04/08/2025

CNJ vai capacitar peritos e unifica critérios para concessão de BPC a pessoa com deficiência

CNJ vai capacitar peritos e unifica critérios para concessão de BPC a pessoa com deficiência

Resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça, a partir de provocação da AGU, afirma corrigir distorções ao instituir instrumento unificado de avaliação biopsicossocial

A partir de março de 2026, a concessão de benefício assistencial a pessoas com deficiência dependerá de avaliação biopsicossocial mesmo quando feita por ordem judicial. A medida foi determinada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) atendendo a sugestão da Advocacia-Geral da União (AGU).

Atualmente, somente as concessões feitas em âmbito administrativo pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) obedecem à exigência de avaliação biopsicossocial prevista no Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015). O Poder Judiciário, por sua vez, concede o benefício com base apenas em avaliação médica.

Com a Resolução Nº 630, de 29/07/2025, o CNJ unifica a sistemática, instituindo o instrumento unificado de avaliação biopsicossocial para permitir a análise multiprofissional e interdisciplinar dos pedidos de benefício a pessoas com deficiência. A decisão prevê a inclusão do instrumento no Sistema de Perícias Judiciais (Sisperjud), com utilização obrigatória para todo o Poder Judiciário a partir de 2 de março de 2026.

“A resolução configura um avanço na defesa da política pública assistencial”, afirma Kedma Iara Ferreira, procuradora nacional federal de Contencioso Previdenciário. “A partir dela, os critérios administrativo e judicial para aferição da deficiência serão o mesmo, evitando divergências que ocorriam, já que a análise judicial, em regra, era apenas médica.”

Grupo de Trabalho

A procuradora integrou o Grupo de Trabalho Interinstitucional criado pelo CNJ no início deste ano, por sugestão da AGU, para desenvolver um instrumento comum destinado à avaliação da pessoa com deficiência. Em ofício enviado ao presidente do Conselho, ministro Luís Roberto Barroso, a procuradora-chefe da Procuradoria Geral Federal, Adriana Maia Venturini, recomendava a adoção de parâmetros uniformes para evitar divergências “quanto à constatação da condição de deficiência e miserabilidade”. A unificação, segundo ela, também contribuiria significativamente para a solução consensual das demandas, por meio de conciliação.

“Um terço dos BPCs hoje no Brasil são concedidos por ordem judicial”, comenta o procurador federal Leonardo Monteiro Xexeo, que integra a Coordenação-Geral de Contencioso da Procuradoria Nacional Federal de Contencioso Previdenciário. “Se o Judiciário não utiliza a sistemática correta, a chance de ocorrerem erros na concessão é muito maior”, diz ele.

Eventuais erros, segundo o procurador, poderão ser detectados durante os processos de revisão periódica dos benefícios, que ocorrem a cada dois anos. Nas revisões, tanto o INSS quanto a Justiça deverão adotar a nova sistemática de avaliação. “Não haverá mais assimetria de critérios”, explica.

Capacitação específica

De acordo com a resolução, a avaliação biopsicossocial de pessoas com deficiência deverá ser feita exclusivamente por profissionais capacitados para a função, e sua conclusão não vinculará o resultado do pedido, cabendo sempre a decisão ao juiz competente. A capacitação dos peritos ficará a cargo do próprio CNJ.

Na decisão, o Conselho determina ainda que a adoção do Sisperjud pelo Judiciário será obrigatória a partir de 1º de setembro, ressalvando que os tribunais que já dispõem de formulário eletrônico próprio poderão continuar a utilizá-lo até 31 de agosto, desde que façam as adequações necessárias. O Sisperjud, onde será inserido o instrumento unificado de avaliação biopsicossocial, é uma ferramenta de automação das perícias judiciais que agiliza o tratamento das informações dos laudos periciais e torna o processo judicial mais eficiente.

Governo Federal não tem previsão para Avaliação Biopsicossocial Unificada da Pessoa com Deficiência

Em artigo publicado no Diário PcD, Anna Paula Feminella – Secretária Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, afirmou que “estamos no meio do processo de implementação do modelo de avaliação biopsicossocial da deficiência, um novo paradigma de avaliação que exigirá novos sistemas de gestão e de acesso, para ser aceito em todo o país“.

Confira a íntegra do artigo:

A Avaliação Biopsicossocial da Deficiência representa um avanço importante para garantir o acesso equitativo às políticas públicas para as pessoas com deficiência no Brasil. Esse modelo reconhece a deficiência como uma interação complexa entre condições de saúde, fatores psicológicos e contextos sociais e ambientais. Isso torna a avaliação mais justa, alinhada com os direitos humanos e com as diretrizes internacionais e nacionais sobre inclusão.


Há um ano, o Grupo de Trabalho sobre Avaliação Biopsicossocial finalizou suas atividades encaminhando um relatório que propõe a implementação estruturada da avaliação biopsicossocial por intermédio da aplicação do Índice de Funcionalidade Brasileiro Modificado (IFBrM), propondo estudos mais detalhados para tanto. A implementação da avaliação por intermédio do IFBrM permitirá executar políticas públicas a partir de uma compreensão mais destalhada das necessidades de apoio de cada pessoa com deficiência, contribuindo para a eliminação de barreiras e a promoção da plena inclusão.


Nos últimos meses, tivemos significativos avanços nessa implementação da avaliação. Primeiramente, a equipe do MDHC concluiu a elaboração de um protótipo de plataforma Web para que equipes avaliadoras de órgãos que tenham interesse em firmar parcerias com o Ministério possam aplicar o IFBrM como instrumento de avaliação biopsicossocial em todo o país. Para tanto, foram realizados projetos-piloto no Piauí e na Bahia que, além de permitirem o aperfeiçoamento do instrumento, identificaram numerosos desafios para a implementação da avalição.


Para dar efetividade à avaliação, o MDHC promoverá a adesão voluntária de diversos órgãos públicos federais que têm interesse em serem capacitados para utilizar o IFBrM. Neste sentido, temos focado as tratativas para viabilizar a aplicação do índice por instituições educacionais e por órgãos responsáveis pela seleção de pessoas servidoras públicas em certamos diversos. Neste sentido, cumpre observar a publicação do DECRETO Nº 12.533, DE 25 DE JUNHO DE 2025 – que, entre outras alterações, alterou o Art. 5º do DECRETO Nº 9.508, DE 24 DE SETEMBRO DE 2018 Para incluir de forma explícita a necessidade de certames observarem a avaliação biopsicossocial conforme descrita no art. 2º, § 1º, da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015.


Essa estratégia dialoga com outra de importância para o acesso a direitos: a consolidação de dados de pessoas com deficiência no Cadastro-Inclusão.


Chamo a atenção ao fato de que o Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Cadastro-Inclusão) foi instituído pela Lei nº 13.146/2015 para reunir informações socioeconômicas e identificar barreiras enfrentadas por esse público. Atualmente, esse cadastro é alimentado automaticamente com dados de pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), a Aposentadoria da Pessoa com Deficiência prevista pela Lei Complementar 142 ou que tiveram deficiência reconhecida, mesmo que o benefício tenha sido negado.


Hoje, a inclusão depende exclusivamente da avaliação feita pelo INSS e não há, no momento, uma forma para inserção direta de documentos no Cadastro-Inclusão sem essa validação pelo INSS.


Para superar esta situação, além da implementação do Índice de Funcionalidade Brasileiro Modificado – IFBrM como instrumento de Avaliação Biopsicossocial, estamos apostando em soluções de cruzamento de dados que permitam que pessoas que tiveram a deficiência reconhecida por um órgão público possam aproveitar esse reconhecimento na hora de acessar outras políticas públicas. Já estamos em tratativas com o MGI, Casa Civil, Receita Federal, ANTT, Ministério dos Esportes e Ministério da Educação para efetivar acordos de cooperação que ampliem o Registro de Referência das Pessoas com Deficiência para incluir diversas fontes de dados sobre pessoas com deficiência.

Fonte: Assessoria Especial de Comunicação Social da AGU

Fonte https://diariopcd.com.br/cnj-vai-capacitar-peritos-e-unifica-criterios-para-concessao-de-bpc-a-pessoa-com-deficiencia/

Postado Pôr Antônio Brito 

Antônia Keyla quebra recorde das Américas nos 1.500m em último dia do Troféu Brasil no CT Paralímpico

 

Antônia Keyla ergue os braços após prova dos 1500m pelo Troféu Brasil no CT Paralímpico | Foto: Marcello Zambrana / CPB

A piauiense Antônia Keyla quebrou o recorde das Américas na prova dos 1.500m da classe T20 (deficiência intelectual) neste domingo, 3, último dia do Troféu Brasil de atletismo, que acontece desde a última quinta-feira, 31, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. A competição reuniu quase 1 mil atletas olímpicos e paralímpicos em disputas de pista e campo.

A fundista Antônia Keyla, que havia sido medalhista de bronze na mesma prova nos Jogos de Paris 2024 e prata no Mundial de Kobe 2024, correu a distância em 4min24s33 e superou a sua própria marca continental, que era de 4min28s92, feitos no Desafio Brasil de atletismo durante o Meeting Belo Horizonte, no último mês de junho.

O tempo de Keyla deste domingo também é o melhor do mundo da prova em 2025 e ficou a menos de um segundo do recorde mundial dos 1.500m T20 – de 4min23s37, da polonesa Barbara Bieganowska-Zajac, registrado em 2012.

“Estou muito feliz por ter melhorado minha marca. Foi a melhor da minha vida. Estou aprendendo a ter um gás diferenciado na última volta porque é onde definimos a prova. É muito bom competir diante dessas adversárias olímpicas que são muito fortes, que competem em âmbito internacional. Então, sabia que tinha chances de evoluir meu tempo”, afirmou a fundista do clube ADD/SP, que terminou a prova na quarta colocação.

A maranhense Rayane Soares foi outra atleta paralímpica a competir neste dia. A atleta da classe T13 deficiência visual) correu a final dos 200m em 24s40 e ficou próxima dos 24s19 que lhe renderam o recorde mundial da prova neste sábado, 2, durante as eliminatórias.

Na competição, a atleta do clube Instituto Athlon também fez a melhor marca do mundo nos 100m ao completar a disputa em 12s17 na última quinta-feira, 31.

“Me senti muito bem nestes dias de Troféu Brasil, apesar de não ter gostado muito do tempo desta final. Gostaria de ido um pouco melhor e ter ficado perto da marca que fiz nas eliminatórias. Mas esses dois recordes mundiais que consegui na competição, com certeza, vão me dar um gás a mais e uma motivação maior para a sequência da temporada e para a disputa do Mundial. Estou com meu [aspecto] mental bem mais forte agora”, avaliou.

A competição para os atletas paralímpicos serviu como preparação final para o Mundial da modalidade, marcado para 27 de setembro a 5 de outubro, na Índia. Mesmo já com um dos critérios pré-estabelecidos, os atletas devem aguardar a convocação oficial do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

Patrocínio
As Loterias Caixa, a Caixa, a Braskem e a Asics são as patrocinadoras oficiais do atletismo.

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
As atletas Antônia Keyla e Rayane Soares são integrantes do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa e da Caixa que beneficia 148 atletas.

Time São Paulo
As atletas Antônia Keyla e Rayane Soares integram o Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 154 atletas.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://cpb.org.br/noticias/antonia-keyla-quebra-recorde-das-americas-nos-1-500m-em-ultimo-dia-do-trofeu-brasil-no-ct-paralimpico/

Postado Pôr Antônio Brito 

Criciúma/SC: Placas de “Ambiente Silencioso” para autistas

 Criciúma/SC instalou 70 placas de "Ambiente Silencioso" para a inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A medida, baseada na Lei Municipal Nº 7.824/2020, sinaliza áreas onde moram autistas e visa limitar ruídos em um raio de 200 metros para evitar crises e desconfortos. A iniciativa serve de exemplo para outras cidades.

Criciúma/SC: Placas de “Ambiente Silencioso” para autistas

A cidade de Criciúma/SC deu um importante passo na inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA): foram instaladas 70 placas de “Ambiente Silencioso” em várias regiões da cidade. A iniciativa segue a Lei Municipal Nº 7.824/2020 e visa promover mais respeito e bem-estar a quem convive com a sensibilidade auditiva típica do TEA.

As placas seguem o padrão do Código de Trânsito Brasileiro e sinalizam áreas com moradores diagnosticados com autismo. O objetivo é limitar ruídos em um raio de até 200 metros da residência, evitando crises e desconfortos provocados por barulhos excessivos.

O exemplo pode ser seguido por outras cidades brasileiras. Parabéns à iniciativa de Criciúma/SC!

Acompanhe a notícia completa no link:

 
Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=ddb08c77-7112-4e19-8c29-35468507bd2b
Postado Pôr Antônio Brito 

01/08/2025

Quais são os direitos de acessibilidade dos bancos?

 Quais são os direitos de acessibilidade dos bancos?

Instituições financeiras têm obrigações legais para garantir que pessoas com deficiência possam acessar, utilizar e se relacionar com os serviços bancários de forma autônoma e segura

Ir ao banco é uma tarefa simples para muitas pessoas. Mas, para quem vive com deficiência, a experiência pode ser muito diferente. Desde barreiras arquitetônicas até a falta de acessibilidade digital, os desafios vão muito além do atendimento em si. Para mudar essa realidade, os bancos são obrigados a seguir uma série de normas que garantem acessibilidade plena aos clientes com deficiência, direitos estes assegurados por lei.

O cumprimento dessas exigências não é apenas uma questão de respeito, mas sim uma obrigação legal prevista em normas como o Estatuto da Pessoa com Deficiência e a Resolução nº 4.649/2018 do Banco Central. Ainda assim, muitas instituições financeiras continuam descumprindo regras básicas, o que afeta diretamente a autonomia e o acesso a serviços como abertura de conta, consulta de FGTS, movimentações bancárias ou até mesmo um simples investimento online.

O que a legislação brasileira garante às pessoas com deficiência?

O principal marco legal que assegura os direitos das pessoas com deficiência no Brasil é a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), sancionada em 2015. Segundo o artigo 55 da LBI, os bancos devem oferecer atendimento prioritário, acessível e adequado às pessoas com deficiência, inclusive com a disponibilização de equipamentos adaptados e pessoal treinado para esse atendimento.

Já a Resolução nº 4.649 do Banco Central detalha como essa acessibilidade deve ser garantida: caixas eletrônicos com altura adequada, sinalização em braille, sistemas de áudio para pessoas com deficiência visual e rampas de acesso em todas as agências são apenas algumas das exigências. A norma também estabelece que os canais digitais, como aplicativos e internet banking, devem ser compatíveis com leitores de tela e permitir navegação sem uso de mouse.

Segundo dados do IBGE de 2022, mais de 18 milhões de brasileiros vivem com algum tipo de deficiência. Diante dessa realidade, garantir o acesso aos serviços bancários significa também respeitar o direito dessas pessoas a uma vida financeira ativa e independente.

Atendimento prioritário: um direito previsto e obrigatório

Pessoas com deficiência têm direito ao atendimento prioritário nos bancos, de acordo com a LBI e com a Lei nº 10.048/2000. Isso vale tanto para o atendimento presencial nas agências quanto para o acesso telefônico e online. Os bancos devem sinalizar claramente os guichês de atendimento prioritário e assegurar que essa prioridade seja respeitada de fato e não apenas ilustrativa.

O atendimento também precisa ser adequado às necessidades específicas de cada pessoa. Isso inclui desde funcionários capacitados em Libras para clientes surdos, até tempo maior de atendimento para quem possui limitações de mobilidade ou compreensão. Vale lembrar que o direito à prioridade não é apenas de quem tem deficiência física, mas também sensorial, intelectual ou mental.

Quando essa prioridade não é respeitada, o cliente pode registrar reclamação diretamente no Banco Central ou procurar o Procon de sua cidade. A repetição de falhas por parte da instituição pode gerar penalidades e multas.

Rampas, elevadores, corrimãos, portas com largura adequada e pisos táteis são recursos obrigatórios para o funcionamento de qualquer agência bancária. Desde 2004, a ABNT estabelece, por meio da norma NBR 9050, os critérios técnicos de acessibilidade que devem ser seguidos em edificações públicas e privadas, incluindo instituições financeiras.

Além da estrutura física, os caixas eletrônicos também devem ser adaptados. Eles precisam estar posicionados em altura acessível para cadeirantes e conter recursos como teclado em braille, fone de ouvido com instruções em áudio e tela com contraste ajustável. O uso de tecnologia assistiva é obrigatório nesses equipamentos.

O descumprimento dessas normas pode configurar violação dos direitos da pessoa com deficiência e permitir inclusive a judicialização do caso, com base na própria LBI.

Plataformas digitais também devem ser acessíveis

Com o avanço dos canais digitais, boa parte dos serviços bancários foi migrada para aplicativos e internet banking. Isso, no entanto, não exime os bancos da obrigação de garantir que essas plataformas sejam acessíveis. A falta de compatibilidade com leitores de tela, por exemplo, pode impedir que um cliente cego consulte o saldo, faça uma transferência ou realize um investimento com segurança e autonomia.

A Resolução nº 4.649 determina que os sistemas eletrônicos de autoatendimento e canais digitais devem seguir os padrões de acessibilidade da W3C (World Wide Web Consortium), com adaptação de conteúdo e interface para diferentes tipos de deficiência. Mesmo assim, uma pesquisa feita em 2023 pela BigData Corp, em parceria com a Hand Talk, mostrou que menos de 1% dos sites bancários brasileiros são totalmente compatíveis com padrões internacionais de acessibilidade.

Isso indica que, embora muitos bancos afirmem oferecer acessibilidade digital, a execução prática ainda deixa a desejar. O consumidor tem direito de exigir melhorias por meio dos canais de ouvidoria, Banco Central e até mesmo recorrer ao Judiciário, caso seja necessário.

Acesso à informação financeira também é direito

Além da estrutura e do atendimento, a informação clara sobre produtos financeiros precisa estar disponível em formatos acessíveis. Isso inclui contratos, tarifas, comunicados e até materiais informativos sobre FGTS, empréstimos ou aplicações. Os documentos devem ser legíveis, com opção de versão digital compatível com leitores de tela ou, quando solicitado, impressos em braille ou com letra ampliada.

O direito à informação acessível permite que a pessoa com deficiência tome decisões mais seguras sobre sua vida financeira, incluindo o planejamento de um investimento ou o uso de linhas de crédito. Sem isso, há risco de exclusão e até de prejuízo financeiro.

Para que o acesso seja real

Ter conta em banco, sacar dinheiro, investir, consultar o FGTS ou utilizar o aplicativo para pagar uma conta não deveria exigir esforço extra de ninguém. Ainda assim, para milhões de brasileiros com deficiência, essas ações básicas enfrentam barreiras invisíveis.

O acesso está previsto em leis, mas o cumprimento dessas normas ainda depende de pressão constante. Para que o sistema bancário seja realmente acessível, é necessário mais do que adaptações pontuais: é preciso compromisso com a inclusão em todas as etapas, da arquitetura ao aplicativo, da informação à operação.

Fonte https://diariopcd.com.br/quais-sao-os-direitos-de-acessibilidade-dos-bancos/

Postado Pôr Antônio Brito 

Meeting Loterias Caixa chega a Belém neste sábado, 2, com mais de 140 atletas

Atleta se aproxima da linha de chegada no Meeting Loterias Caixa de Belém em 2024 | Foto: Thiago Gomes/CPB

O Meeting Paralímpico Loterias Caixa, realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), chega à Belém (PA) neste sábado, 2, com 141 competidores em provas de três modalidades: atletismo, natação e bocha.

As disputas serão distribuídas em dois endereços da capital paraense. O estádio Mangueirão receberá 104 competidores do atletismo, enquanto a Tuna Luso Brasileira terá 24 nadadores e 13 atletas da bocha em ação.

Haverá provas válidas para o alto rendimento e também seletivas estaduais de três competições para atletas em desenvolvimento: Paralimpíadas Escolares, Paralimpíadas Universitárias e Intercentros, para crianças com idade de 7 a 10 anos alunas do projeto Centros de Referência do CPB.

O Meeting Paralímpico foi criado em 2021 e tem o objetivo de desenvolver o paradesporto em todo o território nacional, com a participação de novos talentos e atletas de elite. Entre abril e agosto deste ano, o evento irá passar por todos os estados e pelo Distrito Federal.

Em 2025, o Meeting Paralímpico Loterias Caixa já teve etapas em Porto Alegre (RS), Rio Branco (AC), Florianópolis (SC), Porto Velho (RO), Curitiba (PR), Cuiabá (MT), Salvador (BA), Campo Grande (MS), Aracaju (SE), Goiânia (GO), Recife (PE), Palmas (TO), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB), Vitória (ES), Natal (RN), Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE), Teresina (PI), Boa Vista (RR), Manaus (AM) e São Luís (MA).

Imprensa
Os profissionais de imprensa interessados em cobrir o Meeting Paralímpico Loterias Caixa de Belém podem enviar um e-mail para imp@cpb.org.br com os seguintes dados: nome completo, RG ou CPF e o veículo pelo qual irão cobrir o evento. No dia da competição, os profissionais deverão se identificar na sala de imprensa do local.

Serviço
Meeting Paralímpico Loterias Caixa – Etapa de Belém
Data: 2/8, a partir das 8h

Atletismo
Local: Estádio do Mangueirão
Endereço: Rodovia Augusto Montenegro s/n, Km 03

Natação e bocha
Local: Tuna Luso Brasileira
Endereço: Av. Alm. Barroso, 4110

Patrocínios
As Loterias Caixa, a Caixa, a Braskem e a Asics são as patrocinadoras oficiais do atletismo.
As Loterias Caixa e a Caixa são as patrocinadoras oficiais da natação e da bocha.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

 Fonte https://cpb.org.br/noticias/meeting-loterias-caixa-chega-a-belem-neste-sabado-2-com-mais-de-140-atletas/

Postado Pôr Antônio Brito

Gestão inclusiva e protagonismo da pessoa com deficiência

A ESPM promove um curso sobre gestão inclusiva e protagonismo da pessoa com deficiência, focado na capacitação para o mercado de trabalho. As aulas ocorrerão em setembro, em São Paulo, com grandes nomes do segmento PcD.

Gestão inclusiva e protagonismo da pessoa com deficiência

Tendo em vista a crescente demanda por profissionais que atuem em questões de diversidade humana, com foco na inclusão das pessoas com deficiência, este curso da ESPM trará informações estratégicas sobre esse o segmento PcD. O estudante vai acessar material teórico e conceitos práticos aplicados na capacitação e contratação de pessoas com deficiências para o mercado de trabalho. Ao final do curso, os alunos estarão habilitados a conduzirem reflexões, ações e projetos aplicados sobre o tema para melhoria e inovação em processos organizacionais, seja em empresas ou no setor público, contribuindo, também, para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, diversa e inclusiva.

Entre os professores e convidados estão grandes nomes do segmento PcD, como: Cid Torquato, Lilliane Almeida, Rodrigo Credidio, Marta Gil, Marinalva Cruz e Gil Giardelli.

O início do curso será em 8 de setembro, seguindo-se nos dias 15, 22 e 29 de setembro. Sempre às segundas-feiras das 19h30 às 22h30, na ESPM Tech, em São Paulo/SP. As inscrições vão até dia 7 de setembro.

Saiba mais no link:

 
Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=05aa90ab-6e17-4edb-98a9-30c0dcd2819a
Postado Pôr Antônio Brito 

OAB/SP solicitará arquivamento de Projeto de Lei que propõe a criação do Código Brasileiro de Inclusão

OAB/SP solicitará arquivamento de Projeto de Lei que propõe a criação do Código Brasileiro de Inclusão

Decisão foi tomada ao final de Audiência Pública realizada na capital paulista que debateu Projeto de Lei 2661/2025 que cria o Código Brasileiro de Inclusão. Documento deve ser entregue a Hugo Motta, Presidente da Câmara dos Deputados

A OAB de São Paulo realizou nesta terça-feira, 29, na sede institucional na capital paulista, uma Audiência Pública para debater o PL – Projeto de Lei 2661 de 2025 que propõe reorganizar e consolidar a LBI em um código normativo mais amplo. A proposta tem sido debatida com preocupações sobre possíveis retrocessos, especialmente se não houver garantias explícitas de manutenção dos direitos.

Participaram do evento presencialmente a Drª. ADRIANA GALVÃO – Secretária-Geral da OAB SP; Drª. VIVIAN REGINA DE CARVALHO CAMARGO – Presidente da Comissão de Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB SP e da Comissão de Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB Subseção de Campinas; Dr. ANDRÉ COELHO
Presidente da Comissão de Direitos das Pessoas com Deficiência Região Sudeste da Associação Brasileira de Advogados, Conselheiro do Conselho Nacional de Direito da Pessoa com Deficiência do Ministério dos Direitos Humanos e Membro da Comissão de Direitos das Pessoas com Deficiência da OAB SP; Dr. CAHUE TALARICO
Mestre em Direito, Coordenador do Comitê Jurídico da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down e Presidente da Comissão de Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB Subseção de Santos; ANDREA WERNER
Deputada Estadual de São Paulo;  MARCELO PANICO – Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social e Membro Titular da Comissão Permanente de Acessibilidade da Secretaria Municipal dos Direitos das Pessoas com Deficiência de São Paulo e a Drª. LAÍS DE FIGUEIRÊDO LOPES – Conselheira Secional e Presidente da Comissão de Direito do Terceiro Setor da OAB SP.


Virtualmente participaram a Drª. IZABEL MAIOR – Mestre em Medicina Física e Reabilitação pela UFRJ , Membro Titular da Academia Brasileira de Medicina de Reabilitação, que integra a Rede Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência- Rede-In e a Frente Nacional de Mulheres com Deficiência; Drª. LUDMILA HANISCH
Vice-Presidente da Comissão Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência do CFOAB e Coordenadora-Adjunta das Comissões da OAB SC e MARA GABRILLI – Senadora da República.

A organização do evento recebeu a manifestação do Fórum Paulista de Entidades de Pessoas com Deficiência, contrário a projeto.

Já o Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, publicou nas redes sociais que “estamos aqui para expressar nossa firme oposição ao projeto de lei PL 2661/2025. Grandes autoridades do setor e especialistas renomados têm se posicionado contrariamente à sua proposta, apontando diversos riscos e prejuízos que poderiam impactar negativamente a vida das pessoas com deficiência”.

Diante desse cenário, solicitamos com veemência o arquivamento imediato do PL 2661/2025, para que possamos buscar alternativas mais justas, transparentes e benéficas para todas as pessoas com deficiência e a sociedade como um todo.

Contamos com o apoio de toda a população para defender os direitos e interesses da com deficiência e dessa garantir um futuro mais justo e equitativo..

Após os debates, todos os representantes da sociedade solicitaram – por unanimidade, a produção de um documento, que deve ser entregue ao Deputado Federal Hugo Motta solicitando o ‘arquivamento’ do PL 2661/2025 – proposta que foi produzida pela Comissão da Pessoa com Deficiência, presidida pelo Deputado Federal Duarte Junior.

Acompanhe a íntegra da Audiência Pública

https://www.youtube.com/watch?v=DU6rPlZ0Rt4

Fonte https://diariopcd.com.br/oab-solicitara-incineracao-de-projeto-de-lei-que-propoe-a-criacao-do-codigo-brasileiro-de-inclusao/

Postado Pôr Antônio Brito 

 

31/07/2025

Franco da Rocha/SP terá show de MPB com acessibilidade

Franco da Rocha/SP promove show de MPB com Coletivo Reluzir e Banda Destaques da MPB, com acessibilidade em Libras, audiodescrição e legenda. Evento gratuito no Centro Cultural Newton Gomes de Sá.

Franco da Rocha/SP terá show de MPB com acessibilidade

O Ministério da Cultura, Governo Federal, Prefeitura de Franco da Rocha/SP e Política Aldir Blanc convidam para o show de música popular brasileira com o Coletivo Reluzir e a Banda Destaques da MPB.

O evento será dia 16 de agosto (sábado), às 16 horas, no Centro Cultural Newton Gomes de Sá - Avenida 7 de setembro, s/nº - Vila Artur Sestini - Franco da Rocha/SP - Próximo da Estação CPTM Franco da Rocha.

O show terá acessibilidade em Libras, áudio descrição e legenda.

A entrada é GRATUITA. Não perca !

Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=41156191-e587-479e-8a5f-e063bb915170

Postado Pôr Antônio Brito 

Seleção Brasileira de tiro esportivo viaja ao Peru para disputa de Grand Prix

 

O atleta Marcelo Marton durante premiação do Parapan de Santiago 2023 | Foto: Miriam Jeske/CPB

A Seleção Brasileira de tiro esportivo, formada por dez atletas, embarca para o Peru nesta quarta-feira, 30, para disputar o Grand Prix de Arequipa, de 2 a 4 de agosto.

Entre os participantes estarão o paranaense Marcelo Marton, campeão parapan-americano de Santiago 2023, e o capixaba Bruno Kiefer, que fez parte do grupo responsável pela conquista da medalha de bronze por equipes no Mundial de Lima, em 2023, também no Peru.

James Walter, coordenador do tiro esportivo no Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), explicou que a competição irá contar com a realização de Classificação Esportiva Paralímpica de abrangência internacional o que abre espaço para atletas estreantes em competições pela Seleção. Por isso, o grupo mescla esportistas experientes com outros em sua primeira disputa internacional.

“Queremos dar um incentivo para atletas novos, para que eles vejam que têm a mesma chance que todos. Além disso, é uma oportunidade para atingir o índice mínimo para disputar o Mundial da Coreia do Sul no ano que vem [em setembro], incorporando esses atletas definitivamente à equipe”, afirmou.

Em junho, o Brasil conquistou uma medalha de bronze na etapa da Coreia do Sul da Copa do Mundo de tiro esportivo. O pódio veio com o gaúcho Alexandro Basso na prova de paratrap (tiro ao prato). O atleta não competirá em Arequipa.

Confira a lista de atletas convocados:

Andreia Ursula Oliveira Lima
Bruno Stov Kiefer
Debora da Silva Rodrigues Campos
Fabio Luciano de Campos
Geraldo von Rosenthal
Igor Eli da Silva
Joaquim Augusto Pacheco dos Santos
Luci Maria de Lima
Marcelo Hyroshi Marton
Romualdo Ferreira Silva Marques

Patrocínio
As Loterias Caixa e a Caixa são as patrocinadoras oficiais do tiro esportivo.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralípico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://cpb.org.br/noticias/selecao-brasileira-de-tiro-esportivo-viaja-ao-peru-para-disputa-de-grand-prix/

Postado Pôr Antônio Brito 

Instituto critica condições das calçadas em SP após morte de cadeirante: “não foi um caso isolado”

 Instituto critica condições das calçadas em SP após morte de cadeirante: "não foi um caso isolado"

Instituto Biomob alega que o cenário não está de acordo com o Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/2001), que reconhece que o planejamento urbano deve favorecer o direito ao transporte e à mobilidade, com ênfase na acessibilidade para pessoas com deficiência

Um acidente de trânsito ocorrido no bairro do Itaim Paulista, em São Paulo, nesta quinta-feira (24), tirou a vida de André Luís Ribeiro Campelo, um cadeirante de 51 anos, que foi atropelado pelo motorista de um veículo que fugiu sem prestar socorro. Segundo a família da vítima, André Luís trafegava pela rua quando foi atingido pois, corriqueiramente, ele enfrentava dificuldades devido à falta de condições adequadas das calçadas. A Prefeitura de São Paulo afirma que, desde 2021, tem realizado uma série de obras para melhorar a acessibilidade na capital, mas instituições que defendem os direitos das pessoas com deficiência questionam as práticas de acessibilidade na cidade.

“Existe um estudo feito pela Prefeitura em 2019 que mapeou mais de 7 milhões de metros quadrados de calçadas que precisam de manutenção e, de fato, existe um plano em curso para revitalização desses espaços. Porém, até o final de 2024, pouco mais de 1 milhão de metros quadrados foi revitalizado pela atual gestão, o que é muito pouco diante da urgência de acessibilidade para pessoas com deficiência, em especial no grande centro que é São Paulo. Ou seja, ainda convivemos com uma grande extensão de calçadas na cidade que desrespeitam leis, bem-estar do cidadão e causam diversos acidentes, onerando, inclusive, o próprio poder público. Não se trata, portanto, de um caso isolado”, afirma Valmir de Souza, especialista em acessibilidade e inclusão e CEO do Instituto Biomob.

Souza lembra que o Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257/2001) reconhece que o planejamento urbano deve favorecer o direito ao transporte e à mobilidade, com ênfase na acessibilidade para pessoas com deficiência. Somado a isso, em nível nacional, está previsto em lei que as construções e os serviços públicos (incluindo calçadas) devem ser adaptados para garantir acesso pleno às pessoas com deficiência, o que implica que elas devem poder se deslocar livremente em sua cidade. A norma técnica ABNT NBR 9050, de 2004, também já previa que toda nova calçada e toda reforma de calçada, atendessem plenamente os critérios de acessibilidade às pessoas com deficiência. De acordo com ele, porém, na prática há outros desafios. 

“A título de exemplo, recentemente tivemos o relato de uma conhecida que reside em bairro de classe média alta da capital paulista, juntamente com uma idosa e uma pessoa com deficiência. Essas duas pessoas sofrem com o descaso nas calçadas, por conta da proibição da prefeitura de cortar uma árvore de Pau Brasil plantada indevidamente nesta calçada. Além de causar problemas à saúde dos moradores e gastos despendidos com a estrutura da casa, que sem a manutenção do portão não conseguem fechar a entrada, a árvore também impede a circulação de transeuntes por esta calçada, pois naquele trecho não há mais espaço para as pessoas passarem”, diz. 

Para casos como este, muitas cidades, incluindo São Paulo, têm legislações que protegem as árvores, especialmente as de espécies nativas e as que estão em calçadas. A remoção de árvores pode levar a multas, no entanto, a presença delas acaba por prejudicar cidadãos, especialmente aqueles que têm mais dificuldades de mobilidade. “É preciso que o poder público se atente não apenas à legislação ou aos gastos desnecessários, mas ao bem-estar do cidadão. Uma situação como a que exemplifiquei é uma entre muitas, mas é preciso que as pessoas saibam e solicitem seus direitos”, reforça Valmir de Souza, destacando que em situações envolvendo a presença de árvores em locais inadequados é possível conseguir a remoção por vias legais, mas que o trâmite pode ser demorado. 

Fonte https://diariopcd.com.br/instituto-critica-condicoes-das-calcadas-em-sp-apos-morte-de-cadeirante-nao-foi-um-caso-isolado/

Postado Pôr Antônio Brito