19/05/2020

Startup ajuda pessoas com deficiência desempregadas durante a pandemia

Incluir Dá Certo' prepara profissionais para o mercado de trabalho, de olho nas contratações após a crise causada pelo coronavírus. Orientação é gratuita e tem dois meses de duração, com encontros online semanais. Recursos de acessibilidade são adaptados ao orientado. Consultoria também está arrecadando doações para levar alimentos, produtos de limpeza, higiene e remédios a trabalhadores com deficiência que estão sem emprego. Empresas interessadas podem apadrinhar candidatos.

Descrição da imagem #pracegover: Tela de um smartphone, em posição horizontal, onde aparecem três mulheres que fazem o sinal de ‘I love you’ em língua de sinais. As três estão sorrindo e olhando para a câmera. Crédito: Divulgação.


A startup Incluir Dá Certo, consultoria especializada na inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho, lançou um serviço online e gratuito de orientação e preparação de profissionais com deficiência durante a pandemia da covid-19.

O aconselhamento tem dois meses de duração, com encontros virtuais semanais. Antes de iniciar as conversas, o inscrito preenche um formulário indicando sua necessidade de acessibilidade. O projeto tem intérprete de Libras, a Língua Brasileira de Sinais, que estuda o perfil do orientado e usa as terminologias mais indicadas ao orientado.

“Diante da atual situação, temos ciência de que os próximos dois meses serão períodos de privações. Sendo assim, pensamos em uma forma de amenizar a ansiedade desses profissionais, que buscam continuamente uma recolocação no mercado de trabalho”, diz Renata Lellis, idealizadora da startup Incluir Dá Certo e do canal Inclusão na Lata.

Renata faz um inventário da carreira do profissional, analista e reformula o currículo e o do perfil no Linkedin, dá dicas, simula entrevistas online e destaca a função do networking. O programa busca construir e direcionar a carreira, preparando para o momento da retomada. “Recebemos mensagens diárias de candidatos desempregados”, afirma a consultora.

Parceiros – Empresas interessadas podem apadrinhar candidatos e, em troca, terão acesso ao perfil profissional de todos os mentorados. Para saber os detalhes, mande email para lellis@incluirdacerto.com.br.
 
Solidariedade – “Em uma das conversas, a orientada disse ‘minha mãe e eu dormimos mais cedo para não sentir fome’. Naquele momento, eu parei de falar sobre currículo e mercado de trabalho. E pedi para contar a história dela. Pouco antes de revelar isso, essa mulher comentou que fazia trabalho voluntário e distribuía comida para moradores de rua, mas que nesse momento não tinha como ajudar, e que solicitou o auxílio emergencial, ainda em análise, situação de muitos brasileiros”, comenta a especialista.

Fonte  https://brasil.estadao.com.br/blogs/vencer-limites/startup-ajuda-pessoas-com-deficiencia-desempregadas-durante-a-pandemia/

Postado por Antônio Brito 

Pessoas com deficiência visual redobram cuidados com a higiene para evitar contaminação pelo novo coronavírus

Pandemia do novo coronavírus altera rotina de deficientes visuais

Os cuidados para se evitar o contágio pelo novo coronavírus merecem atenção especial de quem explora muito o tato e o toque nas atividades do dia a dia. É o caso da pessoas com deficiência visual. A pandemia transformou a rotina deles, que dependem também da conscientização dos que estão ao redor e querem ajudar para, assim, diminuir os riscos de contaminação.

O biólogo Jean Roberto de Lima, por exemplo, é deficiente visual há dois anos. Ele vem adotando cuidados adicionais nesse período, embora passe por situações que, às vezes, dependem da conscientização do próximo.

“Eu fui à farmácia buscar alguns medicamentos e pedi informação para uma pessoa, mas só enxerguei que ela estava sem a máscara quando cheguei bem próximo a ela, e ela já estava conversando comigo. O que eu fiz? Cheguei em casa, tirei a roupa que estava usando, pendurei na lavanderia do lado de fora da casa e fui tomar banho”, relata Lima.

“O que mais mudou foi a higienização, que nós aumentamos. Quando retornamos para casa, deixamos o calçado do lado de fora. Nós usamos uma guia, então, chegando em casa, higienizamos essa guia com álcool e um pano, deixamos pendurada do lado de fora. E fazemos muita higienização no interior da casa também”, completa o biólogo.

Jean Lima mora com Neusa Maria Nunes, que também tem deficiência visual. Para os dois, o toque é essencial, assim como a ajuda de outras pessoas quando eles estão na rua. Como o contato é a principal maneira de interação, para evitar o contágio da doença, é preciso seguir todas as medidas.

Higienização da guia é um dos cuidados a serem tomados — Foto: Reprodução/TV Diário

“Nós não enxergamos e tocamos nas coisas. Tem pessoas que tocam na gente, vêm ajudar, pegam na nossa mão. Nós já carregamos um álcool na bolsa, o papel para higienizar a guia, porque as pessoas pegam até na guia para tentar ajudar”, conta Neusa.

São cuidados redobrados que quem “enxerga” pelas mãos precisa ter neste momento. Com Ricardo Pedroso, que também é deficiente visual, não é diferente. “Na minha cão guia, eu sempre passo um pano com produto específico para limpeza, água, álcool e vinagre para limpar as patas, higienizar o corpo dela e tirar uma possível contaminação”.

Deficiente visual há 20 anos, Pedroso é o segundo secretário do Conselho Municipal de Mogi das Cruzes para Assuntos da Pessoa com Deficiência. Ele explica qual é a orientação do Conselho neste momento.

“Temos um número bem grande na nossa cidade, tanto de pessoas totalmente cegas, como de pessoas com baixa visão. A gente tem orientado para que, em primeiro lugar, fiquem em casa. Em segundo lugar, água e sabão, caso você tenha isso próximo de você. Se não tiver, usar álcool em gel. É o que eu faço no meu dia a dia e o que oriento para as pessoas fazerem”.

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos lançou uma cartilha com textos e vídeos de orientações para pessoas com deficiência. A cartilha orienta, por exemplo, que o deficiente visual, ao aceitar ajuda, procure segurar a pessoa que vai guiar no ombro, local mais seguro para evitar o contágio.

Além do uso de máscaras e dos cuidados de higiene, para a limpeza dos lugares por onde os deficientes visuais passam, a cartilha pede atenção também aos corrimãos e às maçanetas, que devem ser limpos com água, sabão e álcool 70%. A cartilha está disponível no site do Governo Federal.

Fonte  https://g1.globo.com/google/amp/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2020/05/18/pessoas-com-deficiencia-visual-redobram-cuidados-com-a-higiene-para-evitar-contaminacao-do-novo-coronavirus.ghtml

Postado por Antônio Brito 

18/05/2020

Pandemia reduz procura no atendimento por câncer de mama

A pandemia do novo coronavírus (covid-19) provocou queda de atendimentos em hospitais públicos de pacientes em rastreamento e tratamento para câncer de mama, de cerca de 75% em março e abril, em comparação a igual período do ano passado, de acordo com pesquisa da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM).

“Nós solicitamos aos colegas mastologistas que fizessem um levantamento desses dois meses de 2019 para que pudéssemos comparar com os [atendimentos] deste ano. A gente observou uma diminuição muito significativa da taxa dos atendimentos cirúrgicos”, disse à Agência Brasilo presidente da SBM, Vilmar Marques.

O levantamento abrangeu 11 hospitais públicos de todas as regiões do país, que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas principais capitais. O maior comprometimento na assistência a paciente com câncer de mama foi registrado no Maranhão. No Instituto Maranhense de Oncologia Aldenora Belorá (Cacon), que concentra a maioria das pacientes em tratamento do câncer de mama, apenas 55 pessoas foram atendidas em abril deste ano, contra 442 atendimentos feitos no mesmo mês de 2019, uma redução de mais de 87%.

Segundo o especialista, isso reflete o sistema como um todo. “Se nós não estamos operando, é sinal que essa paciente não está sendo assistida, porque ela existe, principalmente se nós observarmos os dados do Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca) que apontam que nós vamos ter, este ano, um incremento de 10%. Qualquer redução já é grande “, avaliou Marques.

O Inca estima para o Brasil um total de 66.280 casos novos de câncer de mama, para cada ano do triênio 2020-2022. Esse valor corresponde a um risco estimado de 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres.

Covid-19

O presidente da SBM afirmou que as pacientes não estão indo aos consultórios e não estão chegando aos hospitais públicos porque a maioria dessas unidades está destinando seus atendimentos à covid-19. A elevada taxa de ausência é explicada pelo medo do contágio, que faz com que as pacientes com câncer de mama não saim das residências para dar seguimento ao tratamento. Com isso, o diagnóstico é postergado. “Na realidade, todo diagnóstico postergado compromete a sobrevida da paciente, ou seja, diminui a chance de cura”, explicou o mastologista. Isso significa que poderá haver aumento do número de tumores em estágio avançado, disse.

Enquanto instituição, a SBM não pode efetuar uma ação direta para que esse quadro seja revertido. Mas está pedindo aos colegas mastologistas que dialoguem com seus gestores locais e esclareçam que os hospitais podem continuar o atendimento às pacientes com câncer de mama, a partir do momento que tenham leitos de UTI específicos e enfermarias isoladas, para que essas mulheres não tenham contato com pacientes com a covid-19.

“E que a internação seja do tipo fast track [processo rápido], em que a paciente interne pela manhã, opera e, preferencialmente, vai embora no mesmo dia, no final do dia, buscando procedimentos rápidos, mas resolutivos. E quando da indicação da reconstrução mamária, que esta seja a mais simples possível, ao contrário de que seja realizado no momento oportuno”, salientou o médico.

Centros de tratamento

De acordo com o levantamento da SBM, nos 11 principais centros de tratamento de doenças mamárias da rede pública do Rio de Janeiro, por exemplo, houve redução ou suspensão de 20% nas cirurgias oncológicas e suspensão das reconstruções mamárias em seis unidades. Já as sessões de radioterapia não estão sendo realizadas em oito centros e apenas uma unidade suspendeu os atendimentos ambulatoriais de mastologia. Nas demais unidades, esses atendimentos estão restritos às consultas de acompanhamento e de doenças benignas. A triagem em pacientes oncológicas com suspeita de covid-19 está sendo realizada em oito das 11 unidades.

Em Santa Catarina, a redução foi de 75% em março e abril nos atendimentos ambulatoriais e cirúrgicos. Em Minas Gerais, na Santa Casa de Belo Horizonte, principal unidade de atendimento para câncer de mama, a demanda caiu 40% entre janeiro e abril de 2020, em comparação ao mesmo período do ano passado. As cirurgias tiveram queda de 28%.

Vilmar Marques manifestou preocupação com essa situação, tendo em vista que a telemedicina, que é uma estratégia para a rede privada durante a pandemia, não está disponível no SUS. “A preocupação da SBM é com o câncer de mama. Mas os hospitais têm de se reestruturar, de toda sorte que eles possam continuar atendendo as pacientes com os outros agravos à saúde”.

O especialista destacou ainda a necessidade de esclarecer às mulheres com câncer de mama que elas não deixem de ir à consulta, mas ao contrário, que procurem seus médicos e a assistência à saúde, “porque esta doença é tão mortal ou mais que a própria covid”.

Marques salientou que, no Brasil, se a taxa de mortalidade da covid-19 está em torno de 5%, no câncer de mama, com diagnóstico precoce, você oferece 95% de chance de cura. “Ao diagnóstico precoce, ela já tem a taxa de mortalidade similar à da covid. Obviamente, não vai ser de imediato, mas ao longo dos próximos cinco a dez anos. Mas ela vai morrer de câncer de mama e você deixa de ofertar a cura”, alertou o presidente da SBM.

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-05/pandemia-reduz-procura-no-atendimento-por-cancer-de-mama

Postado por Antônio Brito 

Após paralisação, clubes retomam treinos coletivos na Espanha

Os clubes espanhóis foram autorizados hoje (18) a retomar os treinos coletivos, pelo presidente presidente da La Liga, Javier Tebas, após a liberação pelo governo para a prática de atividades esportivas em grupo. Já pela manhã, o Barcelona retornou as atividades no CT Joan Gamper, em Sant Joan Despí, município próximo à Barcelona. A recomendação da Liga espanhola é de que os coletivos presenciais reúnam apenas de jogadores, e todos devem respeitar as orientações das autoridades sanitárias, para evitar o contágio pelo novo coronavírus (covid-19)..  As equipes do Real Madrid e do Atlético de Madrid também realizaram os primeiros treinos em grupo nesta segunda (18).

Barcelona faz primeiro treino coletivo após a paralisação do campeonato espanhol, devido à pademia de covid-19 - Twitter/FC Barcelona /Direitos reservados

Por conta da pandemia de covid-19, o campeonato espanhol foi suspenso no dia 12 de março. O retorno dos treinamentos em grupo é mais uma etapa rumo ao reinício da competição, previsto para 12 de junho, primeiramente sem a presença de público nos estádios. Em entrevista à agência Reuters, o presidente da La Liga - entidade que organiza o campeonato espanhol - adiantou como imagina as próximas rodadas.  

“Haverá futebol todos os dias. É o que eu espero. Não devemos ter problemas para jogar às segundas-feiras, nas onze rodadas que restam", disse presidente da La Liga, organizadora da competição. E acrescentou: "Espero que a Federação Espanhola de Futebol tenha alguma posição sobre isso, porque é muito importante que possamos oferecer futebol às nossas emissoras nacionais e internacionais, e fãs de todo o mundo, o maior  número de dias, para garantir o menor dano possível".

O campeonato espanhol parou na 28ª rodada, quando o Barça ocupava a liderança da tabela, com 58 pontos, seguido do Real Madrid, com 56 pontos.

Edição: Cláudia Soares Rodrigues

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/esportes/noticia/2020-05/apos-paralisacao-clubes-retomam-treinos-coletivos-na-espanha

Postado por Antônio Brito 

Comunicado oficial: Unificação dos Turnos do Campeonato Brasileiro de Voleibol Sentado Feminino 2020

A Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD), informa que o Campeonato Brasileiro de Voleibol Sentado Feminino 2020, será realizado em um único turno. Cancelando assim, devido às incertezas causadas pela pandemia do Covid-19, o 1º Turno que aconteceria entre 23 a 28 de junho de 2020.

A decisão foi tomada por ainda não haver uma previsão de retorno das atividades esportivas neste ano.

 Leia documento oficial completo

Fonte  http://cbvd.org.br/noticia/comunicado-oficial-unificacao-dos-turnos-do-campeonato-brasileiro-de-voleibol-sentado-feminino-2020/

Postado por Antônio Brito 

'Há um mês não vejo minha filha': enfermeiros vivem rotina de longas jornadas, baixos salários e, agora, solidão

Mulheres são 86% dos profissionais de enfermagem no Brasil — Foto: Carlos Jasso/Reuters

Braulita Braga está há um mês e meio sem ver a filha, Luize.

Desde que a pandemia de Covid-19 chegou à cidade de Fortaleza, a enfermeira está isolada da família — inclusive dos pais, com quem costumava almoçar sempre que os horários pouco convencionais que a profissão permitia.

Com 20 anos de experiência como intensivista, trabalhando dentro de UTIs, ela se divide entre dois hospitais da rede privada na capital cearense.

Foi Luize, que completou 17 anos no último dia 25 de abril, que decidiu se mudar temporariamente para a casa "da mãezinha e do paizinho", como chama os avós, para poupar a mãe de mais uma preocupação.

"Eu sinto saudade... ela me liga às vezes chorosa. Fico com o coração pequeno, me dá uma certa angústia — mas ao mesmo tempo força, porque eu sei que tudo isso vai acabar. Precisa acabar."

Braulita faz parte de um exército de mais de 1 milhão de profissionais de enfermagemque estão na linha de frente contra o novo coronavírus. Histórias como as dela têm se repetido com frequência durante a pandemia.

Com medo de infectar os familiares, muitos desses profissionais se isolaram e têm vivido nas últimas semanas uma mistura de angústia e solidão. À sobrecarga emocional — que vem do temor de ser infectado, da hostilidade por que muitos passam no transporte público ou mesmo em casa, pelo companheiro — se somam o esgotamento que vem do trabalho em si e, em muitos casos, a alta exposição ao risco representado pelo novo coronavírus.

Na estimativa mais recente da Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), cerca de metade dos 2,3 milhões de enfermeiros, técnicos e auxiliares registrados no país estão atuando nos hospitais e unidades de saúde no combate à doença neste momento.

É o maior grupo de profissionais que lidam com a doença — para se ter uma ideia, há no Brasil, ao todo, cerca de 400 mil médicos.

Cento e oito profissionais de enfermagem já morreram por Covid-19
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Cento e oito profissionais de enfermagem já morreram por Covid-19

Os profissionais de enfermagem são em sua maioria absoluta mulheres — 86,6% do total, de acordo com a pesquisa Perfil da Enfermagem no Brasil, realizada em 2015 pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz.

A predominância tem sido destacada pela Organização Mundial do Trabalho (OIT) em seus últimos relatórios de acompanhamento da pandemia de Covid-19 por conta da inserção desse grupo no mercado de trabalho.

São as mulheres muitas vezes as responsáveis pela criação dos filhos — quando estão separadas ou mesmo juntas dos companheiros. Com frequência, elas também acabam assumindo a maior parte das tarefas domésticas.

Segundo a OIT, as mulheres gastam em média quase 4 horas e meia por dia em chamados "trabalhos não remunerados" — o cuidado com a casa e com a família, por exemplo —, enquanto os homens despendem cerca de uma hora e 20 minutos nessas mesmas funções.

Menos de dois salários mínimos

No Brasil, além da dupla ou tripla jornada, os profissionais de enfermagem também convivem com baixos salários.

Mais de 60% ganham menos de R$ 2 mil por mês (62,2%) e mais de um terço (38,7%) têm jornadas superiores a 41 horas semanais. Cerca de 3,5% recebem mais de R$ 5 mil por mês.

"E não há muita diferença entre quem é formado e quem tem nível médio ou técnico", acrescenta a socióloga, que coordenou o Perfil da Enfermagem no Brasil e estuda as profissões ligadas à saúde há mais de 20 anos.

Os profissionais da enfermagem assistiram a um processo de achatamento salarial nas últimas décadas em uma magnitude que os colegas médicos, odontólogos e fisioterapeutas não experimentaram, acrescenta ela.

As razões para isso vêm da própria estrutura da carreira. O fato de concentrar um enorme contingente de trabalhadores — que poderia aumentar o poder de barganha da categoria — muitas vezes joga contra no momento da negociação de reajustes.

No caso do setor público — o maior empregador, englobando cerca de 55% dos profissionais da área —, os gestores municipais e estaduais alegam com frequência que aumentos salariais mais expressivos não cabem nos cofres públicos.

No Brasil, mais de 10 mil profissionais de enfermagem foram afastados com Covid-19 — Foto: EPA

No Brasil, mais de 10 mil profissionais de enfermagem foram afastados com Covid-19 — Foto: EPA

A isso se une o fato de a profissão ser bastante "institucionalizada", diz a pesquisadora. Ou seja, os profissionais de enfermagem dificilmente conseguem trabalhar fora dos hospitais e contornar a rotina de plantões e dos pagamentos "tabelados".

A situação não se restringe ao Brasil. "É uma vocação da América Latina pagar mal os enfermeiros", ressalta Maria Helena. Na Europa e nos Estados, acrescenta, o diferencial de rendimentos entre médicos e enfermeiros é significativamente menor.

Como resultado, grande parte dos profissionais da enfermagem no país tem dois ou três empregos e faz jornadas semanais que vão muito além das 40 horas.

Entenda algumas das expressões mais usadas na pandemia do covid-19
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Entenda algumas das expressões mais usadas na pandemia do covid-19

Altas taxas de infecção

Até o dia 6 de maio, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) contabilizava mais de 10 mil enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem afastados por Covid-19 no país.

As mortes chegam a 88, o dobro do registrado na Itália.

Para a instituição, os números refletem a escassez de equipamentos de proteção individual para os profissionais. Nas últimas semanas, o Cofen recebeu milhares de denúncias de todo o país.

Uma delas veio de uma enfermeira em Campinas (SP) que vinha recebendo uma máscara cirúrgica por turno de trabalho — as máscaras comuns devem ser trocadas de duas em duas horas ou quando ficarem úmidas.

"O avental também não tinha a gramatura apropriada para evitar que as gotículas passassem", diz ela, que trabalhava em um serviço de ambulâncias e, após se queixar das condições de trabalho, foi desligada da empresa.

A entidade chegou a entrar com ações civis públicas para garantir afastamento de profissionais da rede pública e privada que estavam em grupo de risco e lidavam diretamente com pacientes infectados.

Mesmo quem conta com todo o aparato adequado de EPI, contudo, tem vivido uma rotina de angústia.

"Na hora de tirar é uma tensão, porque a hora da contaminação é quando a gente tira os EPIs", diz Braulita.

Dias depois de conversar com a reportagem, a enfermeira foi afastada com sintomas levas de Covid-19 e espera para fazer o teste diagnóstico.

"As pessoas precisam se conscientizar da gravidade do problema. O que nós estamos vivendo é uma pandemia, gente. Fiquem em casa, quem puder. A doença hoje não escolhe idade, não são só os idosos que adoecem. A gente está perdendo tanta gente nova por falta de cuidados, por falta de conhecimento, às vezes por não querer acreditar que tudo isso está acontecendo", desabafa Braulita.

"Fiquem em casa. Não é fácil pra vocês, mas também não é fácil pra gente que está na linha de frente", conclui.

Médica infectada pelo coronavírus conta sua experiência em diário
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Médica infectada pelo coronavírus conta sua experiência em diário.

Fonte  https://glo.bo/2WDWSyn

Postado por Antônio Brito 

Auxílio emergencial: Caixa pode se comunicar com beneficiários por WhatsApp?

Nas últimas semanas, beneficiários do auxílio emergencial federal têm ido às redes sociais mostrar prints de conversas por WhatsApp com a Caixa Econômica Federal. Banco responsável pelo repasse do valor de R$ 600 de renda emergencial em meio à pandemia, a Caixa respondeu perguntas sobre como é essa comunicação.

Segundo a Caixa, o acesso ao app Caixa Tem – aplicativo no qual o beneficiário recebe uma conta poupança digital, depois do cadastro no Caixa Auxílio Emergencial – tem etapas de identificação e validação de dados e, em alguns casos, o cliente é redirecionado a um atendimento via WhatsApp pelo qual realiza procedimentos de validação.
O número pode ser também adicionado à sua lista de contatos do WhatsApp: 0800 726 0104. O atendimento pode ser automático ou com funcionários, de acordo com a necessidade dos beneficiários e dependendo do nível de complexidade de cada caso.
Além do atendimento sobre auxílio emergencial, o banco pode responder clientes pelo WhatsApp sobre os assuntos de negociação de dívidas, renovação de penhor, pausa no financiamento habitacional, pausa em empréstimo comercial e serve também para falar com o gerente da sua conta corrente ou poupança.

Fonte  https://odia.ig.com.br/economia/2020/05/5917058-auxilio-emergencial--caixa-pode-se-comunicar-com--beneficiarios-por-whatsapp.html#artigocompleto

Postado por Antônio Brito 

decretar lockdown em todo o Estado e Município do Rio

O Ministério Público determinou que em 72h, além de decretar lockdown em todo o Estado e Município do Rio, a Prefeitura deve garantir a ampliação do programa Cartão Família Carioca. Foi aliás, com essa preocupação de manter as pessoas em casa, mas garantir uma renda para que os mais vulneráveis não passem fome, que criamos a Lei que determina que seja complementada uma renda até que forme um salário mínimo (R$ 1.045,00) para as pessoas que receberam o auxílio emergencial do Governo Federal. Infelizmente, o Prefeito Crivella não sancionou e a lei foi vetada, voltando para a Câmara para que possa ser ordenada a sua publicação! #LuNaLuta

#PraCegoVer: um card com a foto de uma pessoa segurando o cartão família carioca e abaixo um trecho da matéria do Jornal O Dia falando da determinação do Ministério Público.
Fonte  https://www.facebook.com/424017077637566/posts/3064851640220750/

Postado por Antônio Brito 

Farmácia de Pernambuco realiza entrega em domicílio dos medicamentos para usuários

Pacientes beneficiados fazem parte dos principais grupos de risco para a Covid-19

Com o intuito de evitar a aglomeração de pessoas e preservar pacientes que são dos grupos de risco para a Covid-19, a Farmácia de Pernambuco iniciou, desde o mês de abril, entregas em domicílio de medicamentos para os usuários cadastrados em quatro grupos de doenças contempladas pelos Programas da Diretoria Geral de Assistência Farmacêutica (Dgaf) e residentes no Grande Recife. A iniciativa é resultado de força-tarefa das Secretarias Estaduais de Saúde (SES-PE), Desenvolvimento Econômico (Sdec), de Administração (SAD), além do Complexo Portuário Industrial Portuário de Suape e da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper). Mais de 2,3 mil pacientes já receberam seus medicamentos sem sair de casa. 

Já foram entregues medicamentos para pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), asma grave, transplantados, doença de Alzheimer, saúde mental, artrites, lúpus e esclerose. O próximo passo é a inclusão dos pacientes diagnosticados com glaucoma. “Pensamos em estratégias que contemplassem uma boa parte das doenças e que impactam o cotidiano das pessoas e com maior volume de usuários cadastrados, beneficiando aqueles que fazem parte do grupo de risco e são mais vulneráveis para o novo coronavírus. Cerca de 2,3 mil pacientes já foram beneficiados com esta ação”, explica a gerente de organização das unidades da Farmácia de Pernambuco, Amanda Figueiredo.

Os usuários que receberão o medicamento em casa são avisados previamente por ligação telefônica efetuada pela equipe da Farmácia de Pernambuco, evitando, assim, o deslocamento desnecessário à Farmácia de Pernambuco para retirar o medicamento. Desde o início das entregas, a equipe da Farmácia se depara com a seguinte situação: alguns usuários se negam a receber as medicações por acreditar que a iniciativa se tratava, na verdade, de um golpe. “Todos os usuários estão sendo avisados com antecedência sobre a entrega dos seus medicamentos em domicílio. É importante que os pacientes fiquem atentos às nossas ligações e a chegada dos motoristas em suas residências para receber os insumos. Os pacientes podem ficar tranquilos que esta é uma iniciativa oficial, articulada pelo Governo de Pernambuco, e não se trata de golpe”, ressalta a gerente da Farmácia. 

As entregas são divididas por bairros e acontecem de segunda a sexta, das 8h às 17h. O trabalho é feito por cerca de 10 equipes dos órgãos envolvidos na mobilização, nos carros oficiais do Governo de Pernambuco. Os funcionários, que foram realocados de seus setores, foram divididos em duplas para otimizar a entrega (enquanto um funcionário entrega o fármaco ao paciente na porta de casa, o outro dirige o veículo). São realizadas por dia, em média, entregas para cerca de 130 pacientes. 

Todos os motoristas envolvidos na ação recebem kit com equipamento de proteção individual (EPI) e álcool em gel. O grupo também participa, periodicamente, de capacitações com a área técnica da SES-PE, recebendo as principais orientações sobre uso adequado do EPI e do álcool em gel, além de informes sobre o manuseio e transporte dos medicamentos.

Fonte  https://www.saudeebemestarpe.com/single-post/2020/05/15/Farmácia-de-Pernambuco-realiza-entrega-em-domicílio-dos-medicamentos-para-usuários

Postado por Antônio Brito 

Aplicativo Atende em Casa já realizou mais de 20 mil teleorientações

Mais 11 municípios do Agreste e do Sertão passam a ser assistidos, a partir das 14h deste sábado (16/05), pelo aplicativo Atende em Casa, resultado de uma parceria entre o Governo de Pernambuco e a Prefeitura do Recife. Ao todo, são mais 279 mil beneficiados das cidades de Betânia, Calumbi, Carnaubeira da Penha, Flores, Floresta, Itacuruba, Santa Cruz da Baixa Verde, São José do Belmonte e Triunfo, na área da XI Gerência Regional de Saúde (Geres); e Alagoinha e Santa Cruz do Capibaribe, na IV Geres. Com isso, sobe para 46 municípios e 5,3 milhões de pessoas da Região Metropolitana do Recife (RMR), Zona da Mata, Agreste e Sertão, incluso o arquipélago de Fernando de Noronha, com acesso à tecnologia, que orienta usuários com sintomas de gripe.

O Atende em Casa tem o objetivo de passar orientações para a população, seja para manter o isolamento domiciliar ou, após uma teleorientação feita por profissional de saúde, fazer a busca qualificada por um serviço de saúde mais próximo da sua casa. A ferramenta já conta com mais de 60,7 mil usuários cadastrados. Até a última quinta-feira (14/05), foram realizadas 20.018 mil teleorientações, com 7,4 mil chamadas de vídeo com um profissional. Ao todo, mais de 6,7 mil foram orientados a procurar uma unidade de saúde e mais de 11,9 mil a permanecer em isolamento domiciliar.

O aplicativo, disponível pelo site www.atendeemcasa.pe.gov.br e para smartphones com sistema Android, permite que médicos, enfermeiros ou residentes médicos façam videochamadas e orientações aos usuários. Mais de 100 profissionais de saúde foram treinados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), responsável por coordenar os atendimentos fora do Recife, para atuação no Atende em Casa, reforçando as escalas de plantão. Os profissionais recebem orientações quanto ao uso do aplicativo, protocolos clínicos da Covid-19 e fluxo de atendimento nas unidades de saúde.

Confira a lista completa das cidades beneficiadas com o Atende em Casa: Recife, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Paulista, Cabo de Santo Agostinho, São Lourenço da Mata, Camaragibe, Moreno, Itapissuma, Ipojuca, Ilha de Itamaracá, Igarassu, Araçoiaba, Abreu e Lima, Chã de Alegria, Glória de Goitá, Pombos, Fernando de Noronha, Chã Grande, Vitória de Santo Antão, Goiana, Caruaru, Garanhuns, Serra Talhada, Arcoverde, Palmares, Ouricuri, Petrolândia, Tupanatinga, Custódia, Sertânia, Araripina, Venturosa, Inajá, Jatobá, Betânia, Calumbi, Carnaubeira da Penha, Flores, Floresta, Itacuruba, Santa Cruz da Baixa Verde, São José do Belmonte, Triunfo, Alagoinha e Santa Cruz do Capibaribe.  

Fonte  https://www.saudeebemestarpe.com/single-post/2020/05/16/Aplicativo-Atende-em-Casa-já-realizou-mais-de-20-mil-teleorientações

Postado por Antônio Brito