Jovem de 19 anos, segundo a imprensa local, foi levado à delegacia para prestar depoimento. Irmão gêmeo cumpre pena por assassinato e tentativa de homicídio
A polícia de Canela, no interior do Rio Grande do Sul, registrou uma ocorrência curiosa na tarde desta segunda-feira (25). Um jovem de 19 anos, que é mudo, usa uma cadeira de rodas e tem paralisia cerebral, tentou assaltar uma joalheria com uma arma de brinquedo. Ele usou os pés para segurar o simulacro. As informações são do Jornal de Gramado.
De acordo com o veículo de imprensa, o crime aconteceu na Rua Júlio de Castilhos, por volta das 15h30. O jovem, que tem
Continua depois da publicidade
limitações motoras, esperou os clientes saírem da loja para entregar um bilhete ao proprietário do estabelecimento e anunciar o assalto.
"Passa tudo. Não chama atenssão (sic)", dizia o bilhete escrito pelo rapaz com os pés.
O lojista contou ao Jornal de Gramado que pensou, inicialmente, que o jovem queria doações. Uma cliente chegou a colocar R$ 5 no bolso dele.
Quando puxou a arma de brinquedo com os pés, o jovem foi avistado por uma pessoa que estava fora da loja. Essa testemunha acionou a polícia.
Jovem não conseguiu assaltar loja em Canela, mas precisou prestar depoimento à polícia(foto: Reprodução/Jornal de Gramado)
Inicialmente, segundo o jornal, a polícia pensou que se tratava de um cadeirante armado, sem informações sobre a mudez ou a deficiência motora. Quando chegaram ao local, o simulacro já estava no chão.
O cadeirante prestou depoimento na Polícia Civil com ajuda de um parente e foi liberado. A instituição vai investigar o caso.
Ainda de acordo com o Jornal de Gramado, o irmão do rapaz está preso por assassinato e tentativa de homicídio em Canela.
Dia 27/05 teremos a primeira Live do canal, às 17:00 horas vou bater um papo com o Gerente da Hélio Mobilidade, César Madeira, sobre Adaptações Veiculares!
Vamos abordar os tipos de adaptações mais indicadas para determinadas patologias, como escolher a ideal, o processo de instalação e o custo de instalar uma adaptação intermediária, da compra do carro à entrega ao cliente!
Não perca, às 17 hs no Instagram do Blog do Cadeirante!
Mesmo com as suas limitações pessoais, o homem arriscou a sua vida e se rastejou até a beira de uma vala para salvar o filhote.
Qual foi a última vez que demos o nosso máximo para ajudar a salvar uma vida? Você se recorda da última vez que fez algo para ajudar um animal que estava em situação de perigo?
Pois bem, o homem Abu Mujtahid não só lembra, como teve esse momento filmado. A cena é capaz de comover a todos que o veem.
O homem que mora em Sabah, na Malásia, é cadeirante e atua como atleta paraolímpico, teve um gesto nobre e digno de muitos elogios.
Foto: Reprodução Youtube / Daily Mail
Ao ver um gatinho que estava preso em um córrego, correndo risco de vida, o homem não poupou esforços, desceu da sua cadeira de rodas e se rastejou até a vala para salvar o filhote.
Foto: Reprodução Youtube / Daily Mail
Os esforços colocaram a sua própria vida em risco, mas isso não foi uma questão para Abu, que só pensou em salvar o gatinho.
O amigo de Abu, também cadeirante, foi quem registrou o momento.
Foto: Reprodução Youtube / Daily Mail
Após ter sido retirado do córrego, o gatinho saiu correndo e atravessou a rua, enquanto o homem rastejava novamente para a sua cadeira de rodas.
Foto: Reprodução Youtube / Daily Mail
Felizmente com a divulgação do vídeo há aproximadamente nove meses, muitas pessoas puderam ver o ato heroico de Abu, assim como nós.
#PraTodosVerem Descrição da imagem. Ilustração com fundo laranja, no alto, uma faixa vermelha com barrado azul escrito em branco: Conheça o nosso guia. Abaixo, onze mulheres e duas delas seguram uma caixa vermelha escrito em branco: Mulheres com deficiência Garantia de Direitos para Exercício da Cidadania. As mulheres estão lado a lado, em primeiro plano, uma mulher de cabelos longos e loiros tem escoliose com acentuada curvatura da coluna para a direita, eleva o braço esquerdo com o punho cerrado. Uma mulher com nanismo de pele clara, cabelos longos e vermelhos. Uma mulher branca, de cabelos curtos vermelhos. Apoia-se em muletas-canadenses e tem encurtamento na perna esquerda. Uma mulher branca com um cão-guia. Uma mulher negra, cadeirante segura um cartaz branco, escrito em vermelho: MULHERES UNIDAS. Uma mulher negra de cabelos curtos, segura um megafone na altura da boca, ela usa uma prótese na perna direita. Atrás, uma mulher negra de cabelos vermelhos presos, tem o braço esquerdo até a altura do cotovelo. Uma mulher de pele clara, obesa tem os braços erguidos e segura a caixa vermelha. Uma mulher branca com cabelos longos pretos, na orelha direita ela usa um aparelho auditivo. Uma mulher branca de cabelos curtos vermelhos. Ela tem a perna direita até a altura da coxa e apoia-se em uma muleta no braço direito. Usa camiseta vermelha com estampa com a marca do Coletivo Helen Keller. Uma mulher branca, de cabelos longos vermelhos, os braços estão para o alto e seguram a caixa vermelha. No canto inferior direito, a marca do Coletivo Feminista Helen Keller. Fim da descrição.
Quem são as mulheres com deficiência? Quem conta e constrói conhecimento sobre nossos corpos? Por que as mulheres são a maioria da população com deficiência e a relação entre gênero e deficiência ainda é recente? Como alcançar mulheres com deficiência que, muitas vezes, não encontram sua luta representada, e dizer a elas que não estão sozinhas?
Esses e outros questionamentos estão materializados no Guia “Mulheres com Deficiência: Garantia de Direitos para Exercício da Cidadania”, cujo objetivo é oferecer a estas mulheres um instrumento de informação, articulação e ação política para o exercício da própria cidadania.
O Guia, cujo lançamento acontece na próxima segunda-feira, dia 25 de maio, foi produzido pelo Coletivo Feminista Helen Keller faz parte da Ação “Ampliar a relevância, o reconhecimento e o impacto da atuação das OSCs no Brasil”, parceria da ABONG, CAMP, CESE e CFEMEA, iniciativa apoiada pela União Europeia.
O Guia “Mulheres com Deficiência: Garantia de Direitos para Exercício da Cidadania”contextualiza as mulheres com deficiência no Brasil, traz o resgate histórico sobre o movimento de pessoas com deficiência, modelos da deficiência e as contribuições ao e do movimento feminista. Além disso, aborda temas como saúde, direitos sexuais e reprodutivos, educação sexual emancipatória, educação, trabalho, violência e acesso à justiça, todos escritos por mulheres com deficiência.
O conteúdo, produzido por mulheres integrantes do Coletivo Feminista, além de autoras convidadas, militantes e pesquisadoras, que são referência na luta das pessoas com deficiência, dentre elas: Anahí Guedes de Mello, ativista surda e lésbica, antropóloga, doutora em antropologia social, pesquisadora associada da Anis – Instituto de Bioética, coordenadora do Comitê Deficiência e Acessibilidade da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e membro do Grupo de Trabalho Estudios críticos en discapacidad do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO); e Izabel de Loureiro Maior, professora assistente aposentada da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mestre em Medicina Física e Reabilitação pela UFRJ, conselheira do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência do Rio de Janeiro, ex-secretária nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Convidadas sem deficiências, mas igualmente parceiras das causas de igualdade em outros movimentos, também participaram da produção do Guia. O conteúdo por elas produzido pode ser lido no último capítulo. O objetivo foi permitir que elas também apresentassem suas lutas e pensassem sobre os aspectos que nos aproximam em busca da construção de “pontes” entre diferentes movimentos feministas e de mulheres com a luta das mulheres com deficiência. Dentre as convidadas estão representantes de entidades como a Rede Lai Lai Apejo, Articulação de organizações de Mulheres Negras Brasileiras, Liga Brasileira de Lésbicas, Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas e ANPS – Articulação Nacional de Profissionais do Sexo.
O Guia pretende alcançar diferentes mulheres com deficiência, assim como movimentos de direitos humanos, pesquisadoras/es, legisladoras/es, profissionais da saúde, da educação e da segurança pública, e trazer visibilidade para nossas histórias através de informações que embasem pautas e reivindicações para o exercício da nossa cidadania.
Como disse Helen Keller: “Sozinhas, pouco podemos fazer; juntas, podemos fazer muito!”
Para acessar o Guia Guia “Mulheres com Deficiência: Garantia de Direitos para Exercício da Cidadania, basta clicar no link(https://bit.ly/36pLJEs).
SOBRE O COLETIVO FEMINISTA HELEN KELLER:
Somos um coletivo de mulheres feministas com deficiência que pauta a intersecção entre gênero e deficiência na construção de uma agenda política. Nosso objetivo é aprofundar o entendimento dessa intersecção e relacioná-la com os demais movimentos feministas e de mulheres, pois compreendemos que a estrutura capacitista, que dificulta ou impede nosso acesso à cidadania, também é atravessada pela desigualdade de classe, misoginia, sexismo, racismo e LGBTfobia.
O Coletivo, criado em 21/09/18, conta com mais de 40 integrantes distribuídas nas 05 regiões do Brasil. Atuamos nas redes sociais, na participação em eventos, no controle social, na execução de projetos e na constante busca pelo diálogo com o Movimento Feminista, de Pessoas com Deficiência, Mulheres e Direitos Humanos.
Diante da pandemia do coronavírus (Covid-19) e a recomendação de isolamento, muitos atletas estão treinando em suas casas. É o caso do atirador esportivo Alexandre Galgani, primeiro atleta do Brasil no esporte paraolímpico individual a garantir vaga para Tóquio.
A classificação aconteceu em fevereiro de 2019 e, desde então, Galgani vêm se preparando para brigar pelo pódio. Classificado para três provas nas Paraolimpíadas, o atleta treina agora em um estande de tiro montado no quintal de sua casa em Sumaré (SP).
Por possuir dificuldades de locomoção – Galgani perdeu parte dos movimentos dos membros aos 18 anos após bater a cabeça no fundo de uma piscina e lesionar sua coluna -, o local foi criado há um ano e meio para solucionar o problema da distância de 40 quilômetros entre a sua residência e o estande de tiro mais próximo, localizado em Campinas (SP).
Com o adiamento das Paraolimpíadas para 2021, Galgani explica que foi preciso ampliar o período de treino em casa e também a quantidade de munições. O atleta conta com o apoio da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) que doou este ano 30 mil munições .22 LR, além de oferecer condições especiais para aquisição de 30 mil munições Eley .22LR, mundialmente utilizadas por atiradores desportivos em treinamentos e competições de alto rendimento por garantir excelente precisão e proporcionar aos atiradores brasileiros as mesmas condições de desempenho.
Seus treinos incluem um alvo eletrônico, acionado por tiros com chumbinho, e por Scatt, um sistema que permite a prática conhecida como “tiro a seco”, realizada sem munição, para treinar e melhorar a técnica do esporte, que vai além da mira. Um dispositivo é acoplado no cano da arma e o tiro, sem munição, é dado em direção a um alvo em uma parede. No computador, o Scatt aponta a pontuação e dados como, por exemplo, o tempo de acionamento, a posição da ama, etc.
Apesar do adiamento da Paraolimpíada ter sido ruim na opinião de Galgani, o atirador está confiante. “Eu estava no auge do meu treinamento. Agora, tenho que manter o nível e a média de pontuação para conquistar a meta de ir para a final nas três provas. Para isso, preciso fazer um bom trabalho em casa nesse período de quarentena”, afirma.
Clubes consideram precoce o retorno das atividades.
A bola segue dividida entre os grandes clubes cariocas. Seguindo diversos protocolos de segurança para evitar o novo coronavírus (covid-19), Vasco e Flamengo defendem a volta do futebol. Do outro lado, Botafogo e Fluminense se mantêm contrários e pedem agora o cancelamento do arbitral da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), que tinha o aval da Prefeitura do Rio de Janeiro para voltar aos treinos na próxima terça (26) e prevê o reinício do campeonato estadual em 14 de junho.
Em coletiva nesta segunda (25), o prefeito do Rio, Marcello Crivella explicou que o retorno da competição vai depender da curva de casos da doença no próximo mês: “Nós propusemos jogos em julho sem torcida, mas os clubes pediram para verificar a curva em meados de junho. Se será na segunda quinzena de junho a volta do Carioca, ainda não podemos prometer”.
Alvinegros e tricolores não estiveram presentes na reunião da Ferj com a Prefeitura e agora pedem o cancelamento das decisões tomadas pelo Arbitral. O documento, assinado pelos presidentes Nelson Mufarrej e Mário Bittencourt (Botafogo e Fluminense), traz 30 itens e considera precoce o retorno do futebol, indicando como desnecessário colocar em risco a saúde de atletas, funcionários e familiares deles neste momento.
Uma saída apontada pelo arbitral seria realizar jogos em locais menos afetados pela pandemia. Segundo o boletim divulgado na noite desta segunda pela Secretaria Estadual de Saúde, o Rio tem 39.298 casos e covid-19 e 4105 óbitos. Deste número, 22.466 casos se concentram na capital, que registra 2.831 mortes.
O índice está 26,2 pontos abaixo de janeiro deste ano.
O Índice de Confiança da Construção (ICST), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 3 pontos em maio deste ano e chegou a 68 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. Apesar da alta, o índice ainda está 26,2 pontos abaixo de janeiro deste ano (94,2 pontos).
“Apesar do aumento da Confiança, não é possível afirmar que o pior momento da crise deflagrada pela covid-19 já passou. Os impactos negativos sobre o setor da construção continuam bastante intensos, atingindo os negócios em andamento em todos os segmentos. Em maio 51% das empresas indicaram diminuição da atividade e 63% que o ambiente de negócios está fraco”, afirma a pesquisadora da FGV Ana Maria Castelo.
A alta do Índice de Confiança é decorrente da melhora das expectativas dos empresários para os próximos três e seis meses. O Índice de Expectativas cresceu 9,8 pontos e chegou a 69,7 pontos.
Já o Índice de Situação Atual, que mede a confiança dos empresários no presente, recuou 4,1 pontos e atingiu 66,8 pontos, o menor valor desde setembro e outubro de 2017 (66,2 pontos).
O Nível de Utilização da Capacidade do setor caiu 4,1 pontos percentuais, para 61,7%.
O dia 26 de maio é dedicado ao Combate Nacional ao Glaucoma. A doença é considerada a maior causa de cegueirairreversível no mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). O problema atinge cerca de 65 milhões de pessoas no planeta e é o motivo de 4,5 milhões de casos de perda total de visão, de acordo com a Associação Mundial do Glaucoma.
O glaucoma é uma doença ocular capaz de causar cegueira, se não for tratada a tempo. No Brasil, mais de 900 mil pessoas têm a doença e 80% dos glaucomas não causam dor ou incômodo no início. Por ser uma doença crônica e que não tem cura, na maioria dos casos pode ser controlada com tratamento adequado e contínuo. Quanto mais rápido for o diagnóstico, maiores serão as chances de se evitar a perda da visão.
Silencioso, para ser detectado, é preciso prevenir. Portanto é necessário um exame oftalmológico cuidadoso em que o médico faz a medida da pressão intra-ocular, o exame do fundo de olho e, quando necessário, o campo visual.
Existem fatores de risco que favorecem o aparecimento da doença, como idade avançada, hipertensão arterial, miopia elevada, raça negra e hereditariedade (transmissão para pessoas da mesma família). Há, no momento, uma ampla discussão sobre a possibilidade do “diabetes mellitus” ser ou não um fator de risco.
O Dia Nacional de Combate ao Glaucoma é uma data propícia às reflexões sobre esta doença, principalmente, em como ela afeta a qualidade de vida dos pacientes que são acometidos por este mal. De acordo com Frederico Franco especialista em glaucoma do ISO Olhos, prevenir a cegueira ainda é um dos grandes desafios da oftalmologia, pois no Brasil ainda não existe a consciência da gravidade do glaucoma.
“Durante muito tempo, acreditou-se que a Pressão Intra-Ocular (PIO) alta era a principal causa desse dano ao nervo óptico. Embora a pressão alta seja claramente um fator de risco, atualmente, é sabido que outros fatores também devem ser levados em conta, como o exame do nervo óptico”, afirma o médico.
Você sabia que 86% dos brasileiros afirmam que “as escolas ficam melhores quando incluem alunos com deficiência? Este e outros dados sobre o imaginário popular acerca do que significa falar de inclusão e escola estão em uma pesquisa inédita divulgada nesta terça-feira, 15. O Instituto Alana, organização que trabalha para honrar a criança e defender os seus direitos, encomendou o estudo O que a população brasileira pensa sobre educação inclusiva ao Datafolha, com o objetivo de traçar um panorama sobre o entendimento da população sobre educação inclusiva. Afinal, o que é incluir uma criança com deficiência no ambiente escolar?
Escolas regulares funcionam melhor para a inclusão? Quais os impactos desse convívio para toda a comunidade escolar? Questões como essa são o ponto de partida da análise. Sobretudo no atual momento do país, que discute se há ou não demanda popular pelas chamadas escolas especiais, trata-se de uma discussão fundamental – confira a avaliação do De Olho nos Planos sobre o fim da Secretaria de Diversidade e Inclusão. O Plano Nacional de Educação, e a própria Constituição Federal defende que a educação é um direito de todos, o que contempla a inclusão de crianças com deficiência intelectual em escola regulares. Oartigo 227 da Constituição coloca como absoluta prioridade assegurar que esse direito seja garantido, reforçando que este é um dever compartilhado do Estado, da família e da sociedade.
A partir de afirmações que costumam povoar a cabeça de muita gente quando se fala neste tema, a pesquisa convida as pessoas a concordar ou discordar do proposto. Por exemplo, uma das afirmativas apresentadas foi “professores têm interesse em ensinar para crianças com deficiência“; 71% responderam que sim. Ao todo, foram dez perguntas, que os entrevistados puderam responder a partir de cartões de múltipla escolha.
A pesquisa, realizada entre 10 e 15 de julho de 2019, contemplou 130 cidades brasileiras nas cinco regiões, e interpelou um total de 2.074 entrevistados – homens e mulheres com mais de 16 anos. Os dados apresentados são somatórias das variações “concorda totalmente”, “concorda em parte”, “discorda totalmente” e “discorda em parte”.
O resultado do estudo aponta para duas realidades; de um lado, há um grande entendimento sobre os benefícios da inclusão para todas as crianças; de outro, a fragilidade da falta de formação sobre o assunto, o que faz com que as pessoas que têm pessoas com deficiência na família estejam melhor paramentadas para lutar pela inclusão, restringindo a pauta a um nicho específico da sociedade. O principal entrave aqui é social, e reforça a importância de situar o debate sobre inclusão como um problema comum a toda a sociedade, e não somente de quem a vivencia no dia a dia.
Na escola, por exemplo, para garantir que a educação seja inclusiva, de fato, é necessário oferecer capacitação para toda a comunidade escolar, entre professores, gestores, assistentes, profissionais de saúde, famílias e, claro, os próprios estudantes.
Dentre as principais conclusões da pesquisa, está que os entrevistados que convivem com pessoas com deficiência têm uma atitude mais favorável em relação à inclusão.
O Ministério das Mulheres, Gênero e Diversidade da Argentina tem investido em diferentes ações para conter o aumento de violência doméstica durante a pandemia de Covid-19. Desde o início da quarentena, disponibilizou novos canais de informação e tem investido em ações que possam chegar diretamente nas vítimas, em um momento em que muitas estão confinadas com seus agressores.
À frente deste trabalho está a ministra Elizabeth Gómez Alcorta. Advogada e professora, ela tem 47 anos e diz não ser peronista nem kirchnerista —duas vertentes preponderantes da esquerda argentina. Desde que tomou posse, afirma seu compromisso no combate às violências de gênero e levanta outra bandeira relacionada aos direitos das mulheres, esta mais polêmica: é a favor da legalização do aborto e pressiona o governo para que uma lei autorizando a interrupção legal da gravidez seja aprovada ainda neste ano.
Veja, abaixo, algumas medidas tomadas pela Argentina que podem inspirar outros países no combate à violência de gênero durante a quarentena, inclusive o Brasil:
Reuniões com estados e municípios para definir estratégias
A ministra tem feito reuniões presenciais com dirigentes estaduais e municipais para orientá-los sobre medidas de combate à violência contra a mulher, além de explicar as estratégias do governo federal na área. Também disponibilizou dois números de telefone com funcionamento 24 horas para que governos locais possam pedir orientações ao ministério.
Violência de gênero na lista de "situações de força maior"
Em uma articulação conjunta com o Ministério da Segurança, foi criada uma resolução federal para que os casos de violência contra mulheres sejam considerados "situações de força maior" —ou seja, tenham prioridade no atendimento, investigação e resolução.
A resolução começou a valer em abril e foi formulada ao lado da ministra da Segurança argentina, Sabina Frederic.
Três contas de WhatsApp, aplicativo e canal do governo
Como no Brasil, as vítimas na Argentina podem procurar ajuda por meio de um número de telefone, a Linea 144 (aqui o número é 180). Já no começo da quarentena, em março, o ministério criou mais três números de WhatsApppara mulheres que não podem falar ao telefone. O governo também criou um aplicativo de celular para dar orientações nos casos de violência, além de uma conta de e-mail. Todos os canais funcionam 24 horas.
Além dessas iniciativas, ainda disponibilizou um mapa interativo para que a pessoa que o acessar consiga encontrar o centro de acolhimento mais próximo.
Alojamentos universitários disponíveis para vítimas
O ministério também criou uma parceria com organizações universitárias para disponibilizar quartos de alojamentos que estejam vagos a vítimas que precisem deixar suas casas durante a quarentena. A mesma parceria foi firmada com sindicatos de diferentes áreas.
Senha para pedir ajuda em farmácias
Em abril, o governo lançou mais uma ação para tentar facilitar a procura por ajuda. Juntamente com a Confederação Farmacêutica Argentina, as farmácias passaram a atender vítimas de violência, principalmente àquelas que são impedidas de usarem seus celulares.
Funciona assim: a mulher liga para a farmácia e pede uma "máscara vermelha" —essa é a senha para o pedido de ajuda. O funcionário da farmácia que a atender pede seu endereço e telefone e os encaminha para a Linea 144, que, dependendo da situação, pode comunicar as autoridades policiais imediatamente.