Parece um elemento comum do dia a dia, mas, na verdade, é uma importante ferramenta de inclusão
Você já se imaginou perdendo a noção do tempo? Sem saber que dia é hoje, de qual semana, de qual mês. Nessa hora, nos damos conta de como é bom ter um calendário por perto. Um elemento comum do dia a dia, que sempre se mostra necessário – até mesmo na hora de cortar o cabelo, para quem acredita na influência das fases da lua.
E quando chega o final do ano, todo mundo se encarrega de garantir o seu próximo calendário, seja ele em forma de folhinha, imã de geladeira, de mesa ou agenda. Mas, e para quem não enxerga ou enxerga muito pouco, como faz para usufruir desse recurso?
Nesse momento, é preciso se valer da Lei nº 10.098 , de dezembro 2000, mais conhecida como “Lei da Acessibilidade”, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.
Essa lei garante as condições necessárias para que pessoas com deficiência possam ter contato com o mundo e exercer sua independência. E inspira ações em todas as esferas de interação humana, de modo que não poderia ser diferente quando se trata dos calendários, tão útil no nosso cotidiano.
Utilidade na prática
“Eu uso o calendário acessível há quase 15 anos e percebo que muitas outras pessoas com deficiência visual também usufruem deste produto, porque nos dá autonomia”, contou Ademilson Costa, representante comercial da Fundação Dorina. Ele é cego e acredita que, caso não houvesse a acessibilidade no calendário, uma imensa parcela da população seria excluída.
Essa é a realidade que a Fundação Dorina Nowill para Cegos trabalha para mudar. A cada ano, milhares de calendários acessíveis são produzidos e distribuídos gratuitamente para pessoas com deficiência visual de todo o Brasil.
E, em muitas regiões, esse produto é uma das únicas ferramentas de inclusão da qual a pessoa tem disponível. Para Therezinha Aparecida Carleto, de 73 anos, o calendário acessível é uma peça muito interessante. Ela o recebe desde a primeira edição e, inclusive, já ajudou a produzi-lo no período em que foi voluntária na gráfica da Fundação.
“Ao receber o calendário, eu olho tudo: os feriados, as mensagens, o QR Code… Para mim é uma ferramenta ótima, deixo na minha mesa sempre à disposição e se não fosse ele, eu usaria o celular, mas não teria essa riqueza de detalhes”, contou.
Os recursos acessíveis, como tinta-braille, fonte ampliada e QR code com as descrições de imagem, garantem que as pessoas cegas ou com baixa visão recebam o mesmo conteúdo que as pessoas sem deficiência. Por isso, a Fundação desenvolve anualmente uma campanha para que toda a sociedade abrace a causa da inclusão ao adquirir os calendários.
Calendário 2020
Além de ser uma peça informativa e acessível, o calendário da Fundação Dorina também traz histórias. A cada ano, um novo tema ilustra as folhinhas dos meses e chama a atenção da sociedade.
A edição 2020 traz belas imagens que ilustram o “Educa, diverte e inclui”, lema do projeto LEGO Braille Bricks – ferramenta desenvolvida pela Fundação Dorina em parceria com a Fundação LEGO, que se tornou referência mundial em Educação Inclusiva.
Com uma doação, além de garantir uma linda peça e outros brindes, você contribui para uma transformação na educação do Brasil. O projeto fará a formação de educadores e a distribuição gratuita de 10 mil kits do LEGO Braille Bricks em escolas públicas de todo o país.
Já imaginou ter acesso gratuito a um recurso inovador em sala de aula, que já conquistou mais de 20 prêmios, incluindo um Leão de Prata na categoria Inovação do Festival de Cannes e o grande prêmio, também em Inovação, do Festival El Ojo de Iberoamérica? Você pode fazer acontecer. Fonte https://www.fundacaodorina.org.br/blog/calendario-acessivel-importancia/ Postadopor Antônio Brito
Por William Bilches, com informações de Isabelle Barone
[11/12/2019] [12:34]
A Política Nacional de Educação Especial deve mudar no começo de 2020. O governo de Jair Bolsonaro vai publicar um decreto com alternativas para que a escola regular não seja a única opção dos alunos com deficiência intelectual ou física, Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) ou superdotação.
Caberá a cada família – em parceria com a escola e com a equipe multidisciplinar que já acompanha o aluno – escolher se o estudante vai permanecer na instituição de ensino regular em que está atualmente, se irá ser transferido para uma escola especial ou ainda se ficará na mesma unidade escolar, mas em uma classe especial que poderá ser criada.
A ideia é flexibilizar os sistemas educacionais para que possam oferecer a melhor solução para cada estudante, diz a diretora de Acessibilidade, Mobilidade, Inclusão e Apoio a Pessoas com Deficiência do Ministério da Educação (MEC), Nídia Regina Limeira de Sá.
“É preciso promover a inclusão plena desse público. Temos que oferecer ambientes favoráveis para o desenvolvimento pleno das potencialidades das pessoas. E, muitas vezes, esse ambiente não é o da escola comum. Precisa ser um ambiente que vai trabalhar em função das especificidades da pessoa, das singularidades dela. Então nosso foco está na pessoa, naquilo que é o melhor para ela”, diz Nídia.
A elaboração do novo documento foi feita ao longo de dois anos e teve início ainda no governo do ex-presidente Michel Temer (MDB). De acordo com o governo federal, entidades representativas do segmento, famílias e lideranças que representam as pessoas com deficiência participaram da construção dessa nova política.
“Os sistemas inclusivos são bem-vindos, mas a gente quer um olhar diferenciado para esse público que não está aproveitando a escola comum”, afirma a representante do MEC.
O que deve mudar com o decreto
Com a nova norma, o MEC, segundo a secretária, quer instituir outras opções, personalizadas, para alunos com dificuldades de aprender em classes regulares, sem perder os benefícios sociais já adquiridos com a inclusão. Entre as alternativas propostas estarão a transferência para classes especiais que podem ser criadas na mesma escola, a migração para escolas especiais quando for a melhor solução ou a mudança para classes bilíngues ou escolas bilíngues (que ensinam também em Libras).
"Nossa expectativa é de que o número de classes especiais seja ampliado, até porque uma escola comum pode criar uma classe especial para atender a um público específico. Pode, inclusive, criar uma classe bilíngue para trabalhar com Libras e língua portuguesa, como línguas de instrução e de comunicação. São perspectivas plenamente possíveis", explica Nídia.
Ela também afirma que a nova Política Nacional de Educação Especial é focada em um "trabalho equitativo, inclusivo e que seja feito ao longo da vida". Inclusivo porque as escolas têm que estar de portas abertas para todos e equitativo pelo fato de adotar ações diferenciadas que sejam capazes de proporcionar o desenvolvimento pleno de todas pessoas, de acordo com o seu perfil. Nídia afirma ainda que será um trabalho que não se restringirá ao ambiente escolar, já que essas pessoas vão precisar de apoio educacional ao longo da vida.
"Temos que continuar pensando em propostas educacionais para essas pessoas ao longo da vida, até que elas tenham o desenvolvimento de um projeto de vida", salientou a representante do MEC.
Apesar dessa promessa de ampliação das oportunidades para os estudantes, o MEC terá vários desafios pela frente. Entre eles, a formação de professores e funcionários para ensinar esses alunos. Isso porque, segundo o Censo de 2018, apenas cerca de 6% dos docentes têm formação ou fizeram algum curso de capacitação para entender questões específicas da educação especial. "Nosso foco vai estar na formação dos professores. Esse é o caminho", salienta a diretora.
Entidade diz que "nova política é um retrocesso"
Apesar de o decreto não ter sido publicado ainda, as propostas do MEC já são alvo de críticas pelo fato de a pasta ressaltar que nem sempre a escola regular é o melhor caminho para uma criança com necessidades especiais. Muitas entidades e pais temem que as crianças com deficiência sejam segregadas do convívio social.
"Hoje, a luta é muito grande para as escolas aceitarem as crianças com deficiência. Temos uma legislação que garante esse direito. Se mudar, ninguém mais vai aceitar crianças com deficiência na escola comum", disse o presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down, Antônio Carlos Sestaro. Pai de um jovem com Síndrome de Down, de 29 anos, que estudou em escola regular, ele afirma que "ter salas especiais e escolas especiais é retroceder, pelo menos, 30 anos".
Sestaro acrescentou ainda que, dependendo do conteúdo que vier a público, a nova Política Nacional de Educação Especial poderá ser denunciada pela entidade ao Ministério Público.
“Nós não aceitamos isso. Se [o MEC] quer resolver questões pontuais, vamos sentar com os educadores e resolver. Mas não pode fazer uma política de exclusão”, afirma.
Segundo a representante do MEC, não haverá segregação de nenhuma pessoa com deficiência nos ambientes escolares. Nídia salienta que a nova política está alinhada à Constituição, à Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional (LDB), à Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU), à Lei Brasileira de Inclusão (LBI), entre outros documentos como a Declaração de Salamanca.
"Estamos perfeitamente ajustados. Todos esses documentos falavam que é muito importante que haja adaptações razoáveis para um público que é pequeno, mas que demanda esse tipo de atendimento diferenciado", afirma Nídia.
Pais e professores têm opiniões diferentes sobre classes regulares
Apesar de a inclusão ser a mais aceita socialmente, algumas famílias acreditam que as turmas regulares não foram benéficas para seus filhos.
"Há muita falta de conhecimento. Criou-se a história de inclusão com a ilusão de que as crianças vão se desenvolver como as outras, mas há diferenças, que devem ser avaliadas para identificar o melhor método de educação. Inclusive no que diz respeito às síndromes. Neste caso, o tipo de síndrome também deve ser considerado, pois as necessidades e aptidões de uma criança autista podem ser diferentes de uma criança com paralisia cerebral. Criou-se esse estigma de que o problema da inclusão é resolvido a partir do momento em que as escolas são obrigadas a aceitar crianças com deficiência. Mas, o que acontece com aquelas crianças que não conseguem acompanhar o currículo escolar? Se não há outra opção, resta a elas ficar em casa….", diz Ana Carolina de Miranda Teixeira, de Belo Horizonte, cuja irmã, Patrícia, com paralisia cerebral, faleceu recentemente por causa de um câncer.
Segundo ela, os alunos com limitações cognitivas dificilmente conseguem acompanhar o currículo e, por isso, desanimam.
"A história de [minha irmã] tentar fazer coisas com crianças normais nunca deu muito certo. Quando pequena, ela frequentou o ballet, a escola normal, porém, nunca foi convidada para uma festa e aniversário. No entanto, ela encontrou o seu lugar e os seus amigos na escola de educação especial. Patrícia sabia ler, mas não perfeitamente. Com 33 anos. fazia contas de soma, subtração, multiplicação e divisão. Mas, muitas vezes, ela confundia o resultado da soma com o da subtração, por exemplo", diz.
"Como uma pessoa assim vai conseguir acompanhar o currículo regular? Por outro lado, ela tinha imenso talento com trabalhos manuais, como pinturas, mosaicos e tecelagem. Gostava de cantar e dançar. Tudo isso era estimulado na escola especial. Se você conversar com mães de crianças acima de 10 anos que estão na escola especial, nenhuma vai dizer que apoia a atual política de inclusão. Principalmente por conta da evolução intelectual", conta.
Hanna Batista, advogada e mãe de uma criança autista, discorda de Ana Carolina e destaca os benefícios da convivência da filha Gabriela, que tem oito anos, com outras crianças em uma escola regular.
"Crianças com ou sem deficiência só têm a acrescentar umas às outras. Como mãe, eu jamais admitiria que minha filha fosse encaminhada a uma classe especial simplesmente por ser autista, e moveria todas as medidas legais possíveis para garantir que isso não ocorresse", afirma.
"O direito de acesso às escolas regulares é garantido por nossa Constituição e está intrinsecamente coligado com o direito da criança ao desenvolvimento de personalidade e de acesso à educação desenvolvedora", observa a advogada. "Minha filha é feliz na escola, os colegas a adoram. Ela tem um excelente convívio com todos e, inclusive, tem ótimas notas. Inclusão é possível quando escola, educadores, Estado e pais trabalham em conjunto para viabilizá-la", afirma Hanna.
Com a nova política do governo federal, o temor da advogada é que os alunos com deficiência acabem afastados da convivência com os demais estudantes. "Entendo que uma criança que esteja em escola regular, e seja encaminhada a uma classe especial dentro dessa escola, estará tendo desvirtuado seu inegável direito de convívio em sociedade. Estamos falando de princípios fundamentais, de direitos garantidos constitucionalmente à criança, com destaque ao art. 277 da Constituição Federal", explica.
Já a professora Isis Aparecida, da escola especial Imepe, de Belo Horizonte, afirma que a inclusão é muito difícil para o educador, principalmente sem formação específica.
"Em uma sala com 40 meninos, como você vai atender a dois ou três com deficiência?", questiona. "As turmas das escolas especiais são mais reduzidas e, por isso, você consegue fazer um trabalho bem individualizado. Isso não acontece em uma escola regular. Na escola regular, não tem recurso suficiente, como o tempo".
"Quando eu trabalhava no estado, havia um aluno cadeirante, e todos os professores não sabiam o que fazer. Era um e mais 30 para a gente ensinar. O pouco tempo dedicado a ele não era suficiente", conta a professora. "Tem pessoas que precisam de ensino individualizado, mesmo os regulares. Os que têm transtorno, então, precisam de mais atendimento ainda. Enquanto você o atende, como ficam os outros? Isso afeta muito o ensino dessas crianças que precisam mais".
A professora acrescenta ainda outros desafios, além do simples ensinar. “É preciso acompanhar esses alunos em todas as atividades dentro da escola. Ir ao banheiro, permanecer perto durante o recreio”, diz. A escola, ressalta, também precisa ter estrutura para atender alunos especiais.
Para Isis, a inclusão, muitas vezes, é apenas uma forma de o governo "dar satisfação à sociedade". "É uma forma que eles têm de eliminar gastos e de dar uma 'satisfação' para a sociedade de que o governo está fazendo tudo para melhorar a situação", defende. "O aluno vai para a escola regular, isso se propaga no bairro, entre a comunidade, pais, e as pessoas acham que isso é muito louvável, porque se pensa que a criança está sendo tratada como todo mundo".
Versão de 2008
A primeira versão da Política Nacional de Educação Especial foi elaborada em 1994. Ao longo dos anos, houve algumas revisões. A edição de 2008 - produzida no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) - teve adaptações e pretendia coibir o que naquele momento era entendido como prática discriminatória, a previsão de classes especiais para alunos com deficiências específicas. A visão adotada foi de que todos os alunos deveriam estar "juntos, aprendendo".
Essa postura é criticada pelo atual gestão federal, por entender que o texto anterior seguiu uma linha da "substantivação do atendimento educacional especializado".
"O Artigo 208 da Constituição diz que a pessoa com deficiência tem que ter um atendimento educacional especializado. Mas acontece que lá está dizendo que é pra você fazer um atendimento na área educacional especializado. E não foi o que fizeram [desde 2008 até agora]. Colocaram letras maiúsculas em Atendimento Educacional Especializado, transformaram no chamado AEE e disseram que o que está na versão anterior é sinônimo de um atendimento que se faz duas vezes por semana no contraturno da escola", diz Nídia.
"Isso [retirar o acompanhamento especializado] é uma redução terrível que foi feita na área da educação especial. E não é isso. Atendimento educacional especializado não é o que se faz apenas no contraturno ou o que se faz apenas em uma sala de recursos, é algo que, de fato, faça com que a pessoa cresça em conhecimentos", afirma a representante do MEC.
Pedro, 12 anos, pediu de presente um exame de vista e óculos para “estudar melhor”. Conseguiu e se emocionou. Foto: Alex Régis
Natal (RN) – Pedro de 12 anos e Victor de 13 não se conheciam até quando se encontraram no último dia (20) em uma clínica de oftalmologia de Natal para receber a primeira parte do presente natalino: ambos escreveram cartinha para a campanha “Papai Noel dos Correios” pedindo para enxergar melhor.
Alunos do 4º Ano do Ensino Fundamental, eles contaram ao ‘bom velhinho’ por que precisam dos exames de vista e de óculos novos: querem melhorar nos estudos. Pedro Gabriel de Moura Costa, de São Gonçalo do Amarante, sonha com Astronomia e lembra com orgulho que já deu aula sobre planetas e buracos negros; enquanto Victor Matheus Matias de Souza, que mora na zona Oeste da capital pensa em ser jogador de futebol – ele sabe que antes de alcançar o gol é preciso enxergar a bola.
Esses pedidos são apenas dois, entre as mais de 7 mil cartinhas recebidas este ano pela campanha “Papai Noel dos Correios” em todo o Rio Grande do Norte. Em 2019, a empresa celebra 30 anos da campanha e ainda dá tempo de adotar cartinhas. Os interessados ainda podem procurar as agências dos Correios que participam da campanha, e os presentes devem ser entregues até o dia 6 de dezembro para que possam chegar até a casa das crianças.
O diagnóstico preliminar recebido pelos pais de Pedro indica que o problema dele não depende exclusivamente do uso de óculos: a dificuldade do garoto está mais vinculada a uma conjuntivite crônica causada por alergia. Também apresentou baixos graus de hipermetropia e astigmatismo. Já a dificuldade de Victor é mais complexa: o nascimento prematuro provocou sequela na visão chamada de “retinopatia da prematuridade” – ele enxerga mal com um dos olhos (miopia entre 7 e 8 graus) enquanto a situação do outro pode ser irreversível.
Victor quer ser jogador de futebol e seu problema é congênito por ter nascido prematuramente. Foto: Aléx Regis/Tribuna do Norte
De qualquer maneira são presentes duplos. A demanda para realizar o exame oftalmológico foi atendida, agora o “Papai Noel dos Correios” busca viabilizar a doa- ção dos óculos. Interessados podem entrar em contato com a coordenação da campanha pelos telefones 3220-2518 e 3220-2519 – a cartinha do Victor é a de nú- mero 3291, e a do Pedro é 6105. “Desde os 4 anos o Victor usa óculos, e esse exame vai servir para saber qual o problema que ele tem e qual o melhor tipo de tratamento”, disse a mãe Liliane, de 30 anos. “Em casa ele fica colado na TV para conseguir ver alguma coisa, quando vai comer quase se enfia no prato, e na escola tem dificuldade de aprendizado”. Liliane lembrou que o filho chegou em casa “todo feliz dizendo que tinha escrito uma cartinha para o Papai Noel pedindo óculos e uma bola”. A professora Lecy Silva Azevedo, diretora pedagógica da Escola Nossa Senhora das Dores onde Victor estuda, também acompanhou os exames e destacou que “sempre procuramos encontrar meios para ajudar nossos alunos. Como o problema de Victor é mais sério, surgiu essa oportunidade”, valorizou.
Mas exame de vista e óculos não foram as primeiras opções de Pedro. A mãe dele, Maria do Socorro Moura, confessou que o filho queria mesmo era um tablet. “Ele usa celular, computador, e controlamos para que não fique muito próximo da tela. Queria um tablet, mas conversamos, disse que podemos comprar em outro momento, então decidiu pelo exame e pelos óculos”. Socorro e o pai Everton Costa de Oliveira lembraram que o filho mudou de escola e perdeu três anos letivos por causa do problema que afeta a visão.
Triagem das cartas
Bola, boneca, carrinho e material escolar são os pedidos mais comuns, e mesmo quem não adotou uma carta pode doar presentes avulsos. “Com os presentes avulsos completamos e reforçamos a lista de presentes”, informou a assessoria de imprensa dos Correios no RN.
Os pedidos de cadeira de rodas também são recorrentes – em 2018 foram doadas sete cadeiras – e um terceiro pedido de óculos foi identificado pouco antes do fechamento desta edição.
As cartas chegam até o “Papai Noel dos Correios” a partir de parcerias da empresa com escolas pú- blicas (da Educação Infantil ao 5º ano do Ensino Fundamental) indicadas pelas secretarias de educação, projetos sociais e institui- ções como o Instituto de Educação e Reabilitação de Cegos do RN, a Casa de Apoio à Criança com Câncer Durval Paiva, os projetos Agente Ambiental Mirim de Natal e Balé Menina Flor, entre outras.
Uma das cartas recebidas do Instituto dos Cegos, em braile, é do menino Miguel do Nascimento Lemos, de 8 anos, que além do problema na visão também tem dificuldade de locomoção – ele pediu um andador e uma bola com guizo. Bola com guizo, aliás, foi o presente mais pedido pelos alunos atendidos pelo Instituto.
Qualquer criança até 10 anos também pode participar, basta entregar a cartinha com os pedidos em uma das agências dos Correios que participam da campanha até a próxima sexta-feira (22). A coordenação da campanha faz uma triagem das cartas, seguindo critérios de caráter social. As unidades públicas de ensino que são parceiras, por exemplo, estão localizadas em bairros e áreas com perfil de vulnerabilidade social.
Participam agências dos Correios localizadas na Região Metropolitana de Natal, e em Apodi, Assu, Caicó, Canguaretama, Macau, Mossoró, Pau dos Ferros, Parnamirim e Santa Cruz.
Debatedores alertaram nesta quarta-feira (11) sobre o risco de piora no descumprimento da obrigação legal de contratação de pessoas com deficiência por órgãos públicos e empresas do setor privado. O assunto foi discutido em seminário promovido pela Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados.
O debate ocorre após o recente envio de um projeto de lei do Poder Executivo (PL 6159/19) que flexibiliza a atual Lei de Cotas (Lei 8.213/91). Essa lei prevê ao menos 2% a 5% de contratação de pessoas com deficiência nas empresas com mais de 100 funcionários.
Resistências do empresariado A subprocuradora-geral do Ministério Público do Trabalho, Maria Aparecida Gugel, avaliou que resistências do empresariado e falhas nos concursos públicos dificultam a efetividade das cotas.
“Nós não temos mais desculpa nenhuma, salvo o preconceito e a discriminação em razão da deficiência praticados pelos senhores empresários. Já vimos que, no âmbito da administração pública, é diferente porque dependemos do concurso público. Mas, no âmbito das empresas, não há mais justificativa para não encontrar trabalhadores com deficiência”, disse Maria Aparecida Gugel.
Ela citou o caso dos Correios, que foram alvo de ação civil pública para a admissão de pessoas com deficiência aprovadas em concurso público. Hoje, dos 99.548 empregados, 7,8% apresentam algum tipo de deficiência. A estatal também tem adotado projetos inclusivos, como o serviço postal braile e o Programa SIM – Sensibilizar, Inserir e Mobilizar.
Fiscalização Cego e já com dez anos de experiência como fiscal do trabalho, Rafael Giguer disse que, no setor privado, as contratações só têm ocorrido após a ação dos auditores fiscais.
“Existem vários mitos em relação à pessoa com deficiência, por exemplo: ‘ela não fica nas empresas’. É mito: ela tem uma taxa de permanência superior à dos trabalhadores sem deficiência. ‘Não existem candidatos procurando’. É outro mito, já que os dados estatísticos demonstram o contrário. A gente tem que ser muito contundente com isso porque é muito mais fácil criar desculpas para não contratar do que enfrentar os desafios que de fato existem”, afirmou Giguer.
Transportes e bancos Já o chefe de gabinete da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Guilherme Sampaio, deu exemplos do que seriam os “desafios” do setor para o cumprimento da cota: “80% a 90% do nosso quadro de funcionários está voltado para motoristas, pilotos e, eventualmente, encarregados e ajudantes, em que há objeção às atividades. E também tem o ponto de vista legal, em que as normatizações complementares, como o Código de Trânsito Brasileiro e o Código Aéreo, trazem exigências que infelizmente impossibilitam o cumprimento [das contratações]”, disse.
Na mesma linha, o gerente de relações trabalhistas da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Nicolino Junior, disse que o setor bancário tem procurado investir em capacitação remunerada antes da efetiva contratação. Segundo ele, o índice de trabalhadores com deficiência nos bancos deve subir de 2,9%, em 2018, para 3,6% neste ano.
Quanto ao polêmico projeto de lei que flexibiliza as cotas, a Febraban pediu “reflexão” sobre a necessidade de aperfeiçoamento da legislação.
Audiências nos estados A organizadora do debate, deputada Rejane Dias (PT-PI), informou que a Câmara, por meio da Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, vai promover audiências públicas nos estados para discutir o PL 6159.
“Ficamos estarrecidos com a desconfiguração da Lei de Cotas. Por isso, vamos provocar a discussão desse PL nos estados. A convenção da ONU já falou: ‘nada sobre nós sem nós’, sem que realmente as pessoas com deficiência possam contribuir com esse debate”, disse a deputada.
O seminário desta quarta-feira também teve a participação de representantes do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade) e de centrais sindicais que, além de defenderem a manutenção da atual Lei de Cotas, pediram melhor acessibilidade nos ambientes de trabalho e regulamentação de vários artigos da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/15).
Reportagem – José Carlos Oliveira Edição – Pierre Triboli
Por Michel Platini A primeira-dama Michelle Bolsonaro discursa em libras (linguagem de sinais destinada à comunidade surda) no Parlatório do Palácio do Planalto, antes do pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro. Foto: Marcelo Camargo/ABr
O discurso em LIBRAS não passou de uma encenação, de uma jogada de marketing e de um compromisso de boca pra fora, e não sou eu que digo isso, são as suas ações e inércia com a omissão diante de tantos ataques aos direitos das pessoas com deficiência! Mais um pacote de maldades é enviado direto do planalto para o Congresso Nacional, sob o silêncio da Primeira Dama.
A Câmara recebeu o PL 6159/2019 que representa mais um retrocesso sem precedentes, cheio de pegadinhas, o Projeto quis regular o auxílio-inclusão mas ele acaba completamente com os avanços na legislação que buscam a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
A primeira maldade é que esse Projeto de Lei flexibiliza totalmente o cumprimento lei de cotas, diz que se uma empresa precisa contratar 2 pessoas, a contratação de apenas 1 resolverá a obrigação. Além de determinar a habilitação/reabilitação compulsória, mesmo que a pessoa não precise de trabalho ou necessite de qualquer auxílio do governo. O PL regula o desvio de função e cria uma competência para a reabilitação do INSS determinar que atividade seja desenvolvida pelo trabalhador com deficiência. Em caso de descumprimento da lei a empresa poderá pagar apenas uma multa equivalente a dois salários mínimos por três meses e nada mais. Ele reduz a penalidade e diminui a importância de um instrumento de fiscalização para a aplicação da lei, que garante um percentual de 2% a 5% de contração de pessoas com deficiência nas empresas que possuem mais de 200 funcionários.
O PL quer retirar a autonomia de escolha das pessoas com deficiência que custou muita luta e tudo isso conta com a concordância da senhora Michelle Bolsonaro, que também não se posiciona sobre outras questões que atacam diretamente quem à apoia e quem ela diz apoiar. O governo quer ao mesmo tempo economizar com o pagamento de benefícios de prestação continuada, e também não investir na formação e na contratação direta de pessoas com deficiência, quer cumprir sua agenda neoliberal tirando a obrigação de empresas na inclusão das pessoas com deficiência.
Michelle, nunca precisaram tanto do seu discurso em LIBRAS, ele não pode morrer na posse, esse compromisso precisa sair da tribuna e do palanque para partir às ações. Esse governo não nos ouve e as nossas mãos não foram capazes de pará-los, chegou a sua vez de concretizar aquelas belas palavras na língua de sinais.
"Paulo, de 8 anos, com as duas professoras, Adriana Valero e Adriana Gonçalves: evolução graças ao trabalho das duas. Foto: Fábio Luporini.
Por Fábio Luporini, especial para a Gazeta do povo.
"Paulo tem 8 anos de idade, é sorridente e muito esperto. Como outras crianças, gosta de se “exibir” para a câmera. E assim o fez, quando a reportagem foi conhecê-lo. Sorriu, fez pose e até charme. E arrancou suspiros das professoras. Ao mesmo tempo, alvoroçou a turma: alguns coleguinhas se prepararam para tirar foto com Paulo, a estrela do dia. Estavam animados e contentes porque a aula teve, de um jeito diferente, um conteúdo com o qual já estão acostumados há pouco mais de dois anos: inclusão.
“Meu filho tem hidrocefalia. Na gestação era só um ventrículo aumentado no cérebro. Depois que nasceu, começou a desenvolver a hidrocefalia. Ele precisaria colocar uma válvula para drenar o líquido, mas o organismo dele deu um jeito e não precisou mais”, conta a mãe, a artesã Josaine Aparecida de Barros, que demonstra amor e orgulho pelo filho o tempo todo. Entretanto, para contar a história de superação e aceitação do Paulo, é preciso retroceder alguns anos."
Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/dos-desafios-a-conquista-da-inclusao-de-um-aluno-com-hidrocefalia/
Pessoal, a partir do ano que vem a verba do SUS será calculada não sobre a população total, mas sobre o número de inscritos no SUS. Infelizmente a porcentagem de brasileiros inscritos não chega a 40%. O que podemos fazer para evitar mais cortes no SUS é nos organizar e fazer nosso cadastro no SUS, caso não o tenhamos ainda. ISSO VALE TAMBÉM PARA AS PESSOAS QUE TÊM PLANO DE SAÚDE PARTICULAR. As instruções para o cadastro gratuito se encontram no site https://cartaodosus.info/cadastro-sus/
Por favor, avisem nos seus grupos e comunidades. Só assim poderemos garantir uma verba maior para o município.
O Ministério da Saúde anunciou para 2020 mudanças nas indicações de duas vacinas do calendário nacional. A partir do ano que vem, a vacinação contra febre amarela será estendida a todos os municípios brasileiros e uma dose de reforço será dada a crianças de quatro anos. Além disso, a vacina contra a gripe passará a ser oferecida a partir dos 55 anos (até 2019, ela era dada para idosos a partir dos 60).
As novas diretrizes estão em ofício enviado pelo Ministério da Saúde no final de novembro a representantes das secretarias estaduais e municipais de Saúde. No documento, a pasta detalha três campanhas de vacinação que serão feitas ao longo do ano que vem, com as datas das ações e os públicos-alvo.
Apesar do sol ainda estar tímido, dezembro é o mês de atenção ao câncer de pele. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), um em cada quatro novos casos de tumor são diagnosticados na pele. Por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia lançou a campanha Dezembro Laranja.
— O Brasil é um país tropical com alta incidência solar durante todo ano. Com a chegada do verão (que começa dia 21) e das altas temperaturas, todos nós devemos redobrar os cuidados com a pele — alerta Elimar Gomes, Coordenador do Dezembro Laranja.
Tanto a exposição solar crônica diária, ou seja, pequena quantidade de sol nas áreas expostas ao longo da vida, quanto episódios de exposição solar intensa e desprotegida, que levam a queimaduras, são fatores de risco para a doença.
— De um modo geral, as pessoas mais velhas têm uma tendência maior a desenvolver o câncer. A grande questão é que eles vêm de uma geração aonde o protetor solar não existia. Então, não é cultural para o idoso se proteger — diz a geriatra Roberta França.
O tempo de exposição ao sol não é o único fator que contribui para o câncer: a cor da pele também conta.
— Pessoas de pele clara, olhos claros, albinos ou sensíveis à ação dos raios solares, assim como aqueles com histórico pessoal ou familiar deste câncer são as mais suscetíveis a desenvolver tumores — alerta a oncologista Sabina Aleixo.
A melhor maneira de prevenir o câncer de pele é usando protetor solar diariamente — mesmo que o dia esteja nublado. Em praias e piscinas, a recomendação é sempre reaplicar o filtro solar a cada duas horas. Métodos de barreira, como uso de óculos escuros e chapéus, também são indicados. Além destas ações, recomenda-se ir anualmente ao dermatologista.
— O diagnóstico precoce é importante. Quanto mais cedo o tratamento, mais chances de evitar mutilações e cicatrizes grandes — orienta Caroline Brandão, da diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia Regional Rio de Janeiro.
Reconheça os sinais
Melanoma
É originário dos melanócitos, as células que produzem melanina e dão cor à nossa pele, por este motivo, na grande maioria das vezes, o melanoma se apresenta como uma pinta irregular. O melanoma tem crescimento progressivo, sendo assim essa pinta chama cada vez mais a atenção, mudando de formato, coloração ou relevo. As pessoas de pele clara, com muitas pintas, com outros casos na família ou que tiveram episódios de queimadura solar tem o maior risco de desenvolver um melanoma. Quanto mais cedo o câncer melanoma for diagnosticado e tratado, maior a probabilidade do tratamento dar certo
Carcinoma Espinocelular
Corresponde a 20% dos casos de câncer de pele e pode se apresentar como uma lesão avermelhada verrucosa ou uma ferida que não cicatriza. Tem crescimento progressivo, algumas vezes rápido, pode ficar doloroso, endurecido ou ter sangramento fácil. O principal fator de risco é a exposição solar crônica diária, ou seja, o efeito cumulativo do sol nas áreas expostas ao longo da vida. Sendo assim, é mais comum em idosos, principalmente homens, no rosto, orelhas, lábios e pescoço. Também ocorrem mais facilmente sobre cicatrizes, queimaduras ou regiões tratadas por radioterapia e em indivíduos imunossuprimidos
Carcinoma Basocelular
O carcinoma basocelular (CBC) corresponde a 70% dos casos de câncer de pele, isso significa mais de 120.000 casos novos a cada ano no Brasil. Existem 3 subtipos principais: o CBC superficial, que se apresenta com manchas avermelhadas, sem sintomas, que podem sangrar facilmente; o CBC nodular, que são lesões elevadas, brancas ou peroladas com pequenos vasos sanguíneos bem visíveis; e o CBC infiltrativo, que pode formar feridas ou lesões semelhantes a pequenas cicatrizes sem história de trauma. As lesões também podem ser pigmentadas, com áreas azuladas, acinzentadas ou enegrecidas. Acontece principalmente após os 50 anos e é mais comum nas áreas da pele exposta ao sol diariamente, mas também nas áreas cobertas com histórico de queimadura solar. Se diagnosticado precocemente e tratado corretamente, o carcinoma basocelular pode ser facilmente curado, mas quando é negligenciado, pode provocar grande destruição local e, raramente, até provocar metástases.
Quando tinha 18 anos de idade, Marina Aguiar foi submetida a um tratamento contra a leucemia.
Inspirada pela equipe médica que a acompanhou durante todo o tratamento, Marina decidiu que iria cursar Medicina.
“Percebi a importância de médicos que acreditem na recuperação dos pacientes. Isso me motivou a querer ajudar pessoas que vivem algo semelhante ao que enfrentei”, disse ela à BBC News Brasil.
Luta contra a leucemia
Hoje, aos 31 anos, Marina dedica grande parte de seus dias ao cuidado de pacientes que lutam contra a leucemia em um hospital de Brasília (DF).
O caminho até o diploma foi tortuoso. Ela abandonou o curso de Odontologia e enfrentou a desconfiança dos parentes, preocupados com os obstáculos que a jovem teria que superar na faculdade de Medicina. Leia também: Mãe cria projeto para ajudar filho com síndrome rara e auxilia outras famílias com a mesma doença
Na época, o tratamento demorou para apresentar resultados, não havia doadores compatíveis de medula óssea e um médico pessimista do hospital não acreditava que ela sobreviveria.
“Fiquei triste muitas vezes. Mas sempre tentava acreditar que tudo daria certo em algum momento”, diz.
Camila e sua mãe. Foto: Arquivo pessoal
Camila considera que o diploma de Medicina, conquistado em 2013, é a sua maior vitória contra a leucemia, derrotada há cerca de dez anos.
Desde então ela fez uma especialização em hematologia (estudo do sangue) e uma especialização em transplante. “Fui a primeira residente em hematologia no HCG (Hospital do Câncer de Goiás), o mesmo lugar onde fiz o tratamento contra a leucemia. Foi muito importante para mim trabalhar ali. No começo, os médicos tinham receio e pensavam que poderia me prejudicar emocionalmente, por eu ter me tratado ali. Mas eu sempre disse que tinha certeza de que queria ficar ali”, diz.
Foto: Arquivo pessoal
“Trabalhei no HCG por dois anos, durante a minha residência. Deu tudo certo. Muitos funcionários, que me acompanharam como paciente, ficaram felizes em me ver como médica”, relata.
A expectativa da médica é fazer o seu primeiro transplante de medula óssea até o início de 2020. “Sempre quero dar o meu máximo para poder ajudar. Sei que nem todas as vezes vai ser possível, mas sempre quero ter a certeza de que fiz tudo o que pude”, conclui. Fonte https://razoesparaacreditar.com/superacao/jovem-vira-medica-leucemia/?utm_source=facebook&utm_medium=post&utm_campaign=rpa&utm_content=ela-venceu-leucemia-e-virou-medica-salvar-pessoas-mesma-doenca Postadopor Antônio Brito