O goleiro Cássio relata dificuldades em matricular sua filha autista em escolas de Belo Horizonte/MG, denunciando a falta de inclusão e o descumprimento da lei sobre acompanhante especializado.

O goleiro Cássio – ex-Corinthians – agora no time do Cruzeiro de Belo Horizonte/MG – tem uma filha autista, a Maria. Ele foi destaque ainda no time paulista em várias partidas onde exaltou o autismo e a luta de pais pelos direitos dos filhos TEA. Usou luvas, uniforme com alusão à campanha de conscientização do autismo. Na semana passada Cássio voltou aos holofotes das redes sociais por um pronunciamento sofrido que fez como pai: “Hoje, como tantos outros pais de crianças autistas não verbais, venho compartilhar algo muito doloroso. Tenho tentado matricular minha filha em diferentes escolas, mas a resposta quase sempre é a mesma: ela não é aceita”. Lembrando que Cássio hoje mora na capital mineira.
Cássio conta que a sua filha Maria tem uma pessoa especializada que a acompanha desde os 2 anos de idade. Essa profissional foi com a família de São Paulo/SP para BH, e conhece a Maria profundamente, tem a confiança dela e poderia ajudá-la dentro da sala de aula sem atrapalhar em nada o andamento das atividades. Mesmo assim, as escolas não aceitam essa ajuda.
Ele fala que muitas vezes, são chamados para conversar na escola. Cássio e a esposa vamos às escolas, explicam, mostram disposição em colaborar. No final, a resposta é sempre negativa.
Cássio diz que: “Se não fosse por uma única escola ter aceitado a minha filha, a Maria simplesmente não teria como estudar em Belo Horizonte/MG”.
Ele e a esposa dizem que “o mais triste é ouvir isso justamente de escolas que se apresentam como “inclusivas”, que dizem aceitar todos os tipos de crianças”. A realidade, no entanto, é bem diferente.
Como pai, ver sua filha ser rejeitada simplesmente por ser autista é algo que corta o coração. Inclusão não é só palavra bonita em propaganda, é atitude. E ainda estamos muito longe de viver isso de verdade. E Cássio vive isso na pele.
Quantas famílias não passam por isso ? Quantas famílias anônimas ? Quantas não estão em situação de desespero por conta da mesma situação ? É deplorável ter que implorar e abrir uma situação em público porque a lei não está sendo cumprida.
Vale ressaltar novamente: toda criança autista tem direito a um acompanhante especializado em sala de aula. É lei !
Muito triste a realidade vivida por pais de autistas em todo o Brasil...
Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=b80ac458-04eb-413b-abe3-f8731a8aa3e4
Postado Pôr Antônio Brito
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