A Secretaria de Políticas Para Mulheres (SPM) e a Empresa Sorriso, firmam parceria para enfatizar a Lei n°75/2011, que coloca em vigor o direito a parada do ônibus mais próximo a residência das mulheres depois das 22h. No mês da mulher a Secretaria tem trabalhado para assegurar mais uma ação de prevenção à violência contra mulher.
Com a medida, pretende-se ampliar a divulgação da legislação que garante esse direito, esse é um dos objetivos da SPM, realizar ações voltadas a prevenção. Sabe-se que o número de crimes de feminicídio acontecem no período noturno, esse direito assegura um pouco mais de segurança para as mulheres, em uma cidade que muitas trabalham a noite, nas empresas que tem três turnos e demais trabalhos, com horários diferenciados.
“Resolvemos trazer esse assunto, em função do nosso trabalho de prevenção a violência doméstica, foi nesse intuito que procuramos a Empresa Sorriso, no mês de março para realizarmos a parceria por ser o mês de luta pelos direitos da mulher. Colocando a lei nos ônibus, redes sociais, nos mupis, essa foi a parceira, deixar esses espaços para colocarmos o informativo, divulgando a lei, para que as mulheres tenham conhecimento”, explica Larissa Ribeiro, secretária da SPM.
“A lei já está em vigor no município desde 2011, mas a adesão da mesma ainda é baixa, acreditamos que isso aconteça por falta de conhecimento da mesma, dessa forma resolvemos realizar essa campanha de divulgação. Os motoristas relatam que quando solicitado a parada é feita, desde que siga os critérios para o desembarque”, ressaltou a secretária. Como funciona?
Os ônibus não mudam suas rotas, mas podem parar entre os pontos, de uma maneira que não atrapalhe o trânsito e seja seguro para os usuários. Esse pedido é feito ao motorista da rota com antecedência, a parada fora do ponto pode ser realizada após as 22h. É importante destacar, que o trânsito não será prejudicado, sendo assim, as paradas não ocasionaram acidentes, ou atrapalharam os demais usuários.
Este é um trabalho de conscientização, pois algumas sabem da lei, o intuito é que ao entender a medida, elas peçam e usufruem desse direito, pois isso é cumprido sempre que solicitado.
“Acreditamos que com essa ação as mulheres possam estar mais seguras na rua, pois estarão mais próximas de suas residências, principalmente aquelas que possuem medida protetiva, pois muitos agressores conhecem a rotina das mulheres”, conclui Larissa.
Fonte: Secom/Pref. de Toledo
Uma pesquisa encomendada pelo Ministério Público do Trabalho em São Paulo e realizada pelo Ibope, revelou que a pessoa com deficiência que vive na capital paulista ou na região metropolitana ainda sofre preconceito no trabalho. De acordo com a pesquisa, 69% dos entrevistados informaram que já vivenciaram ou presenciaram algum tipo de discriminação, bullying, rejeição, assédio moral e sexual, isolamento ou até violência física no ambiente de trabalho. A maior parte dos casos se refere a episódios envolvendo discriminação, bullying e rejeição, apontada por mais de 38% em cada um desses casos.
“As pessoas que foram entrevistadas ou já sofreram ou presenciaram violências diversas dentro do ambiente de trabalho, que vão desde o assédio moral ao bullying ou isolamento ou até mesmo violência física, que foi citada na pesquisa. Esse é um dado que impressiona, é um percentual alto e são situações que não deveriam acontecer no ambiente de trabalho”, disse Elisiane Santos, procuradora do Ministério Público do Trabalho, em entrevista à Agência Brasil.
“É importante não só fazer a empregabilidade e a inclusão [da pessoa com deficiência], mas que essa inclusão seja efetiva, que o acesso ao trabalho se dê de forma digna e não exista essa discriminação com relação ao trabalhador com deficiência”, alertou.
Segundo Elisiane, o resultado da pesquisa é confirmado com as denúncias que são recebidas constantemente pelo Ministério Público do Trabalho, a maioria relacionada a assédio. “Muitas vezes a gente não recebe a denúncia dessa forma. A gente recebe outras denúncias, sobre diferentes irregularidades e, em depoimentos para entender aquela situação que ocorre na empresa, recebemos relatos de um trabalhador que menciona uma discriminação que ocorre no trabalho em face do trabalhador ter algum tipo de deficiência”, disse.
Sem promoção e sem aumento
A maioria dos entrevistados da pesquisa também aponta que nunca foram promovidos (77%), nem receberam aumento em seus salários por seu desempenho (70%) e sequer fizeram cursos de qualificação oferecidos pela empresa (68%). Duas em cada três pessoas com deficiência em São Paulo disseram ainda que nenhuma adaptação foi feita em seus locais de trabalho para que elas possam trabalhar com melhor qualidade.
Para essas pessoas, a maior dificuldade enfrentada no mercado de trabalho atualmente é o baixo salário (15%), seguido pela dificuldade de comunicação (11%), falta de um plano de carreira (9%) e ausência de promoção ou aumento de salário (9%).
Além disso, mais da metade delas (52%) não está trabalhando no momento e apenas 31% são assalariadas com carteira assinada. Entre as que estão trabalhando, 62% ocupam cargos operacionais, enquanto 14% têm um cargo gerencial. Mais da metade dos que trabalham ocupam funções no setor de comércio (54%), seguido por atividade social (19%) e prestação de serviços (15%).
“Mais da metade das pessoas que nós entrevistamos estão fora do mercado de trabalho. Dois em cada dez nunca trabalharam, o que é um percentual relevante também. No geral, não há falta de pessoas com deficiência querendo trabalhar. Mas precisamos aprender a valorizar as qualidades. O fato da pessoa ter uma deficiência não significa que ela não consegue atuar”, disse Patricia Pavanelli, diretora de Contas da Área de Opinião Pública, Política e Comunicação do Ibope Inteligência.
Outro aspecto apontado pela pesquisa é que os entrevistados avaliam que o mais importante quando se fala em oportunidade de emprego é o plano de carreiras (18%), seguido pela vaga compatível com o perfil (14%), o salário (13%) e a acessibilidade dentro da empresa (12%). “O trabalho para essas pessoas significa dignidade, autonomia financeira e possibilidade de uma vida melhor”, disse Patricia.
Lei de Cotas
A pesquisa Pessoas com Deficiência e o Mercado de Trabalhou apontou ainda que nove em cada dez entrevistados (89%) apontaram a Lei de Cotas (lei de contratação de deficientes nas empresas) como importante para o ingresso das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. E para 82%, a Lei de Cotas ainda contribuiu para aumentar o poder aquisitivo das pessoas com deficiência.
“A Lei de Cotas é fundamental na vida dessas pessoas. A pesquisa demonstra o quanto ela ajuda a dar visibilidade às pessoas com deficiência, a luta pela igualdade e a promoção dessas pessoas no mercado de trabalho”, disse Patrícia.
Deslocamento
Para se deslocar para o seu local de trabalho, as pessoas com deficiência gastam, em média, cerca de 2 horas e 38 minutos por dia, considerando ida e volta. Quase a totalidade dessas pessoas utiliza o transporte público (93%). “Essa é uma pesquisa de percepção. Mas pesquisas com a população em geral mostram que vem diminuindo um pouco o tempo de deslocamento na cidade de São Paulo, que gira em torno de duas horas. E com essa população [de pessoas com deficiência] estamos falando em quase duas horas e quarenta minutos. A maior parte dos entrevistados mora nas zonas leste e sul da capital paulista, que são as zonas mais populosas da cidade. Mas os trabalhos estão localizados na zona central. Isso demonstra que, assim como a população em geral, a pessoa com deficiência tem mais dificuldade na questão da locomoção”.
A pesquisa ouviu 510 pessoas da cidade de São Paulo e região metropolitana, entre julho e setembro do ano passado.
No Dia da Mulher, Folha relata histórias de resistência em prol da igualdade de gênero e melhores condições às pessoas com deficiência.
“Ser torcedora é onde eu existo”, diz Catharina GaldinoFoto: Léo Malafaia
Quisera um dia dizer que o Dia Internacional da Mulher não passara de uma desculpa para descrever o quão maravilhosas, autossuficientes e livres elas são. Quisera Catharina que o assédio sofrido na caminhada às arquibancadas do Arruda fosse aceno ao retorno do Romantismo em uma breve história poetizada sobre os corpos femininos. Quisera Renata poder ter acesso a qualquer setor da Ilha do Retiro, sem impedimentos. Quisera Natália que nos Aflitos as batalhas fossem restringidas às enfrentadas dentro de campo. Quisera todas elas que as arquibancadas, finalmente, fossem pensadas como reduto à loucura que é ser torcedora e mulher com deficiência apaixonada por futebol.
A Folha de Pernambuco conversou com torcedoras com deficiência de Santa Cruz, Sport e Náutico. Em meio aos contratempos enfrentados nos jogos, elas contaram um pouco da paixão que fazem de seus clubes uma razão suficiente para viver. “Ser torcedora é onde eu existo”, arrematou Catharina Galdino, logo nos primeiros minutos de conversa. “O dia 8 de março representa um dia de luta. E para mim é diferente, porque tem a questão da integridade física, não só como mulher, mas também como pessoa com deficiência”, completou.
A torcedora de 27 anos tem mielomeningocele, uma má formação congênita na coluna vertebral, que ocorre ainda na gravidez, afetando, entre outras partes do corpo, a medula e os nervos. O músculo das duas pernas dela são atrofiados, as pernas não esticam e algumas partes do corpo perderam a sensibilidade. O cotidiano cercado por idas ao hospital escancaram a realidade carregada pela tricolor, que também luta para afastar qualquer ideia romantizada sobre pessoas com deficiência.
“Não somos heróis. Não é porque eu quero superar, é porque eu preciso. A superação é a única opção”, enfatiza. Como parte do que o destino viria a reservar, escolheu o Santa Cruz como time do coração no que recorda ser um de seus primeiros atos de resistência, ainda muito jovem, na beirada dos cinco anos de idade. “Eu via meu irmão torcendo com o meu pai, toda aquela vibração. Aí, eu decidi: vou ser Santa Cruz”.
A agradável imposição sobre si mesma teve como referência o pai e o avô paterno. “Minha lembrança de infância é meu avô sentado na calçada, no Ibura, com a camisa do Santa, em uma cadeira de plástico escutando o radinho”, descreveu. O medo da violência nos arredores do estádio, entretanto, foi um obstáculo que por muito tempo adiou seu encontro com o José do Rego Maciel, somente até conhecer o Movimento Coralinas - coletivo feminista criado por torcedoras corais. Ela, então, resolveu embarcar em mais um desafio na vida, também como forma de fortalecer eternamente os laços com o pai através do Santa Cruz.
“Fui muito abraçada por todo mundo e é também uma forma de representar meu pai, porque ele não está mais aqui, então eu sou os olhos dele dentro do estádio, vibrando. É como se eu estivesse dando continuidade à história dele. O Santa Cruz foi a herança de maior valor que ele me deixou”. Invisibilização
O incentivo dentro de casa também foi ponto crucial para a alvirrubra Natália Rosa mergulhar no futebol. Jornalista e pós-graduanda em jornalismo esportivo, a torcedora, que é natural de São Paulo, se identificou como alvirrubra aos nove anos. “Quando eu cheguei aqui comecei a assistir aos jogos e me interessei muito pela história do Náutico. Pela vontade de vitórias do time, pela torcida e meu pai também me incentivou muito”, explicou. Para Natália, se enxergar como torcedora é um desafio.
A jornalista de 28 anos também nasceu com mielomeningocele, e utiliza botas e muletas que a ajudam a andar. Foi também no ano passado que a alvirrubra colocou os pés nos Aflitos pela primeira vez, para a sorte do Timbu, que na ocasião venceu o Afogados por 2x0, pela semifinal do Campeonato Pernambucano. “A maior dificuldade que eu tive foi para entrar no estádio”, relatou. Ela contou que precisou procurar o local de entrada mais acessível e reclamou da falta de empatia e comunicação das pessoas.
“As mulheres com deficiência ainda são muito invisibilizadas, ainda mais em uma sociedade que é tão machista e não nos enxerga como mulheres. Muitos direitos que estamos lutando há anos ainda não chegaram em nós, e no futebol, as pessoas acham que uma mulher com deficiência nunca vai chegar em um estádio”, ressalta. A esse tipo de pensamento, a torcedora do Timbu responde simplesmente vivendo a vida, em uma via única de amor com o time da Rosa e Silva. "O Sport precisa de mim"
A história das três torcedoras têm um ponto em comum: a figura paterna como incentivadora do gosto pelo futebol. Renata Rangel, 35, uma das fundadoras do Movimento Elas e o Sport, coletivo que luta pelo reconhecimento da presença feminina na Ilha do Retiro, também passou por esse processo. “Meu pai conta que me levou à Ilha aos três anos de idade e, na hora de voltar para casa, eu dizia que queria ficar no cazá, cazá”, relembra aos risos. “Meu grande sonho é fazer ele voltar a frequentar à Ilha”.
Com o passar do tempo, seu companheiro de brasão deixou de ir ao estádio e, consequentemente, a torcedora, que tem artrite reumatóide e desde os nove anda sobre cadeira de rodas, também se viu afastada dos jogos do Leão. “Minhas amigas foram grandes incentivadoras para o meu retorno à Ilha, desde 2014”, diz orgulhosa. Embora os obstáculos sejam lembrados, foi justamente da persistência que Renata tirou forças para conseguir mudanças estruturais na casa leonina. “Em 2015, a área de acessibilidade ficava perto do escanteio das sociais, sendo que a visibilidade do jogo era horrível. Um dia um amigo, também cadeirante, gravou um vídeo mostrando isso. A gente jogou nas redes sociais e o Sport fez uma nova área, que fica no meio das sociais”, exalta.
“É muito importante que eu esteja lá para que o Sport ganhe. É inexplicável o sentimento que eu tenho. Procuro sempre estar ajudando o clube, seja no estádio ou nas redes sociais. Eu sei que o Sport precisa de mim e pronto. Hoje o meu maior obstáculo é aguentar o time (risos)”. O dia 8 de março traz à tona memórias, sentimentos e paixões. No contexto do futebol, é ainda mais uma razão para dar continuidade à luta por igualdade, sem limites para amar o clube que escolheu como seu.
“Ser torcedora é a minha grande vitória pessoal. O Sport é necessário para a minha evolução, como pessoa, como torcedora, para o meu tratamento. É evolução humana”. Posicionamento dos clubes
Os três estádios da capital recifense possuem espaços reservados para pessoas com deficiência, apesar de não serem suficientes para atender a todos. A estrutura arcaica de Arruda (1972) e Ilha do Retiro (1937), no entanto, não tiram das costas dos clubes a responsabilidade de popularizarem os assentos. Entre os três, os Aflitos é o que contém maior número de espaços, desde a reforma do estádio.
No Arruda, o único espaço reservado fica na área centralizada das sociais. Os demais aposentos do estádio não dispõe da mesma estrutura. Sem revelar detalhes, o diretor da Comissão Patrimonial do Santa Cruz, João Caixeiro, disse que o clube criou um projeto voltado à expansão de espaços de acesso no estádio, agora em análise na Prefeitura do Recife, mas ainda sem prazo para ser aplicado. A entrada para cadeirantes é gratuita. Os demais pagam meia-entrada.
Assim como o José do Rego Maciel, a Ilha do Retiro concentra o único espaço reservado às pessoas com deficiência no setor social. O diretor da Comissão Patrimonial da agremiação rubro-negra, Otávio Coutinho, revelou não existir previsão para que um projeto de expansão dos acessos seja idealizado, tampouco posto em prática. Pessoas com deficiência tem entrada gratuita garantida na casa do Leão.
Com o estádio reformado desde 2019, o Náutico dispõe de dois espaços reservados nas sociais, um em cada extremidade; dois locais no setor vermelho, um no setor Hexa e um espaço no setor Caldeirão. De acordo com o presidente da comissão de reforma do Eládio de Barros Carvalho, Luiz Felipe, o clube está trabalhando “para melhorar as condições dos espaços”.
“Ser torcedora é onde eu existo”, diz Catharina GaldinoFoto: Léo Malafaia.
O ministro da Saúde e Solidariedade da França, Olivier Veran, e o imunologista Jean-Francois DelfraissyImagem: Ludovic Marin/Pool via Reuters
O ministro da Saúde francês, Olivier Véran, alertou hoje contra o uso de ibuprofeno em pessoas infectadas com o coronavírus. Segundo ele, esse tipo de medicamento pode agravar a pneumonia causada pelo Covid-19. Apesar das recomendações do governo, que pediu o adiamento de manifestações públicas com mais de 100 pessoas, os coletes amarelos voltaram às ruas em várias cidades francesas.
"Tomar medicamentos anti-inflamatórios (ibuprofeno, cortisona e outros) pode agravar a infecção. Em caso de febre, tome paracetamol. Se você já está tomando medicamentos anti-inflamatórios ou em caso de dúvida, pergunte ao seu médico", disse o ministro na sua conta no Twitter.
O ibuprofeno - vendido sob esse nome no Brasil e outras denominações comerciais, como Advil, Alivium ou Ibuflex - provavelmente agravará infecções já existentes e poderá gerar outras complicações. Segundo o ministro francês, vários médicos mencionaram casos de pacientes jovens infectados pelo Covid-19, sem outras patologias conhecidas, que se encontraram em estado grave depois de tomar ibuprofeno para baixar a febre provocada pela nova gripe.
Com mais de 3.600 casos confirmados no país e 79 mortes, Véran, que é médico, insistiu que "estamos no início de uma epidemia de um vírus desconhecido". Ele instou toda a população "a modificar rigorosa e escrupulosamente de comportamento, para se proteger individualmente e também de forma coletiva.
Os hospitais de Paris "nunca enfrentaram um fenômeno de tal magnitude", disse hoje o diretor-geral dos hospitais públicos de Paris, Martin Hirsch. Em entrevista ao jornal Le Monde, Hirsch relatou que dos cerca de 900 testes de triagem do Covid-19 realizados na sexta-feira (13) na capital francesa, cerca de 20% deram positivo. Hirsch descreveu uma situação "inédita" e "complexa", mas tranquilizou os parisienses assegurando que as equipes dos hospitais públicos estão prontas para receber novos pacientes. "Pode haver um aumento de casos graves de 20% a 30% por dia", o que "representaria 400 pacientes que necessitam simultaneamente de cuidados intensivos na região de Île-de-France [onde fica a capital] dentro de dez a quinze dias", prevê o diretor-geral.
Coletes amarelos desafiam recomendações das autoridades
A França registrou neste sábado um primeiro caso da infecção no sistema penitenciário. Um detento do presídio de Fresnes (região parisiense) de 74 anos contraiu o novo Covid-19. Pela idade avançada, o presidiário esteve em uma célula individual desde que chegou à penitenciária, no dia 8 de março. Depois de apresentar sintomas, ele foi levado para o hospital Kremlin-Bicêtre.
O coronavírus também avança entre políticos franceses. A secretária de Estado para a Transição Ecológica, Brune Poirson, 38 anos, testou positivo para o coronavírus, assim como a senadora Guylène Pantel. O ministro francês da Cultura, Franck Riester, e dez deputados foram contaminados.
O governo tem recomendado o adiamento de encontros e manifestações públicas com mais de 100 pessoas. Porém, os coletes amarelos ignoraram essa orientação e voltaram às ruas neste sábado em Paris, Bordeaux (sudoeste) e outras localidades, a fim de marcar o 70° ato do movimento. A polícia deteve ao menos 34 manifestantes na capital, depois de surgirem focos de incêndio na zona sul da cidade.
Eleições municipais
Apesar das medidas tomadas para conter a propagação do coronavírus, os franceses vão às urnas neste domingo (15), no primeiro turno das eleições municipais. As autoridades responsáveis pela organização das seções eleitorais se prepararam para receber os eleitores nas melhores condições possíveis, desinfetando maçanetas, mesas e cabines de votação. Os franceses são convidados a levar uma caneta de casa. Foram tomadas medidas para evitar filas e respeitar as distâncias de segurança.
O ministro do Interior, Christophe Castaner, admitiu "temer" uma participação em declínio. Ele reconheceu que alguns municípios consideram difícil abrir suas seções eleitorais.
(A bailarina e professora de balé, Geyza Kerle Silva de Oliveira, ficou cega aos nove anos por causa de uma meningite. )
(Por João Paulo Pereira – Repórter do Sertão) “UM DIA MINHA MÃE ENTROU NO QUARTO DO HOSPITAL E PEDI PARA ELA ACENDER A LUZ, ELA RESPONDEU QUE A LUZ ESTAVA ACESA, DIANTE DISSO PEDI PARA ABRIR A JANELA, A REPOSTA FOI QUE A MESMA ESTAVA ABERTA, FOI NESTE MOMENTO QUE ELA PERCEBEU QUE EU ESTAVA PERDENDO A VISÃO.”
A declaração é de quem teve a visão interrompida ainda na infância. Geyza Kerle Silva de Oliveira nasceu em 09 de setembro de 1985 no Sítio Cacimbinha – zona rural de Itapetim, no Sertão do Pajeú, em Pernambuco.
Devido a uma Meningite por Criptococose, Geyza sofreu uma atrofia nos nervos ópticos e perdeu a visão aos nove anos de idade no ano de 1994. Na época que começou a sentir os sintomas da doença foi imediatamente submetida a orientações médicas em Pernambuco e Paraíba, mas nenhum profissional conseguiu diagnosticar o problema que colocava a vida dela em risco.
“Infelizmente nenhum profissional naquela época estava ciente do que poderia ser o problema, fui diagnosticada até como louca, para ter um tratamento de ficar isolada em um quarto escuro”, lembra.
A mãe, Gilvani Pereira da Silva, preocupada com a saúde da filha não desistiu de buscar uma resposta para o problema. Foi aí que a família viajou para São Paulo para tentar encontrar a cura da infecção até então desconhecida.
Muito debilitada e pesando apenas 19 kg com 9 anos, Geyza conta que ouviu de um médico na capital paulista a resposta de que ele não era Deus para fazer milagre, referindo-se ao quadro de saúde da paciente. A situação só começou a mudar depois que uma médica ficou sabendo do caso e resolveu interná-la. Após três meses de internação e muitos exames veio o diagnóstico seguido de um intenso tratamento para combater a doença e salvar a vida da garota, que mais tarde se tornaria a primeira bailarina da Associação Fernanda Bianchini, única companhia profissional de balé de cegos do mundo, localizada em São Paulo.
“Mesmo com as sequelas, enfim sobrevivi, contrariando tudo e a todos”, comemora.
Depois da cura teria início outra longa batalha para superar o trauma de não poder mais enxergar, o que só foi possível graças à descoberta da dança. Mesmo sem a visão, Geyza viu o balé com os olhos do coração e acreditou que a arte seria o caminho para a superação e transformação da sua vida.
(Geyza com o marido e o filho.)
O sonho de Geyza antes mesmo de perder a visão era ser bailarina e quando recebeu o diagnóstico de que não iria mais enxergar, seus pais foram orientados a procurar o Instituto de Cegos Padre Chico, uma escola especializada inclusiva, situada no Bairro Ipiranga na capital paulista. No mesmo ano, a Fernanda Bianchini iniciava um projeto de balé para deficientes visuais e a menina sonhadora do sertão pernambucano foi convidada a participar.
“Mesmo em Pernambuco meu sonho sempre foi ser bailarina, mas diante de todo o ocorrido, me sentia muito insegura e perguntei a Fernanda: Como uma pessoa que não enxergava ia fazer movimentos tão bonitos, como aqueles que eu via na televisão? A resposta dela foi: Que eu deveria acreditar em meus sonhos”, contou ao Repórter do Sertão.
Dessa forma a jovem bailarina ingressou no balé. Através da dança nos palcos conseguiu achar o seu espaço dentro da sociedade e mostrar o seu diferencial diante de tantas dificuldades enfrentadas.
“A dança foi quem realmente não deixou com que eu me transformasse numa pessoa revoltada por ter perdido a visão, foi de verdade o meu porto seguro para me fazer cada vez mais forte e feliz”, declara.
(Geyza durante visita a Itapetim sua terra natal. )
Geyza tornou-se a primeira bailarina da Companhia e a primeira professora de balé cega do mundo. O grupo faz apresentações motivacionais em empresas e teatros no Brasil e em outros países. Desde 2005 ela dá aula para deficientes e não deficientes. Até o momento se orgulha de contar com mais de 12 alunas já formadas. Além disso, também é professora no Instituto Padre Chico, onde tudo começou.
Apesar de ter vencido várias batalhas e conquistado grandes vitórias, Geyza não esconde o desejo de realizar sonhos futuros, inclusive no lugar onde nasceu. Um dos desejos da bailarina é conseguir uma oportunidade de se apresentar em Itapetim, sua terra natal.
“Gostaria de dançar em um balé chamado Lago dos Cisnes, mas independente do balé a ser dançado, gostaria muito de dançar na terra que eu nasci, para os meus parentes e amigos”, diz.
Documentário “Olhando para as Estrelas”
Geyza é uma das protagonistas do documentário “Olhando para as Estrelas” de Alexandre Peralta lançado em 2017. A participação dela no filme resume o seu dia a dia dentro e fora do balé, além de retratar diversos acontecimentos importantes em sua vida como, casamento, gravidez, nascimento do filho e retomada da vida profissional.
Participação em programas de TV e apresentações no Brasil e em outros países
O trabalho de Geyza juntamente com a Companhia Fernanda Bianchini já rendeu a participação em diversos programas de TV e apresentações em teatros brasileiros e internacionais. Por onde passa, o grupo emociona o público e mostra o poder da superação através da dança. Programas de Televisão:
Xuxa Park – 1999; Jornal Nacional – 2003 e outros anos; Criança Esperança – 2005; Faustão – 2005, 2006 e 2015; Fantástico – 2009 e 2012; Hoje em dia – 2010; Programa do Ratinho – 2014; Conexão Repórter – 2019; Encontro com Fátima Bernardes Apresentações importantes:
Teatro Municipal de São Paulo em 2005, 2008, 2015 e 2017;
Maracanãzinho – Rio de Janeiro – encerramento do Para Pan-Americano 2007
Palácio das Artes em BH – com a Ana Botafogo – 2009
Buenos Aires – Argentina 2011
Londres – Inglaterra – encerramento das Paraolimpíadas – 2012
Festival de Hagen – Alemanha – 2015
Los Angeles – EUA – 2016
Brave Festival – Polônia – 2016
Gala International – The Art of Elysium – Hollywood – EUA – 2017
Puerto Vallarta – México – 2018
Santiago – Chile – 2019 Fonte http://blogdomarcellopatriota.com.br/blog/?p=24405 Postado por Antônio Brito
Compilado indica que número de pessoas com algum tipo de deficiência atendidas cresceu 71,3% em 2019 na comparação com o ano anterior
Um levantamento apresentado pelo Centro de Apoio Técnico da 1ª Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência, em São Paulo, indica que o número de atendimentos ao público no local cresceu de 1834 em 2018 para 2318 no ano passado. Em relação aos casos de pessoas com deficiência, o número passou de 797 para 1366, um aumento de 71,3%.
Segundo Cleyton Borges, supervisor operacional do Centro de Apoio Técnico, comandado pelo Instituto Jô Clemente (antiga APAE DE SÃO PAULO), o cenário mostra que as pessoas, em especial as que têm algum tipo de deficiência, estão buscando mais seus direitos. “O que nós percebemos é que as pessoas estão mais atentas sobre seus direitos e buscando apoio quando se sentem desrespeitadas ou que tenham seus direitos violados de alguma forma”, diz. O Centro de Apoio Técnico da Delegacia de Polícia da Pessoa com Deficiência realiza atendimentos com intérpretes de Libras, psicólogos e assistentes sociais, em atendimento compartilhado com uma equipe da Polícia Civil, com o objetivo de orientar, prevenir, identificar e encaminhar para investigação casos de abuso e violência contra pessoas com deficiência.
De acordo com o levantamento, 66,1% dos atendimentos em 2019 foram feitos a pessoas com deficiência auditiva, totalizando 903 casos. Pessoas com deficiência intelectual representam 6% dos casos, com 88 pessoas atendidas em 2019. “De fato, quem mais nos procura são as pessoas com deficiência auditiva, por termos intérpretes de Libras, mas é importante observar que houve aumento no número de atendidos também com deficiência física, visual, múltipla e psicossocial”, comenta Cleyton. O Centro de Apoio Técnico é mantido pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência/SP — SEDPcD e gerido pelo IJC por meio de um Termo de Colaboração.
“É importante que as pessoas saibam que podem nos procurar sempre que necessitarem de apoio ou quando quiserem denunciar um caso de violência contra as pessoas com deficiência. Nós, do Instituto Jô Clemente, entendemos que essas situações devem ser enfrentadas com orientações às famílias, canais de denúncias, programas de prevenção à violência, fiscalização e punição de qualquer ato que desrespeite essa população. Somente em 2019, nós encaminhamos 351 casos para a rede de defesa e garantia de direitos, para órgãos públicos da justiça, assistência social e saúde por exemplo. Nossa expectativa é de ampliar esse trabalho”, finaliza Cleyton. Sobre o Instituto Jô Clemente
O Instituto Jô Clemente é uma Organização da Sociedade Civil sem fins lucrativos que há mais de 58 anos previne e promove a saúde das pessoas com deficiência intelectual, além de apoiar a sua inclusão social e a defesa de seus direitos, produzindo e disseminando conhecimento. Atua desde o nascimento ao processo de envelhecimento, propiciando o desenvolvimento de habilidades e potencialidades que favoreçam a escolaridade e o emprego apoiado, além de oferecer assessoria jurídica às famílias acerca dos direitos das pessoas com deficiência intelectual.
Pioneiro no Teste do Pezinho no Brasil e credenciado pelo Ministério da Saúde como Serviço de Referência em Triagem Neonatal, o Laboratório do Instituto Jô Clemente é o maior do Brasil em número de exames realizados. Por meio do CEPI – Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação do Instituto Jô Clemente, a Organização gera e dissemina conhecimento científico sobre deficiência intelectual com pesquisas e cursos de formação. Fonte https://revistareacao.com.br/cresce-numero-de-atendimentos-no-centro-de-apoio-tecnico-da-delegacia-de-policia-da-pessoa-com-deficiencia-em-sao-paulo/ Postado por Antônio Brito
Nossa atleta de Bocha, Evelyn de Oliveira, que estará representando o Brasil em Tóquio, foi listada como uma dos seis atletas favoritos às disputas de primeiro lugar nas paralimpíadas.
De acordo com a matéria original, apesar de sua performance no mundial de 2018 ter desapontado, saindo de Liverpool sem nenhuma medalha, em 2019 ela voltou às trilhas da vitória no Parapan, conquistando dois ouros.
O Comitê Paralímpico Internacional elegeu quatro partidas de Bocha consideradas imperdíveis nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, entre essas, Brasil vs. Eslováquia no Pares BC4. Depois de Eliseu dos Santos e Dirceu Pinto conquistarem o ouro em Pequim 2008 e Londres 2012, eram os favoritos para os jogos do Rio 2016, mas foram derrotados pela Eslováquia. Essa rivalidade torna o confronto um dos quatro mais aguardados esse ano.
Aprovado: BPC Loas é ampliado e mais pessoas terão direito ao benefício de R$ 1.045 por mês. Na última quarta-feira (11), o Congresso Nacional derrubou o veto (55/2019) do presidente Jair Bolsonaro ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 44/1996. Portanto, agora mais brasileiros serão contemplados com o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
A ampliação do BPC Loas se dá porque vai subir de R$ 261,25 (um quarto do salário mínimo) para R$ 522,50 (meio salário mínimo) o valor da renda mínima per capita, que um dos critérios mais determinantes para as concessões. O resultado contou com 45 votos de senadores e 302 de deputados a favor do aumento.
Quem tem direito ao BPC?
O BPC é voltado a idosos com idade igual ou superior a 65 anos e pessoas com deficiência física e pessoas com deficiência. É necessário, além disso, que os beneficiários estejam inscritos no Cadastro Único (CadÚnico).
Outro dos critérios utilizados é o que envolve os rendimentos mensais da família. Portanto, o valor entre todos os integrantes não podem ultrapassar ¼ do salário mínimo, o que equivale a R$ 260.
Governo queria derrubar o aumento
A justificativa do governo para derrubar o aumento seria o crescimento considerável nas despesas obrigatórias que a ampliação no número de benefícios traria.
Além disso, o presidente afirmou que a mudança iria infringir a Constituição e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Segundo o Ministério da Economia, serão necessários aproximadamente R$ 20 bi por ano para a realização dos pagamentos aos assistidos pelo programa.
Entretanto, o valor poderá aumentar ainda mais, devido os reajustes anuais do salário mínimo.
Tramitação
Contudo, a proposta ainda precisa ser sancionada pelo Executivo em até 48 horas. Caso não aconteça, a ação passará para o atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Além disso, se aprovado, o projeto só terá validade a partir de janeiro de 2021. Isso porque o Orçamento da União para o ano vigente já foi definido. Fonte https://seucreditodigital.com.br/bpc-loas-e-ampliado-e-mais-pessoas-terao-direito/ Postado por Antônio
Foi confirmado! O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) vai ter que passar a cumprir, em todo o Brasil, uma determinação judicial para que o direito à pensão por morte de trabalhadores e aposentados seja ampliado a filhos e irmãos que ficarem inválidos após terem completado 21 anos ou emancipados.
A portaria que regulamenta a medida foi publicada no Diário Oficial. Agora, a nova regra para solicitação da pensão vai continuar a exigir que a incapacidade do dependente tenha se manifestado antes da morte do titular. Antes disso, havia garantia do benefício a filhos e irmãos inválidos desde que a incapacidade tivesse surgido antes dos 21 anos de idade.
A ação civil pública (ACP) que determinou a mudança é de Minas Gerais. No entanto, a medida tem validade nacional. Vale destacar que a regra vale para todos os casos em que a Data de Entrada do Requerimento (DER) fossem feitos a partir de 19 de agosto de 2009. Pedidos negados deverão ser revisados, segundo a portaria.
INSS: saiba como conseguir aposentadoria mais fácil e não deixar nada a desejar
Quem não consegue aposentadoria automática assim que faz o pedido pelo Meu INSS ou por meio do telefone 135, tem que esperar numa fila que aguarda convocação; e mesmo depois de esperar na longa fila do INSS para receber a aposentadoria, o trabalhador precisa já estar preparado para cumprir uma série de exigências para conseguir o benefício.
Isso é importante porque entre 956,3 mil solicitações realizadas em outubro do ano passado, 434,5 mil (45,4%) foram recusadas, de acordo com o boletim mais recente da previdência.
Se preparar durante a espera na fila para cumprir com as exigências do INSS, como entregar documentos complementares, aumenta as chances de o trabalhador conseguir a aposentadoria logo.
Para quem já pediu ou ainda vai solicitar a aposentadoria, a consulta ao extrato do Cnis (Cadastro Nacional de Informações Sociais) vai fornecer pistas sobre a possível necessidade de comprovar vínculos de trabalho ou algum período de contribuição.
O extrato do Cnis pode ser retirado em uma agência da Previdência, depois de agendamento pela internet ou telefone, ou consultado diretamente pelo site Meu INSS, depois de o interessado fazer um cadastro.
A consulta vai revelar se o tempo de contribuição é suficiente para o benefício requisitado. Se não for, é provável que aconteça a convocação para levar documentos ao posto.
Vale lembrar que para o INSS, as anotações originais na carteira profissional são provas plenas da contribuição e devem ser suficientes para garantir o direito. Porém, se o candidato à aposentadoria não tiver esse documento, o INSS costuma pedir a cópia da ficha de registro do funcionário na empresa cujo vínculo precisa ser comprovado. Também é comum que o INSS exija uma declaração assinada pelo empregador.