A Feira Ecológica do Bomfim, que acontece no parque Farroupilha na capital gaúcha, é uma das primeiras feiras ecológicas do Brasil. Com 30 anos de existência, o local é um ponto de encontro tradicional entre os gaúchos da capital e grande fornecedor de hortaliças para a região
As medidas de distanciamento social, necessárias devido à pandemia de coronavírus (COVID-19) causaram grande impacto para feirantes de todo o Brasil, fechando várias feiras pelo país. No entanto, com o objetivo de garantir alimentos orgânicos e saudáveis para a população, a equipe da responsável pela organização do evento da Feira Ecológica do Bomfim foi pioneira na adoção de medidas protetivas para garantir a saúde de seus frequentadores e expositores.
Ainda antes de qualquer publicação de decretos nas esferas municipal e estadual, a equipe já alertava consumidores e feirantes sobre a adoção de medidas preventivas. Em 13 de março, o coletivo de venda de produtos orgânicos certificados, maior a céu aberto da América Latina, entrevistou especialistas, reuniu dados oficiais dos órgãos de saúde e lançou informe orientando que consumidores e feirantes cumprissem as regras de higiene e adotassem cuidados no ambiente de feira.
Passados pouco mais de 30 dias, e pela primeira vez na história, um dos grandes diferenciais na Redenção tem sido o fechamento da Avenida José Bonifácio para passagem de carros no lado junto ao Parque Farroupilha. Isso vem permitindo a montagem das bancas em três fileiras ao invés de duas, maior espaçamento entre as bancas e ampliação dos corredores de dois para cinco metros. Para que isso ocorra, os feirantes têm solicitado autorização semanal junto à Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), desembolsando pelo pagamento das vagas do Zona Azul.
Além de mais espaços entre as bancas, os expositores têm delimitado linhas de contenção, disponibilizado álcool em gel e atendendo poucos clientes por vez. O uso de máscaras de proteção adequadas é acessório essencial nos rostos de todos os feirantes.
Essas medidas têm sido muito bem recebidas pelos frequentadores, que garantem se sentir seguros em suas compras semanais nos relatos recebidos nas redes sociais da feira.
A feira ocorre todos os sábados, das 7h às 13h, e vem abastecendo a população com alimentos frescos e saudáveis desde agosto de 1991.
É preciso conhecer os limites da criança e estabelecer uma rotina saudável dentro de casa, o estresse não vai adiantar
A psicopedagoga e mestre em Educação, Talita Rosa, afirma que o papel dos pais é inserir a criança ou adolescente em uma rotina consistente de estudo. (Foto: Kísie Ainoã)
A hora da lição de casa pode ser uma tortura para os adultos e boa parte das crianças e adolescentes, principalmente quando a compreensão de que o momento é importante demora a acontecer, especialmente nos pequenos. O que acaba testando, e muito, a paciência dos pais. Em tempos de pandemia e a distância da escola, os momentos para fazer a lição de casa se intensificaram com as aulas on-line. E, mais uma vez, pais e filhos estão sendo desafiados. Mas como fazer a criança entender que, por alguns minutos ou hora do dia, será necessário deixar a brincadeira de lado, e se concentrar no que é importante?
Ana estabeleceu algumas regras e reorganizou toda a rotina dentro de casa. (Foto: Arquivo Pessoal)
A psicopedagoga e mestre em Educação, Talita Rosa, afirma que o papel dos pais é inserir a criança ou adolescente em uma rotina consistente de estudo, com tranquilidade, claro. “É necessário encontrar meios que facilitem o aprendizado na casa, para que o peso da tarefa não seja transmitido para os filhos. Quanto mais o adulto estiver nervoso, cansado e estressado, as crianças vão ficar assim também. É necessário explicar que agora eles estão numa rotina de tarefas dentro de casa, que é um momento, e que isso vai passar. Assim como eles estão achando tudo isso estranho, a escola também está. Então, os pais devem passar essa tranquilidade, mesmo que não estejam tranquilos”, pontua a especialista.
Profissional da área jurídica, Ana Paula Correia, é mãe e tem vivido uma rotina intensa nos últimos dias, desde que passou a conciliar o teletrabalho, com as tarefas domésticas, a rotina do filho e as lições da escola. “No começo, foi muito difícil. Eu estava angustiada e com vontade de chorar todos os dias”, lembra.
Ana mudou a rotina diversas vezes, escolheu trabalhar de noite para dar conta de todo o resto durante o dia, no entanto, a falta de descanso gerou um novo desgaste, e assim ela reformulou as atividades dentro de casa para acompanhar o filho em todas as lições. “Eu comecei a fazer trocas com ele, administrei os horários, criei um ambiente calmo e organizado para os estudos e busquei respirar em todos os momentos. Tem dia que não está bacana, ele não se sente à vontade. Entendo porque ele estava acostumado com o lar como cantinho de descanso, de repente transformamos a casa, que além de todas as regras, agora abriga as regras da escola”.
Mas para tornar tudo ficar mais leve, Ana abriu mão da cobrança excessiva e do estresse. E isso deu resultado, afirma. “Ainda acho difícil porque não tenho didática para ensinar, a gente ensina o básico em questões de conteúdo escolar, então busquei um meio de fazê-lo absorver de forma mais leve, para que o resultado não seja traumático”, explica.
Helena, filha de Mariana, está se adaptando a nova rotina de estudos. (Foto: Arquivo Pessoal)
A jornalista Mariana Castelar compartilha do mesmo sentimento e da angústia de fazer a filha, de 10 anos, entender que a nova rotina dentro de casa não significa férias. “É muito difícil explicar isso, inserir uma rotina de estudos num ambiente que ela estava acostumada a viver com tranquilidade e menos compromissos. Acho que o maior desafio tem sido esse, explicar que neste momento essas horas de estudos são importantes, e não uma punição”.
Por isso, a psicopedagoga orienta que o diálogo é essencial. “Conversar com as crianças e adolescentes sobre essa mudança é essencial, eles devem entender o que está acontecendo e assumir junto aos pais esse papel de estudante”.
Em alguns casos, é preciso estar atento se as dificuldades que a criança tem estão relacionadas a ausência dos pais, o que pode acontecer, afirma a psicopedagoga. “As crianças fazem birras e tem comportamentos inadequados muitas vezes para chamar atenção de seus pais. Sempre digo que, por mais que tenham pouco tempo com seus filhos, procurem ter um tempo de qualidade com eles, fazendo brincadeiras e jogos que eles gostem, conversando sobre o dia-a-dia, os conflitos, e procurem não utilizar o celular ou outra tecnologia nestes momentos”, orienta.
Quando a criança começa a chorar, também é necessário entender os limites. “Se a mãe ou pai perceber que a criança está cansada e seu tempo de concentração se esgotou, penso que ela deve parar e tentar fazer em outro horário. Mas, caso ela perceba que a criança está fazendo apenas um jogo emocional, é preciso fazer combinados com esta criança e tirar algum direito dela, como assistir TV e brincar com algo que goste”.
Dicas para tornar a tarefa mais leve:
Rotina - A falta de rotina em casa, tanto para o estudo, quanto para alimentação e sono, é um dos fatores que influenciam na lição de casa. É preciso que os pais insiram a criança ou adolescente em uma rotina consistente. Eles devem ter hora para fazer os estudos, tarefas e atividades para que isso se torne um hábito, como na escola. Também é importante que se alimentem e durmam adequadamente para ficarem dispostos a fazer todas essas atividades.
Frequência - É preciso que todos os dias os pais proporcionem os momentos de estudos. Se a criança ou adolescente faz um dia sim, outro não, ou passa alguns dias sem fazer, ela percebe que isto não é tão importante para ela e acaba fazendo “jogo” com os pais. Ter uma frequência também é importante para que o conteúdo não se acumule.
Combinados - Os pais devem conversar com seus filhos sobre este momento atípico que estamos vivendo e expor a eles quais suas obrigações enquanto estudantes. É essencial que antes das aulas eles façam combinados e se prepararem antecipadamente para ela (usem o banheiro, comam...) para que tenham um melhor aproveitamento. Também é preciso que os pais sejam firmes e deem limites claros a eles.
Com a pandemia, as crianças e adolescentes estão sentindo a frieza e impessoalidade de aulas pela tela de um computador, por isso, Talita reforça que os pais mantenham a calma e busquem transmitir isso para os filhos. “Essa pandemia é algo atípico que tem acontecido. Nem os pais, nem a escola e nem os alunos estão preparados para isso. Então quanto mais tranquilos e buscando estratégias, sempre pensando positivo, será melhor para as crianças”.
Quando a pandemia tiver fim e as crianças retornarem às aulas em sala, Talita sugere que a escola faça uma atividade diagnóstica com todos os alunos para saber até onde eles conseguiram entender as aulas online, para depois retomar os conteúdos. “A escola tem essa obrigação de reorganizar esse calendário para quando as crianças voltarem.”
Barreira sanitária montada no Aeroporto Internacional de Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
O final de semana de Dia das Mães teve redução de 41% na circulação de viajantes em Mato Grosso do Sul, se comparado ao feriado do Dia do Trabalhador, dia 1º. As barreiras sanitárias registraram no sábado (9) e domingo (10), a passagem de 31.712 mil pessoas enquanto no feriado anterior foram 54 mil pessoas abordadas.
Até então as 17 barreiras sanitárias instaladas nos municípios do Estado já abordaram 541.233 mil pessoas em 267.594 mil meios de transportes desde que foram instaladas. A principal porta de entrada de pessoas em Mato Grosso do Sul são as divisas com São Paulo. Os municípios de Três Lagoas e Bataguassu registraram, juntas, a entrada de 250,6 mil pessoas no Estado.
O Aeroporto Internacional de Campo Grande registrou 5.265 mil pessoas que desembarcaram no Estado, ainda conforme os dados da CCS/MS (Comissão de Controle Sanitário de Mato Grosso do Sul).
E desde o início das operações das barreiras sanitárias (no dia 30 de março no aeroporto da Capital e a partir de 1º de abril nas rodovias), 77 casos suspeitos de coronavírus foram registrados, porém, nenhum caso foi confirmado pelas equipes para a Covid-19.
Beatriz, é de Bela Vista, tem 5 anos e abriu mão do seu bichinho de pelúcia para acabar com tristeza de Felipe, em Campo Grande
Aos 4 anos, Felipe não escondeu a alegria ao receber o Pato Donald de pelúcia. (Foto: Arquivo pessoal)
“Amiguinho, gostei tanto desse Pato Donald que a mãe me deu, mas posso te dar. Se você quiser algum mais da minha turma do Mickey, pega. Pode pegar duas, três ou quatro”, diz Beatriz, de 5 anos, após abrir mão do seu bichinho de pelúcia para fazer Felipe, de 4 anos, voltar a sorrir.
A história é emocionante e aconteceu após Felipe, que tem autismo, perder um Pato Donald de pelúcia, em Campo Grande. O brinquedo era seu objeto de apego, se chamava Pokémon, mas o pequeno acabou perdendo o bichinho e entrou em desespero.
“Ele não desgrudava do pato, mas na quarta passada, dormi primeiro que ele e não sei onde o brinquedo foi parar. Revirei a casa toda em busca do pato, porém, não encontrei. Ele ficou muito triste, chegou a passar mal e chorou até dormir”, conta a mãe, Maíra Alves de Oliveira Espíndola, que é pedagoga.
Contente pela boa ação, Beatriz toda sorridente segura o Mickey e o Pateta. (Foto: Arquivo pessoal)
Ver o filho inconsolado partiu seu coração. “Quem já conviveu com autista sabe da importância de um objeto de apego. Eles entram em desespero e deixam a gente em desespero”, conta Maíra. Ela comenta que cuidar de uma criança com autismo exige atenção especial. “É diferente porque o Felipe precisa tomar os remédios, tem seletividade alimentar. É no ritmo dele”.
“Meu filho tem que estar na casa dele, com os objetos dele. Por isso, tento ter cuidado redobrado, principalmente com os brinquedos. Aqui é tudo separado, as miniaturas ficam num local, os brinquedos maiores em outro, pois caso ele queira eu consigo achar e dar pra ele”.
Felipe é uma criança encantadora e gosta muito de animais. Já teve outro objeto de apego. “Antes era um cavalo, mas esse tinha uns três, quatro de reserva. Entretanto, de repente abandonou o cavalo e se apegou ao pato”. Devido à mudança repentina, a mãe não conseguiu comprar outros patos reservas e por isso, Maíra apelou para as redes sociais.
“Compartilhei no Facebook e no grupo de WhatsApp de mães, perguntando se alguém tinha um pato para doar ou vender”, lembra. O post comoveu e os amigos passaram a compartilhar, até que a notícia chegou aos ouvidos da carinhosa Beatriz e sua mãe, que preferiu se identificar apenas como G.C. Elas moram em Bela Vista e não pouparam esforços para ajudar Felipe.
Felipe brincando com o Pato Donald que ganhou da amiguinha. (Foto: Arquivo pessoal)
“Comprei o pato para minha filha porque ela gosta da turma do Mickey, e como tenho uma amiga que tem um filho autista, sei como é quando algo do ambiente deles mudam, ficam transtornados. Foi um gesto simples de uma mãe para outra, empatia. Uma mãe compreende a outra”, destaca G.C.
Ela teve uma conversa com Beatriz, sobre um amiguinho que estava muito triste, precisando do pato. “Sempre a incentivo a doar os brinquedos, ganha uns e doa outros. Converso sobre não se apegar as coisas, que temos que compartilhar, pois somos uma família cristã. Vai sempre na escolinha da igreja e lá, ensinamos muito sobre o amor”.
O Pato Donald de pelúcia viajou 182 quilômetros até chegar em Campo Grande e ser entregue no sábado, 9 de maio. Foi uma amiga das doadoras, a jornalista Mireli Obando, quem levou o presente até a casa de Felipe. A ação encheu a família de gratidão e o pequeno até fez um vídeo de agradecimento.
“Obrigado pelo Pato Donald, de coração. Vou dormir abraçado”, diz Felipe todo feliz com o brinquedo nas mãos. A atitude prova que a inocência e das crianças é genuína e dá esperança de ter um mundo melhor, com mais empatia, respeito e amor ao próximo.
Uma dúvida bem frequente entre os auxiliares em saúde bucal e dentistas é: ASB pode tirar raio-x? A resposta é: não! O mesmo também vale para técnicos em saúde bucal.
A lei 11889/08 que regulamenta a profissão de auxiliar em saúde bucal, deixa bem claro que o profissional pode ajudar a revelar o raio-x:
Art. 9o Compete ao Auxiliar em Saúde Bucal, sempre sob a supervisão do cirurgião-dentista ou do Técnico em Saúde Bucal:
II – processar filme radiográfico.
E também pode preparar o paciente para o exame, fazendo as orientações do pré e pós exame. Mas posicionar o paciente e realizar o exame são competências apenas do cirurgião-dentista, técnico em radiologia ou médico radiologista.
Se houver autorização do cirurgião-dentista, é possível acompanhar a atividade. Mas é necessário tomar todos os cuidados para evitar ser atingido pela radiação do exame. Nós já ensinamos os cuidados que o auxiliar em saúde bucal deve ter ao participar de um exame raio-x no consultório.
Subnotificação de covid-19 ainda é alta entre quilombolas, que acionam parlamentares e governo para cobrar ações concretas. Situação é alarmante
A covid-19, que avança sobre as periferias e comunidades carentes dos centros urbanos, começa a fazer vítimas também nos territórios quilombolas. Um monitoramento autônomo da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) aponta dados preocupantes.
Nos últimos 20 dias, foram registradas 17 mortes pela covid-19 e 63 casos confirmados de contágio entre quilombolas. Estão sendo monitorados 36 pessoas com sintomas e há um óbito suspeito, aguardando agora confirmação de diagnóstico.
Violações de Bolsonaro em meio à covid-19 são denunciadas na OE
Há registro de sete mortes em quilombos do Amapá, três do Pará, dois de Pernambuco, dois de Goiás, um do Rio de Janeiro e um da Bahia. Segundo a articulação, é grande a subnotificação, assim como a dificuldade de acesso a exames mesmo por pessoas com sintomas.
Ainda conforme a Conaq, há denúncias de negligência por parte dos governos locais no Amapá. Falta assistência, não há medicamentos nem visita de equipes de saúde nas comunidades. Nem água para as comunidades é disponibilizada.
Reivindicações
Em reunião na segunda-feira (4) com a Frente Parlamentar Mista em Defesa das Comunidades Quilombolas, a Conaq levou uma ampla pauta de reivindicações. Foram cobrados diversos setores do governo, como Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Fundação Palmares e Incra.
“O objetivo era que, na presença do Ministério Público Federal (MPF), os órgãos assumissem compromisso em atender a demanda emergencial dos quilombolas neste período de covid-19. Apenas a Fundação Palmares esteve presente, mas com uma visão totalmente perdida dos problemas com as comunidades quilombolas”, relatou o coordenador da Conaq, Denildo Rodrigues Moraes, o Biko.
Segundo ele, o MPF Se comprometeu a fazer uma recomendação aos órgãos governamentais e a judicializar algumas ações denunciadas pela Conaq. Entre elas ameaças de despejo em Alcântara, no Maranhão, como a da BR 135, que irá atingir várias comunidades quilombolas. Foi decidida ainda a criação de um comitê que será encabeçada pela Frente Parlamentar, Conaq e MPF para cobrar ações junto ao governo.
Interiorização
A pauta inclui a formação de um comitê de acompanhamento da covid-19 nos quilombos, com a presença de agentes de saúde para monitorar pessoas no grupo de risco; a suspensão de votação de projeto de lei ou medida provisória que afete essas comunidades; a realização e execução de um plano emergencial para o combate da doença nos territórios, que inclui a testagem massiva, a distribuição gratuita de produtos básicos de limpeza e proteção; a busca ativa para cadastro e pagamento do auxílio emergencial; inclusão no Bolsa Família e a retomada de programas de compra direta de produtos da agricultura familiar quilombola, entre outras ações.
Uma vez apresentada a pauta pelas comunidades ao estado brasileiro, a expectativa, segundo Biko, é de ações o mais rápido possível para atendê-las diante do avanço da pandemia, que segue rumo ao interior, chegando aos municípios menores e aos territórios quilombolas.
“Ao longo do tempo esses territórios não vêm sendo assistidos pela saúde pública; nunca tivemos acesso à saúde pública de qualidade. Programa de Saúde da Família são poucos os territórios quilombolas que têm; postos de saúde quase não se tem e com essa interiorização da covid-19, pra zona rural, os índices tendem a se agravar”.
Além da histórica dificuldade de acesso à saúde, o conjunto dessas populações não tem suas terras demarcadas – o que as impede de produzir e comercializar sua produção agrícola. “Em muitos casos a terra ainda está nas mãos dos fazendeiros. Essas famílias dependem de vender a sua diária para colocar a comida na mesa. E nesse momento de epidemia não está se fazendo. Temos comunidade em situação delicada, passando fome, e nós queremos que o estado brasileiro cumpra seu papel. E não fique jogando a responsabilidade em cima de uns e de outros”, afirma a liderança quilombola.
Nem uma vida a menos
Para Biko, da Conaq, é de se esperar que, ao ter decretado o estado de calamidade, de emergência, possa também assumir sua responsabilidade e cuidar de seu povo – E as comunidades quilombolas fazem parte dele.
“A gente espera ser atendido e de fato salvar vidas de famílias nesse momento. Salvar vidas de trabalhadores e trabalhadoras que possam contribuir para a economia no futuro. Não podemos perder uma só vida, e todas elas são importantes. Esse é o nosso sentimento”.
Enquanto isso, as lideranças quilombolas continuam organizando e orientando as comunidades contra a covid-19. A palavra de ordem, “Fique em Casa“, é mais uma razão para aumento da pressão sobre o estado brasileiro, para que dê condições para que as famílias possam se proteger e a seus territórios.
“Nossa luta vai continuar. O coronavírus veio acentuar uma situação de vulnerabilidade que já existia. A gente espera que o pós-coronavírus traga um novo tempo, e não esse, a continuar matando gente, a continuar não regularizando território quilombola. Que a gente aprenda a lição”, diz Biko.
“Precisamos estar com as nossas estruturas, nossas unidades e territórios sólidos para combater qualquer inimigo, mesmo uma pandemia como essa. Se as comunidades estivesses fortes, houvesse acesso as políticas públicas, essa pandemia talvez não viesse com essa força tão grande e tão avassaladora”.
O novo coronavírus matou mais uma criança em São Paulo nas últimas 24 horas. Segundo a Secretaria estadual da Saúde de São Paulo, a quarta vítima infantil da covid-19 [doença provocada pelo novo coronavírus] tinha 4 anos e vivia em Francisco Morato, na Grande São Paulo.
De acordo com um balanço feito pela secretaria, o número de mortes por coronavírus entre crianças, jovens e adultos cresceu dez vezes no último mês, passando de 1 mil na faixa etária abaixo dos 60 anos. Até o dia 11 de abril, nenhuma criança tinha morrido com esse diagnóstico.
Entre os idosos, com idade igual ou superior a 60 anos, a mortalidade pelo coronavírus cresceu seis vezes, passando, em um mês, de 460 para 2.739. Com isso, São Paulo tem, até este momento, 3.743 óbitos por covid-19.
O estado tem 46.131 casos confirmados da doença, número 5,4 vezes maior do que registrado há um mês (eram 8.381 casos).
Até este momento, há 3.871 pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI) e 5.877 em enfermaria. A taxa de ocupação dos leitos de UTI reservados para atendimento à covid-19 é de 68,2% em todo o estado e de 89,6% considerando apenas a Grande São Paulo.
Datas do segundo semestre foram anunciadas pelo ministro no Twitter
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou hoje (11) no Twitter as datas de inscrição nos processos seletivos do segundo semestre de 2020 que utilizam o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como forma de ingresso no ensino superior.
As inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) poderão ser feitas entre 16 e 19 de junho. O Sisu seleciona estudantes para vagas em instituições públicas de ensino superior em todo o país.
Já as inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni) serão de 23 a 26 de junho. O programa seleciona estudantes para bolsas em instituições privadas de ensino superior. As bolsas variam de acordo com a renda dos candidatos e podem ser parciais, de 50% da mensalidade, ou integrais, de 100%.
Para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), as inscrições serão de 30 de junho a 3 de julho. O Fies oferece financiamento a condições mais favoráveis que as de mercado para que estudantes paguem cursos em instituições privadas de ensino superior.
Comitê Paralímpico Internacional divulga novos critérios de qualificação para os Jogos de Tóquio, no ano que vem.
O Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês) publicou na terça-feira, 5, os regulamentos de qualificação atualizados para 11 das 22 modalidades no programa dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020: atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, esgrima em cadeira de rodas, goalball, halterofilismo, natação, remo, tiro com arco, tiro esportivo e triatlo. Juntas, elas representam quase 3.000 das 4.400 vagas disponíveis para atletas.
Novas atualizações serão divulgadas nas próximas semanas. A entidade e as federações internacionais esperam ter o conjunto completo de regulamentos de qualificação publicados até o final de maio de 2020.
A versão mais atualizada dos regulamentos de qualificação de Tóquio 2020 sempre pode ser encontrada aqui: Critérios de qualificação.
Vale ressaltar que o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e as Confederações nacionais estabelecem critérios específicos, sempre respeitando as regras internacionais, para convocar os atletas que farão parte da delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos.
Até o início da pandemia do coronavírus, em março, o Brasil havia conquistado a classificação em 14 modalidades: atletismo, bocha, canoagem, ciclismo, futebol de 5, goalball (feminino e masculino), natação, parataekwondo, remo, tiro esportivo, tiro com arco, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, vôlei sentado (feminino e masculino).
*Com informações do Comitê Paralímpico Internacional (IPC)
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
Vinicius Rodrigues na disputa dos 100m da classe T63 no Mundial de Atletismo 2019 em Dubai | Foto: Alê Cabral/CPB
O Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês) divulgou o adiamento das eleições do Conselho de Atletas do IPC para 2021.
No dia 30 de março, foi anunciado o adiamento dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, que serão realizados entre 24 de agosto e 5 de setembro de 2021. A mudança ocorreu em virtude da atual pandemia de Covid-19.
Nessas circunstâncias, o IPC em conjunto com o seu Conselho de Atletas tomou a decisão de adiar as eleições dos seis atletas para 2021. As eleições serão realizadas durante os Jogos de Tóquio. As datas de votação serão comunicadas em 2021.
Os atletas do Conselho atual, cujo mandato terminaria em agosto de 2020 durante os Jogos, terão seu mandato prorrogado por um ano até a nova data do evento. No caso do presidente, que ficaria no cargo até março de 2021, permanecerá na função até a próxima eleição para presidente que ocorrerão na primeira reunião do novo Conselho previstas para novembro de 2021.
O processo de indicação dos concorrentes originalmente agendado de 20 de fevereiro a 20 de maio de 2020 está agora adiado e será reaberto novamente no início de 2021, ainda sem data definida.
Para os atletas a serão eleitos para o Conselho dos Atletas nos Jogos de Tóquio em 2021, mandato terá duração de três anos, até 2024. As eleições seguintes serão realizadas durante os Jogos de Paris 2024.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)