Profissionais deverão ser capacitados para ajudar pessoas com deficiência visual durante as compras.
A Câmara Municipal aprovou três projetos de lei com o intuito de garantir maior acessibilidade a pautas relacionadas às pessoas com deficiência. As três matérias ainda dependem de sanção do prefeito Antônio Almas (PSDB). Em um deles, o Poder Legislativo obriga hipermercados e supermercados de médio e grande porte em disponibilizarem funcionários capacitados para auxiliar as pessoas com deficiência visual em suas compras.
De acordo com a proposição, que é de autoria do presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Câmara Municipal, o vereador João Coteca (PR), “o porte dos estabelecimentos comerciais será identificado em médio e grande, de acordo com a classificação por número de empregados conforme os critérios do Sebrae e da legislação tributária vigente”. O projeto define ainda que tais estabelecimentos deverão afixar cartazes em local visível com informações acerca da obrigação.
Aprovado pelo Legislativo, o texto prevê sanções para os hipermercados e supermercados que descumprirem a exigência. Em um primeiro momento, os estabelecimentos infratores, quando do desrespeito à regra, serão advertidos por escrito na primeira infração. Em caso de uma segunda ocorrência, estarão sujeitos a multa de R$ 500, a ser aplicada em dobro na reincidência.
Reserva de espaço para cadeiras de rodas
Outro projeto de lei aprovado nesta quarta, último dia de sessões do período legislativo de janeiro – também de autoria de João Coteca e carente de sanção da Prefeitura – defende a criação de espaços reservados para pessoas que utilizam cadeira de rodas em estabelecimentos como auditórios, ginásios esportivos, locais de conferências, salas de aulas e outros de natureza similar. A matéria prevê que a exigência tenha validade para espaços públicos e privados em funcionamento em Juiz de Fora e tem por objetivo “facilitar as condições de acesso, circulação, comunicação e acessibilidade”.
A matéria define ainda que o espaço reservado corresponderá à ocupação de duas cadeiras de rodas por sala, “devendo ser demarcado com faixas ou pintura”. Segundo o texto, “os estabelecimentos definirão os espaços reservados de maneira a bem atender o usuário da cadeira de rodas”. A regra também defende que a “construção, a ampliação ou a reforma de edifícios públicos ou privados destinados ao uso coletivo deverão ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessíveis às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida”.
A proposta define ainda que o Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência deverá promover campanhas informativas e educativas dirigidas à população em geral, com finalidade de conscientizá-la e sensibilizá-la quanto à acessibilidade e à integração social da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida
‘Dia Municipal do Deficiente Visual’
Outro texto, este de autoria do vereador Wagner do Sindicato (PTB), institui o “Dia Municipal do Deficiente Visual”. A proposição define que a data será comemorada no dia 4 de janeiro, data de nascimento de Louis Braille (Coupvray, 4 de janeiro de 1809 – Paris, 6 de janeiro de 1852), francês que criou o sistema Braille de leitura para cegos. A proposta também depende de sanção do Poder Executivo.
De acordo com o projeto de lei, na data em questão, as “entidades públicas e privadas realizarão eventos destinados a reverenciar a memória de Louis Braille, divulgando e destacando a importância do seu sistema na educação, habilitação, reabilitação e profissionalização da pessoa cega”.
Entre as ações apontadas no texto, estão o fortalecimento do debate social acerca dos direitos da pessoa cega e a sua plena integração na sociedade; a promoção da inserção da pessoa cega no mercado de trabalho; a difusão das orientações sobre a prevenção da cegueira e de informações sobre a acessibilidade; o incentivo à produção de textos em Braille; e a capacitação de profissionais para atuarem na educação, habilitação e reabilitação da pessoa cega.
Medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Havana-1992 e líder do ranking nacional por dois anos, a segunda maior tenista do Brasil aponta alternativas para o país virar potência.
Depois de Maria Esther Bueno, a brasiliense Cláudia Chabalgoity é reconhecida como uma das maiores tenistas do país. Embora hoje se dedique ao projeto Tô no Jogo, que pretende, pelo tênis, desenvolver e incluir pessoas com deficits físicos e intelectuais, continua sendo uma observadora privilegiada do esporte, sobretudo aquele no qual brilhou — foi campeã pan-americana nos Jogos de Havana e líder do ranking brasileiro por dois anos consecutivos. E o que enxerga não é bom, embora perceba esforços isolados para que o país vá além de modalidades nas quais já é referência, e se torne uma potência esportiva. A seguir, trechos da conversa com o Correio, numa tarde de chuva torrencial, em Brasília.
Em 2020, o Brasil terá somente um torneio da ATP, enquanto a China terá quatro. O Brasil teve Maria Ester Bueno, Gustavo Kuerten, você, Patrícia Medrado, e outros tenistas de expressão. Por que a China, que não tem a tradição brasileira, está com mais importância no circuito internacional?
O Brasil foi um dos países a terem mais torneios ranqueados. Se a gente for falar de economia, nada é desprendido. A gente fala de todo um sistema econômico, cultural e de amor ao esporte, da importância dada ao esporte. Mas o que o Brasil estruturou quando teve vários torneios? Nada, eram só torneios. É uma cultura que ainda enxerga, aqui, o tênis como esporte de elite. Não é mais! Olhando para a América do Sul, a impressão que se tem é que a Argentina tem mais tenistas de expressão que nós. A sensação hoje é Diego Schwartzman (14º). Tem ainda o Guido Pella (25º). O brasileiro mais bem colocado é Thiago Monteiro (89º). A Argentina é mais pobre, numa situação econômica pior que a do Brasil. Como pode? É outra estrutura. As pessoas lá gostam do tênis, assistem tênis. Nossa “diferença” com os argentinos é global: é no futebol, na literatura, nas artes... Essa concorrência entre Brasil e Argentina tem que existir, é legal para poder crescer. Só que a Argentina cresceu e a gente começou agora a crescer, a fazer trabalho de base.
No esporte brasileiro, quem tem estrutura está separado do todo. É o vôlei, o futebol... a natação era genial, até descobrirem que o presidente está sendo investigado em 8 de outubro, a imprensa noticiou que o Tribunal Regional Federal de São Paulo condenou o ex-presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, Coaracy Nunes, a 11 anos e oito meses de reclusão e a três anos de detenção por desvios de recursos públicos na entidade. Ele foi condenado ainda ao pagamento de 487 dias-multa. A decisão foi proferida em primeira instância e a defesa anunciou então que recorreria. O esporte ainda tem que conviver com essas nuances, esses interesses. Quem ama o esporte não rouba — isso é o que eu acredito. Quer que o dinheiro do esporte seja reinvestido no próprio esporte. No Brasil, ainda não dão valor para a psicologia do esporte porque não vai fazer o campeão. Mas vai fazer uma pessoa, e essa pessoa, quando ela é inteira, com autonomia, com conhecimento do que está sentindo, sobre o que está vendo, vai saber jogar melhor. Vai ter mais chance de atingir o total potencial do que quem é comandado.
O Brasil está abrindo os olhos para coisas assim, mas ainda vai depender muito de quem está no comando.
"A iniciativa privada séria vai investir em algo sério"
Em 2010, circulou na internet um vídeo de um menino cobrando do então governador Sérgio Cabral e do ex-presidente Lula uma quadra de tênis, prevista para a comunidade de Manguinhos, em que morava, no Rio. Lula, como resposta, disse que tênis era “esporte de burguês”. Essa visão ainda persiste? É desconhecimento. Porque o esporte de burguês está nos países da África em piso de terra, com raquete de madeira. Se não é com a raquete do (Novak) Djokovic, OK, mas pode estar ali um jogador. A Federação Internacional (ITF) faz um trabalho justamente para acabar com essa ideia de que o tênis é um esporte de burguês, e isso já tem anos. Vão dizer que o material é caro, mas quem quer joga com raquete de madeira, improvisa. Hoje, tem muita gente saindo de comunidade carente, aqui e lá fora, ganhando campeonato; tem muito trabalho social trazendo o tênis para a meninada. Eu não sou burguesa! E o que é ser burguês?
Num país que teve Maria Ester, Patrícia Medrado, Nanda Alves, você e poucas outras, Bia Haddad (119º da WTP) é mais uma ave rara? As mulheres são vistas como aves raras não somente no esporte, mas em vários ramos de atividade. No esporte, eram vistas como homens. Ninguém olhava a tenista como mulher. Já escutei absurdos, tais como o de que toda mulher fica masculinizada no tênis. Imagina! Há mulheres lindas no tênis, femininas. Ver diferentemente disso é falta de cultura, preconceito falar que a mulher se transforma no esporte. Esporte salva vidas, tira gente da miséria.
Falta visão à cartolagem do esporte brasileiro, e do tênis em particular, para buscar iniciativas de popularização, e ganhar apoio de governos e da iniciativa privada? Ou o sistema existente distorce e obriga quem nele entra a jogar de forma que só uns poucos ganham, em detrimento da sociedade? Uma iniciativa privada séria só vai investir em algo sério. Os governos não sabem o quanto é necessária uma Bolsa-atleta, porque entram e tiram várias delas de pessoas que precisavam para desenvolver suas atividades. Numa transição de governo, as pessoas devem estudar não o que foi feito pelo outro, mas o que está dando certo no esporte. Por que derrubar? No esporte tem dinheiro, mas o poder público tem que sinalizar corretamente. Veja o caso da Olimpíada do Rio: todos nós gritamos “o que vão fazer depois?” Ninguém ouviu. Está tudo largado, gastaram um dinheirão, gente foi presa. Coisas assim só contribuem para afastar o investidor.
Se está falando de esportes, tem que ter alguém com olhar esportivo ali dentro (sobre o Arena Brasília)
Brasília tem um projeto ambicioso para a região do Mané Garrincha. A ideia dos futuros administradores do complexo é, inclusive, investir em quadras de tênis, aumentando a quantidade das que estão lá, abandonadas. Dá para ter esperança de que iniciativas assim ajudam a popularizar o tênis? Não tem problema a iniciativa privada investir, mas em parceria com o governo. Porque o investidor vai, legitimamente, querer retirar aquilo que aplicou. Mas tem que haver a participação da sociedade, a aula grátis, o espaço para a inclusão. E deve ser proporcionado tudo do bom e do melhor nesse processo. O governo deve fazer valer sua obrigação de ser o agente social. Acho ótimo que o empresário aplique seu recurso, mas quem vai comandar o processo? Quem está olhando para o negócio? Se está falando de esporte, tem que haver alguém com esse olhar ali dentro. A iniciativa privada deve participar de acordo com o ideal do governo. Há que se manter os objetivos da sociedade nessas parcerias entre a iniciativa privada e o poder público. O esporte transforma vidas e o investidor deve ter também essa pretensão. Se quem aplica dinheiro for convencido disso, arrisco dizer que daríamos um grande passo para acabar com coisas como o tráfico de drogas. Que criança não prefere uma bola a traficar?
Se no tênis “comum” o Brasil tem imensas dificuldades, no paralímpico esses problemas são exponencialmente maiores. Você tem um projeto para deficientes intelectuais e físicos. Já pensou alguma vez em desistir diante de tamanhas barreiras? Jamais, porque é isso que me dá vida. Não sou eu que levo vida para eles. Depois que parei de jogar, foi o projeto do tênis em cadeira de rodas que fez meu olho brilhar. E veio quando eu menos esperava. Me perguntei: “O que é que vou fazer? Não quero ser professora de tênis, diretora de escola de tênis”.
Eu queria mais do que quatro linhas, a gente tem potencial para enxergar o mundo além delas. E eu me sentia muito limitada ali. O projeto Tô no Jogo trouxe o projeto de tênis em cadeira de rodas junto com o desenvolvimento da modalidade e, junto com isso, tive a sorte de ter um presidente do Comitê Paralímpico, o Andrew (Parsons), que fez um trabalho estratégico maravilhoso, e hoje o nosso paralímpico é melhor que o olímpico. O Brasil é um dos poucos países cujo desempenho do paralímpico ultrapassa o olímpico. Esse é um trabalho estruturado.
O novo presidente, Mizael Conrado, está olhando para as escolas, que vão complementar todo esse trabalho bem feito olhando a base. Temos atletas magníficos e conhecidos internacionalmente.
Por isso, não penso em desistir porque isso não é o tênis. O que eu faço no projeto é pegar toda essa experiência para desenvolver o ser humano. Foram eles (os deficientes) que me reincluíram, porque eu estava perdida, até que vi o tênis em cadeira de rodas.
Estamos em negociação para 2020 com a Caixa (Econômica Federal) para o tênis voltado para o deficiente físico e intelectual, para o autista, para o Down, para o cego, para o surdo. A ideia é incluir todos que quiserem. O tênis é só uma ferramenta. Temos uma pessoa forte encabeçando o trabalho social, que é a primeira-dama (Michelle Bolsonaro). E hoje (a entrevista foi feita em 18 de dezembro), eu tive a certeza de que ela está realmente envolvida. Isso me deu muito mais força.
"Uma criança prefere uma bola a traficar"
Raros são os atletas que atingem o auge em Brasília, pois, geralmente, vão para o Rio ou São Paulo, senão para o exterior, em busca de melhores condições de desenvolvimento (o exemplo mais recente é o do jogador Reinier, que foi para o Flamengo e, há dias, negociado com o Real Madrid). O que falta para a capital do país ser um polo esportivo, sobretudo agora que a cidade está às portas dos 60 anos?
Talvez precisemos de um líder com essa visão. A Carmem de Oliveira (ex-maratonista) está aí, a Ricarda (Lima, jogadora de vôlei) voltou, a Leila (Barros, ex-jogadora de vôlei) está no Senado. Brasília é uma cidade perfeita para treinamento. Em São Paulo, você anda muito entre a casa e o treino. Aqui é vasto, é plano, logística favorável com mais facilidade do que no Rio ou em São Paulo. É uma torcida que eu tenho pela nossa cidade. Tivemos bons treinadores e atletas e, de repente, parou. A gente merece muito mais. Fale sobre seu projeto, o Tô no Jogo? Estamos negociando com a Caixa para 2020 e estou muito feliz com isso. Geralmente, os ex-atletas montam projetos na periferia, mas preferi focar no deficiente, e de forma natural. Então, nada melhor para incluir que o próprio banco da inclusão social.
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, é do Distrito Federal. Ela tem envolvimento com a comunidade dos surdos-mudos, um traço de união com outras comunidades de deficientes. É um ponto favorável, é uma nova visão, uma sensibilidade? Isso te anima? Me deixou muito motivada. Vim do lançamento do Projeto Sinais (lançado em 18 de dezembro, é promovido conjuntamente pelos ministérios da Cidadania e da Educação) e ela está envolvida. O projeto não vai levar apenas esporte, mas também arte e cultura. Desejo demais que ela siga fazendo esse trabalho. O primeiro discurso que ela fez foi em libras e essa parcela da população participou. Isso é emocionante. O social vai vir à tona, o esporte para deficiente vai ganhar o espaço que merece. Teremos o centro de surdos aqui, em Brasília, que ela negociou; a Confederação Brasileira de Desporto para Surdos vem para cá... Estou botando muita fé que, em 2020, as coisas vão seguir em frente.
O Procon de Santa Catarina multou o consórcio Fênix, responsável pelo transporte coletivo de Florianópolis, em mais de R$ 74 mil por falta de acessibilidade para cadeirantes nos ônibus. O Consórcio Fênix informou ao G1 que respeita a decisão do Procon, mas que vai recorrer na Justiça.
A empresa já tinha sido notificada em novembro de 2019 após usuários denunciarem, pelas redes sociais, o defeito em um equipamento usado por cadeirantes na entrada de um ônibus. Como a situação não foi resolvida o Consórcio acabou sendo multado.
O Procon abriu um processo administrativo e constatou problemas em elevadores e no equipamento eletromecânico de deslocamento vertical, que garante o serviço.
O Consórcio questiona e diz que o problema foi um fato isolado. "O Consórcio Fênix não concorda que problemas isolados em dois elevadores de acessibilidade a cadeirantes permita a aplicação de multa tão elevada. Atualmente 85% de sua frota possui estes equipamentos instalados, totalizando 400 ônibus adaptados que circulam na capital", informou por meio da assessoria de imprensa.
A prefeitura informou que vai cobrar mais atenção do Consórcio em relação à manutenção dos elevadores utilizados pelos cadeirantes e diz que a capital tem uma das frotas mais acessíveis do país. Ainda conforme a prefeitura nem todas as linhas são utilizadas por cadeirantes e a prefeitura também serviço Porta a Porta, para transportar cadeirantes gratuitamente. O G1 mostrou no projeto Promessas que esta é uma das ações cumpridas parcialmente pelo prefeito Gean Loureiro.
Será construído em uma área de 15 mil/ m², localizada às margens da AL-220
Laís Pita com Assessoria
A prefeitura de Arapiraca divulgou nessa quarta-feira (15) que o Hospital de Câncer de Barretos, agora Hospital de Amor, vai chegar em Alagoas. A construção da primeira unidade de prevenção do hospital em Alagoas - e a 21ª no Brasil - começa ainda este ano.
A conquista será viabilizada através de emendas parlamentares da deputada federal Tereza Nelma e do senador Rodrigo Cunha, que serão utilizadas na construção da unidade, em terreno doado pela Prefeitura de Arapiraca, a partir de aprovação do Poder Legislativo Municipal.
A ideia é iniciar na cidade os serviços do Hospital de Amor, a partir do departamento de prevenção e diagnóstico do câncer de mama e colo do útero. Além da unidade fixa, que será a clínica de prevenção, uma unidade móvel irá percorrer e realizar o rastreamento dos dois tipos de câncer e beneficiar os moradores dos 46 municípios da 2ª Macrorregião de Saúde.
Conquista
“Esta iniciativa dos parlamentares, prontamente abraçada pelo prefeito de Arapiraca, através da doação de uma área para a construção da unidade de prevenção, representa uma mudança da história do câncer de mama e colo do útero aqui no interior de Alagoas. Acho que é um grande passo para o Estado. Espero que outros parlamentares se sensibilizem com essa ideia, junção de forças, levando mais prevenção e saúde à população”, destacou Raphael Haikel, médico e coordenador das unidades de prevenção do Hospital de Amor.
O prefeito Rogério Teófilo afirma que a instalação da unidade, que é uma instituição reconhecida no Brasil e no mundo, como referência na atuação do campo da oncologia, com elevados padrões de qualidade e de humanização no atendimento, será um marco para a cidade e o Estado, que passará a ser referência no segmento de diagnóstico precoce do câncer.
A conquista da vinda do Hospital do amor é um sonho. Ganha Arapiraca e o Estado de Alagoas, com uma unidade dessa, conquistada a partir da união das forças. A prefeitura doa o terreno, a câmara aprova a lei, os parlamentares viabilizam os recursos e a equipe do hospital traz o serviço e a tecnologia”, ressaltou o prefeito.
A área de 15 mil/ m², localizada às margens da AL-220, destinada ao Hospital do Amor, já foi visitada e aprovada pelo médico e coordenador, Raphael Haikel. Em região privilegiada, a unidade vai compor o complexo de saúde, onde já funcionam hospitais, a Unidade de Emergência do Agreste e novos empreendimentos do setor.
“Arapiraca dá mais um salto na prestação de serviços nessa linha de cuidado. A gente sabe que o grande desafio do Estado de Alagoas é conseguir fechar o diagnóstico para identificar mulheres câncer. A partir dessa parceria com o Hospital de Barretos, muito em breve nós vamos conseguir alcançar novos patamares e ter os nossos indicadores mais elevados. A gente vai poder detectar o câncer em estágio inicial, aumentando a chance de cura dos usuários e reduzindo despesas”, completou o secretário municipal de Saúde, Glifson Magalhães.
Dona Alda, 93 anos: idosa teve o braço rasgado por profissional que ignorou reclamações de dor e choro da aposentada
Uma ida ao Hospital municipal Rocha Faria, em Campo Grande, para retirar um gesso do braço, se tornou um pesadelo para a aposentada Alda Waltz Lisboa, de 93 anos, nesta quarta-feira. Com uma tesoura, um funcionário, responsável por retirar o material, ignorou o fato de Alda reclamar de dores e afirmou que era "impossível" que ele a estivesse cortando, pois o material "não tinha ponta". O resultado até agora está exposto no braço da idosa: 18 pontos. A imagem é forte.
— Quando ele começou a cortar na reta da mão dela, ela reclamou que estava sendo cortada e ele continuou. Quando chegou próximo ao cotovelo, ele disse que o que ela estava sentindo era o gelado da tesoura, mesmo com ela chorando, e afundou a tesoura. Foi quando fez o corte mais fundo no braço. Quando ele retirou a atadura e viu a quantidade de sangue, ficou muito nervoso e saiu dizendo que era "superficial" e chamando um outro enfermeiro para fazer o curativo — conta Thaísa Gazoni Waltz, sobrinha-neta de Alda, que estava com ela quando tudo aconteceu.
— Ele respondeu que era impossível estar rasgando porque a tesoura era sem ponta e continuou mesmo assim — acrescenta Ully Waltz, sobrinha-neta da idosa.
Thaísa diz que, no momento, se sentiu impotente, e que foi tudo muito rápido. Quando ela percebeu o que havia acontecido, diz que sentiu que deveria manter a calma pelo bem da avó.
— Eu sinceramente não sabia como reagir, o que fazer. Fiquei muito nervosa quando vi o braço dela, mas não fiz escândalo, não gritei, não debati nem nada, porque ela estava muito assustada, óbvio, sentiu muita dor e estava chorando. Por ela ser bem idosa fiquei com medo dela passar mal do coração, então, tentei manter a calma. Meu pai, que levou a gente lá, ficou muito estressado e vai entrar na Justiça contra o Hospital. Estamos indignados. Do meu lado sinto impotência, por ter permitido que isso tivesse acontecido, mas foi tudo muito rápido — relata Thaísa.
Segundo a família, quando viu o sangue e a gravidade do que havia feito, o profissional, identificado por eles apenas como Marcelo, um homem de meia idade, chegou a afirmar que a pele dela era "muito flácida" e, em seguida, tentou rapidamente tapar o machucado com gaze, dizendo que era superficial. Foi quando ele, então, teria chamado um outro enfermeiro, que disse que ela precisava urgentemente ir à sala médica para receber pontos.
— A médica ficou abismada com o que ele havia feito e sugeriu que eu fosse à ouvidoria do hospital — conta.
— Foi uma situação de muito descaso... mas ontem mesmo minha prima foi à ouvidoria na direção, e eles nos garantiram que não ficaria impune, e que foi de fato uma coisa muito séria. Em seguida, fomos à 35 ªDP, onde registramos o caso. Amanhã (sexta-feira) ela vai fazer o corpo de delito, porque não tinha condições de nos acompanhar na polícia durante tanto tempo. Nós queremos que ele seja punido de alguma forma, não pode ficar assim — conclui Ully.
Por fim, nesta quinta-feira, as primas contam que dona Alda entrou em contato com elas contando que o Hospital Rocha Faria disponibilizou dois enfermeiros e assistentes sociais após o ocorrido.
— Ela agora está bem, dentro do possível, em casa. Mas com 18 pontos no braço. Ela não tem noção do quão grande foi o corte nem tem muita noção, também, do que aconteceu. Foi uma cena de terror. Ela chorava e ele continuava cortando... e eu não consegui intervir — se emociona Thaísa.
Procurada, a direção do Hospital municipal Rocha Faria respondeu em nota que lamenta profundamente o que aconteceu com a Sra. Alda, pediu desculpas à idosa, e afirmou que já iniciou uma investigação interna sobre a conduta do profissional, que, durante o processo, ficará afastado de suas funções. Confira:
A direção do Hospital Municipal Rocha Faria lamenta profundamente o que aconteceu com a Sra. Alda e informa que já iniciou uma investigação interna sobre a conduta do profissional. Durante o processo, ele ficará afastado das suas funções. A unidade não tem compromisso com o erro, nossa obrigação é prestar o melhor atendimento, ouvindo sempre o paciente. A direção pede desculpas à Sra. Alda e à sua família e já ofereceu toda assistência necessária e apoio diante desse acidente lamentável. Uma enfermeira e uma assistente social foram à casa da paciente nesta quinta-feira para realizar a troca do curativo e apoio para a família. O coordenador de enfermagem também esteve com os familiares para pedir desculpas pessoalmente em nome da direção do hospital. As visitas serão diárias até que ela se recupere. Os próprios familiares usaram suas redes sociais para informar que toda a assistência está sendo prestada.
Graziela e Rafaela Altino Gomes são irmãs, uma delas com síndrome de Down, mas a vida fez delas mãe e filha. As duas são gêmeas bivitelinas, geradas em placentas diferentes.
Um caso raro: 1 a cada 1 milhão de gêmeos bivitelinos nascidos, explica Graziela. Depois que a mãe delas morreu de infarto aos 50 anos (ela era separada do pai das meninas), em 2004, Graziela pediu a guarda de Rafaela.
Nessa época, elas eram menores de idade e, desde então, tornaram-se praticamente mãe e filha. “Eu consegui a guarda de Rafaela há 12 anos. Em 2008, consegui a curatela dela (guarda de uma pessoa maior de 18 anos”, lembra Graziela.
Graziela tinha apenas 17 anos: teve que amadurecer mais cedo que a maioria dos jovens de sua idade para superar a falta da mãe e cuidar da irmã gêmea. Não foi nada fácil.
“Eu tive um luto bem complicado. Sofri muito pra entender Deus, e o porquê… foi bem difícil para gente. Então eu me fechei pro mundo. Eu tinha tudo para ser ruim, depois da morte da minha mãe, não tinha muitas escolhas. Mas, fiquei por ela e aprendo a perdoar, sentir, querer viver com ela. Rafaela é minha vida. Não sei o que seria de mim como ser humano se não fosse ela”, diz Graziela.
As duas hoje estão bem. Elas moram em Nova Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, e eventualmente falam com o pai, que mora em outro estado. “Financeiramente não [temos problema]. Eu trabalho e Rafa tem a pensão dela, lutei pelos direitos dela. Somos simples, mas graças a Deus não nos falta nada material”, afirma a médica veterinária.
Sempre que pode, Graziela acompanha a Rafa na fonoaudióloga, na psicóloga, gastro, endocrinologista e na escola: a irmã estuda em uma escola adaptada e está no 7º ano. Aliás, este ano, pela primeira vez, Graziela aceitou ser homenageada na escola e receber o presente do Dia das Mães.
“Foi o primeiro Dia das Mães que aceitei participar na escola dela. Ela me pedia e nunca tinha conseguido ir, mas esse ano nós fomos. Foi duro, chorei muito. Hoje, eu consigo entender e sentir isso. Sou sim a mãe dela, e amo ser!”
Recentemente, teve a festa de São João na escola e as duas também se divertiram: “Eu aprendi a coreografia para poder ajudá-la [na apresentação]”.
Graziela lembra que a boa relação com a Rafa se deve ao jeito da irmã: compreensiva, paciente, calma e serena, destaca. Pra finalizar, ela acredita que a história das duas vai além de serem gêmeas, mãe ou filha.
“Acredito que vai além de laços sanguíneos… A gente viveu outras vidas juntas, não sei como. Mas, sabe aquele negócio de gêmeos sentir as coisas dos outros? Nós somos assim. Ela é o que conheço de melhor nesse mundo.”
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Um cadeirante conta que se sentiu frustrado ao tentar embarcar em sua primeira viagem de avião em Montes Claros (MG) nesta quarta-feira (15). Para pegar o voo com destino a São Paulo, Isna Lopes dos Santos pagou R$ 700 de táxi e percorreu cerca de 300 quilômetros de Berilo, no Vale do Jequitinhonha, ao aeroporto. No guichê, foi informado que não embarcaria sem um acompanhante.
“Me falaram que eu só podia embarcar se tivesse um acompanhante, mas minha amiga comprou a passagem, falou que eu era cadeirante e não teve nenhuma orientação."
" Sou um cadeirante independente e ativo, moro sozinho e resolvo todas as minhas coisas”, fala.
O G1 procurou pela Azul Linhas Aéreas. A empresa disse que considera as condições de saúde do cliente, seguindo os termos da Resolução 280/2013 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que exige que a viagem seja realizada com um acompanhante, mediante 80% de desconto do valor da tarifa. Quando informadas, as necessidades devem constar no bilhete.
"A Azul ressalta que prestou a assistência necessária ao cliente e que o reacomodará em outro voo da própria companhia mediante acompanhamento de um tripulante da empresa", destacou a Azul.
Isna dos Santos ficou paraplégico em março de 2006, ao cair enquanto trabalhava. A ida para a capital paulista tem o objetivo de visitar familiares e amigos. Após a negativa de embarque, um advogado foi chamado por conhecidos dele e esteve no guichê da Azul no aeroporto de Montes Claros para ajudar a encontrar ums olução, que só foi encontrado após o passageiro ser realocado três horas depois.
“Foi uma viagem planejada por alguns meses e com uma expectativa grande, é a minha primeira vez. A situação foi resolvida, mas sinto indignação."
"Nunca tinha me sentido limitado por ser cadeirante”, completa.
O que diz a Anac
A Anac destacou que o passageiro precisa informar no ato da compra se tem necessidades especiais para que a companhia aérea possa verificar a melhor forma de atendê-lo. Se sentir que teve os direitos prejudicados, pode recorrer aos órgãos de defesa do consumidor e pode abrir uma reclamação junto à Agência, que irá apurar os fatos e analisar a conduta da prestadora do serviço.
Veja a íntegra da nota encaminhada ao G1pela Anac:
"Sempre que um passageiro com necessidade de assistência especial (PNAE) adquiri uma passagem aérea, ele deve avisar com antecedência a empresa sobre suas condições de saúde e locomoção para que a empresa aérea avalie o transporte deste passageiro e se programe quanto às assistências que deverá prestar durante o transporte. A necessidade de um acompanhante para cadeirantes é avaliada no momento da informação prévia. Portanto, é necessário apurar se o passageiro avisou a empresa com antecedência e qual foi a informação prestada ao passageiro sobre suas condições de transporte".
Trabalho em conjunto contou com a participação de seis bolsistas, dois voluntários e uma revisora - Carlos Vieira/CB/D.A Press
A iniciativa foi pensada especialmente para atender às necessidades de Carolina Lima, 21 anos, estudante do 4º semestre do curso de licenciatura em música
Por Cibele Moreira
Imagine ter as notas de uma partitura musical na ponta dos dedos. O projeto Musicografia em Braille amplia o acesso ao conteúdo didático e promove acessibilidade para quem tem deficiência visual. A iniciativa, criada pela Universidade de Brasília em agosto de 2019, foi pensada especialmente para atender às necessidades de Carolina Lima, 21 anos, estudante do 4º semestre do curso de licenciatura em música. Cega de nascença, Carolina buscou apoio junto a professores da Escola de Música de Brasília para fazer as transcrições do material no primeiro ano de faculdade, em 2018.
Vendo a carência de apostilas voltadas para deficientes visuais, a Coordenação de Apoio às Pessoas com Deficiência do Decanato de Assuntos Comunitários (PPNE/DAC) implementou o projeto de adaptação de materiais acadêmicos para o braille na universidade. Para auxiliar na produção, foi formada uma equipe composta por seis bolsistas, dois voluntários e uma revisora de textos. O grupo adaptou partituras de canto e piano, material e gráficos de matrizes para regência, e textos teóricos das disciplinas que Carolina cursou no semestre passado. A coordenadora do PPNE, Thaís Imperatori, explica que essa iniciativa oferece maior autonomia para a estudante. “Ela pode ter uma liberdade para estudar em casa e acompanhar as aulas com o próprio material.
Além de garantir o mesmo acesso de conteúdo independentemente da deficiência” pontua.
Para 2020, a proposta é ampliar o projeto, com a participação de 10 bolsistas. Ana Karoline Versiane, 21, é uma das voluntárias que adaptou o material para Carolina. “Foi uma experiência muito boa poder ajudar e conhecer as técnicas de musicografia em braille. Com certeza quero continuar este ano”, afirma. Ela é aluna de piano erudito na Escola de Música de Brasília e utilizou dos seus conhecimentos musicais para transcrever o conteúdo.
O grupo passou por um workshop de braille musical para realizar o trabalho de apoio. A revisora de textos em braille Carolina Pinheiro conta que o processo foi além da mera transcrição. “A partitura foi o começo.
Tivemos que utilizar da nossa criatividade para adaptar o conteúdo de uma forma que atenda a necessidade da aluna. A cada transcrição, a gente imprimia e mostrava para a Carolina. Foi um trabalho em conjunto”, expõe.
Cada integrante ficou responsável por uma parte do conteúdo, tornando o processo mais dinâmico. Nas partes ilustrativas, o material contém imagens em alto-relevo para auxiliar a estudante na hora de entender o que está sendo passado na disciplina. Em outros momentos, o trabalho é descritivo, com o máximo de detalhes possíveis. Tudo é feito para melhor atender às necessidades da aluna. Para o projeto, foram utilizados softwares gratuitos desenvolvidos por universidades brasileiras: Braille Fácil, MusiBraille e Monet. A impressão do material é toda feita na instituição.
Independência
Carolina relata que faz muita diferença ter o material adaptado.
“Consigo ter mais independência, sem precisar de uma outra pessoa para me auxiliar com os estudos”, diz a estudante, que sonha em ser professora de coral. Moradora de São Sebastião, ela se interessou pela música aos quatro anos de idade, quando teve seu primeiro contato com o piano. Aos 11, entrou para a Escola de Música de Brasília, onde iniciou os estudos para a sua formação. Em 2018, ingressou na UnB.
Uma das maiores dificuldades enfrentadas pela estudante foi a falta de acessibilidade. “A estrutura arquitetônica não é muito acessível. Antes, eu vinha com a minha mãe para conseguir me auxiliar na mobilidade. Agora consigo vir sozinha”, conta.
Durante o curso, a falta de visão não foi um empecilho, já que ela tem um bom ouvido musical. Mas os conteúdos teóricos exigiam uma demanda maior e ajuda externa. Agora, ela deseja ir além: quer aprender a partitura em tinta para poder dar aulas não apenas para pessoas com deficiências. “A música representa tudo para mim.
É o meu sonho poder trabalhar com o que eu amo.”
Além do projeto Musicografia em Braille, a Universidade de Brasília conta com o Laboratório de Apoio às Pessoas com Deficiência Visual. O departamento, coordenado pela professora Sinara Zardo, atua com três pilares: educação especial (inclusão); curso de formação (para professores) e pesquisa. O trabalho visa atender à demanda de alunos com deficiência, conforme a necessidade de cada um. Entre os materiais produzidos pelo departamento estão o caractere ampliado (para alunos de baixa visão), as apostilas em formato digital acessível e os áudios com sintetizador de voz. Na avaliação de Sinara, a deficiência não pode ser algo que impeça o acesso das pessoas ao conhecimento. “Por isso é importante proporcionar a eles um material que permitam as mesmas oportunidades de acesso” ressalta. Fonte https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2020/01/15/interna_cidadesdf,820487/amp.html Postado por Antônio Brito
O papel do esporte na vida de qualquer pessoa vai além dos benefícios para a forma física. A prática esportiva pode proporcionar saúde mental a quem a pratica e melhorar seu convívio social. Para uma pessoa com uma deficiência física como a distrofia muscular de Duchenne (DMD), uma doença degenerativa rara que afeta cerca de um em cada 3.500 meninos no mundo e envolve restrição motora, o esporte pode trazer muitos ganhos sociais.
A neuropediatra Dra. Alexandra Prufer explica que, para os rapazes com DMD, as vantagens do esporte são potencializadas. “Existem poucas formas habituais de lazer nas quais esses meninos conseguem se inserir de forma tranquila e, por meio dos esportes que são oferecidos para os cadeirantes, surge uma possibilidade”, comenta.
O papel do esporte na vida de qualquer pessoa vai além dos benefícios para a forma física. A prática esportiva pode proporcionar saúde mental a quem a pratica e melhorar seu convívio social. Para uma pessoa com uma deficiência física como a distrofia muscular de Duchenne (DMD), uma doença degenerativa rara que afeta cerca de um em cada 3.500 meninos no mundo e envolve restrição motora, o esporte pode trazer muitos ganhos sociais.
A neuropediatra Dra. Alexandra Prufer explica que, para os rapazes com DMD, as vantagens do esporte são potencializadas. “Existem poucas formas habituais de lazer nas quais esses meninos conseguem se inserir de forma tranquila e, por meio dos esportes que são oferecidos para os cadeirantes, surge uma possibilidade”, comenta.
O atual capitão do time Rio de Janeiro Power Soccer, Rafael Lellis, confirma os benefícios. “O Power Soccer mudou a minha vida. Sempre quis praticar futebol e encontrei na modalidade uma oportunidade.” Praticante desde 2011, Rafael já levantou a taça de campeão brasileiro quatro vezes e uma vez a taça do campeonato Libertadores.
“A descoberta do power soccer me deu a possibilidade de jogar de igual para igual com todos, pois temos as mesmas dificuldades. É muito agregador fazer um esporte em que eu consigo ter relacionamento com as pessoas que têm a mesma condição que eu”, conta Rafael. O esporte foi um ânimo em sua vida depois que trancou a faculdade após iniciar o uso de aparelho para auxiliar na respiração, que comprometeu o seu rendimento acadêmico.
O power soccer, o futebol em cadeira de rodas motorizada, é uma modalidade popular entre pacientes com DMD e com deficiências que causam comprometimento nos membros inferiores e superiores.
Disputar e engajar-se em um exercício físico traz felicidade pela prática de uma atividade lúdica que possibilita trabalhar as habilidades e perceber que é possível melhorá-las. O esporte coletivo soma o benefício de compartilhar experiências com quem está na mesma situação com a possibilidade de sair do isolamento. Apenas frequentar o ambiente da prática esportiva já é muito significativo. “Ali vão surgir conversas que outras pessoas têm nas suas rotinas, nas atividades comuns que eles podem ter entre eles, sobre assuntos variados. São situações que vão despertar interesses para além do esporte, para a vida como um todo”, comenta a neuropediatra.
Além do futebol, há a bocha paraolímpica, que pode ser praticada por pessoas que utilizam cadeira de rodas motorizada. Dra. Alexandra ressalta que, em ambas as modalidades, é preciso cuidados especiais e acompanhamento médico. A cadeira utilizada, além de ser especial para o esporte, precisa ser adaptada à pessoa que a utiliza, a fim de não acarretar vícios posturais. A atividade competitiva traz a possibilidade de pacientes com limitações motoras destacarem suas potencialidades e não suas limitações.
A distrofia muscular de Duchenne causa o enfraquecimento dos músculos. Isso ocorre pela falta de distrofina – uma proteína que proporciona a estabilidade da membrana do músculo. Tal enfraquecimento progride com o tempo e leva a dificuldades motoras, para caminhar, correr, pular, se levantar, e, nos estágios mais avançados, para respirar. Ao passo em que essas atividades se tornam mais difíceis, a pessoa com DMD passa a necessitar de ajuda para realizar as atividades da vida diária.
Obter um diagnóstico confirmado assim que possível é importante, pois quanto antes o acompanhamento multidisciplinar for iniciado, maiores serão as chances de preservar as funções musculares por mais tempo. Reconhecer a DMD, porém, pode ser um desafio. No Brasil, existe um atraso de cerca de 5 a 7 anos entre o surgimento dos principais sinais e um diagnóstico confirmado.
Pais, educadores e profissionais de saúde precisam conhecer a DMD, para que, ao reconhecerem os sinais da doença em uma criança, possam alertar para a possibilidade de DMD e contribuir para o diagnóstico precoce.
Mais informações aqui. Fotos: Divulgação Fontehttps://razoesparaacreditar.com/esporte-distrofia-muscular-de-duchenne/ Postado por Antônio Brito
Iniciativa amplia acessibilidade na comunicação municipal para deficientes visuais
A Prefeitura de Itapevi passa a adotar nesta terça-feira (14), a hashtag #PraCegoVer em todos os seus posts nas redes sociais e com essa atitude está conectada com as novas possibilidades de acessibilidade.
Esta é a segunda ação de inclusão digital realizada pela Administração municipal. A primeira foi, em 2017, com a adoção de legendas em todos os vídeos produzidos pela Prefeitura para atender à comunidade surda da cidade.
A iniciativa de adoção da hashtag #PraCegoVer tem como objetivo despertar a atenção dos usuários das mídias digitais e facilitar a utilização dos deficientes visuais, já que as informações são reproduzidas em aplicativos de áudio descrição destinados a este público.
O recurso, que também é útil para pessoas com dislexia, deficiência intelectual ou com déficit de atenção, será utilizado Departamento de Comunicação em todas as postagens do Facebook, Instagram e Twitter. Após a marcação da hashtag #PraCegover será acrescentado uma breve descrição da imagem postada.
Criadora
O projeto de acessibilidade foi criado por Patrícia Silva de Jesus, mais conhecida como Patrícia Braille e já é usado por milhares de empresas, veículos de comunicação, instituições e comunidades digitais em todo o país.
Segundo dados do IBGE, existem no Brasil, cerca de 6,5 milhões de pessoas com alguma deficiência visual. Destas, cerca de meio milhão de pessoas são cegas. Além delas, outros 29 milhões de pessoas possuem alguma dificuldade permanente de enxergar, ainda que usando óculos ou lentes.
Em Itapevi, estima-se que 8 mil pessoas tenham algum tipo de deficiência visual e que cerca de 700 pessoas sejam cegas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde, as principais causas de cegueira no Brasil são: catarata, glaucoma, retinopatia diabética, cegueira infantil e degeneração macular.