09/05/2020

Modelo cadeirante usa moda para inclusão: "Roupa tem que se adaptar a nós"

Samanta Bullock, 41 anos: cadeirante, ex-jogadora de tênis, modelo e empresáriaImagem: Daniela Luquini

Modelo cadeirante usa moda para inclusão: "Roupa tem que se adaptar a nós" - 07/05/2020
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Há 27 anos, Samanta Bullock, hoje aos 41, ficou paraplégica após dar um tiro acidental na barriga. Pior do que não poder andar, ela diz, era não poder mais fazer duas de suas maiores paixões: atuar como modelo e jogar tênis. Isso começou a mudar quando Samanta conheceu um projeto de tênis de cadeira de rodas. Virou atleta profissional do esporte e se tornou a cadeirante número 1 do esporte no Brasil. Tempos depois, ao fazer uma sessão de fotos para a divulgação de uma cadeira de rodas a pedido do patrocinador, ela resgatou o sonho da infância de trabalhar como modelo.

Em cima de sua cadeira de rodas, Samanta foi capa de revistas e desfilou em passarelas do mundo inteiro. E criou a SB, uma loja de departamentos que comercializa roupas universais e adaptadas com foco em inclusão social. Ela divide sua história abaixo:

"Eu tinha 14 anos quando peguei escondida a arma do meu pai que estava armário e dei um tiro acidental, que pegou na minha barriga, fígado, pâncreas, coluna e queimou minha medula. Na hora, caí no chão e já não senti as pernas. Foi uma dor tão forte que me anestesiou. Minha mãe ouviu o barulho e rapidamente me levou ao hospital com a ajuda de alguns vizinhos. Chegando lá, eu ouvi um dos médicos comentar com outro que eu não iria mais andar.
Samanta Bullock: acidente com arma de fogo a deixou paraplégica - Ange Harper
Samanta Bullock: acidente com arma de fogo a deixou paraplégica Imagem: Ange Harper

Eu não me importava de não andar, meu maior medo era o de morrer. Fizeram a cirurgia para retirar a bala e, quando acordei, eu já sabia que tinha perdido os movimentos das pernas e que seria cadeirante. A pior parte para mim não era a paralisia em si, mas é a dor crônica que eu sinto todos os dias até hoje.

Não via a cadeira de rodas como algo negativo, mas como a minha libertação.

Com ela, eu me adaptei e aprendi a fazer tudo o que eu podia dentro do meu alcance. O apoio dos meus amigos e familiares foi fundamental nesse processo.

Cadeirante número 1 do tênis no país

Samanta chegou a ser a jogadora número 1 do país - Arquivo Pessoal
Samanta chegou a ser a jogadora número 1 do país Imagem: Arquivo Pessoal

Após o acidente, eu achei que não poderia mais modelar e nem jogar tênis, as duas coisas que eu mais gostava de fazer. Eu trabalhava como modelo desde os 8 anos de idade por influência da minha mãe, que tinha sido miss. E jogava tênis desde os 9, vinha de uma família de praticantes do esporte.

Para mim, o não poder modelar era pior do que o não poder andar.

Com o sonho interrompido, segui minha vida e foquei nos meus estudos. Entrei na faculdade de odontologia, parei, comecei a fazer direito e a trabalhar na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Após um tempo, fui transferida para o Senado, em Brasília, onde atuei na elaboração do Estatuto da Pessoa com Deficiência.

Durante esse trabalho, conheci um projeto de tênis de cadeira de rodas. Fiz uma aula teste e, mesmo 12 anos longe das quadras, percebi que eu ainda tinha habilidade para o esporte. Voltei a praticar a modalidade três vezes na semana, participei de alguns torneios, me profissionalizei, virei atleta e me tornei a cadeirante número 1 do tênis no Brasil. Disputei três mundiais pelo meu país e ganhei a medalha de prata nos Jogos Parapan-Americanos com a minha dupla, a Rejane Cândida.

Enxurrada de nãos no caminho para ser modelo

Na passarela: ser modelo era um sonho de infância - Ange Harper
Na passarela: ser modelo era um sonho de infância Imagem: Ange Harper

Com a minha popularização na modalidade, meus patrocinadores pediram para eu atuar como modelo e tirar fotos com os produtos que eles patrocinavam. Eu fui para um ensaio fotográfico de cadeira de rodas e todo aquele universo me despertou. Eu estava no tênis, mas pensei: "É isso que eu quero fazer".

O tênis me proporcionou voltar para a minha paixão, que era modelar. Eu continuei com o esporte, mas corri atrás do meu objetivo. Não foi fácil: além de estar em uma cadeira de rodas, eu estava com 26 anos - já era considerada uma coroa para o mundo da moda.

Paralelamente aos ensaios com os patrocinadores, fiz um book e passei a ligar e ir em várias agências pedindo para me contratarem. Dizia que eu era cadeirante e falava da importância da inclusão social. Recebi uma enxurrada de nãos. Eu persisti e consegui desfilar em um evento de uma marca de jeans com a ajuda de um amigo que conhecia o dono da loja.

Casamento e capas de revistas em Londres

Com o marido britânico, que ela conheceu por meio do tênis - Tatiane Luquine
Com o marido britânico, que ela conheceu por meio do tênis Imagem: Tatiane Luquine

Um ano depois desse primeiro desfile, em 2007, conheci meu marido, que é britânico, durante os torneios de tênis pelo mundo. Ele trabalhava na Federação Internacional de Tênis. Mudamos para Londres e nos casamos.

Quando cheguei a Londres, assinei contrato com uma agência que trabalhava com pessoas com deficiência. Eu fiz capas de revistas, participei de desfiles, fui figurante em novela. De 2009 a 2014, fui garota propaganda de uma marca de roupa adaptada em Portugal.

Desde 2010 faço um trabalho social no Brasil: sou embaixadora do projeto 'Fashion Inclusivo'. Faço workshops, palestras, ensino a maquiar, a desfilar, a usar acessórios. Trabalho com crianças com Síndrome de Down, cadeirantes, amputadas. Meu objetivo é lançar outras modelos criando uma maior representatividade. Em 2011, me aposentei do tênis e foquei só na carreira de modelo.

Não encontrava roupas bonitas, confortáveis e funcionais

Com roupas da sua grife, Samantha pretende promover a inclusão - Isana Ribeiro
Com roupas da sua grife, Samantha pretende promover a inclusão Imagem: Isana Ribeiro

Uma das minhas maiores dificuldades desde que me tornei cadeirante e, principalmente, quando voltei a modelar era encontrar roupas bonitas, confortáveis e funcionais. Pode não parecer, mas um dos grandes problemas da pessoa com deficiência é achar roupas adequadas para suas necessidades e que a façam se sentir bem.

A moda é ditatorial, define o que vamos usar.

As grandes empresas vendem peças pequenas, médias e grandes, como se todo mundo se encaixasse só nisso. As roupas não são pensadas na posição sentada, por exemplo. E não digo isso só porque sou cadeirante, mas se formos pensar, a maioria das pessoas passa a maior parte do tempo sentada, no trabalho, na escola, em viagens.

Ao usar casacos e vestidos longos, eu precisava puxá-los para cima, porque eles encostavam na roda, sujavam e ainda corriam o risco de rasgar. Às vezes eu precisava comprar um vestido com uma numeração maior para ficar mais confortável, e isso dava a impressão que eu estava com uns quilos a mais. Usar calça jeans sem elastano me apertava, machucava minha virilha.

Eu tinha algumas estratégias. Colocava, por exemplo, uma camisa mais larga ao usar uma calça com cós baixo para não mostrar o bumbum. A calça de cintura alta apertava a minha barriga, então eu desabotoava o botão e colocava uma camisa maior por cima. Era muito difícil encontrar uma roupa bonita e, ao mesmo tempo, confortável.

Sempre tinha que achar formas de me ajustar à roupa, e não a roupa se ajustar a mim.

Isso me incomodava muito. Já existiam peças adaptadas na época, mas eu achava a maioria delas feias e sem estilo.

Ao desfilar e fazer os ensaios, analisava as roupas no meu corpo e percebia que com alguns ajustes elas ficariam perfeitas para uma mulher cadeirante. Às vezes eram ajustes simples, como mudar o botão de posição, ou deixar menos tecido em uma região. Ao perceber essa necessidade, refleti que já tinha conquistado muitas coisas como modelo e que precisava resolver esse problema das peças inadequadas para as pessoas com deficiência e trazer soluções de uma forma que as clientes se sentissem bem e bonitas.

Roupas universais e adaptadas com foco na inclusão

Em um desfile de sua grife, com os modelos Imagem: Ange Harper

Decidi lançar a SB em Londres, uma loja de departamentos online que fornece roupas universais e adaptadas com foco na inclusão e na posição sentada. Eu me reuni com oito designers das marcas com as quais já trabalhava e fiz a proposta de cada um deles fazer de três a cinco peças adaptadas, com minha consultoria, unindo beleza, conforto e elegância.

Entre as peças adaptadas, há opções para cadeirantes e anões e joias com frases escritas em braile para cegos.

A ideia deu certo e, em junho de 2019, nós lançamos a coleção primavera-verão, com 35 peças assinadas por mim. Minha empresa funciona como um marketplace, onde comercializamos nossas próprias produções e as de outros designers. Vendemos uma peça, por exemplo, que foi criada por uma designer inspirada no pai com Parkinson. Como ele tremia muito, ela fez a camisa com os botões decorativos na frente, mas que abria e fechava com velcro.

Também temos parcerias com marcas que tenham a sustentabilidade no DNA. Comercializamos peças de empresas que reaproveitam tecidos que seriam jogados fora e fazem saias. Há uma outra que cria jaquetas pochetes e luvas com couro de abacaxi. Outra que usa as fibras da maconha para confeccionar vestidos. E uma marca faz um sutiã de cotton orgânico.

Passarela com modelos com síndrome de Down e vitiligo

Começamos com oito marcas e hoje temos parceria com 23. Nossas peças são vendidas pelo site e pelo Instagram. Em fevereiro deste ano, apresentamos a SB no London Fashion Week. Levamos para a passarela modelos cadeirantes, com síndrome de Down, com vitiligo, com queimadura. Foi um momento único e especial.

No futuro, tempos planos de criar a linha infantil adaptada e ampliar a linha masculina. Estamos em busca de parcerias com marcas brasileiras que se encaixem na nossa filosofia.

Quase 30 anos após o acidente, não mudaria nada do que aconteceu. Sou deficiente e não tenho nenhum problema com isso.

Minha deficiência é parte da minha história. Estou entre as 100 pessoas com deficiência mais influentes no Reino Unido. Se eu não tivesse sofrido o acidente e as consequências dele, não teria me transformado na pessoa que sou.

É o que sempre digo: faça o que você pode, com o que você tem, da melhor maneira possível. Eu faço o meu melhor buscando a inclusão e a igualdade através da moda."

Fonte  https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2020/05/07/modelo-cadeirante-faz-inclusao-social-atraves-da-moda.amp.htm

Postado por Antônio Brito 

Instituto Mauricio de Sousa e Revista Autismo dão dicas de quarentena para autistas

Numa iniciativa conjunta, o Instituto Mauricio de Sousa e a Revista Autismo estão postando nas redes sociais dicas para as crianças, especialmente para autistas, nesta quarentena. Serão mais de vinte dicas, publicadas todos os dias para orientar e dar ideias para as famílias que estão em isolamento social, por conta da pandemia do novo coronavírus.

Dicas como criar um ambiente propício, um cantinho mais silencioso reservado para as atividades, foram dadas pela Neuro Days, um centro de avaliações neuropsicológicas que faz atendimentos por valores sociais, de acordo com a situação socioeconômica e personalizada para cada família, com profissionais que atuam nas grandes universidades como a Unifesp e USP.

Fundadora da Neuro Days, a neuropsicóloga Deise Ruiz, entende que a ação é extremamente útil para as famílias neste momento de isolamento social. "Pequenas ideias e sugestões neste momento podem ser muito valiosas para todos", disse ela, que é mestranda em psiquiatria e psicologia médica, e elaborou as dicas junto com toda sua equipe.

As dicas diárias serão sempre ilustradas com o André, o personagem autista da Turma da Mônica, que tem histórias exclusivas publicadas a cada edição da Revista Autismo, desde o início do ano passado. "O André tem ajudado muito os autistas e familiares, não somente na conscientização da sociedade, mas também com a representatividade dos autistas nas histórias em quadrinhos, com uma inclusão natural nos roteiros", explicou o jornalista Francisco Paiva Junior, editor-chefe da Revista Autismo, que tem parceria com o Instituto Mauricio de Sousa, desde fevereiro de 2019. As edições, que são gratuitas, podem ser baixadas no site RevistaAutismo.com.br.

Fonte  https://www.abcdoabc.com.br/abc/noticia/instituto-mauricio-sousa-revista-autismo-dao-dicas-quarentena-autistas-100885 

Postado por Antônio Brito 

08/05/2020

Documentário dá voz a mulheres com deficiência

Documentário 'Silenciadas: em busca de uma voz' conta a história de mulheres com deficiência.
Documentário entrevistou mulheres com deficiência (Foto: Reprodução)

Resultado do Programa de Mestrado Acadêmico em Letras da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), documentário dá voz a mulheres com deficiência.

Intitulado ‘Silenciadas: em busca de uma voz’, o documentário foi realizado a partir de uma pesquisa realizada pela educadora social Flávia Pieretti Cardoso, com orientação da professora Maria Leda Pinto e coorientação da professora Léia Teixeira Lacerda.

Mulheres com deficiência

Flávia Pieretti, que é intérprete de Libras, também atua, há cinco anos, na área da violência contra mulheres com deficiência. Por conta de sua militância junto à Associação de Mulheres com Deficiência do MS (AMDEFMS), ela fez questão de garantir acessibilidade ao vídeo.

Para que todas as mulheres sejam contempladas em seu direito à informação esse documentário configura-se em um instrumento de enfrentamento à violência de gênero contra mulheres com deficiência”, explica Flávia.

De acordo com a orientadora do projeto, a pesquisa e a produção do documentário surgiram a partir de experiência e vivência. “Flávia esteve envolvida com várias mulheres com deficiência de Campo Grande, e por diversas vezes ouviu os relatos de violência de gênero vivenciados por elas, algumas na infância, outras na adolescência, outras por toda uma vida e, em muitos casos, sem se darem conta de que haviam sido vítimas de violência”, conta Maria Leda.

Segundo a professora Léia Lacerda, o documentário dá voz às mulheres com deficiência, oportunizando a expressão de suas vivências, de seus sentimentos, de suas ‘memórias’ sobre a temática da violência de gênero, bem como, mostra como se tornaram protagonistas de suas vidas apesar dos episódios relatados.

“O documentário apresenta a história de seis mulheres com diferentes deficiências e o relato da mãe de uma menina com autismo. Além das vozes dessas mulheres, também temos a voz de três mulheres que atuam diretamente no combate e no enfrentamento da violência contra as mulheres em Campo Grande (MS)”, relata Léia Lacerda.

Assista ao documentário ‘Silenciadas: em busca de uma voz’. 



Fonte: Portal Acesse
http://www.fernandazago.com.br/2020/05/documentario-da-voz-mulheres-com.html?m=1#.XrVzHqkArIo.facebook

Postado por Antônio Brito 

Dia Internacional da Osteogênese imperfeita (ossos de vidro ou doença de Lobstein)

Osteogênese imperfeita (ossos de vidro, doença de Lobstein ou doença de Ekman Lobstein) é uma condição rara que tem como principal característica a fragilidade dos ossos que quebram com enorme facilidade.
Luara Crystal, 11, possui osteogênese imperfeita e já teve mais de cem fraturas pelo corpo; doença atinge uma a cada 20 mil pessoas no mundo

Osteogênese imperfeita (doença de Lobstein ou doença de Ekman-Lostein), também conhecida pelas expressões “ossos de vidro” ou “ossos de cristal”, é uma condição rara do tecido conjuntivo, de caráter genético e hereditário, que afeta aproximadamente uma em cada 20 mil pessoas.
A principal característica de ossos de vidro é a fragilidade dos ossos que quebram com enorme facilidade. A osteogênese imperfeita (OI) pode ser congênita e afetar o feto que sofre fraturas ainda no útero materno e apresenta deformidades graves ao nascer. Ou, então, as fraturas patológicas e recorrentes, muitas vezes espontâneas, ocorrem depois do nascimento, o que é característico da osteogênese imperfeita tardia.
CAUSAS
A causa da doença é uma deficiência na produção de colágeno do tipo 1, o principal constituinte dos ossos, ou de proteínas que participam do seu processamento. O resultado é o surgimento de quadros de osteoporose bastante graves.

A falta de colágeno afeta não só os ossos, mas também a pele e os vasos sanguíneos.

Análises de DNA mostram que alguns pacientes não apresentam mutações nos genes responsáveis pela produção de colágeno, embora sejam portadores da doença.

SINTOMAS

Portadores de osteogênese imperfeita podem apresentar diferentes graus de fragilidade óssea que vão desde os mais leves até os muito graves. Além das fraturas sem causa aparente e dos ossos curvados, dois outros sintomas são típicos da doença: branco dos olhos (esclera) azulados e rosto em forma de triângulo. Além desses, os pacientes podem  apresentar os seguintes sinais da enfermidade: dentes escuros e frágeis (dentinogênese imperfeita), perda progressiva da audição, baixa estatura, dificuldade de locomoção e deformidades na coluna e na caixa torácica que podem acarretar complicações pulmonares e cardíacas.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico de ossos de vidro considera o exame clínico, a recorrência das fraturas e o resultado dos seguintes exames: raios X, ultrassonografia e densitometria do esqueleto. Podem ser necessários, ainda, exames complementares, como os marcadores do metabolismo ósseo e do colágeno e a análise do DNA. Muitas vezes, o diagnóstico demora a ser feito, porque a doença não é muito conhecida mesmo entre os médicos.

TRATAMENTO

Ainda não existe a cura para ossos de vidro. O tratamento visa à melhor qualidade de vida e envolve equipe multidisciplinar, uma vez que o portador do distúrbio requer atendimento clínico, cirúrgico e de reabilitação fisioterápica.

O pamidronato dissódico e o ácido zoledrônico (biofosfanatos) são medicamentos que têm mostrado bons resultados para inibir a reabsorção óssea, reduzir o número de fraturas e aliviar a dor.

Outro recurso terapêutico é a cirurgia para colocação de uma haste metálica que acompanha o crescimento dos ossos e deve ser implantada por volta dos seis anos.

O SUS assume os custos do tratamento com pamidronato, que são muito altos, mas não cobre a colocação de próteses.

RECOMENDAÇÕES

Procure informar-se sobre o trabalho da ABOI – Associação Brasileira de Osteogênese Imperfeita –, entidade sem fins lucrativos que se propõe não só ajudar os portadores da doença e suas famílias, mas também incentivar a realização de pesquisas que possam trazer benefícios para a qualidade de vida e minimizar os sintomas da doença. Uma de suas conquistas foi conseguir a instalação de Centros de Referência em dez hospitais do país.
Observação: O Dia Internacional da Osteogênese Imperfeita é comemorado em 6 de maio. O objetivo é divulgar a doença, suas características e as possibilidades de tratamento. Nesse dia, as pessoas são incentivadas a vestir-se de amarelo.

http://www.fernandazago.com.br/2020/05/dia-internacional-da-osteogenese.html?m=1#.XrVzRFvrXR4.facebook

Postado por Antônio Brito 

Especialista alerta para sintomas do câncer de ovário

Oito entre dez casos são descobertos em fase avançada

O câncer de ovário é o segundo tipo de câncer ginecológico mais comum entre as mulheres, atrás apenas do de colo do útero e a sétima maior causa de morte por câncer em mulheres. Além disso, oito entre dez casos de câncer de ovário são descobertos em fase avançada.

Sintomas como dificuldade para se alimentar, dor pélvica e/ou abdominal, sangramento vaginal anormal, mudança no hábito intestinal, fadiga extrema e perda de peso, embora associados também a outras doenças, são alertas importantes para um diagnóstico mais precoce.

Por não haver um método eficaz de rastreamento, o câncer de ovário é diagnosticado, na maioria dos casos, quando as mulheres apresentam sintomas que refletem a doença em estágio mais avançado. Em 80% dos casos, esse tipo de câncer é diagnosticado quando não está mais restrito ao ovário, tendo se disseminado para linfonodos, outros órgãos da região pélvica e abdominal ou até mesmo para órgãos como pulmão, osso e sistema nervoso central, mais raramente.

A alta taxa de diagnóstico tardio causa impacto no resultado do tratamento. Menos da metade das pacientes (48,6%) vive por mais de cinco anos após o diagnóstico. Comparativamente, quando a doença é identificada ainda restrita ao ovário, a chance de viver por mais de cinco anos sobe para 92,6%.

“Quando a doença é descoberta mais precocemente, pode-se oferecer um tratamento curativo, com melhores resultados, que será guiado com base na classificação realizada pelo médico patologista quanto ao tipo e à agressividade do tumor. É a avaliação anatomopatológica, entre outros fatores, que aponta a extensão da doença, assim como indica se a resposta à quimioterapia foi completa, alterando o destino das pacientes no que diz respeito a tratamento”, explica o médico patologista da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Leonardo Lordello.

Com o objetivo de identificar e difundir para o público as melhores estratégias para que a doença seja descoberta rapidamente, a SBP se une à World Ovarian Cancer Coalition - movimento global de conscientização sobre a doença - nesta sexta-feira (8), Dia Mundial do Câncer de Ovário. Criada em 2013, a organização reúne atualmente mais de 140 integrantes.

Alertas do corpo

Diferentemente do que ocorre com os exames de Papanicolau, mamografia e colonoscopia, que funcionam como métodos de rastreamento, respectivamente, do câncer de colo do útero, mama e colorretal, com o câncer de ovário não há uma metodologia eficaz. “Houve tentativas com o marcador CA125 ou exames de imagem, mas os estudos mostraram que oferecer essas avaliações para população assintomática não resultou em redução de mortalidade”, explica Lordello.

Outro complicador é o fato de que os sintomas que podem alertar para o surgimento de tumores de ovário também são comumente associados a outras doenças. Embora esses sinais de alerta sejam inespecíficos, a atenção a eles pode ser um caminho para o diagnóstico mais precoce. Os principais são aumento do abdômen, dificuldade para se alimentar, dor na região pélvica e/ou abdominal, sangramento vaginal anormal (principalmente pós-menopausa), mudança no hábito intestinal, fadiga extrema e perda de peso.

Classificação correta

Em um cenário no qual predomina uma doença com alta taxa de mortalidade, a correta definição do tipo de lesão, apontando se ela é benigna ou maligna (câncer), torna-se ainda mais importante, assim como a indicação de seu tamanho, grau de agressividade, perfil biológico, capacidade de se espalhar e potencial resposta aos tratamentos disponíveis no caso de malignidade.

Assim como a maior parte dos diagnósticos de câncer, apesar da anamnese e de exames de imagem poderem identificar a presença de um tumor ovariano, a natureza desse tumor quanto à malignidade só será definida a partir da avaliação feita por um médico patologista. No contexto do câncer de ovário, essa avaliação pode ocorrer antes da cirurgia, geralmente em casos avançados, para determinação de quimioterapia neoadjuvante; durante a cirurgia, por meio do exame intraoperatório por biópsia de congelação; ou após a cirurgia, para avaliação da extensão da doença e/ou resposta ao tratamento.

Em cerca de 90% dos casos, os tumores malignos do ovário são derivados de células epiteliais que revestem o ovário e/ou a trompa. O restante provém de células germinativas (que formam os óvulos) e células estromais (que produzem a maior parte dos hormônios femininos), sendo esses casos mais frequentes em adolescentes e mulheres mais jovens.

Entre os tumores malignos epiteliais de ovário, cerca de 70% são carcinomas serosos, que podem ser de baixo ou alto grau. “Embora agressivos, tumores serosos de alto grau, com disseminação mais rápida e comprometimento maior do ovário e órgãos adjacentes, são, geralmente, mais responsivos à quimioterapia”, comenta o patologista.

De maneira geral, o câncer tem início em um dos ovários. Embora em parte dos casos possa haver a doença em ambos os ovários (envolvimento bilateral), acredita-se que isso ocorra de maneira metastática de um ovário para o outro. Além dessa disseminação, as células malignas frequentemente podem acometer a cavidade pélvica e/ou abdominal, podendo formar tumores que causam compressão do reto ou da bexiga, além de comprometer útero e/ou vagina. Em casos mais avançados, a doença pode ainda disseminar para outros órgãos como o fígado, pulmão e osso, mais tardiamente.

Fatores de risco

Similarmente ao que ocorre com a maioria dos casos de câncer de mama, os tumores malignos de ovário surgem, em cerca de 80% dos casos, por influência direta dos hormônios. Infertilidade e questões associadas com maior frequência aos ciclos menstruais mensais, como menarca precoce, menopausa tardia, nuliparidade (nunca ter tido filhos), entre outras, assim como obesidade e tabagismo, são os principais fatores de risco.

Entre os efeitos protetores estão o controle do peso, alimentação equilibrada e prática de atividade física, assim como o uso de contraceptivos orais por pelo menos cinco anos. Gestação, assim como a amamentação, colaboram na diminuição do risco de desenvolver câncer de ovário.

Hereditariedade

Estima-se que cerca de 20% dos casos de câncer de ovário estão relacionados a mutações de origem hereditária, estando ligados principalmente à síndrome de câncer de mama e ovário, cuja principal mutação é no gene BRCA1. Em caso de história pessoal ou familiar de primeiro grau de câncer de mama e/ou ovário é válido procurar um oncologista, que poderá indicar uma avaliação com um médico geneticista, indica a SBP.

Faixa etária

O câncer de ovário é mais prevalente a partir dos 60 anos, quando a mulher não se encontra mais em fase reprodutiva. No entanto, a doença pode ser diagnosticada também em mulheres mais jovens, principalmente nos casos de hereditariedade. As mulheres mais jovens, em fase reprodutiva, que têm predisposição hereditária para desenvolver câncer de mama, podem optar por acompanhamento clínico mais precoce e frequente.

A paciente é orientada ainda sobre a possibilidade de fazer a cirurgia profilática (retirada preventiva dos ovários e trompas, para reduzir o risco de desenvolver a doença). É importante a paciente ser orientada por seu oncologista e ter acesso a um serviço de aconselhamento genético, coordenado por um geneticista, sugere a SBP.

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-05/especialista-alerta-para-sintomas-do-cancer-de-ovario#

Postado por Antônio Brito 

ONU triplica apelo e pede US$ 6,7 bi para ajudar países pobres

Objetivo é ajudar 63 países, principalmente na África e América Latina

A Organização das Nações Unidas (ONU) mais que triplicou seu apelo para auxiliar os países vulneráveis ​​a combater a propagação e os efeitos desestabilizadores da pandemia do coronavírus. A organização solicitou, nessa quinta-feira (7), US$ 6,7 bilhões para ajudar 63 países, principalmente na África e na América Latina.

Embora os Estados Unidos e a Europa estejam sendo afetados agora pelo surto, o subsecretário-geral da ONU, Mark Lowcock, alertou que não era esperado que o vírus atinja o pico nos países mais pobres do mundo entre os próximos três e seis meses.

"Nos países mais pobres, já podemos ver as economias se contraindo à medida que as receitas de exportação, as remessas e o turismo desaparecem. A menos que tomemos medidas agora, devemos estar preparados para um aumento significativo no conflito, fome e pobreza", afirmou. "O espectro de várias carências aparece", acrescentou Lowcock.

O novo coronavírus, que causa a doença respiratória covid-19, já infectou cerca de 3,7 milhões de pessoas em todo o mundo e mais de 263 mil morreram, de acordo com contagem da Reuters. O vírus surgiu pela primeira vez na cidade chinesa de Wuhan, no fim do ano passado.

*Agência britânica de notícias

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2020-05/onu-triplica-apelo-e-pede-us-67-bi-para-ajudar-paises-pobres

Postado por Antônio Brito 

Municípios começam a receber recursos destinados à assistência social

Recursos da ordem de R$ 600 milhões serão transferidos para a assistência social de todos os municípios, a partir desta sexta-feira (8). A transferência do dinheiro é referente aos meses de abril, maio e junho e será feita pelo Ministério da Cidadania, por meio do Fundo Nacional de Assistência Social, e tem por objetivo proteger a população vulnerável, que mais tem sofrido as consequências da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

"Vamos fazer o pagamento de uma parcela que vai englobar três meses, exatamente para dar condições para o Sistema Único de Assistência Social (Suas). É um exército que chamo ‘do bem’, próximo de 200 mil pessoas que estão em cada canto do Brasil, levando não apenas alimento e prevenção, mas carinho, conforto e estímulo para a população enfrentar este momento", disse o ministro Onyx Lorenzoni,

Um segundo repasse será feito em 8 de junho, serão mais R$ 600 milhões, referentes aos meses de julho, agosto e setembro. Com isso, o total destinado para o fortalecimento da assistência social, via cofinanciamento do Suas, chegará a R$ 1,2 bilhão. Os recursos foram garantidos na Medida Provisória nº 953, publicada em 16 de abril, que abriu crédito extraordinário de R$ 2,5 bilhões.

De acordo com o ministério, outra parte dos recursos será destinada para os municípios atuarem em três frentes: aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para as equipes de assistência social; compra de alimentos para as instituições que cuidam de idosos, além de orfanatos; e ações de acolhimento e abrigamento de moradores de rua. O anúncio da aplicação desses recursos foi feito no dia 30 de abril.

"É um volume de R$ 1,03 bilhão para a aquisição. Nós temos hoje 1.686 municípios brasileiros habilitados a receber os recursos. São R$ 159 milhões que estão sendo transferidos a partir de hoje para esses municípios, também no sistema de duas parcelas. Recebe um primeiro volume que permite o atendimento por três meses e, depois, uma segunda parcela em junho, para atender outros três meses", disse Lorenzoni.

*Com informações do Ministério da Cidadania.

Fonte  https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2020-05/municipios-comecam-receber-recursos-destinados-assistencia-social

Postado por Antônio Brito 

Conheça o Programa Nacional do Livro Didático Acessível

Projeto destina obras escritas em braille-tinta para estudantes cegos ou com baixa visão
O Sistema Braille é um sistema formado por códigos táteis que possibilitam a leitura e a escrita das pessoas com deficiência visual. O Ministério da Educação (MEC) trabalha para tornar o ensino brasileiro mais inclusivo. Uma das principais ações para promover a acessibilidade é o Programa Nacional do Livro Didático Acessível (PNLD/Acessível), que destina livros escritos em braille-tinta para estudantes cegos ou com baixa visão.


“A partir de 2019, os livros didáticos passaram a ser impressos em braille e letras ampliadas em português. São entregues aos alunos cegos os mesmos livros que o restante dos alunos da classe recebe. Desse modo, tanto as famílias como os professores podem acompanhar o que o estudante que utiliza o braille está lendo”, explicou a secretária de Modalidades Especializadas de Educação, Ilda Peliz. 

O programa garante que estudantes com deficiência visual matriculados em escolas públicas tenham pleno acesso ao conteúdo. A distribuição dos exemplares é realizada com base nas matrículas informadas pelo Censo Escolar do ano anterior. Os livros acessíveis não são de uso único, portanto podem ser utilizados por outro aluno no ano seguinte.

Em 2019, o ministério distribuiu 28.743 livros produzidos em braille-tinta para alunos do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental. Pela primeira vez, todos os estudantes cegos ou com baixa visão dessa etapa receberam material adaptado.

Em 2020, o MEC ampliou a oferta e, de maneira inédita, estabeleceu a produção do livro em braille-tinta para os estudantes cegos ou com baixa visão de todas as séries do ensino fundamental. Neste momento, o ministério está trabalhando na avaliação e entrega de 10.776 livros para estudantes do sexto ao nono ano.

Todos os livros seguem orientações da Comissão Brasileira do Braille (CBB), instituída pela Portaria nº 1.372, de 16 julho de 2019 Site externo. Vinculada à Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (Semesp), a comissão é responsável pela padronização, aplicação, acompanhamento e atualização do Sistema Braille.

Fonte  https://www.vidamaislivre.com.br/2020/04/23/programa-nacional-do-livro-didatico-acessivel/

Postado por Antônio Brito 

Cinco pontos-chave para a inclusão de pessoas com deficiência na resposta à COVID-19

Desigualdades, agravadas pelo impacto da doença sobre as pessoas com deficiência, não são novidades

Pessoas com deficiência representam cerca de um bilhão ou 15% da população mundial. Aproximadamente 80% delas estão em idade para trabalhar, mas enfrentam enormes barreiras, que dificultam a igualdade de oportunidades no mundo do trabalho.

Durante essa crise, é necessário que as pessoas possam atuar, interagir e se comunicar de formas diferentes das que estão acostumadas. Contudo, as desigualdades, agravadas pelo impacto da COVID-19 sobre as pessoas com deficiência, não são novas. Na resposta à doença, o risco é de que elas sejam novamente deixadas para trás. 

A recente publicação da Organização Internacional do Trabalho (OIT), “Pessoas com deficiência na resposta à COVID-19”, lista cinco pontos-chave para a inclusão na resposta à pandemia da COVID-19.

Adotar medidas de apoio para promover a igualdade

Políticas de trabalho de casa devem assegurar que as(os) trabalhadoras(es) com deficiência disponham das adequações necessárias em suas casas, tais como as que deveriam existir em seu local de trabalho habitual. Outras medidas de autoisolamento como resposta à COVID-19 devem levar em consideração a situação particular das pessoas com deficiência, incluindo o fato de algumas necessitarem de assistência pessoal.

Assegurar uma comunicação acessível e inclusiva

Toda comunicação relacionada à saúde pública, à educação e ao trabalho sobre a pandemia, incluindo arranjos de trabalho de casa, devem ser acessíveis às pessoas com deficiência, inclusive por meio do uso da linguagem de sinais, legendas e websites com tecnologia específica. 

Proporcionar proteção social adequada

A proteção social é essencial para que as pessoas com deficiência possam cobrir gastos extras relacionados a elas, que podem aumentar devido ao impacto da crise e impactar os seus sistemas de apoio. Pessoas com deficiência, especialmente mulheres, fazem parte de um grupo que enfrenta taxas de desemprego mais elevadas. Por isso, agora mais do que nunca, as medidas de proteção social, sensíveis às questões de gênero, devem ser construídas de forma a apoiá-las a entrar, permanecer e progredir no mercado.

Assegurar o direito do trabalho agora e sempre

O diálogo social e a participação são fundamentos base dos movimentos pelos direitos das pessoas com deficiência e pelos direitos trabalhistas. E em meio à atual pandemia, são mais necessários do que nunca. A multiplicidade de pontos de vista – dos governos, das organizações de trabalhadores e de empregadores e das organizações de pessoas com deficiência – oferecem uma variedade de soluções. Portanto, é indispensável a implementação das Normas Internacionais do Trabalho e de outros instrumentos de direitos humanos, especialmente a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência.

Mudar a narrativa

Para atingir todos os pontos mencionados anteriormente, é fundamental incluir pessoas com deficiência como cocriadoras das respostas à COVID-19, como defensoras e usuárias, e não como vítimas. Todas as crises trazem oportunidades e a oportunidade do momento é promover a inclusão de todos os grupos anteriormente discriminados – incluindo as pessoas com deficiência – como elemento central em todas as respostas à pandemia.

Fonte: Nações Unidas do Brasil Site externo

https://www.vidamaislivre.com.br/2020/05/07/cinco-pontos-chave-para-a-inclusao-de-pessoas-com-deficiencia-na-resposta-a-covid-19/

Postado por Antônio Brito 

PCD estão isentos das possíveis novas regras de rodízio em São Paulo

O Decreto Municipal que define novas regras sobre o rodízio de carros em São Paulo ainda não foi publicado.

O Departamento de Jornalismo da Revista Reação está acompanhando a nova publicação do Diário Oficial do Município com a novas normas, entretanto as Pessoas com deficiência proprietárias de veículo continuam sem restrições à circulação na cidade.

Fica, segundo informações preliminares, valendo o cadastramento anterior de isenção do rodízio!

Fonte  https://revistareacao.com.br

Postado por Antônio Brito