A diversidade no mercado de trabalho já é uma realidade. Se ainda não podemos dizer que a representatividade nas empresas seja igual à da população, é inegável que a composição vem mudando tanto na iniciativa privada quanto no poder público.
Isso não é positivo apenas para os trabalhadores, que, afinal, encontram seus devidos espaços, mas também para os próprios empregadores. Um estudo feito pela empresa de análise e pesquisa DDI e pela Ernst & Young mostra que as mulheres representam 29% dos papéis de liderança nas empresas, em termos globais.
A mesma pesquisa aponta, no entanto, que as empresas que tiveram 30% de diversidade de gênero, com mais de 20% de mulheres em nível sênior, alcançaram resultados financeiros melhores que as demais. O levantamento conclui que, onde existe uma diversidade significativa, a chance de alcançar crescimento sustentado e lucrativo é 1,4 vez maior.
Neste artigo, vamos entender a importância da diversidade no mercado de trabalho, considerando os aspectos sociais, para as empresas e também no Congresso Nacional. Acompanhe!
Além disso, as organizações que têm um quadro de colaboradores plural tendem a criar produtos e serviços que englobam diversas visões. Isso também gera um impacto positivo para a sociedade, uma vez que os diferentes grupos se sentem representados e conseguem se identificar com aqueles produtos e, logo, com a marca.
Um exemplo que hoje parece anacrônico, mas não é tão antigo, é o das bonecas negras. Durante muitos anos, as bonecas eram todas brancas, loiras e de olhos claros. O resultado era que as crianças negras não conseguiam encontrar um modelo com o qual se identificassem. Essa é uma realidade que ficou para trás, pois atualmente o mercado contempla os mais variados biotipos e situações.
Além disso, passa a ser um diferencial competitivo, ajudando a empresa a se diferenciar da concorrência. Aqui, podemos lembrar do sucesso da “Campanha pela Real Beleza”, que a Dove lançou em 2004 e que foi um marco divisor na forma como as marcas representavam as mulheres na publicidade.
As organizações que prezam pela pluralidade também entendem que talento não escolhe gênero, cor, orientação sexual ou capacidades físicas. As empresas que privilegiam o padrão homem branco, cisgênero, heterossexual, deixam de fora um enorme contingente de pessoas e é muito possível que nele esteja o profissional mais adequado para aquela vaga.
Vale lembrar também que o público é diverso. Como produzir para um público plural a partir de uma visão única? Ter uma equipe diversificada vai proporcionar pontos de vista distintos, o que estimula a criatividade e a capacidade de pensar também em como atender toda a gama de clientes.
Embora o número ainda esteja muito longe da representação da mulher na sociedade (51%), ele vem subindo de forma consistente eleição a eleição. Reportagem da Folha de S.Paulo lembra que, em 1998, apenas 29 candidatas foram eleitas, o que corresponde a 6% das vagas. Elas só atingiram os dois dígitos percentuais na eleição de 2014, com 51 deputadas eleitas.
A última eleição também trouxe uma representatividade nova para o Congresso, com a chegada da primeira mulher indígena, Joenia Wapichana, de Roraima, que é advogada e foi a oitava mais bem votada do estado.
No Senado Federal, em que 54 das 81 cadeiras estiveram em disputa em 2018, foram eleitas sete mulheres, mantendo-se o número obtido em 2010.
Assim, não basta simplesmente contratar um monte de gente com características diferentes, é preciso criar mecanismos para que essa diversidade funcione bem dentro da empresa ou da instituição em que estiver sendo implementada.
Quando se contrata pessoas com perfis diferentes, deve-se levar em consideração que elas vêm de meios diferentes e que elas pensam de outra forma. Assim, para que a diversidade produza os resultados positivos que todos esperam, é preciso criar mecanismos que facilitem a interação entre os colaboradores e incentivem a construção de relações sólidas.
Por isso, o primeiro passo é fazer um diagnóstico preciso e honesto da instituição e entender qual o nível de maturidade que ela tem para lidar com a diversidade. A partir disso, será necessário fazer uma revisão da cultura organizacional, criando um ambiente mais aberto, conscientizando os funcionários e incorporando os aprendizados interculturais nos treinamentos.
É importante que o RH estabeleça políticas inclusivas que valorizem todos os colaboradores. Para isso, é preciso estruturar os recrutamentos de forma que eles sejam capazes de atrais pessoas de outras origens e culturas. Passa, também, pela capacitação das lideranças, para que elas consigam lidar com as particularidades e saibam coordenar pessoas com perfis diferentes.
Por fim, é importante elaborar indicadores que possam medir o impacto das medidas implementadas. Um dos mais importantes é o índice de turnover. No entanto, o mais fundamental é que tudo seja acompanhado antes, durante e após as mudanças, de forma contínua.
Vimos como tem se dado o aumento da diversidade no mercado de trabalho e no Congresso Nacional. Para que as mudanças ocorram, é preciso trabalhar ativamente por elas, mas os resultados sempre chegam.
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Fonte https://blog.inteligov.com.br/diversidade-no-mercado-de-trabalho/
Postado por Antônio Brito
Isso não é positivo apenas para os trabalhadores, que, afinal, encontram seus devidos espaços, mas também para os próprios empregadores. Um estudo feito pela empresa de análise e pesquisa DDI e pela Ernst & Young mostra que as mulheres representam 29% dos papéis de liderança nas empresas, em termos globais.
A mesma pesquisa aponta, no entanto, que as empresas que tiveram 30% de diversidade de gênero, com mais de 20% de mulheres em nível sênior, alcançaram resultados financeiros melhores que as demais. O levantamento conclui que, onde existe uma diversidade significativa, a chance de alcançar crescimento sustentado e lucrativo é 1,4 vez maior.
Neste artigo, vamos entender a importância da diversidade no mercado de trabalho, considerando os aspectos sociais, para as empresas e também no Congresso Nacional. Acompanhe!
Aspectos sociais da diversidade no mercado de trabalho
A promoção da pluralidade no mercado de trabalho beneficia a sociedade como um todo. Quando a empresa adota políticas mais inclusivas, ocorre uma distribuição de oportunidades. Isso, por si só, reduz desigualdades como as de gênero e raça; em última instância, promove uma redistribuição de renda.Além disso, as organizações que têm um quadro de colaboradores plural tendem a criar produtos e serviços que englobam diversas visões. Isso também gera um impacto positivo para a sociedade, uma vez que os diferentes grupos se sentem representados e conseguem se identificar com aqueles produtos e, logo, com a marca.
Um exemplo que hoje parece anacrônico, mas não é tão antigo, é o das bonecas negras. Durante muitos anos, as bonecas eram todas brancas, loiras e de olhos claros. O resultado era que as crianças negras não conseguiam encontrar um modelo com o qual se identificassem. Essa é uma realidade que ficou para trás, pois atualmente o mercado contempla os mais variados biotipos e situações.
Importância da diversidade para as empresas
A diversidade nas organizações não traz benefícios apenas para a sociedade, mas para as próprias marcas. Em primeiro lugar, o público valoriza as empresas sustentáveis e socialmente responsáveis, logo isso melhora a imagem e a reputação das empresas e gera valor para a marca.Além disso, passa a ser um diferencial competitivo, ajudando a empresa a se diferenciar da concorrência. Aqui, podemos lembrar do sucesso da “Campanha pela Real Beleza”, que a Dove lançou em 2004 e que foi um marco divisor na forma como as marcas representavam as mulheres na publicidade.
As organizações que prezam pela pluralidade também entendem que talento não escolhe gênero, cor, orientação sexual ou capacidades físicas. As empresas que privilegiam o padrão homem branco, cisgênero, heterossexual, deixam de fora um enorme contingente de pessoas e é muito possível que nele esteja o profissional mais adequado para aquela vaga.
Vale lembrar também que o público é diverso. Como produzir para um público plural a partir de uma visão única? Ter uma equipe diversificada vai proporcionar pontos de vista distintos, o que estimula a criatividade e a capacidade de pensar também em como atender toda a gama de clientes.
A diversidade no Congresso Nacional
O campo político é tradicionalmente dominado por homens, mas isso também vem mudando aos poucos. Nas últimas eleições para o Poder Legislativo, em outubro de 2018, a bancada feminina na Câmara dos Deputados cresceu de 53 para 77 parlamentares. Considerando que havia 513 vagas, elas passaram a ocupar 15% da Casa, contra 10% na legislatura anterior.Embora o número ainda esteja muito longe da representação da mulher na sociedade (51%), ele vem subindo de forma consistente eleição a eleição. Reportagem da Folha de S.Paulo lembra que, em 1998, apenas 29 candidatas foram eleitas, o que corresponde a 6% das vagas. Elas só atingiram os dois dígitos percentuais na eleição de 2014, com 51 deputadas eleitas.
A última eleição também trouxe uma representatividade nova para o Congresso, com a chegada da primeira mulher indígena, Joenia Wapichana, de Roraima, que é advogada e foi a oitava mais bem votada do estado.
No Senado Federal, em que 54 das 81 cadeiras estiveram em disputa em 2018, foram eleitas sete mulheres, mantendo-se o número obtido em 2010.
A implementação da cultura da diversidade
Quando se quer mudar uma situação, é preciso ter um plano para isso e, principalmente, colocá-lo em prática, porque mudar uma cultura não é algo fácil nem rápido, mas é possível.Assim, não basta simplesmente contratar um monte de gente com características diferentes, é preciso criar mecanismos para que essa diversidade funcione bem dentro da empresa ou da instituição em que estiver sendo implementada.
Quando se contrata pessoas com perfis diferentes, deve-se levar em consideração que elas vêm de meios diferentes e que elas pensam de outra forma. Assim, para que a diversidade produza os resultados positivos que todos esperam, é preciso criar mecanismos que facilitem a interação entre os colaboradores e incentivem a construção de relações sólidas.
Por isso, o primeiro passo é fazer um diagnóstico preciso e honesto da instituição e entender qual o nível de maturidade que ela tem para lidar com a diversidade. A partir disso, será necessário fazer uma revisão da cultura organizacional, criando um ambiente mais aberto, conscientizando os funcionários e incorporando os aprendizados interculturais nos treinamentos.
É importante que o RH estabeleça políticas inclusivas que valorizem todos os colaboradores. Para isso, é preciso estruturar os recrutamentos de forma que eles sejam capazes de atrais pessoas de outras origens e culturas. Passa, também, pela capacitação das lideranças, para que elas consigam lidar com as particularidades e saibam coordenar pessoas com perfis diferentes.
Por fim, é importante elaborar indicadores que possam medir o impacto das medidas implementadas. Um dos mais importantes é o índice de turnover. No entanto, o mais fundamental é que tudo seja acompanhado antes, durante e após as mudanças, de forma contínua.
Vimos como tem se dado o aumento da diversidade no mercado de trabalho e no Congresso Nacional. Para que as mudanças ocorram, é preciso trabalhar ativamente por elas, mas os resultados sempre chegam.
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Fonte https://blog.inteligov.com.br/diversidade-no-mercado-de-trabalho/
Postado por Antônio Brito