16/05/2020

Familiares homofóbicos agravam ansiedade durante isolamento: como lidar?

Homofobia pode começar dentro de casa; psicanalista analisa efeitosImagem: nadia_bormotova/Getty Images/iStockphoto

"Na minha casa eu só sou assumido de verdade para o meu pai e minha madrasta. Minha avó e outras pessoas que moram com a gente talvez suspeitem, mas nunca cheguei a conversar cara a cara sobre isso. O único local em que me sinto realmente confortável é no meu quarto, onde gravo vídeos, faço memes e coisas que me permitem a expressão do meu jeitinho. A partir do momento em que eu saio do quarto, é como se eu estivesse interpretando um personagem, sabe? Então, sim: eu tento não dar muita pinta para manter minha sanidade mental."

O relato de um fotógrafo de Manaus (AM), que pediu anonimato para Universa, mostra que pessoas LGBTQI+ sofrem com mais um agravante durante a pandemia de coronavírus: a de precisar conviver, sob o mesmo teto, com familiares LGBTfóbicos.

Com medo de rejeição, agressões físicas e verbais e expulsão, a parcela da população que sofre preconceito por sua orientação sexual ou identidade de gênero acaba evitando ser quem é — o que significaria "dar pinta" para alguns — neste momento em que está sem sair de casa.

 Não há levantamentos oficiais sobre o impacto que o isolamento social tem na vida dessas pessoas, como acontece com os casos de violência contra mulher. No entanto, sabe-se que a homofobia familiar é uma realidade, por exemplo, durante as festas de final de ano: um estudo britânico revelou, no ano passado, que 30% dos gays entrevistados ouviram piadinhas e comentários homofóbicos dentro de casa — em meio ao Natal e ao ano novo.

Fonte  https://www.uol.com.br/universa/

Postado por Antônio Brito 

Nenhum comentário:

Postar um comentário