09/03/2020

Cega desde criança, jovem luta por inserção de mulheres deficientes na educação e no trabalho


Por Juliano Gonçalves*, G1 Ribeirão Preto

A assistente social Mayra Ribeiro de Oliveira em Ribeirão Preto, SP — Foto: Arquivo pessoal
A assistente social Mayra Ribeiro de Oliveira em Ribeirão Preto, SP — Foto: Arquivo pessoal
Com apoio da família, a jovem conseguiu chegar à universidade. Hoje, ela trabalha para mudar a realidade da acessibilidade no país e quebrar as barreiras impostas pelo preconceito.
Ao microfone, ela narra sua trajetória, encoraja outras mulheres deficientes a terem voz e discute políticas para ampliar a participação delas nas escolas e no mercado de trabalho.
“Se as pessoas não estão abertas para ouvir, a convivência se torna cada vez mais complexa. Às vezes, essas pessoas [com deficiência] são barradas nos direitos básicos. Para mim, uma vida plena é uma vida onde todas as pessoas estão inseridas em diversos espaços”, diz.
Mayra Ribeiro de Oliveira trabalha pela inclusão de mulheres deficientes na educação e no mercado de trabalho Ribeirão Preto, SP — Foto: Juliano Gonçalves/G1
Mayra Ribeiro de Oliveira trabalha pela inclusão de mulheres deficientes na educação e no mercado de trabalho Ribeirão Preto, SP — Foto: Juliano Gonçalves/G1

Aceitação

Antes de se tornar palestrante, Mayra percorreu um caminho de desafios e preconceitos. Ela nasceu com atrofia no nervo óptico, mas foi perdendo a visão gradativamente. Sem condições financeiras, os pais buscaram ajuda médica na Prefeitura de Guariba (SP), cidade natal dela, e a levaram a centros especializados. Mas o quadro era irreversível.
“Atualmente, eu sou muito forte para dizer que eu sei conviver com a minha deficiência, que eu estou muito bem com a minha deficiência. Mas, para uma criança de 7 anos, não é tão fácil. Eu chorava muito, eu não queria andar com a bengala, eu não queria escrever o Braile. eu sentia ódio de todos os objetos que eram utilizados como sinônimo de perda da visão”, afirma.
Mayra lembra que pedia para estudar, mas que era comum chegar às escolas e receber uma negativa. A mãe a matriculou em uma instituição pública regular, mas ela não estava preparada para recebê-la.
“Uma vez, falaram para minha mãe assim: ‘nós vamos passar ela de ano mesmo sem aprender nada, porque para ela não vai fazer muita diferença’. Aí minha mãe falou: ‘minha filha tem uma deficiência visual. Vocês precisam trabalhar com ela’”, lembra.
Mayra Ribeiro de Oliveira entre os pais e a irmã caçula Ribeirão Preto — Foto: Arquivo pessoal
Mayra Ribeiro de Oliveira entre os pais e a irmã caçula Ribeirão Preto — Foto: Arquivo pessoal

Motivação para ir em frente

Foi a força da mãe, Marta Aparecida Ribeiro de Oliveira, que motivou Mayra desde pequena. A jovem lembra que Marta conheceu uma instituição gratuita em Jaboticabal (SP) que estava empenhada em auxiliar crianças com deficiência visual. Lá, ela conseguiu uma vaga para a filha, que frequentava a escola regular pela manhã e a escola especial, à tarde.
Quando finalmente chegou ao ensino médio, Mayra já não sentia mais a angústia da infância. A bengala e o Braile Embora as dificuldades jamais tivessem deixado de acompanhá-la, ela acreditava em seu potencial. Foi aí que ela decidiu fazer faculdade de serviço social e foi aprovada no vestibular da Unesp, em Franca (SP).
Mayra Ribeiro de Oliveira se prepara para mais um vídeo em que fala sobre inclusão de mulheres deficientes — Foto: Juliano Gonçalves/G1
Mayra Ribeiro de Oliveira se prepara para mais um vídeo em que fala sobre inclusão de mulheres deficientes — Foto: Juliano Gonçalves/G1

Discussão que transforma

Em 2012, a caloura ingressou na universidade e viu um leque de oportunidades surgir para garantir que pessoas como ela tivessem acesso a um direito essencial: a educação. Mas, segundo ela, a própria faculdade não estava 100% apta a receber alunos como ela. A biblioteca não tinha livros em Braile e a própria moradia não tinha acessibilidade. Foi preciso contar com a ajuda de professores empenhados e colegas que se transformaram em amigos.
Foi nas assembleias estudantis que ela começou a falar de inclusão e discutir uma pauta viável. Uma das bandeiras de Mayra é que o Benefício da Prestação Continuada concedido pelo governo federal não pode ser a única política para garantir a participação de deficientes na sociedade.
Após vivenciar experiências já bem sucedidas na Unicamp e na Unesp de Araraquara, a jovem começou a reivindicar a implantação de um laboratório de acessibilidade no campus em Franca. Em 2014, a universidade finalmente inaugurou o espaço.
Mayra Ribeiro de Oliveira mostra a bengala que batizou de Lola após superar dificuldades na infância Ribeirão Preto, SP — Foto: Arquivo pessoal
Mayra Ribeiro de Oliveira mostra a bengala que batizou de Lola após superar dificuldades na infância Ribeirão Preto, SP — Foto: Arquivo pessoal

Capacidade

O diploma na carreira de assistente social veio em 2017. Durante o período na faculdade, Mayra teve a oportunidade de levar adiante seu discurso em defesa da inclusão. Mas ela não ficou só na teoria. Durante um ano, ela participou de um aprimoramento profissional no Hospital das Clínicas (HC). Depois disso, descobriu uma instituição educacional que desenvolvia um projeto com adolescentes da Fundação Casa.
“Fui pesquisar e já descobri que não tinha acessibilidade no site. Liguei e falei: olha gente, desculpa, vocês não têm acessibilidade no site e eu gostaria de saber como que eu faço para mandar o currículo. A técnica responsável foi falar comigo, eu expliquei tudo e ela falou para eu mandar o currículo no e-mail dela”, afirma.
Aprovada no processo seletivo, Mayra passou a atuar na formação de jovens com síndrome de down, autismo leve moderado, déficit de atenção, com o objetivo de inseri-los no mercado de trabalho.
Com auxílio da bengala Lola, Mayra Ribeiro de Oliveira caminha pelo condomínio em Ribeirão Preto, SP — Foto: Juliano Gonçalves/G1

Com auxílio da bengala Lola, Mayra Ribeiro de Oliveira caminha pelo condomínio em Ribeirão Preto, SP — Foto: Juliano Gonçalves/G1
A assistente social diz que atuar como professora foi um grande desafio profissional e pessoal, mas que a experiência rendeu vivencias que ela jamais vai esquecer.
“Tem uma jovem que estava fazendo administração e está em uma multinacional. Ela fala que está na equipe de diversidade e inclusão graças a mim. Eu fico muito feliz.”

Voz ganha força pela internet

Engajada em debater cada vez mais a acessibilidade, Mayra resolveu criar um canal no Youtube, onde fala sobre o assunto. “Quem não viu a Mayra vê” surgiu do incentivo dos próprios alunos. A princípio, a ideia ficou apenas no papel, mas um vídeo postado por ela em que recita uma poesia foi o pontapé inicial.
“Quem não viu a Mayra vê, vê tudo: o preconceito velado das pessoas, o que as pessoas querem que a Mayra não veja, o que as pessoas acreditam que é o politicamente correto”, diz a assistente social.
Para ela, o canal também é mais uma forma de dar voz às mulheres com deficiência. “Eu acredito que nós precisamos nos conhecer enquanto mulheres, tomar consciência da nossa força. Nós somos mulheres, mulheres fortes”.
Neste domingo (8), Dia Internacional da Mulher, Mayra participa de uma roda de conversa na Biblioteca Sinhá Junqueira, em Ribeirão Preto, espaço totalmente adaptado às pessoas com deficiência.
Fonte https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2020/03/08/cega-desde-crianca-jovem-luta-por-insercao-de-mulheres-deficientes-na-educacao-e-no-trabalho.ghtml
Postado por Antônio Brito

08/03/2020

Esporte e inclusão: entenda a relação e promova na escola



esporte-e-inclusao-entenda-a-relacao-e-promova-na-escola

É possível correlacionar  esporte e inclusão a fim de proporcionar momentos de empatia e trabalho em equipe. Confira algumas dicas neste artigo!

A prática de atividade física na escola é uma oportunidade para fortalecer o relacionamento entre os estudantes. O educador pode correlacionar esporte e inclusão, a fim de proporcionar momentos de empatia e trabalho em equipe.
O esporte é uma maneira de enriquecer tanto os saberes corporais como as experiências lúdicas, emocionais e sociais. É também um caminho na direção da superação dos próprios limites e do fortalecimento da autoestima. Além disso, quando praticado em grupo, o esporte desenvolve habilidades sociais.
A aula de educação física pode favorecer a inclusão tanto de estudantes em estado de vulnerabilidade social, como de pessoas com deficiências (PCDs). Quer saber como? Então, continue a leitura!

A importância do esporte para a inclusão

A prática esportiva estimula diversas partes do corpo humano. Por meio dela é possível desenvolver capacidades motoras e cognitivas. O futebol, por exemplo, envolve a corrida, o chute, o pensamento estratégico e a colaboração com outras pessoas.
Ao estar envolvido em um esporte, o estudante aprende a reconhecer os limites do seu próprio corpo. No caso dos alunos com deficiência, essa limitação pode estar mais evidenciada, mas o envolvimento com os colegas na prática esportiva fortalece a motivação para buscar a superação.
Consciente de suas próprias limitações, o aluno tende a respeitar e a ser mais compreensivo com as dificuldades de seus colegas. Dessa forma, ele estará mais propenso a ser generoso e a colaborar com outras pessoas do seu círculo social.
Esse autoconhecimento também beneficia no fortalecimento da autoestima. O esporte ensina os alunos a lidarem com as falhas, por permitir que elas ocorram sem a sensação punitiva. Caso uma pessoa erre um arremesso no basquete ou um gol, o jogo retorna e outras oportunidades podem aparecer para colocar a bola na rede, por exemplo.

Os benefícios do esporte

Podemos resumir os benefícios do esporte em três palavras: lazer, saúde e educação. E essa última dimensão deve merecer especial atenção na escola.
A atividade esportiva como prática social é um mecanismo para incentivar os estudantes a compreender valores sociais importantes como a empatia e o respeito. O senso de coletividade é trabalhado e incentivado em modalidades como o vôlei, o futebol, o basquete etc.
Na mídia, valoriza-se muito a comparação entre desempenhos individuais, mas os esportes coletivos oferecem especial oportunidade para a educação socioemocional. Na escola, uma prática bem orientada deve estar pautada em critérios de cooperação e integração. Quando os estudantes conseguem se organizar em busca de um objetivo comum, eles começam a se importar uns com os outros e a compreender quais são as habilidades e as limitações de cada um. Por exemplo, caso um aluno tenha alguma deficiência, ele pode contar com a colaboração dos seus colegas.
Além disso, o esporte pode ser um fator social transformador. O estudante quando se destaca em uma atividade se sente alegre e estimulado, porque sua participação é reconhecida pelos demais do grupo como confiante e autoral. O fortalecimento da autoestima pode ajudar o jovem a melhorar o seu desempenho acadêmico e outras competências.
Outro benefício está associado à disciplina. As artes marciais, por exemplo, fortalecem nos estudantes o sentimento de hierarquia, gerando a compreensão de respeito aos mais velhos e com mais experiência na modalidade.
Vale ressaltar que a presença familiar é fundamental. Quando acompanhado pelos responsáveis, a criança ou adolescente se sente prestigiado, o que aumenta a sua autoconfiança e fortalece os laços da família.
Assim, seja qual for a prática ou modalidade esportiva, individual ou em grupo, o apoio da família e sua presença em apresentações, campeonatos ou jogos decisivos, são sempre valiosos. A combinação entre esporte e inclusão social do jovem começa com o incentivo da família, estende-se significativamente no âmbito escolar para alcançar a sociedade, na vida adulta, na forma de protagonismo e trabalho coletivo.
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Fonte  https://escoladainteligencia.com.br/esporte-e-inclusao-entenda-a-relacao-e-promova-na-escola/
Postado por Antônio Brito 

A Lei de Cotas pelo Mundo


#PraTodosVerem: Retângulo azul claro, dentro está um círculo com 10 bandeiras: Argentina, EUA, Brasil, El Salvador, Espanha, França, Japão, Panamá, Venezuela e Alemanha. Ao lado está o texto “A LEI DE COTAS PELO MUNDO”. Fim da descrição.



Engana-se quem pensa que cota é coisa de países subdesenvolvido ou algo do tipo. Antes de tudo cota é uma forma de reparação histórica, pois sofremos historicamente uma série de segregações e exclusões, por isso, a cota que no início nasce como obrigatoriedade, a partir do momento em que o empresário perceber a importância e a eficácia de incluir, ela deixará de deixar de ser obrigatória. Se isso vai levar 30, 40, 50, 100 anos não importa, importa é vencermos essa barreira.
Países como Alemanha, Argentina, Áustria, Bélgica, Colômbia, El Salvador, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Itália, Japão, Panamá, Peru, Portugal, Uruguai, Venezuela e Brasil possuem leis que visam a inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho.
Alemanha
A lei alemã estabelece o sistema de cotas para empresas a partir de 16 funcionários reservem 6% das vagas para pessoas com deficiência, além disso, o governo ainda incentiva a contribuição para um fundo de formação profissional para pessoas com deficiência.
Argentina
No país vizinho a Lei de Cotas é estabelecida através da Lei n° 25.687/98 e estabelece um percentual mínimo de 4% para a contratação de servidores públicos. É estendida também para o setor privado oferecendo incentivos para a contratação de pessoas com deficiência.
Áustria
A Lei Federal reserva 4% das vagas para trabalhadores com deficiência nas empresas que tenham mais de 25 anos ou admite a contribuição para um fundo de formação profissional.
Bélgica
Existe uma Lei de Cotas, mas não há percentual definido para a iniciativa privada, a negociação é feita por meio de convenção com sindicatos de diversas categorias.
Colômbia
A Lei n° 361/97 concede benefícios de isenção de tributos nacionais e taxas de importação para as empresas que destinem, no mínimo, 10% de suas vagas para trabalhadores com deficiência.
El Salvador
Criada através do Decreto n° 888, foi criada a Lei de Equiparação de Oportunidades, e em seu art.24, estabelece que as empresas com mais de 25 empregados devem conter no quadro pelo menos uma pessoa com deficiência.
Espanha
A Lei n° 66/97 ratificou o art. 4º do Decreto Real n° 1.451/83, que garante o mínimo de 2% de vagas para pessoas com deficiência para empresas com 50 trabalhadores fixos. Já na Lei n° 63/97 garante incentivos fiscais, com redução de 50% das cotas patronais da seguridade social.
Estados Unidos
Não existem cotas legalmente fixadas, pois as medidas afirmativas dessa natureza decorrem de decisões judiciais. A The Americans with Disabilities Act (ADA), de 1990, detalha as obrigatoriedades que devem ser adotadas por todas as empresas para receber pessoas com deficiência como empregadas.
França
O Código do Trabalho Frances, em seu art. L323-1, reserva 6% dos postos de trabalho para pessoas com deficiência em empresas com mais de 20 empregados.
Holanda
O percentual varia de 3% a 7%, sendo que estes são firmados por meio da convenção coletiva, dependendo do ramo de atuação e do tamanho da empresa.
Itália
A Lei n° 68/99, no seu art.3º, estabelece que os empregados públicos e privados devem contratar pessoas com deficiência na proporção de 7% de seus trabalhadores para empresas com mais de 50 empregados.
Japão
Desde 1998 a Lei de Promoção do Emprego para pessoas com deficiência fixa o percentual de 1,8% para empresas com mais de 56 empregados. Também há um fundo para contribuição de empresa para que não atingem a cota, e esse dinheiro é usado para custear as empresas que já preenchem.
Panamá
A Lei n° 42/99 obrigado os empregadores que possuam em seus quadros mais de 50 trabalhadores passem a contratar, no mínimo 2% de trabalhadores com deficiência. O governo também obriga empresas a empregar pessoas com deficiência em todas as suas instituições.
Peru
A Lei Geral da Pessoa com Deficiência, em seu capítulo VI, estabelece a concessão de benefícios tanto para pessoas com deficiência quanto para as empresas que as contratem, como preferência nos processos de licitação.
Portugal
Art.28, da Lei n° 38/2004, estabelece a cota de até 2% de trabalhadores com deficiência para a inciativa privada e de, no mínimo, 5% da administração pública.
Uruguai
A Lei n° 16.095 estabelece, em seu art.42, que 4% dos cargos públicos devem ser ocupados por pessoas com deficiência, e no art. 43, exige, para a concessão de bens ou serviços públicos a particulares, que esses contratem pessoas com deficiência, mas não estabelece qualquer percentual.
Venezuela
A Lei Orgânica do Trabalho, de 1997, fixa uma cota de uma pessoa com deficiência a cada 50 empregados.
Fonte  https://deficienciaemfoco860798267.wordpress.com/2020/03/05/a-lei-de-cotas-pelo-mundo/
Postado por Antônio Brito 

Mulheres com deficiência revelam o que esperam de um futuro inclusivo

Mesmo com leis específicas para pessoas com deficiência, o Brasil ainda é um país com pouquíssima acessibilidade e o preconceito é diário


Mariana Torquato não se sente bem-vinda em eventos feministas: “Alguns não são sequer acessíveis” (Caroline Martins/Reprodução)
Apesar do elevado índice, as iniciativas governamentais voltadas para essa parcela da população ainda são escassas. E mesmo as principais legislações em vigor – a Lei de Inclusão, de 2015, que assegura o exercício dos direitos das pessoas com deficiência, e a Lei de Cotas, de 1991, que exige que empresas com mais de 100 funcionários tenham vagas destinadas a essas pessoas – muitas vezes são desrespeitadas. “Há quem ache as cotas um absurdo, mas elas se mostram extremamente necessárias em um país como o nosso, que ainda não inseriu socialmente as PcDs. É o único modo de garantir que as empresas percebam que nós existimos”, afirma Carolina Ignarra, sócia-fundadora da Talento Incluir, consultoria especializada em inclusão no mercado de trabalho. Ela abriu o negócio depois de, em 2001, sofrer um acidente, que a deixou paraplégica. Na época, mesmo com um currículo excelente, Carolina só era convocada para vagas que não tinham relação com sua formação acadêmica, de educadora física. Percebeu, então, que, para as corporações, tratava-se apenas de uma tentativa de preencher as vagas obrigatórias; elas não estavam preocupadas com as pessoas. “As mulheres são vistas ainda como mais incapazes, e existe a questão da maternidade, que, para algumas companhias, é uma pedra no sapato”, revela Rosemeire Andrade, gerente de inclusão do Núcleo de Aprendizagem Profissional e Assistência Social, que capacita grupos minoritários para o retorno ao mercado de trabalho em São Paulo.
Em parte, a dificuldade de conseguir um emprego é resultado do pouco acesso ao sistema de ensino. As estatísticas entregam: 60% das PcDs brasileiras não completaram o ensino fundamental e apenas 0,5% delas está no mercado de trabalho. As barreiras incluem falta de acessibilidade física e também intelectual, já que boa parte das instituições de ensino não oferece auxílio e monitorias especializadas a pessoas com deficiência. E não é um problema exclusivo do sistema público. A estudante paulista de jornalismo Ana Clara Moniz, 21 anos, que tem atrofia muscular espinhal tipo 2, enfrentou obstáculos mesmo tendo frequentado escolas particulares durante toda a vida. “Só depois que entrei no colégio percebi, de fato, o que significava ter uma deficiência. As escolas não queriam me aceitar quando descobriam que eu era PcD”, lembra. Após uma longa busca dos pais, Ana Clara finalmente ingressou na educação infantil e, apesar da falta de experiência da instituição, nunca teve problemas. “Mas sei que sou privilegiada. Isso não é a realidade para a maioria”, completa. Na faculdade, a história é outra. Ela enfrenta certa resistência nos pedidos de mudanças do espaço. “É complicado conseguir chegar às salas em cadeira de rodas, e alguns professores não são muito compreensivos. Quando está chovendo, é difícil passar pelas rampas descobertas. Uma vez reclamei que estava tomando chuva e ouvi: ‘Pelo menos em Campinas não chove muito’”, revela.

Após o diagnóstico de AME, os médicos acreditavam que Ana Clara Moniz não viveria mais do que dois anos. Hoje, ela cursa jornalismo (Arquivo Pessoal/Reprodução)
A carioca Nathalia Santos, 27 anos, se depara com empecilhos semelhantes. Até a universidade, dependeu dos sistemas públicos de ensino e saúde. Só aos 12 anos ela conseguiu o diagnóstico correto de sua condição, retinose pigmentar, três anos antes de ficar completamente cega. Como até então os médicos diziam que Nathalia tinha apenas astigmatismo e miopia, ela não conseguia solicitar os materiais escolares adaptados para PcD. “Mesmo assim, graças à boa vontade dos professores, aprendi a escrever. A questão sempre foi a falta de estrutura”, explica. Quando ingressou na faculdade, uma instituição privada que lhe ofereceu uma bolsa integral, descobriu que o prédio não tinha acesso algum. A escola ouviu os pedidos da aluna e corrigiu alguns dos problemas.

Nathalia Santos ficou cega aos 15 anos e só conseguiu concluir os estudos graças à ajuda de professores solidários, já que não conseguia os materiais adaptados do governo
Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2020. (AF Rodrigues/CLAUDIA)

Busca por prazer

Nathalia soube há poucas semanas que está grávida. No início, foi um choque. “Conhecemos mães de crianças com deficiência, mas quantas mães com deficiência a gente vê? São pouquíssimas. Nós não somos vistas como pessoas desejadas”, afirma. Além de terem a sexualidade e o prazer completamente ignorados, as mulheres com deficiência estão muito mais sujeitas a sofrer todo tipo de violência sexual – o risco é três vezes maior para elas do que para as demais mulheres, de acordo com o primeiro relatório da ONU sobre PcDs, lançado em dezembro de 2018.

Nathalia Santos no Instituto Moreira Sales (AF Rodrigues/CLAUDIA)
Fatos como esses causam impacto direto sobre a autoestima das mulheres, sem contar que a falta de informação também influencia no autocuidado. “Como elas são invisibilizadas, é extremamente importante que estimulemos o empoderamento. Uma das formas de conseguir isso é promover encontros entre elas para que possam trocar experiências e se unir”, explica Aracélia Costa, secretária executiva dos Direitos das Pessoas com Deficiência no estado de São Paulo. A secretaria vai lançar, ainda este mês, uma programação de eventos que terão início na capital, mas logo devem seguir para outras cidades.

Alessandra Martins no Instituto Moreira Sales (AF Rodrigues/CLAUDIA)
Não são só os homens que viram as costas para as mulheres com deficiência. O movimento feminista também acaba deixando de lado esse grupo. Mesmo com as inúmeras vertentes, poucas são as lutas que o envolvem. “A verdade é que esse mundo só é fácil para uma parcela pequena da sociedade: os homens cis héteros brancos e ricos. Quanto mais opressões você acumula, pior é. Eu apoio o movimento e acho extremamente importante, mas ele não me representa como mulher preta e muito menos como mulher com deficiência”, afirma Alessandra. Mariana concorda. Segundo ela, além de todo o estigma da fraqueza do gênero feminino, o corpo dessas mulheres não é bem-vindo em ambientes que discutem o feminismo. “Os eventos acontecem em lugares sem acessibilidade, intérprete de libras, audiodescrição. Parece que as pessoas têm preguiça de nos incluir”, diz.

Um futuro nem tão brilhante

Em novembro do ano passado, o Ministério da Economia criou o Projeto de Lei 6.159, que determinava que as empresas poderiam optar por não contratar pessoas com deficiência se pagassem uma multa. Isso praticamente destruía o direito ao trabalho das PcDs e desautorizava a Lei de Cotas. O PL deveria ser votado em até 45 dias no Congresso, mas, após inúmeros protestos, o presidente Jair Bolsonaro retirou a urgência e o ministro Paulo Guedes garantiu que não irá pautar mais nenhum projeto que envolva as PcDs sem ouvi-las e considerar suas demandas anteriormente. Esse é apenas um dos exemplos de projeto de lei que tira os direitos das pessoas com deficiência, LGBTs+, mulheres, negros e, ainda que não tenha ido para a frente, mostra o descaso do poder com as minorias.
Para Mariana, com o viés do atual governo, é difícil esperar muitas mudanças positivas, mas o essencial é investir na inserção no mercado de trabalho. Ela sugere uma campanha para exaltar as PcDs. “A gente não quer ficar encostada no INSS, como muita gente fala. Queremos ser produtivas e protagonistas da nossa vida”, declara. Já Ana Clara defende a “normalização” das deficiências. “As pessoas precisam começar a nos ver como cidadãos. Temos direitos, e eles precisam ser respeitados. Não são favores que nos fazem”, explica.

“Temos direitos, e eles precisam ser respeitados. Não são favores que as pessoas nos fazem”, diz Ana Clara (Arquivo Pessoal/Reprodução)
O preconceito está em atos e questões nos quais às vezes nem paramos para pensar – alguns, institucionalizados. “Ano passado fui à Receita Federal e descobri que a deficiência é considerada uma moléstia grave. Esse tipo de nomenclatura ainda é muito comum e ofende, inferioriza. Não é algo que vai mudar de uma hora para outra porque está enraizado, mas ações de conscientização do governo poderiam dar início à mudança”, sugere Ana. Até lá, as atitudes para a transformação devem partir de todos. De nós mesmas no dia a dia, para acolher e ouvir essas mulheres, ser parceiras delas na luta por seus direitos. Das instituições públicas e privadas, ao atender às necessidades das PcDs e garantir a real inclusão. E de toda a sociedade, no combate aos preconceitos.
Fonte  https://claudia.abril.com.br/sua-vida/mulheres-com-deficiencia-revelam-o-que-esperam-de-um-futuro-inclusivo/amp/
Postado por Antônio Brito 

Miss Cadeirante e empresária fala sobre empoderamento e desafios das mulheres



Um acidente mudou radicalmente sua vida e ela enfrentou com garra e determinação os desafios


  






Nossa entrevistada especial é Caroline Marques, 38 anos, paraplégica, mãe, dona de casa, formada em Processamento de Dados, apresentadora, modelo e empresária.
Desde jovem atua em projetos socias e trabalhos voltados a inclusão social, principalmente das pessoas com deficiência. "Fui Presidente da Organização Social "Viver em Igualdade"; entidade que promove a inclusão da pessoa com deficiência na sociedade, proteção aos animais e pela valorização e direitos das mulheres" destaca Caroline.
Pararelamente Caroline também atuou na TV e diversas outras ações voluntárias: "Apresentei a primeira temporada do programa Viver Eficiente, o qual tratava de assuntos relacionados às pessoa com deficiência; organizei ações para adoção de animais, realizei ações voluntárias levando profissionais de áreas diversas a fornecer serviços gratuitos em comunidades com vulnerabilidade sociais e fiz vários trabalhos publicitários e editorias de moda, voltado a área da pessoa com deficiência"
CONFIRA CAROLINA MARQUES EM UM DOS TRABALHOS NA TV

Caroline também é empreendedora. Empresária no segmento calçadista e ainda apoia o projeto "Sem Barreiras" que oferece gratuitamente curso de pilotagem de drones de fotos e filmagens, para pessoas que possuem deficiência.
RAIO X
Nascida em Santo André, numa família ligada ao ramo da beleza e hospitalar. O pai  era cabeleireiro e a mãe trabalhava na área administrativa hospitalar. Caroline Marques foi  criada pelos pais e avó, contribuindo na sua educação e formação, tendo uma boa infância e adolescência.
No ano de 1991 na minha infância, voltando de viagem com sua família, sofreu um acidente automobilístico, onde ficou paraplégica seu pai faleceu.
"Nesse momento começou minha luta para aprender a viver respeitando minhas diferenças e para me incluir na sociedade" conta Caroline.
E foram várias barreiras a superar: Após meses de internação e cirurgias no Hospital Brasil, a modelo e empresária iniciou a reabilitação na AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), Hospital das Clinicas de São Paulo, fazendo muita fisioterapia, hidroterapia e outros tratamentos em busca qualidade de vida e independência. "Com a ajuda de familiares e amigos, superei os desafios".

Caroline Marques nos conta um pouco nesta entrevista exclusiva, sobre sua visão de mundo e do empoderamento das mulheres.
Na sua visão, como é o mercado de trabalho para as mulheres que tem algum tipo de deficiência?
Na minha opinião eu acho que é onde começa a desigualdade, pois as pessoas com deficiência têm muita dificuldade e preconceito no mercado de trabalho. A lei de cotas ajudou a inclusão no mercado de trabalho, mas olham muito para o limite das pessoas com deficiência do que pela capacidade delas, precisa acabar com esse preconceito.
Existe ainda preconceito?
Sim, o preconceito e a discriminação são barreiras para as pessoas com deficiência. O mundo precisa ser igual para todos, estamos no século 21, esse preconceito precisa ser superado. A diversidade precisa ser valorizada!
Quais as formas que você utilizou para se preparar para seus objetivos? Estudos, projetos, parcerias?
Estudei muito sobre a área da pessoa com deficiência, melhor ainda... sinto na pele as dificuldades. Busquei parceria com entidades, empresários para a realização de ações e projetos para a inclusão da pessoa com deficiência na sociedade. Sempre socializo-me com as pessoas, para que elas entendam melhor meus limites e a minha capacidade.

Dá para conciliar vida pessoal e profissional?
Claro, com muito otimismo e determinação conseguimos conciliar nossa vida pessoal com a profissional. Mulher é guerreira!

Qual o significado do dia das mulheres para você?
O dia 8 de março (Dia das Mulheres), é o resultado de vários fatores: lutas e reivindicações das mulheres por melhores condições de trabalho e direitos sociais e políticos. Quando criou esta data, não se pretendia apenas comemorar, queríamos realizar conferências, debates e reuniões com o objetivo de discutir o papel da mulher na sociedade atual. O esforço dessa luta toda é para tentar diminuir, e quem sabe um dia terminar com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, nós ainda sofremos, com o preconceito, com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito já foi conquistado, mas ainda temos muita luta pela frente.

Empoderamento, valorização da mulher, combate à violência: quais suas considerações sobre esses assuntos?
As mulheres merecem respeito e os mesmos direitos e oportunidades que os homens. A igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres resultarão em uma sociedade mais justa, igualitária, saudável e com um desenvolvimento social que beneficiará a todas as pessoas. A participação das mulheres em igualdade de condições com os homens é fundamental para o desenvolvimento social e econômico sustentável de uma família, comunidade e país.

Envie uma mensagem de motivação e superação às mulheres
Não tenha medo da mudança. Nunca desista, no final tudo dá certo. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas siga em frente de qualquer jeito.
Fonte  https://www.jornalfato.com.br/especial/miss-cadeirante-e-empresaria-fala-sobre-empoderamento-e-desafios-das-mulheres,351371.jhtml

Postado por Antônio Brito 


Menino autista sofre bullying diariamente em escola e mãe desabafa nas redes sociaisCaso aconteceu na Inglaterra

Menino autista sofre bullying diariamente em escola e mãe desabafa nas redes sociais (Foto: Arquivo Pessoal)

Menino autista sofre bullying diariamente em escola e mãe desabafa nas redes sociais (Foto: Reprodução/Facebook)

  • Harrison, 12 anos, é autista e sofreu bullying diariamente por três meses
  • O menino sofria agressões físicas e verbais
  • A mãe desabafou nas redes sociais e afirmou que a escola não fez nada de efetivo para conter essa situação
Um ambiente próprio para estudo das crianças pode se tornar um lugar muito triste para alguns. Harrison, de 12 anos, é autista e sofreu bullying diariamente durante três meses na escola Colchester Academy, na Inglaterra. A situação só chegou ao fim quando ele foi retirado da instituição de ensino. Leanne Fernandez, de 34 anos, é a mãe do menino e compartilhou uma foto do filho chorando para expor a situação por ele vivido.


O objetivo de Leanne Fernandes é claro: mostrar como muitas instituições de ensino não estão preparadas para lidar com agressões físicas e verbais a crianças neurodivergente. Em entrevista ao Daily Mail, a mãe disse que Harrison era constantemente zoado por um grupo de meninos. “Eles começaram dizendo que meu filho era gay, andava de forma gay, parecia gay e falava de um jeito gay”.
O que começou como agressões verbais logo se tornou física: “Mas depois disso passaram a empurrá-lo, deram mata leões nele, roubaram sua comida e afirmaram que esmagariam o crânio dele”. Segundo Leanne, o filho chegava em casa com o rosto machucado, roupas rasgadas, joelhos ensanguentados e, claro, chorando muito. A mãe decidiu colocar um fim na situação e ligou para a polícia quatro vezes, mas em vão.


Os pais dos agressores receberam apenas avisos em relação ao comportamento dos meninos e, segundo a mãe, a escola não fazia nada efetivo para mudar a situação. Nas redes sociais, Leanne fez um desabafo afirmando que era um “absurdo precisar retirar o filho da escola, sendo que os agressores permaneceriam”. “Ele tem problemas de auto estima, então, por ter tido que voltar para casa acha que fez algo de errado, que ninguém gosta dele e que não é bom o suficiente. Ele só quer alguns amigos”, afirmou.
Na semana que vem, o menino começará a frequentar uma nova escola. Em nota, a diretora da Colchester Academy, Jenny Betts, declarou: “Não posso comentar casos individuais. No entanto, manter nossos alunos em segurança é a nossa maior prioridade, o que inclui lidar rapidamente com qualquer suposto incidente de bullying. Seguimos procedimentos comportamentais claros e usamos as sanções apropriadas que temos a disposição”.
Fonte  https://www.bebeemfoco.com.br/noticias/menino-autista-sofre-bullying-diariamente-em-escola-e-mae-desabafa-nas-redes-sociais/
Postado por Antônio Brito 

As praias com maior acessibilidade para cadeirantes no Brasil


Curtir uma praia é tudo de bom! Sentir a brisa do mar, tomar um banho na água salgada e relaxar na areia renovam as energias. E isso deve ser um direito para todos, afinal, as praias são públicas. Acontece que os cadeirantes sempre tiveram mais dificuldade para ir à praia, pois a cadeira de rodas não consegue andar na areia. Para resolver esse problema, surgiram muitos projetos no Brasil que promovem acessibilidade para as pessoas com necessidades especiais.
Se você é cadeirante ou tem alguém próximo que é, não deixe conferir a lista de praias com acessibilidade para cadeirantes no Brasil que o TemporadaLivre preparou!

Anote as praias com maior acessibilidade para cadeirantes no BR!

Sol, mar e diversão para todos: o país já tem inúmeras opções de praias que oferecem acessibilidade para os cadeirantes. Veja só!

- A joia do litoral paulista: o Guarujá!

Guarujá é uma das praias mais belas do Brasil, que, agora, dá acessibilidade para os cadeirantes. A prefeitura lançou um projeto chamado ‘Praia acessível’ que oferece as ‘cadeiras anfíbias’ para as pessoas com necessidades especiais. Essas cadeiras usam rodas com pneus mais largos que os das cadeiras de rodas comuns. Assim, os monitores do projeto levam os cadeirantes para a água com elas, de 30 em 30 minutos.
O serviço é prestado em dupla para executar o transporte da pessoa na areia e na água. O projeto funciona aos finais de semana e os interessados podem se cadastrar na Praça das Bandeiras, no Centro. E a melhor parte: o serviço é gratuito para a população!
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Praias com acessibilidade - Guarujá

- Piauí também tem praia acessível!

Estado do Piauí também conta com o programa ‘Praia acessível’, disponibilizando as cadeiras especiais na linda Praia de Atalaia. Para usufruí-lo, é preciso se dirigir à sede do projeto, localizada na orla da Praia de Atalaia, em Luís Correia, com documento de identificação com foto e CPF, e solicitar as cadeiras.

Praias com acessibilidade - Piauí

- Os cadeirantes podem aproveitar o paraíso em Natal!

As praias paradisíacas de Natal estão inclusas no projeto! O município oferece acessibilidade por meio do ‘Natal, praia inclusiva’. Lá, os monitores possuem cadeiras anfíbias, caiaque, Stand Up, futebol e vôlei sentado para as pessoas com necessidades especiais.  É diversão que não acaba!
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Praias com acessibilidade - Natal

- Copacabana e Barra no Rio também dão exemplo!

Rio de Janeiro continua lindo e, agora, com acessibilidade! As praias de Copacabana e da Barra também contam com programa de inclusão aos cadeirantes, é o chamado ‘Praia para Todos’.
Em Copacabana, os projetos acontecem nos postos 5 e 6, que ficam em frente à rua Francisco Sá. Na Praia da Barra, funciona no posto 3, com atividades gratuitas de banho de mar, vôlei sentado, piscina infantil, frescobol adaptado, handbike. Tudo com o auxílio de profissionais de educação física, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e, também, de voluntários. Além disso, o projeto oferece o adaptsurf para os mais aventureiros, que é o surf adaptado.
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Praias com acessibilidade - Rio de Janeiro

- Itanhaém em São Paulo é outro ponto com acessibilidade!

Outra praia no litoral paulista que dá acessibilidade é Itanhaém, também com o projeto ‘Praia acessível’, oferecendo ‘cadeiras anfíbias’ para que os cadeirantes tomem banho de mar com toda a segurança necessária.

Praias com acessibilidade - Itanhaém

- Porto de Galinhas, o paraíso pernambucano!

Porto de Galinhas, um dos destinos de férias mais procurados no Brasil, localizada em Ipojuca, em Pernambuco. Essa praia é um verdadeiro paraíso, por isso, não poderia ficar de fora da lista. Porto de Galinhas apresenta acessibilidade com o projeto ‘Praia sem Barreiras’. Monitores levam os cadeirantes para os banhos de mar com as cadeiras anfíbias, além de levá-los para relaxar nas piscinas naturais, que são o grande atrativo da região.
A praia também disponibiliza um passeio de jangada adaptada com cadeiras anfíbias e mergulho adaptado, que só pode ser feito com uma apresentação do laudo médico. A única ressalva é que algumas atividades do projeto só funcionam quando a maré está baixa.
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Praias com acessibilidade - Porto de Galinhas

- Maceió, no Alagoas, também tem acessibilidade!

Mais uma opção para os cadeirantes se divertirem e relaxarem para valer é a capital alagoana, Maceió. As águas transparentes de Maceió são convidativas e perfeitas para quem gosta de sol, relaxar na areia e tomar uma água de coco para se refrescar. Lá, os cadeirantes podem fazer tudo isso e ainda tomar banho de mar, com as cadeiras especiais. Os passeios de jangadas também estão liberados, já que profissionais capacitados acompanham os cadeirantes de perto.
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Praias com acessibilidade - Maceió

- Balneário Rincão, em Santa Catarina!

Para quem quer curtir uma praia mais ao Sul do país, Balneário Rincão pode ser uma excelente opção. O Balneário dá bastante acessibilidade aos cadeirantes com as cadeiras anfíbias, que podem ser retiradas no posto 1 dos guarda-vidas, na zona norte. O estado de Santa Catarina possui outras praias com acessibilidade, sobretudo em Florianópolis. Se quiser conferir, acesse aqui!
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Praias com acessibilidade - Balneário Rincão

- Praia Legal para os cadeirantes é em Vitória-ES! 

Vitória no Espirito Santo não fica de fora! O programa acontece na Praia do Camburi, mais precisamente no Quiosque 2. Profissionais da prefeitura ajudam os banhistas cadeirantes a se locomoverem com as cadeiras. Além disso, os salva-vidas estão sempre prontos para auxiliá-los!
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Praias com acessibilidade - Vitória

- No Paraná também tem praia acessível!

Por último, para quem está mais perto do ParanáGuaratubaMatinhos Pontal do Paraná são ótimas opções para curtir com acessibilidade. O uso das cadeiras é gratuito e pode ser feito todos os dias da semana, das 10h às 19h. Basta se informar nas prefeituras dos municípios e retirar as cadeiras.
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Praias com acessibilidade - Paraná

Férias seguras e acessíveis é com o Temporada Livre!

Agora que você já conhece as melhores praias com acessibilidade para cadeirantes em todo o país, escolha, também, uma hospedagem acessível para a viagem sair conforme o esperado. Aqui no TemporadaLivre, você encontra opções seguras e confortáveis em todas as regiões do Brasil. Acesse nosso site, confira os imóveis de temporada nas praias que citamos e aproveite o melhor da vida!
Fonte  https://www.temporadalivre.com/blog/as-praias-com-maior-acessibilidade-para-cadeirantes-no-brasil
Postado por Antônio Brito

Mulheres visitam o Sistema O DIA para falar sobre acessibilidade


Integrantes do projeto destacam que, mesmo não vendo com olhos, enxergam muito além e são capazes de realizar qualquer atividade

Um grupo de 14 mulheres que participam do Projeto Mulheres de Visão da Escola Comradio visitaram o Sistema O DIA para conhecer o processo da notícia e ensinar formas de acessibilidade dentro do jornalismo. O projeto busca a formação de mulheres com deficiência visual para que elas sejam empreendedoras.



Um grupo de 14 mulheres veio conhecer o processo da notícia e ensinar formas de acessibilidade dentro do jornalismo - O Dia 

Além disso, as mulheres procuram mostrar que têm limitações, mas possuem capacidades através do conhecimento para fazer qualquer atividade. Pois, mesmo não vendo com os olhos, elas enxergam muito além.
Denise Silva, de 25 anos, tem cegueira total por consequência de uma meningite na infância. Atualmente, ela é estudante do sexto período do curso de Serviço Social em uma faculdade particular da Capital. Denise já está estagiando e pretende seguir a profissão, além de fazer parte do projeto da Comradio.
“Como eu era criança, tinha 10 anos, consegui me adaptar de forma mais natural, mas teve momentos ruins. Hoje uma das maiores dificuldades é o preconceito das pessoas, pela falta de humanidade”, diz Denise Silva.
Na faculdade, a estudante conta com o apoio dos amigos e professores que fornecem material em formato digital, facilitando o acesso, pois Denise consegue fazer a leitura através de leitores de tela de computador e celular.
Para a servidora, sua maior dificuldade são as ruas e calçadas esburacadas, os postes que ficam nas calçadas, e o piso tátil que, em locais públicos, esbarra em lixeiras, placas e postes.
Por: Sandy Swamy, do Jornal O Dia
Fonte  https://www.portalodia.com/noticias/piaui/mulheres-de-visao-visitam-o-sistema-o-dia-para-falar-sobre-acessibilidade-374923.html
Postado por Antônio Brito