sendo as pessoas beneficiárias e protagonistas, na sociedade e no desenvolvimento”.  

De acordo com ele “a regulamentação dessas normas faz com que ocorra a possibilidade de equiparação de oportunidades para toda sociedade, uma vez que a acessibilidade constitui um dos direitos dos cidadãos em geral, não se limitando apenas às pessoas com deficiência, mas inclusive àquelas com mobilidade reduzida como gestantes e idosos, bem como pessoas que se encontram em situação vulnerável momentaneamente. O foco é garantir tecnologias que garantam a inclusão e a contribuição na vida social e no desenvolvimento com base na equiparação, enfatizando as melhores práticas e soluções tecnológicas inovadoras para a plena inclusão de pessoas com deficiência na sociedade. O orçamento para a linha de crédito surpreendentemente foi reduzido em 50% no corrente ano de 2020, o que deixará de beneficiar diversas pessoas na obtenção de tecnologias que possam garantir. Os dados comprovam que o valor regular sempre esteve em R$ 10 milhões, e neste ano devido aos cortes, foi destinada apenas a metade, ou seja, R$ 5 milhões”.

“Espera-se que o governo faça uma suplementação orçamentária, tendo em vista que, não acontecendo, no segundo semestre do ano de 2020 o Banco do Brasil deixará de operacionalizar a linha BB Crédito Acessibilidade e milhões de brasileiros deixarão de ser beneficiados, gerando um impacto extremamente negativo em suas vidas e tamanho retrocesso no caminho do desenvolvimento social gerado pela inclusão” afirma Caio Silva de Sousa, Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB/RJ.

Fonte  https://revistareacao.com.br/autoridades-federais-sentem-pressao-pela-manutencao-do-bb-credito-acessibilidade/

Postado por Antônio Brito 

Prefeitura de São Paulo autoriza reabertura parcial do Centro de Treinamento Paralímpico

O Comitê Paralímpico Brasileiro obteve autorização da prefeitura de São Paulo para retomar, parcialmente, as atividades no Centro de Treinamento Paralímpico, na zona sul da capital a partir de 1º de julho. A anuência foi concedida na manhã deste sábado, 27, pelo prefeito da capital paulista, Bruno Covas (PSDB), em evento que contou com a presença do presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado.

O CT Paralímpico será reaberto somente para atletas do mais alto rendimento de atletismo, natação e tênis de mesa retornarem aos treinamentos a partir de julho. Funcionários e demais profissionais que atuam no local diariamente continuarão em isolamento por tempo indeterminado. 

Neste primeiro momento, somente atletas medalhistas em Jogos Paralímpicos ou campeonatos mundiais serão convidados. O retorno das atividades, no entanto, acontecerá apenas depois do consentimento dos atletas em relação aos termos de segurança e higienização do CPB e da realização dos testes. Os atletas ainda serão submetidos a avaliações médicas individuais antes da prática esportiva.

“Essa assinatura é muito importante para os nossos atletas, uma vez que seus principais adversários pelo mundo já iniciaram seus treinamentos. Por isso, agradecemos à prefeitura para que este momento fosse possível. A nossa prioridade segue sendo a integridade e a saúde dos atletas, mas este retorno, certamente, será um marco neste ciclo paralímpico para os atletas brasileiros”, afirmou o presidente do CPB, Mizael Conrado. 

“Agora, os nossos atletas paralímpicos de alto rendimento vão poder retomar seus treinos com protocolo assinado com a prefeitura. Desta forma, esperamos continuar a enfrentar a pandemia e seguir vigilantes em relação aos índices de contaminação. Essa ação conjunta entre poder público e sociedade civil organizada tem sido o segredo para que a cidade de São Paulo seja um case mundial de enfrentamento à pandemia”, completou o prefeito de São Paulo, Bruno Covas.  

Saiba mais sobre o CT Paralímpico

O CT Paralímpico está com as atividades suspensas desde 16 de março, quando foram registrados os primeiros óbitos em decorrência de Covid-19 na cidade de São Paulo. O calendário de competições no Centro de Treinamento e as escolinhas gratuitas do centro de formação, com quase 600 alunos, foram cancelados. 

Para promover o retorno destes atletas às atividades físicas, o CPB estabeleceu condições baseadas no protocolo de segurança divulgado recentemente e que contou com a coordenação do médico-chefe do CPB, Hésojy Gley, e apoio das áreas técnicas, enfermagem e fisioterapia. O documento pode ser acessado aqui.

Atletismo, natação e tênis de mesa estão autorizados na primeira etapa porque são as modalidades cujo centro de excelência é sediado no CT Paralímpico. Mais de 140 atletas de alto rendimento treinavam nas instalações, antes da pandemia. Nesta fase de reabertura, não mais do que 50 pessoas, em horários distintos, poderão fazer uso do equipamento esportivo.

O Comitê adquiriu 5 mil máscaras, entre descartáveis, laváveis e N95, para distribuir aos atletas e treinadores, e testes PCR (coleta de material com raspagem de nasofaringe) e de sorologia. 

Quatro túneis de sanitização serão instalados e o CPB estabeleceu áreas limpas, a partir das quais todo e qualquer item que estiver no referido local terá passado pelo processo completo de higienização. Os treinamentos serão individualizados, mantendo distanciamento adequado e em horários alternados.

No protocolo apresentado pelo CPB à prefeitura também há normas quanto à rotina diária dos atletas, desde a sua saída de casa até o retorno à residência, como cuidados no transporte, em elevadores, acessos às estruturas esportivas, processamento de roupas, sanitização, alimentação e suplementação, recomendações nas áreas dos treinamentos, entre outros. 

Nos primeiros 15 dias não serão aplicados treinamentos de alta intensidade, devido ao risco de queda de imunidade e risco de lesão devido aos atletas estarem afastados há mais de três meses. Desde então, os treinadores de alto rendimento do CPB fazem acompanhamento remoto, em aulas pela internet, com mais de 140 atletas em todas as regiões do Brasil. 

Em decorrência da pandemia, os Jogos Paralímpicos de Tóquio foram adiados para 24 de agosto, em anúncio realizado em março pelo Comitê Olímpico Internacional, o Comitê Organizador Local e o governo japonês. 

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte  https://revistareacao.com.br/prefeitura-de-sao-paulo-autoriza-reabertura-parcial-do-centro-de-treinamento-paralimpico/

Postado por Antônio Brito 

27/06/2020

"Ainda existe tabu de que pessoa com deficiência não transa", diz ativista

Márcia Paes Gori, 56, é uma das fundadoras da ONG Essas Mulheres, que luta pelos direitos das mulheres com deficiência. Formada em direito e servidora pública, ela teve poliomielite quando ainda era bebê, o que a deixou com pouca mobilidade nas pernas.

Até se tornar adulta andou com a ajuda de um tutor, uma aparelho que se encaixa nas pernas, e muletas. Aos 36 anos, decidiu que sua liberdade estaria em uma cadeira de rodas, para se locomover melhor. Começou a militar pela causa, mas alguns questionamentos ainda a deixavam inquieta.

"Sentia que estava em espaços onde não se falava de questões voltadas para as mulheres com deficiência, como maternidade, sexualidade, violência doméstica", diz. Foi quando decidiu preencher essa lacuna com aulas e palestras sobre sexualidade e direito à reprodução. "Ainda existe um tabu de que pessoas com deficiência não transam. E de que a mulher não é capaz de ter e criar seus filhos", diz a ativista que conta aqui a sua história.

"Costumo dizer que a gente vira ativista, mesmo sem saber, desde o momento em que nasce ou em que adquire a deficiência. Nasci em Barretos, interior de São Paulo, e aos nove meses tive poliomielite. Perdi todos os movimentos, fiquei um tempo internada e, quando tive alta, voltei para casa com vários movimentos recuperados.

Minha primeira cirurgia corretiva foi aos três anos. Aos 36, resolvi usar cadeira de rodas para facilitar minha mobilidade. Até aquele momento eu andava com um par de muletas e um aparelho, chamado tutor, em cada perna. Já tive algumas crises com relação à minha condição, mas faz tanto tempo que nem me lembro.

Nunca tive problema na minha família ou na escola. Brinquei muito de soltar pipa, andava de carrinho de rolimã. Me casei aos 25 anos, tive duas filhas e consegui cuidar das duas sem maiores problemas. Passei a ter mais conhecimento dos meus direitos como deficiente na faculdade, onde me formei advogada em 2004.

Fiz parte de associações e clubes para pessoas com deficiência e sentia que estava em espaços onde não se falava de questões voltadas para as mulheres com deficiência como maternidade, sexualidade, violência doméstica.

Desfile de roupas eróticas

Então, em 2008, minha militância começou a tomar outro caminho. Fui convidada para fazer palestras em uma feira de tecnologia, para falar com médicos e fisioterapeutas. Tive a ideia de abordar o tabu da sexualidade das pessoas com deficiência e foi um sucesso, lotava.

Com a repercussão, passei a fazer parte da feira erótica de São Paulo, a maior do setor. Havia espaço para falar sobre esse tabu, pois as pessoas pensam que quem tem deficiência não transa. Causei, levei várias mulheres com deficiência para desfilar por lá com roupas eróticas, a repercussão foi boa.

Passei a dar cada vez mais palestras em diversas cidades sobre o assunto. Abordava, além da sexualidade, direitos humanos, de reprodução e de poder ter filhos e criá-los.

Em 2013, criei a ONG Essas Mulheres, junto com a Adriana Dias Higa, antropóloga e portadora de uma síndrome conhecida como "ossos de vidro", e com a fotógrafa Kika de Castro, que tem uma agência de pessoas com deficiência. Era preciso um espaço específico para nós, pois muitas vezes não estamos incluídas no pacote feminista.

Nós não éramos olhadas, faltava uma representação nossa. Atuamos em várias frentes: em discussões, palestras, fizemos cartilha sobre maternidade para o SUS no governo Dilma.

Nosso foco também é falar exaustivamente sobre a violência doméstica para essa mulher com pouca mobilidade. Se o agressor é quem cuida dela, como ela vai deixar de se submeter a isso? Os abrigos de mulheres, em sua maioria, não têm acessibilidade, quem ajude a tomar banho, se trocar e comer, caso precise.

Não temos estatísticas oficiais neste campo. É uma questão profunda e dolorosa. Somos vistas como alvos mais fáceis para assédio sexual no trabalho. Também somos mais vítimas de assédio moral, nos empurram o que ninguém quer fazer, temos salários menores. Eu mesma trabalhei em um escritório em que minha cadeira não passava pela porta da copa. Tinha que comer no corredor, em frente ao banheiros dos homens, que tinham que pular sobre mim para passar. Se não fossem as cotas, não sei onde estaríamos.

Direito a descobrir o corpo e ter prazer

O sexo é bom para a mente e para o físico. Eu sempre fui bem resolvida com o assunto, mas não é assim para todos. Fiquei viúva há cerca de dois anos e nunca fiquei desesperada por achar um parceiro. Encontrei meu atual namorado em um site de relacionamentos.

Coloquei, logo de cara, que tinha deficiência. Ficamos amigos, trocamos mensagens e passamos a namorar, minha vida sexual está maravilhosa. Isso é qualidade de vida e precisamos garantir isso a todos com deficiência.

Muitas pessoas com deficiência ficam sem parceiros e precisam ter o direito a descobrir o corpo e a ter prazer. A nossa discussão agora é para que entrem em pauta os assistentes eróticos, como no filme "As Sessões" [no longa, uma especialista em exercícios de consciência corporal faz a iniciação sexual de um homem com deficiência]. Seria para pessoas com deficiências complexas, e a ONG faria a capacitação.

Um especialista no assunto poderia, por exemplo, ajudar uma pessoa com lesão medular a entender onde está o prazer, a descobrir os limites. Fizemos algumas audiências públicas para discutir o assunto, mas agora não temos espaço. Enquanto isso, continuo o debate. Para mim, é uma questão de saúde pública."

Fonte  https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2020/06/26/ainda-existe-tabu-de-que-pessoa-com-deficiencia-nao-transa-diz-ativista.amp.htm

Postado por Antônio Brito 

AO VIVO: Governo anuncia parceria para vacina contra covid-19

O Ministério da Saúde anuncia hoje (27), em coletiva no Palácio do Planalto, uma parceria para o desenvolvimento e a produção de vacina contra a covid-19 - doença provocada pelo novo coronavírus.

Participam do anúncio, pelo Ministério da Saúde, o secretário executivo, Elcio Franco, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Hélio Angotti Neto, e a diretora de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos, Camile Giaretta Sachetti.

Edição: Lílian Beraldo

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-06/ao-vivo-governo-anuncia-parceria-para-vacina-contra-covid-19

Postado por Antônio Brito 

Dia Internacional das Pessoas Surdocegas!

27 de junho é o aniversário de Helen Keller, uma das pessoas surdocegas mais conhecidas da história. Por essa razão no dia 27 de junho comemora-se o Dia Internacional das Pessoas Surdocegas e encorajou-se a aumentar a consciência pública das pessoas com surdoceguera no nosso mundo.

Sonhos de um surdocego!

Por: Alex Garcia.

Sonho que um dia… vou ser menos ′′ invisível ′′ para a humanidade.

Sonho que um dia… a humanidade recuperará a paciência que perdeu.

Sonho que um dia… a humanidade salvará a sabedoria e entenderá minha comunicação.

Sonho que um dia… a humanidade voltará a ser próxima, como na antiguidade.

Sonho que um dia… a humanidade será livre de preconceitos e me tocará sem medo.

Sonho que um dia… deixarei de ser simplesmente ′′ outro tijolo na parede “, como diz Pink Floyd na música ′′ Mais um brick in the wall “.

Sonho que um dia… Não vou precisar de ′′ beber da mesma fonte ′′ como Carl Jung disse, um dos fundadores da psicanálise moderna.

Sonho que um dia… a humanidade eliminará a etiqueta de que a surdocegueira é a condição mais temida.

Sonho que um dia… a humanidade assumirá que ′′ estar sozinho ′′ não é sinônimo de abandono.

Sonho que um dia… semearei a ′′ solidão ′′ que impõe a surdoceguera como uma escolha possível de desfrutar porque ninguém sentirá medo de si mesmo.

Sonho que um dia… mudarei as suposições sobre a minha identidade e será história a frase que hoje repetem: ′′ pobre, é surdocego “.

Sonho que um dia… a humanidade verá meu ser e valorizará tanto a minha essência como a minha luta, dirá então: ′′ Legal, é surdocego “.

Sonho que um dia vou apagar a vergonha da mente humana como uma ferramenta de controle.

Sonho que um dia… A humanidade compreenderá e valorizará que todas as pessoas somos obras divinas, iguais, no entanto, incompletas e perfeitas.

Sonho que um dia… deixarei tão só de ′′ existir ′′ pra lá ′′ ser “.

Sonho que um dia vou aprender a ser ′′ forte ′′ para que nada me derrote.

Sonho que um dia… serei ′′ eu ′′ para que ninguém me esqueça.

Sonho que um dia meus sonhos projetarão o futuro.

Sonho que um dia… a humanidade será humana.

Alex Garcia – Pessoa Surdocega, com Hidrocefalia e Doença Rara – Brasil, fundador da Agapasm – Associação Gaúcha de Pais e Amigos dos Surdocegos e Multideficientes

Fonte  https://revistareacao.com.br/dia-internacional-das-pessoas-surdocegas/

Postado por Antônio Brito 

26/06/2020

Paratletas relatam obstáculos de se viver em um país nada acessível | Torcedores

Andar pelas ruas do país e encontrar alguma irregularidade é algo comum. O fato que é levantado por conta dessas ruas danificadas é como pessoas que necessitam de melhores condições pra transitar são afetadas. Segundo o último censo demográfico do IBGE, 45 milhões de brasileiros sofrem de algum tipo de deficiência física, e assim, enfrentam a falta de acessibilidade. Mas o que é acessibilidade? O termo tem origem na palavra em Latim accessus, que significa “aproximação, chegada”, acessibilidade é a qualidade do que é acessível, aquilo que é atingível, que tem acesso fácil. Mas será que encontramos essa acessibilidade?

A Lei Nº 10.098, de dezembro de 2000, estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

Segundo a lei de contratação de funcionários com deficiência, empresas são obrigadas a abrir vagas para essas pessoas com necessidades físicas, variando a porcentagem do número de funcionários na empresa, como locais com até 200 funcionários 2% das vagas são destinadas a deficientes físicos e assim aumentando a porcentagem em relação ao número de trabalhadores na empresa.

No final de 2019, o presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido), enviou à Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 6.159/2019 que desobriga empresas de adotarem uma política de cotas para pessoas com deficiência ou reabilitadas, as empresas podem substituir a contratação pelo pagamento de um valor correspondente a dois salários mínimos mensais. O que gerou muita polemica na época, como um passo atrás para a inclusão de pessoas com deficiência física.

Para esse artigo conversei com dois paratletas, onde puderam contar suas histórias e dificuldades que encontram no dia a dia.

Wesley Soares, 21, é atleta do time de amputados do Assama Maringa, do Paraná. Aos 18 anos Soares descobriu através de exames que estava com um câncer na perna, e isso causou a amputação dela. Ele descobriu através da modalidade do futebol de amputados um novo rumo em sua vida, sendo um dos melhores em sua posição de zagueiro. O jovem atleta que já foi convocado até para a seleção brasileira de amputados conta que nem todos entendem a dificuldade que uma pessoa com deficiente física passa. “Às vezes estou sentado no banco preferencial e as pessoas antes de procurar saber já vem falando pra sair, que ali é lugar de idosos”, conta.

A situação das ruas também prejudica essa classe que sofre com a falta de acessibilidade no cotidiano, e que piora ainda é a falta de conscientização e o bom senso de auxiliar e perceber a conjuntura das dificuldades. “As maiores dificuldades são em algumas calçadas que a gente anda que não são niveladas e isso dificulta pra a gente andar, nos transportes públicos também, nem sempre as pessoas sedem o lugar”, completa.

Pâmela Pereira, 32, é atleta paralímpica na modalidade de vôlei sentado. Ela ganhou a medalha de bronze nas paraolimpíadas do Rio em 2016 e prata em Lima em 2019. Em 2014 ela se envolveu em um acidente que fez ela perder uma de suas pernas e encontrou por meio de colegas a modalidade de vôlei sentado. Ela conta os deficientes físicos devem ser tratados igualmente, e com respeito por todas as dificuldades que passam. “Tem muita gente que olha com aquele jeito de coitada, mais com um sorriso no rosto e de cabeça erguida sigo minha vida. Lutei junto com a minha família e amigos e juntos conseguimos vencer mais essa luta”, disse a atleta.

Fonte  https://www.torcedores.com/noticias/2020/06/paratletas-relatam-obstaculos-de-se-viver-em-um-pais-nada-acessivel/amp

Postado por Antônio Brito