18/05/2020

De Onix a Corolla, veja 6 bons carros automáticos na faixa dos R$ 40 mil..

Preço e valor são conceitos diferentes para o custo de um produto ou serviço. Você pode se deparar com dois carros diferentes pela mesma quantia, mas valorizar apenas aquele que atenda suas necessidades.

Para ilustrar, imagine um Toyota Corolla de R$ 100 mil e um Audi A3 sedã com o mesmo preço. Quem valoriza menor custo de manutenção e liquidez, certamente vai escolher o Corolla. Quem valoriza tecnologia e status, pode preferir o A3.

Na coluna desta semana, vou listar alguns carros usados com transmissões automáticas, que entregam um valor apreciado por muitos, que é a menor desvalorização possível.

Se você é daqueles que compram um carro já se planejando para o dia que for vendê-lo, não deixe de conferir os carros abaixo. Melhor ainda se o seu orçamento estiver na casa dos R$ 40 mil, que é justamente o filtro de preço utilizado aqui.

Os escolhidos perderam bem pouco nos últimos dois anos. Quem os comprou em março de 2018, hoje consegue vender por um valor bem próximo daquilo que pagou. Claro que não estou considerando a inflação, é apenas uma conta simples de valores brutos.

Chevrolet Onix

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O líder de vendas dos últimos anos não poderia ficar fora dessa lista. Afinal de contas, para ser campeão, precisa ser bom em praticamente tudo. Quando o assunto é desvalorização, o Onix consegue ser amigo do bolso do motorista.

A Tabela Fipe de um LTZ 2015 é R$ 40.500, sendo em 2018 era apenas R$ 4.300 acima disso. Essa era a versão mais completa do Onix em 2015, portanto é um carro bem completo, inclusive com multimídia e controlador de velocidade. O motor é o conhecido 1.4 com 8 válvulas, com câmbio automático de 6 marchas que permite trocas manuais.

Honda City

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O modelo deve ganhar nova geração e está um pouco esquecido no mercado de novos. Mas, no de usados, segue firme e forte, mantendo a mesma faixa de preço nos últimos anos. Como exemplo, a versão EX 2013, que hoje tem Tabela Fipe de R$ 40.400, custava apenas R$ 3.900 a mais em 2018.

Em 2013, essa era a versão mais completa, portanto vinha com bancos em couro, ar-condicionado automático e controlador de velocidade. O motor é o mesmo utilizado ainda hoje, um 1.5 com 16 válvulas. Já o câmbio é diferente do atual CVT. Até 2014, o City vinha com câmbio automático de 5 marchas com paddle shifts no volante para trocas manuais.

Toyota Etios

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O patinho feio da Toyota é incrivelmente bom. Recentemente, viralizou o caso de um taxista que passou da marca de um milhão de quilômetros rodados com um Etios sedã.

Eu mesmo, quando tive a oportunidade de ficar uma semana com um hatch na versão X - a de entrada - com câmbio automático, revi todos os conceitos que tinha sobre o carro. Mesmo com um pequeno motor 1.3 e câmbio de apenas 4 marchas, o desempenho e consumo são muito bons.

Fora o inesperado conforto de rodagem, que faz dele um ótimo carro para o dia a dia. Tirando o fato de não vir com nenhum sistema de som, entrega o mínimo que se espera de um carro, que é a direção com assistência, ar-condicionado e controles elétricos para vidros e travas.

Essa versão X é valorizada no mercado de usados por ser barata. Hoje, a Tabela Fipe de um 2017 é de R$ 41.100, e em 2018 era apenas R$ 3.800 acima disso.

Honda Fit

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O queridinho do mercado de usados também não poderia ficar fora dessa lista. Na minha opinião, é sempre muito caro pelo que entrega, mas basta lembrar a questão do valor para entender que não sou dono da verdade. Muitos optam pelo Fit pela reconhecida robustez, baixo consumo de combustível e a excelente liquidez no mercado.

Sendo assim, desvaloriza pouco e agrada muitos motoristas, que não ligam pelo fato de ser simples. A versão LX 2014 tem Tabela Fipe de R$ 39.400. Em 2018, a tabela era apenas R$ 3.600 acima disso. É uma versão intermediária, com motor 1.4 com 16 válvulas e câmbio automático de 5 marchas.

Toyota Corolla

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Outro queridinho do mercado de usados, mas na categoria dos sedãs, o Corolla é fenômeno mundial de vendas, e isso só poderia repercutir em baixa desvalorização no mercado de usados.

O maior problema de ser tão valorizado é que, para entrar nessa lista de carros na faixa dos R$ 40 mil, precisa ser um modelo mais antigo, no caso um 2009 na versão XEI. Esse foi o primeiro ano da 10ª geração, que passou a vir com airbags laterais nessa versão.

O motor é 1.8 com 16 válvulas e o câmbio tem apenas 4 marchas, sem opção de trocas manuais. Hoje, a Tabela Fipe, é R$ 38.500. Levando em conta que em 2018 era apenas R$ 2.300 acima disso, alguém dúvida que vai continuar nessa faixa de preço nos próximos anos?

Honda Civic

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Mas o campeão desse comparativo não foi nenhum dos queridinhos Corolla ou Fit, tampouco o líder Onix. O usado que menos desvalorizou nos últimos dois anos, segundo a Tabela Fipe, foi o Civic - mais especificamente na versão LXL SE 2011. Esse foi o último ano da famosa geração conhecida como "New Civic".

Nessa versão intermediária, a Honda colocou alguns itens a mais no último ano, por isso o "SE" no fim, que indica ser uma Série Especial. Com isso, ganhou ar-condicionado automático e bancos em couro, além de vários outros itens de comodidade. O motor é 1.8 com 16 válvulas e o câmbio tem 5 marchas com opção de trocas manuais pelos paddle shifts no volante.

Hoje, a Tabela Fipe desse LXL SE 2011 é de R$ 40.000, e em 2018 era apenas R$ 900 acima disso. Quem comprou esse carro há dois anos se deu muito bem, pois quase empatou o valor que investiu no carro. Nada mal para um bem de uso, com forte tendência de desvalorização, como é o automóvel.

Fonte  https://www.uol.com.br/carros/colunas/cacador-de-carros/2020/03/19/de-onix-a-corolla-veja-6-bons-carros-automaticos-na-faixa-dos-r-40-mil.htm

Postado por Antônio Brito 

ALUNOS COM BAIXA VISÃO DA REDE MUNICIPAL RECEBEM MATERIAL PEDAGÓGICO AMPLIADO

Nessa quinta-feira (14/05), a Prefeitura de Cotia, por meio da Secretaria de Educação, realizou as entregas do material pedagógico ampliado para alunos com baixa visão. É a primeira vez que a rede municipal de ensino entrega para estes alunos o material ampliado, até então, os professores, a coordenação das escolas e o Departamento de Educação Especial eram responsáveis por fazer a adaptação do material.

De acordo com o secretário de Educação, Luciano Corrêa, o Departamento de Educação Especial tem 22 alunos com baixa visão devidamente cadastrados e que receberam o kit de material pedagógico. “O conteúdo é o mesmo do que foi entregue aos demais alunos da rede, de acordo com o ano escolar, no entanto, permite que os alunos com baixa visão possam acompanhar melhor as atividades”, disse o secretário. A pequena Monique Oliveira Lima, da EM Prof. Dr. Osny Fleury da Silveira, já recebeu o seu material e vai começar a estudar, neste momento de casa, por conta da quarentena, com mais qualidade e facilidade.

Desde que assumiu a Prefeitura, o prefeito Rogério Franco implantou uma série de melhorias no atendimento aos alunos de inclusão. Foi nessa gestão, inclusive, que estes alunos passaram a receber material escolar adaptado que se ajusta às necessidades de cada criança, os educadores passaram por diversas capacitações e reciclagem para atenderem com ainda mais excelência os alunos de inclusão e a única professora cega da rede recebeu o todo o material em braille.

Fotos: Vagner Santos

Fonte  https://cotia.sp.gov.br/noticia/2632/alunos-com-baixa-visao-da-rede-municipal-recebem-material-pedagogico-ampliado

Postado por Antônio Brito 

PELA 1ª VEZ NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO, PREFEITURA ENTREGA MATERIAL EM BRAILLE PARA PROFESSORA CEGA

Além do material físico, a Prefeitura também disponibilizou todo o conteúdo na versão digital, por meio do google drive

Uma professora com deficiência visual que leciona Língua Portuguesa para alunos do Ensino Fundamental II, na Escola Municipal Samuel da Silva Filho, no bairro Parque Mirante da Mata, acaba de receber o material pedagógico de professor em braille, além do conteúdo digital do material. É a primeira vez que a Prefeitura de Cotia disponibiliza este tipo de material para educador e a contemplada foi Benedita Aparecida dos Santos (36 anos), a professora Benê, que está na rede municipal há dez anos.

O material foi entregue pela direção da escola, na casa da professora e ela aprovou a iniciativa da Prefeitura. “Estou me deliciando [com o material], é a primeira vez na rede, e não só em Cotia, porque também lecionei na rede do Estado, que posso dizer que tenho o meu material em braille. Isso faz toda a diferença, não tenho palavras para descrever a emoção”, disse Benedita. “Isso mostra preocupação não só comigo, mas com os alunos, pois quando melhora as minhas condições de trabalho, melhora a qualidade educacional. É um passo enorme que a Educação de Cotia está dando”, avaliou.

O material é da editora Opet, a mesma que forneceu o material pedagógico adquirido pela Prefeitura e incorporado à educação na rede municipal. A Secretaria de Educação também disponibilizou o conteúdo digital de toda a apostila. “Além do livro físico em braille, a professora Benê pode acessar a versão digital. Desta forma, ela não precisará estar com o material impresso, que é volumoso e pesado, o tempo todo. Há possibilidade da versão digital”, disse o prefeito Rogério Franco. “A educação em Cotia, de um modo geral, deu um grande salto e os últimos kits de material escolar já foram entregues adaptados para alunos de inclusão, além do material pedagógico ampliado para alunos com baixa visão. Iniciativas inéditas na rede municipal”, destacou o prefeito.

A partir de agora, a professora Benê não precisará demandar tempo memorizando o conteúdo pedagógico e fazendo as suas anotações com reglete (instrumento para escrita em braille) para preparar todo o conteúdo de suas aulas. “Eu memorizava a matéria em minha casa, escrevia tudo com reglete. Os alunos me ajudavam, sempre tive apoio da coordenação, direção e [agora] facilita ter nas mãos o conteúdo”, disse a professora Benê.

Fonte  https://cotia.sp.gov.br/noticia/2631/pela-1-vez-na-historia-da-educacao-prefeitura-entrega-material-em-braille-para-professora-cega

Postado por Antônio Brito 

17/05/2020

STF julga na quarta-feira ações sobre bloqueio do WhatsApp

As contas são de usuários investigados por diversos crimes.

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve julgar na quarta-feira (20) duas ações que contestam a validade de decisões judiciais que determinaram o bloqueio do aplicativo WhatsApp em todo o país. A decisão da Corte deverá esclarecer se a Justiça pode impedir o funcionamento temporário do aplicativo devido à recusa de entrega de informações de usuários investigados por diversos crimes.

Em todo o país, magistrados determinam a quebra de sigilo de usuários que são investigados e obrigam o Facebook, que é proprietário do aplicativo, a repassar os dados das conversas com outros usuários à Justiça. No entanto, o aplicativo alega que não pode cumprir a decisão porque as mensagens são criptografadas de ponta-a-ponta, ou seja, não podem ser interceptadas por terceiros e não ficam armazenadas nos sistemas da empresa.

Ao receber a resposta negativa do WhatsApp, os juízes acabam determinado o bloqueio do aplicativo, deixando milhões de pessoas sem conexão. As decisões são amparadas no Marco Civil da Internet, aprovado em 2014. Em um dos artigos, a norma obriga o provador responsável a disponibilizar os dados após a decisão judicial.

O Ministério Público e a polícia argumentam que o aplicativo é usado para a prática de crimes e os ilícitos devem ser impedidos.

As ações que serão julgadas foram protocoladas em 2016 pelo partidos Cidadania e PL. As legendas sustentam que o aplicativo funciona como um meio de comunicação e não pode ser interrompido para todos os usuários. Os processos são relatados pela ministra Rosa Weber e pelo ministro Edson Fachin.

Edição: Fernando Fraga

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2020-05/stf-julga-na-quarta-feira-acoes-sobre-bloqueio-do-whatsapp

Postado por Antônio Brito 

LGBTIs vivem acirramento de violência familiar em isolamento social

Vítimas têm dificuldade de denunciar pais e mães.

A crise global causada pelo novo coronavírus "está exacerbando as dificuldades da população LGBTI", reconheceu a Organização das Nações Unidas (ONU) em um comunicado divulgado em abril. A ONU explicou na época que essa minoria "muitas vezes encontra discriminação e estigmatização ao buscar serviços de saúde, e é mais vulnerável à violência e outras violações dos direitos humanos". No Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, comemorado hoje (17), LGBTIs ouvidos pela Agência Brasil que trabalham no acolhimento a essa população chamam a atenção para o cruzamento dessa forma de discriminação com as dificuldades enfrentadas por todos diante da maior pandemia das últimas décadas.

Gestora de uma rede de apoio emocional que já realizou mais de 100 atendimentos a LGBTIs no Rio de Janeiro, a vice-presidente do Grupo Arco-Íris, Marcelle Esteves, ouve diariamente os desabafos de pessoas que perderam seu sustento com a crise, tiveram que se confinar em lares em que não são aceitas e sofrem violências físicas e psicológicas por parte das próprias famílias.

"A gente atende os mais variados públicos. Desde aquele indivíduo que é estudante e mora com os pais até aquele que já tem o seu escritório e nesse momento perde o seu sustento e fica refém dos familiares. E qual escolha ele tem? Volta para a família? Vai para a rua?", lamenta s psicóloga, que atende com frequência casos de depressão. "A autonomia financeira é primordial. Sem ela, você fica sem o seu direito de escolha, fica refém do outro, e muitos acabam reféns de suas próprias famílias".

Uma pesquisa internacional realizada com 3,5 mil homens gays, bissexuais e transexuais pelo aplicativo de relacionamentos Hornet confirma a percepção da psicóloga. Segundo noticiado pela Fundação Thomson Reuters, na terça-feira (12), 30% dos entrevistados responderam que não se sentem seguros em casa durante o isolamento. Marcelle destaca, entretanto, que a violência é ainda mais severa contra a população transexual, que tem sua identidade negada por familiares. "Tenho jovens em atendimento que preferem ir para a rua e correr o risco de se contaminar, porque não estão suportando ficar nas suas casas".

Mesmo que a LGBTfobia já tenha sido declarada crime pelo Supremo Tribunal Federal (STF), muitas vítimas relatam dificuldades em denunciar familiares próximos, como pais e mães, e se veem sem ter onde buscar abrigo após uma denúncia, conta Marcelle, que muitas vezes tenta aconselhar as vítimas a buscar amigos. "É importante que essa pessoa rompa com esse círculo de violência, se não ela pode acabar sendo morta".  

Além do acolhimento e aconselhamento de vítimas de violência doméstica, o Grupo Arco-Íris tem reunido doações para atender com cestas básicas a um cadastro de 3 mil LGBTIs em situação de extrema vulnerabilidade no estado do Rio de Janeiro. Desde que o isolamento social começou, Marcelle conta que os pedidos de ajuda para ter o que comer não pararam de chegar. Entre as situações mais difíceis está a de parte da população trans que, excluída do mercado de trabalho, depende da prostituição para sobreviver.

Na Coordenadoria Especial de Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio de Janeiro, o trabalho desenvolvido para a inclusão de pessoas trans no mercado de trabalho se tornou "quase impossível", lamenta o coordenador, Nélio Giorgini. Com o pai internado em uma unidade de terapia intensiva há 14 dias, com covid-19, Nélio conta que vive desde março o período de trabalho mais intenso desde 2017, quando assumiu o cargo.  

"O que tem vindo até nós são relatos desesperadores", desabafa. "São pessoas que estão passando fome, pessoas que precisam de abrigo", diz ele, que não deixa de comemorar vitórias pontuais, como a contratação recente de um jovem trans por uma rede de hipermercados.

A coordenadoria tem ajudado na distribuição de cestas básicas, confeccionou máscaras e trabalha em busca de vagas em abrigos municipais para pessoas LGBTIs desabrigadas e em situação de rua. Além disso, estão previstas reuniões com a iniciativa privada para buscar apoio e emprego para essa população, além da ajuda a iniciativas como a Casa Nem, que abriga pessoas trans em situação de vulnerabilidade no Rio de Janeiro. O abrigo é mantido por doações e a mobilização de ativistas criou um financiamento coletivo para receber ajuda no período da pandemia.

Fundador da Casa 1, lar de acolhimento para a população LGBTI na capital paulista, Iran Giusti percebeu com a crise, um retorno de ex-moradores que já haviam se estabelecido fora do acolhimento. "Aumentou significativamente por conta das demissões. Como, em geral, esses jovens têm uma baixa escolaridade, os trabalhos em que atuavam eram essencialmente os de serviços que deixaram seus funcionários completamente desamparados", conta Giusti, que têm ajudado essas pessoas com questões como a obtenção do auxílio emergencial. "Como os jovens que já estavam acolhidos e acolhidas entraram em confinamento, infelizmente, não conseguimos receber novos".

Giusti narra histórias parecidas com a que Marcelle ouve no acolhimento online no Rio de Janeiro. "Percebemos uma mudança no perfil de quem pede ajuda, sendo agora jovens com um perfil de maior independência, que trabalhavam, estudavam e conseguiam conviver relativamente bem com a família. Com o isolamento, muitas situações ficaram insustentáveis".

Um grupo de especialistas em direitos humanos da Organização das Nações Unidas emitiu um comunicado conjunto no último dia 14 em que pede atenção dos países à saúde e às violações de direitos humanos da população LGBTI no contexto da pandemia. O documento destaca em um trecho que, "ao ficar em casa, crianças, adolescentes e adultos LGBTI se veem obrigados a suportar uma exposição prolongada a membros da família que podem não aceitá-los, o que aumenta as taxas de violência doméstica, agressões físicas e emocionais, assim como danos à saúde mental".

No comunicado publicado em abril, a ONU já havia chamado atenção para uma tendência de acirramento de problemas sociais. "A covid-19 está criando um círculo vicioso em que altos níveis de desigualdade alimentam sua disseminação, que, por sua vez, aprofunda as desigualdades", dizia um trecho do documento.

No Brasil, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) lançou em abril uma cartilha sobre prevenção ao coronavírus voltada especificamente para a população LGBTI.

O texto afirma que "Lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros estão expostos  ao novo coronavírus da mesma forma que o resto da população. Ainda assim, muitas dessas pessoas vivem num contexto de extrema vulnerabilidade social, o que pode influenciar no acesso a direitos como a saúde".

Além das recomendações gerais de higiene e distanciamento social, a cartilha recomenda questões específicas, como a atenção ao cancelamento de cirurgias eletivas, citando as do processo transexualizador.

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2020-05/lgbtis-vivem-acirramento-de-violencia-familiar-em-isolamento-social

Postado por Antônio Brito 

Lançado em Santa Catarina, o manual cuidados de pessoas com lesão medular

Foi lançado pela Secretaria Estadual da Saúde de Santa Catarina -SES/SC,Centro Catarinense de Reabilitação – CCR e Centro Especializado de Reabilitação – CER II o MANUAL CUIDADOS DE PESSOAS COM LESÃO MEDULAR.


O trabalho foi organizado por Adriana Dutra Tholl, Danielle Alves da Cruz, Natália Aparecida Antunes e Thamyres Cristina da Silva Lima. 
Trata-se de um manual informativo destinado às pessoas com lesão medular (LM) e suas famílias. Tem o objetivo de orientar pessoas com LM para o autocuidado e as famílias para o cuidado assistido no cotidiano do processo de reabilitação, de modo a estimular a sua adaptação ao novo ritmo de vida e ao cultivo de hábitos e atitudes que promovam qualidade de vida.

Em capítulos temáticos serão apresentadas informações e orientações para a prevenção de complicações, melhora da funcionalidade e adaptação para uma vida bem relacionada com o meio ambiente em que vivem.

De acordo com Wilian Machado, Enf. Prof. Dr. UNIRIO – CoAutor da obra, é um importante instrumento de cuidado para promoção da qualidade de vida dessas pessoas.  

Faça o Download do MANUAL Clicando aqui

Fonte  https://revistareacao.com.br/lancado-em-santa-catarina-o-manual-cuidados-de-pessoas-com-lesao-medular/

Postado por Antônio Brito 

Escola de Esportes Paralímpicos do CPB retornará em 2021

Em nota, Mizael Conrado, Presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro comunicou que ” a Escolinha de Esportes Paralímpicos é um projeto que teve início em 2018 com a missão de incluir as crianças com deficiência por meio da iniciação esportiva. Temos a plena convicção de que o esporte é uma das mais eficazes ferramentas para inclusão do indivíduo com deficiência na sociedade, por sua capacidade de entregar resiliência, promover o resgate da autoestima, além de mudar a percepção da sociedade sobre as limitações e potencialidades da pessoa com deficiência”. 
De acordo com o presidente do CPB, “o projeto cresceu substantivamente e, atualmente, contempla mais de 600 crianças, além de formar e aprimorar uma equipe técnica que hoje é referência para todo o território nacional. Acreditamos que, além da inclusão, nossas escolas de esportes vão consolidar a sustentação do desenvolvimento do desporto paralímpico nacional para os próximos ciclos. O projeto contempla crianças e adolescentes com deficiência dos 8 aos 17 anos, majoritariamente aqueles matriculados na rede pública de ensino do Estado de São Paulo, da capital e de municípios circunvizinhos, em nove modalidades, realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo”. 

Ainda na nota, afirma que “considerando a pandemia do coronavírus e suas nefastas consequências, muitas das quais ainda desconhecidas; levando em conta a impossibilidade de qualquer prognóstico com relação à volta da normalidade; acreditando também que, eventos com aglomeração de pessoas, sobretudo de integrantes de grupos de risco, como é o caso de uma parte importante dos alunos das escolinhas, dificilmente terão sua realização autorizada até o final do corrente ano; considerando ainda nosso dever de abroquelar a integridade dos nossos alunos, suspendemos as atividades das nossas escolas até o início do ano letivo de 2021”.

Mizael afirma que “é com imensa tristeza que adotamos esta medida difícil, porém necessária. Por fim, reafirmamos: o projeto Escolinhas de Esportes paralímpicos não acabou e não acabará. Apenas não será realizado no ano de 2020 pela impossibilidade dos alunos em comparecerem às aulas”. 

Fonte  https://revistareacao.com.br/escola-de-esportes-paralimpicos-do-cpb-retornara-em-2021/

Postado por Antônio Brito 

Plataforma oferece hospedagem gratuita para profissionais de saúde

Objetivo é atender aos que precisam ficar isolados da família.

A campanha Você pelos Outros, Nós por Vocês, da plataforma VisitNow, reúne hotéis que estão oferecendo hospedagem gratuita ou com preços reduzidos aos profissionais de saúde neste momento de combate à covid-19. O objetivo é atender aqueles que precisem ficar isolados da família ou evitar que façam longos deslocamentos de casa para o trabalho.

Na capital paulista, há opções de hotéis localizados na região central e nas zonas oeste e sul reunidos na plataforma. Existem opções em outras cidades, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Palmas. Para usar o serviço, o profissional deve fazer o cadastro na plataforma VisitNow no site.

Perto da Avenida Paulista, o Hotel Tryp São Paulo Paraíso cedeu gratuitamente 21 apartamentos para que os profissionais da área da saúde possam descansar e ficar mais próximos do trabalho por todo o período que perdurar a pandemia.

“O hotel está seguindo uma cartilha muito rígida de cuidados e higiene e queremos ser um ponto de auxílio para médicos, enfermeiros e outros profissionais que estão na linha de frente da luta contra a covid-19, além daqueles que, por alguma razão, precisam se manter distantes de suas famílias. Dessa forma, estamos oferecendo conforto e dando a oportunidade de se hospedarem perto do local de trabalho, evitando o deslocamento para suas casas e o contato com os familiares”, disse a gerente de Marketing e Relacionamento do hotel, Patrícia Carvalho.

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2020-05/plataforma-oferece-hospedagem-gratuita-para-profissionais-de-saude

Postado por Antônio Brito 

Caminhos da Reportagem mostra como vivem as cuidadoras

Você já pensou em como é a vida e como está a saúde daqueles que cuidam dos pais idosos, dos filhos que estão doentes ou de quem tem alguma deficiência? O programa Caminhos da Reportagem desta semana vai mostrar a importância do trabalho das pessoas que se dedicam a cuidar de alguém.

No mundo inteiro, o cuidado ainda tem rosto de mulher, já que 75% das pessoas que cuidam são meninas ou mulheres. A pesquisa Tempo de Cuidar, publicada pela Oxfam, mostrou que 42% delas têm dificuldade de encontrar trabalho porque se encarregam de alguém da família.

Com o envelhecimento da população e a redução do tamanho das famílias, a questão do cuidado também traz impacto econômico. Se as cuidadoras informais fossem remuneradas, esse mercado poderia movimentar três vezes mais dinheiro do que a indústria de tecnologia, revela a pesquisa da Oxfam. O aumento da demanda também faz crescer a procura por cuidadores profissionais. No Brasil, por exemplo,  esta é a profissão que mais cresce. Nos últimos 10 anos, o número de cuidadores profissionais aumentou 547%.

A pandemia provocada pela covid-19 tem exigido ainda mais cuidado e transformado a rotina na casa dos brasileiros. Esta edição do Caminhos da Reportagem é resultado de histórias de cuidadoras que mostram parte das suas atividades, falam sobre preocupações, dificuldades, medos e angústias. Elas também se abrem para falar sobre vínculos, conquistas, afeto e amor.

Berna Almeida transformou a dor da perda em um projeto de cuidadores voluntários. Com a morte da mãe, de quem cuidou por sete anos, a sensação de vazio foi amenizada por uma rede de solidariedade. “Ou eu ficava de cama, ou eu fazia alguma coisa. Foi aí que surgiu o projeto Conte Comigo. A pessoa vai na sua casa e pode doar o tempo que ela quiser – uma hora, duas, três, quatro. Você quer ir lá só pra conversar? Vai lá só para conversar. Quer ajudar a dar um banho? Vai lá ajudar a dar um banho”, explica.

“Uma coisa que ajuda humanos, em geral, seja cuidador, seja paciente, seja profissional, é pedir ajuda. A gente tem a sensação de que precisa ser autossuficiente. E, muitas vezes, na hora em que a gente consegue pedir ajuda, tem mais chances de resolver problemas”, afirma o médico intensivista e paliativista Daniel Neves Forte.

O adoecimento de cuidadores muitas vezes passa despercebido. “Isso é uma questão muito séria, porque a gente percebe o quanto de desgaste eles têm em relação a esses cuidados. Muitos deles são idosos cuidando de outros idosos”, lembra Andrea Faustino, do Núcleo de Estudos da Terceira Idade da Universidade de Brasília.

Foi com o apoio de outras famílias e com ajuda psicológica que Jéssica Guedes se fortaleceu para cuidar das filhas. Rafaela, a mais nova, tem uma doença rara e depende de home care, uma internação domiciliar. Com a psicóloga, Jéssica formou um grupo terapêutico para mães de crianças com doenças raras. “O grupo é um tempo pra eu cuidar de mim, da minha qualidade de vida, da qualidade de vida das minhas filhas e pensar que a gente pode viver mais leve”, diz Jéssica.

Segundo a médica geriatra Ana Cláudia Arantes, muitas vezes o cuidador está tão atento a pessoa que ele cuida, que deixa de cuidar de si mesmo. “Ele só olha para a pessoa que ele cuida. É necessário que as pessoas se coloquem ao lado daquele que cuida a ponto de propiciar que ele descanse”.

O programa Caminhos da Reportagem vai ao ar às 20h deste domingo (17) na TV Brasil.

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-05/caminhos-da-reportagem-mostra-como-vivem-cuidadororas

Postado por Antônio Brito 

Jovens têm choque de consciência sobre privilégios e injustiças do Brasil durante a pandemia | Sociedade

Nathalya Reis, Clara Mello, Ana Regina Costa e Dora Fernandes. Quatro adolescentes que vivem realidades sociais diferentes, mas contam com uma estrutura familiar e de moradia que permitem atravessar a pandemia de coronavírusdentro de suas casas. Em comum, vivem as angústias de um confinamento de quase dois meses que praticamente deixou em suspenso suas vidas. E suas juventudes. “Acho que as pessoas têm vivido a quarentena de forma muito individual, mas a juventude é uma fase em que as coisas estão pulsando. Não poder sair é muito cruel”, opina Dora, 19 anos, moradora do rico bairro de Higienópolis, em São Paulo. Também compartilham preocupações com os estudos, com suas relações pessoais e com a própria realidade do país. “A escola liberou agora os estudos online, mas a maioria não conseguiu acessar o site ou enviar as lições. E e, muito menos para enviar o trabalho”, relata Nathalya, 15 anos, moradora da periférica Brasilândia e aluna do 9º ano de uma escola da rede municipal de São Paulo.

As quatro garotas nasceram e cresceram já nos tempos da Internet e da explosão das novas tecnologias. Pertencem a uma geração que sentirá os efeitos mais fortes das mudanças no mercado de trabalho e do aquecimento global. E agora precisam lidar também com uma pandemia de proporções equiparáveis à gripe espanhola —que matou milhões de pessoas entre 1918 e 1920— e com potencial para alterar não só seu futuro como também suas percepções sobre a própria vida. “Por mais que continuemos a usar as redes sociais, nada substitui o contato físico com as outras pessoas. Acho que vamos valorizar mais isso tudo. Ouço gente dizer que deveria ter aproveitado mais”, conta Clara, 15 anos e moradora do Leme, bairro de classe média da zona sul do Rio de Janeiro.

A adolescente se dedicava a várias atividades fora de casa. Entre os que mais sente falta está o futevôlei na praia. Fazer exercícios pelo aplicativo não é a mesma coisa. Ela ainda está se acostumando a viver 24 horas no mesmo ambiente —um apartamento de dois quartos— com seus pais e sua irmã. “Divido o quarto com ela e não tenho privacidade, então fico muito agoniada com isso. To tendo que conviver com minha família como não fazia há muito tempo”, conta Clara. “Por outro lado, tem a parte boa de conversar com minha família, conhecer esse lado que não conhecia. Nunca fui uma pessoa aberta com eles, e agora esses dias acabo conversando sobre coisas como escola, relacionamentos, amigos...”.

A estudante Clara Mello, 15 anos e moradora do Rio de Janeiro.

De forma geral, essas jovens são céticas sobre a possibilidade de mudanças profundas no mundo após a pandemia. “Quando paro para pensar que é algo muito histórico, de algo que vamos falar para nossos netos, fico assustada. Não gosto da ideia de viver essas grandes coisas", opina Dora. Ela até acredita que sua geração, “que em geral é muito acelerada, quer tudo na hora”, vai passar a dar valor a outras coisas. "Mas não acho que a humanidade vai repensar hábitos ou o próprio sistema capitalista”, acrescenta.

Para Ana Regina, 17 anos, moradora do município de Cabo de Santo Agostinho, na região metropolitana de Recife, o período de quarentena deixará “uma mensagem para todos de humanidade”. O que isso significa? Ela explica: "A gente vê que a natureza está voltando, que as pessoas estão amorosas. E isso fica de lição para o jovem, que dá tanta importância para a tecnologia, para o mundo virtual, a valorizar mais a família e as pessoas da escola. Esse mundo virtual não é tão interessante”.

“Meu lado emocional está bastante fragilizado”

Enquanto esse futuro ainda não chega, Ana Regina vem vivendo as angústias da quarentena. Aluna do 2º ano do Ensino Médio de uma escola da rede estadual de Pernambuco, deseja cursar Direito e vem, desde o ano passado, se preparando para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). A pandemia de coronavírus fez com que interrompesse as aulas do cursinho. Sua escola, por outro lado, foi uma das poucas da rede pública da região a adotar o esquema de aula online. “Tenho dificuldade. Ainda que os professores passem tudo na plataforma online, não é a mesma coisa que estar na sala de aula explicando e fazendo perguntas", explica.

A estudante Ana Regina Silva Costa, de 17 anos e moradora de Cabo de Santo Agostinho (Pernambuco).

Com exceção das aulas da escola, conta que seu dia “acaba sendo vazio”, sem que ela consiga organizá-lo com muito sucesso. Ao contrário de outras pessoas, séries e filmes da Netflix ou as videoconferências com os amigos não entraram em sua rotina. A jovem conta estar com o “emocional bastante fragilizado” e até mesmo o gosto de ler perto do pau-brasil em seu quintal foi deixado de lado. “Eu adoro ler, mas não tenho conseguido. O que mais tenho feito é dormir”, explica. Ela elenca os motivos de estar emocionalmente fragilizada: “Eu tenho problemas de asma e coração e gostaria muito de poder caminhar, mas não tenho nenhum tipo espaço para fazer exercício. Não posso estar perto das pessoas que amo, não posso atuar politicamente, não posso estar na escola estudando...".

Apesar de morar numa região de periferia, Ana Regina, que mora com a mãe numa casa de três quartos com quintal, considera ter mais estrutura que muitos de seus colegas. “Enquanto alguns romantizam a quarentena e falam sobre se reinventar e se adaptar as plataformas online, outras pessoas nem mesmo tem acesso a internet”. Não surpreende que, diante desse cenário, o Governo Jair Bolsonaro queira manter as provas do ENEM, uma de suas principais preocupações. Os adolescentes mais ricos, com mais estrutura para continuar estudando durante a quarentena, serão beneficiados em detrimento de pessoas com menos recursos para tal, acredita ela. “É algo feito para os adolescentes mais ricos, e os prejudicados somos nós. Estamos vivendo na prática um governo que sempre se apresentou como preconceituoso e misógino”.

A quarentena também afetou a saúde mental de Nathalya, que mora na Brasilândia com a mãe e o padrasto. A garota conta ter ficado os primeiros dias de isolamento em seu quarto. Ainda hoje “é horrível" estar trancada dentro de casa. “Eu adorava sair para um monte de lugares, para festa... Ia de ônibus para a escola, então estava sempre vendo gente. Estava sempre rodeada de amigos, então foi um baque no início”. Além da Netflix, se distrai com ligações com os amigos. “Aí tem que mexer no celular, ver vídeo no Youtube, para ir passando o tempo, ir enrolando...". A quarentena também afetou seu horário de sono e fez com que trocasse o dia pela noite: as séries e filmes têm feito com que durma por volta de cinco da manhã e só acorde na tarde do dia seguinte.

A estudante de Psicologia Dora Fernandes, 19 anos e moradora de SP.

A adolescente vê as opções de lazer dos jovens da periferia como ela reduzida, ao contrário de jovens de classe média ou alta. “Eles vão ter uma piscina dentro do condomínio ou de casa, vão conseguir colocar o som alto, se divertir... Agora, a gente aqui não dá”. Já Dora, que mora num apartamento de três quartos em Higienópolis e se considera uma privilegiada, sempre romantizou o fato de que moradores das periferias e favelas brasileiras possuem, segundo explica, um senso maior de coletividade, de solidariedade. “Vivem mais em comunidade, nas ruas, enquanto a gente, por ser mais individualista, já ficava em casa vendo Netflix", argumenta. “Tenho uma amiga que foi com namorado para a praia. As pessoas mais ricas subestimam as mais pobres, como se fossem menos conscientes da doença, e não é assim”.

Faz uns dias que ela deixou com seus pais e seu irmão o apartamento que vivem para continuar a quarentena no sítio da família em Mogi Mirim. “Tem árvore, tem piscina, dá para tomar sol”. Também mantém uma rotina de aulas online da faculdade de Psicologia da PUC de 9h às 16h, aula de violão às terças e terapia às quartas por Skype, além das conversas constantes com os amigos por Facetime. Todos esses fatores, além do fato de que ela e seu irmão podem dormir em quartos separados, aumentaram ainda mais sua consciência sobre como o Brasil é desigual. "Não são só as coisas materiais, é a tranquilidade de tomar sol. As pessoas não tem tranquilidade do tempo. A gente tem a capacidade de relaxar, descansar a mente, enquanto as pessoas estão desesperadas. A mulher que trabalha na minha casa estava desesperada, com medo que minha mãe fosse mandá-la embora. Tem gente que não tem água pra lavar a mão”.

Clara, aluna do 1º ano do Ensino Médio de uma escola privada do Rio, também conta se reconhecer como alguém com privilégios nessa pandemia. “Eu já tinha consciência da desigualdade e de que tenho privilégios, mas agora me dou ainda mais conta disso". Como exemplo ela cita o ensino a distância, um regime de aulas que, quando começou a pandemia, ela já imaginava que seu colégio adotaria. Uma forma de perceber como isso por si só era um privilégio, uma oportunidade que não seria oferecida para todos os jovens de sua idade, se deu através de seu pai, professor tanto de escola privada como pública. “Vejo ele sempre tendo reunião e discutindo coisas distantes da minha realidade, debatendo uma forma de os alunos da escola pública terem acesso ao conteúdo e não ficarem no prejuízo”.

Fonte  https://brasil.elpais.com/sociedade/2020-05-12/jovens-tem-choque-de-consciencia-sobre-privilegios-e-injusticas-do-brasil-durante-a-pandemia.html

Postado por Antônio Brito