28/01/2020

Namorar Alguém com Deficiência Não é “Inspirador”… É Absolutamente Normal

Como sempre faço todos os dias, entre às 19h e 21h, eu vou à academia. Esta semana não seria diferente se um fato não tivesse chamado minha atenção: um rapaz e uma garota fazendo exercícios juntos – um casal.

O rapaz, bastante esforçado, estava usando pesos diferentes e a namorada o ajudava em alguns movimentos. A ajuda era necessária por ele não ter coordenação motora suficiente. Admirei o casal, foi bom vê-los treinando juntos e felizesNo dia seguinte, fazendo minhas pesquisas para o trabalho e percorrendo as mídias sociais eu me pego com a mesmice de sempre das mensagens: trânsito horrível, fotos de gatos e cachorrinhos fofos, meme do momento, dúzias de comentários sobre política e, em particular, uma história compartilhada de um rapaz que recebeu um convite para um encontro com uma garota. No mesmo instante eu me lembrei do casal da academia. Mas havia algo diferente… eram os comentários no post: “Que inspirador!”, “Essa menina é nota 10 por ter convidado ele.”, e por aí vai.

Dois segundos pensando sobre o “Que inspirador!” e eu cheguei à conclusão que ainda há pessoas que veem um encontro ou um namoro com alguém deficiente como algo inspirador. Só pra constar: não deve ser assim!

Os comentários se concentraram no rapaz na cadeira de rodas e ao encontro. Ao contrário de reconhecer a necessidade universal do ser humano em amar e ser amado, em histórias como essas, as pessoas com deficiência não são retratadas como seres humanos adoráveis e merecedores por direito próprio. Em vez disso, os comentários deixaram a entender que ele foi recompensado por ter conseguido encontrar uma garota que se atreve a amar alguém que use cadeira de rodas ou muletas. Para tirar a minha cisma sobre o assunto e não parecer exagero, fui conversar com deficientes e ouvir deles o que achavam. Confira algumas das frases que eles já ouviram (e ainda ouvem) de pessoas:

  • Você não pode ter deficiência, você é muito novo.
  • Se você não pode ter filhos, você acha que alguém vai querer casar com você?
    Você se considera doente?
  • Tem que ajudar você a fazer todas as coisas ou só algumas?

Felizmente, todos que conversaram a respeito tiveram (ou ainda têm) parceiros que não pensam desta forma.

A parte mais difícil para uma pessoa com deficiência que eu conversei são os olhares das pessoas quando ela está namorando. Ela comentou que é um olhar de curiosidade com uma possível reprovação. Ela sabe que não é proposital, mas isso incomoda.

Abaixo estão três pequenos depoimentos para você ler e refletir. Cabe a nós mudar o pensamento das pessoas ou ajudá-las a entender que o amor não tem barreiras.

“Acredito que podem entender que eu só quero ser bonita, não importa se estou usando muletas ou não. Quando eu vou à uma loja de lingerie, por exemplo, os funcionários me tratam bem e como qualquer outro cliente, porém, quando eles veem as muletas, muitas vezes assumem que eu estou comprando presente para outra pessoa.”

“Eu uso cadeira de rodas. Quando saio com a minha namorada, me irrita que algumas pessoas deixem claro que ela está sendo nobre por estar comigo. Ou, quando alguém me diz que os meus amigos são ótimos, sempre parece que estão dizendo – inconscientemente, talvez – que eu não sou totalmente humano. É como se eu fosse algum tipo de suporte e as pessoas estão fazendo uma “boa ação” estando ou saindo comigo.”

“Eu gosto de me sentir bem com o meu corpo. Se o meu corpo não é perfeito ou é mais frágil, não importa – ele é meu, é único e eu quero aproveitar o máximo desse mundo com esse corpo. Além disso, só porque eu uso muletas não significa que eu não seja digno de amor ou que seja menos divertido na cama… aliás, as surpresas comigo nesse campo podem ser muito boas… RsRs.”

Fonte: http://www.bodymag.com.br/

Postado por Antônio Brito 

Homem que ficou cego por demora em cirurgia será indenizado em R$ 150 mil em SC

Por Lariane Cagnini

Devido à demora, dano foi irreversível e homem ficou cego
(Foto: )

Um homem de 60 anos, que ficou cego após demora na liberação de uma cirurgia, será indenizado em R$ 150 mil. A decisão é do juízo da 2ª Vara Cível da comarca de Laguna, e o valor com juros e correção deve ser pago pelo Estado de Santa Catarina e pelo município de Laguna. Cabe recurso ao Tribunal de Justiça.

Após procurar um oftalmologista, o médico informou que o homem havia sofrido um descolamento total de retina no olho direito, e parcial no esquerdo. Uma cirurgia de emergência foi indicada, mas na época, a Secretaria de Saúde do município de Laguna informou que não possuía médico nem equipamentos para tal procedimento. O caso foi em 2002.

O paciente foi encaminhado para Florianópolis e a cirurgia foi marcada para seis meses a partir da solicitação. Com uma greve ocorrida na época, o homem não pode ser operado, e o procedimento foi marcado para janeiro do ano seguinte, dois meses depois. Nesse período, o homem passou por três médicos, que informaram que o quadro era avançado e que uma cirurgia não era indicada.

O perito nomeado pelo juízo apontou que a cirurgia era necessária e urgente para reversão do quadro. Com a demora, e sem a realização do procedimento não feito, o homem ficou cego. A decisão destaca que houve negligência.

Fonte  https://www.nsctotal.com.br/noticias/homem-que-ficou-cego-por-demora-em-cirurgia-sera-indenizado-em-r-150-mil-em-sc

Postado por Antônio Brito 

27/01/2020

Gari troca a vassoura por sapatilha e vira professor de balé em São Vicente

Nilton Costa aprendeu a dançar ainda jovem, no Rio de Janeiro. Após dançar na rua como gari, prefeito trocou a função do concursado.
or Mariane Rossi
Do G1 Santos
00:00/00:27

Um gari de São Vicente, no litoral de São Paulo, resolveu trocar a vassoura pelas sapatilhas e dar aulas de ballet para crianças carentes. Ainda jovem, Nilton Costa teve que abandonar os palcos para se dedicar a limpeza das ruas já que não conseguia sobreviver apenas da dança. Com a vassoura na mão, ele dançava no meio da rua e revelou o seu verdadeiro talento. Após descobrir a história de Nilton, o ex-prefeito da cidade Tércio Garcia mudou a função dele e lhe deu a oportunidade de ensinar o balé para dezenas de pessoas.

Nilton Costa nasceu no Rio de Janeiro, onde morava com a mãe e os irmãos em Duque de Caxias. Ainda criança, ele iniciou no balé. “Eu comecei a dançar com oito ou nove anos. Era uma grande dificuldade. Eu tinha que pegar um ônibus para ir à academia. Ali eu descobri que tinha um potencial grande como bailarino”, conta Costa. Aos 20 anos, ele mudou-se para São Paulo para tentar uma vida melhor. “Eu tinha uma situação muito precária no Rio de Janeiro, era muito difícil, eu não podia viver só da dança. Cismei de sair do Rio de Janeiro e vim morar com o meu pai”, diz ele.

Na Baixada Santista, ele casou e teve filhos. Costa também conheceu várias companhias de dança para continuar no balé. “Meu pai é português e dizia que eu não ia viver da dança, que eu tinha que estudar”, conta. Por isso, ele começou se dedicar aos estudos e fazer concursos públicos. Em fevereiro de 2001, Costa foi classificado no concurso da Prefeitura de São Vicente e passou a trabalhar como gari na cidade litorânea.

Costa como gari e como bailarino (Foto: Arte/G1)Costa como gari e como bailarino
(Foto: Mariane Rossi / G1)

Apesar de realizar o trabalho como gari com gosto e prazer, a vontade de ser bailarino ainda estava presente. Ele conta que, nas ruas, sentia como se estivesse em um palco, dançando balé. Certo dia, a paixão pela dança falou mais alto. “Deu a louca na minha cabeça. Eu parei em frente a um bingo, que tinha o espelho bem grande, e começou a tocar uma música. Eu peguei a vassoura e comecei a dançar”, conta ele. O prefeito de São Vicente, na época, era Tércio Garcia, que passou pelo local naquela hora. “Todo mundo achava que iam me mandar embora, por causa daquele preconceito, o homem fazendo balé. A rua toda parou para me ver dançando e eu com aquela roupa de gari, dançando um ‘balezão’. Foi até a música do Titanic. Foi uma loucura”, diz ele.

Depois de alguns dias, o prefeito entrou em contato com Costa e o transferiu de setor. Ele saiu da função de gari para dar aulas de balé no Centro de Convivência e Formação (Cecof) para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos, na Vila Margarida, uma região carente da cidade. “Eu percebi que quando você tem um sonho você tem que correr atrás”, explica.

Costa dá aulas para crianças de 6 a 17 anos (Foto: Mariane Rossi/G1)Costa dá aulas para crianças de 6 a 17 anos (Foto: Mariane Rossi/G1)

Como professor, ele tirou vários jovens das ruas e ensinou os passos da dança clássica e contemporânea. Jonathan de Sena Rodrigues, que faz balé há sete anos, foi um deles. “Cheguei aqui e conheci o Nilton. Ele é muito bom professor e eu fiquei impressionado que ele largou a vida de gari para cuidar da gente. Eu aprendi muitas coisas, alongamento, técnica, por exemplo”, diz o menino, que não abandonou a dança apesar do preconceito da família e dos amigos. Aos 14 anos, ele se tornou uma das revelações do balé de São Vicente após ganhar uma bolsa de estudos e fazer um curso na Rússia. ”Meu desejo é ser um grande bailarino, ir para fora, dançar com o meu professor querido e conquistar a minha família. O mundo não é só de preconceito”, fala.

A história de Jonathan representa bem a responsabilidade que Costa assumiu quando se tornou um professor de balé. Ele diz que se preocupa muito com as crianças, como se fossem seus filhos, e acredita no potencial de cada um. Na comunidade, a dificuldade financeira é latente. Quando a família não pode pagar um figurino para um espetáculo de balé, por exemplo, ele paga do próprio bolso mas não tira a felicidade da criança em dançar no palco. “Aqui tem bailarino para as melhores companhias do mundo. Eles só precisam de uma porta. Não importa se são pobres ou ricos, são crianças que vivem da dança, que amam. O que está dificultando é alguém que abrace, acredite no talento daquela criança”, diz.

Após ter deixado a profissão de gari há 15 anos, ele diz que não se arrepende do tempo que realizou a limpeza das ruas de São Vicente. E, se precisasse ser gari novamente, Costa voltaria com o maior prazer, mas nunca deixaria o balé de lado. “Eu tenho o maior orgulho de falar da Codesavi, dos funcionários que trabalhavam comigo. Balé e gari não são muito diferentes. Vou carregar os dois para o resto da minha vida”, afirma ele.

Costa dá aulas no Cecof da Vila Margarida (Foto: Mariane Rossi/G1)Costa dá aulas no Cecof da Vila Margarida (Foto: Mariane Rossi/G1)

Fonte  http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/11/gari-troca-vassoura-por-sapatilha-e-vira-professor-de-bale-em-sao-vicente.html?utm_source=facebook
Postado por Antônio Brito 

Estudante com deficiência física se forma em Psicologia e destaca apoio da UFSM


Desde a infância, o sonho de Thays Ribeiro Lauz era estudar. Aos cinco anos, em uma escola em Santana do Livramento (RS), se despedia feliz da mãe no primeiro dia de aula. Thays, que teve paralisia cerebral devido a um atraso no seu nascimento, lembra que foi uma época tranquila, com muitos amigos, colegas e professores que a queriam bem. “Sempre me trataram com muito respeito, me amaram incondicionalmente. Lembro que me chamavam de ‘meu bebê’, porque eles adoravam me carregar de cadeira, sempre tentando me auxiliar”, recorda.

A partir do ensino fundamental, o sonho de Thays amadureceu: queria ser psicóloga. Em um passeio ao Descubra UFSM, em seu terceiro ano do ensino médio, decidiu onde realizaria o desejo de se formar na área. A santanense conquistou uma vaga na Universidade em 2014 e começou a concretizar seu sonho no ano seguinte. “Sempre fui aquela pessoa que os amigos procuram para conversar, que sempre entende, que é bem comunicativa. Então, eu sempre me vi na profissão. Hoje, não optaria por outra coisa”, ressalta.

Mas para realizar sua meta de ser psicóloga, foi preciso muita dedicação, força de vontade e também um apoio fundamental prestado pela UFSM. Desde o primeiro ano da faculdade, Thays morou com a mãe, Márcia Ribeiro, na Casa do Estudante (CEU II), no campus de Santa Maria. É a mãe que a auxilia em todas as atividades diárias, já que a deficiência se caracteriza por danos a partes do cérebro que controlam os movimentos musculares. Ela consegue escrever, mas tem dificuldades para outros movimentos. Para se locomover, utiliza uma cadeira de rodas elétrica.

Após cinco anos de graduação, Thays se formou em Psicologia na noite desta sexta-feira (24), em solenidade no Auditório Wilson Aita, no Centro de Tecnologia (CT). Foram anos de muito acolhimento, apoio e cuidado, ressalta constantemente a cadeirante. Além de conquistar a amizade de colegas, atingiu também o coração de seus professores. “Vou sentir falta disso”, diz, destacando, orgulhosa, que concluiu o curso no tempo certo, sem atrasar nenhuma cadeira.

Colação de grau ocorreu na sexta-feira (24)

O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi realizado a campo, com entrevistas a 300 estudantes pelo campus. Denominado “Relações entre os cinco fatores da personalidade com qualidade de vida e expectativa de padrão de vida em universitários”, o trabalho é voltado para a psicologia econômica. Agora, o objetivo é seguir na área defendida no TCC, realizar intercâmbio e morar fora do Brasil, onde as questões de acessibilidade são mais trabalhadas.

Porém, apesar de ter em mente mais um sonho a ser concretizado, conta que sentirá bastante falta da UFSM, desde o espaço físico – o bosque que tanto adora -, a Casa do Estudante, as pessoas. “Com certeza vou sentir falta disso, e da minha turma também”, destaca a recém-formada psicóloga, para quem a paralisia nunca foi um empecilho. Ela diz que sempre se enxergou como uma pessoa normal, e sua família também. “Não sou acostumada a ser tratada como uma deficiente. Eu tenho uma tia que sempre diz que na vida tudo tem um jeito, a única coisa que não tem jeito é a morte. E sempre fomos dando um jeito”, afirma.

Thays teve assistência da UFSM durante todo o curso

Desde seu ingresso na UFSM, Thays foi acompanhada pelo Núcleo de Acessibilidade, tendo inúmeras demandas atendidas, conforme relata a técnica em assuntos educacionais Fabiane Vanessa Breitenbach. Considerando as dificuldades de mobilidade, foi adaptado um quarto na CEU II para a aluna, e a mãe foi autorizada a residir com ela no local.

Thays contou com transporte interno em dias de chuva – o serviço de transporte da UFSM a atendeu durante os quatro anos da graduação – e externo em atividades curriculares. Como nem todos os veículos da frota são acessíveis, a Universidade garantiu a locomoção da estudante em várias atividades práticas do curso em espaços externos ao campus sede.

“Eles me ajudaram muito. Eu ligava, no mínimo, uma vez por mês para falar alguma coisa”, reconhece Thays, ressaltando todo o apoio oferecido pelo Núcleo, pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) e pela Pró-Reitoria de Infraestrutura (Proinfra), que providenciavam suporte a ela sempre que necessário. 

Além disso, Thays teve à disposição atendimento educacional especializado, atendimento psicológico e com terapeuta ocupacional, oferecidos pelo Núcleo de Acessibilidade e pelo Núcleo de Apoio à Aprendizagem, que fazem parte da Coordenadoria de Ações Educacionais (Caed) da UFSM, juntamente com o Núcleo de Ações Afirmativas Sociais, Étnico Raciais e Indígenas.

Texto: Eloíze Moraes, acadêmica de Jornalismo, bolsista da Agência de Notícias
Edição: Ricardo Bonfanti, jornalista da Agência de Notícias
Fotos: Arquivo pessoal

Fonte  https://www.ufsm.br/2020/01/25/estudante-com-paralisia-se-forma-em-psicologia-e-destaca-apoio-da-ufsm-durante-o-curso/

Postado por Antônio Brito 

Audiência com intérprete de Libras garante depoimento de testemunha surda

A realização de audiência envolvendo uma testemunha deficiente auditiva foi possível graças à participação de uma intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais) designada pelo Judiciário cearense. A oitiva ocorreu nessa quinta-feira (23/01), na 27ª Vara Cível do Fórum Clóvis Beviláqua, por solicitação da juíza Mirian Porto Mota Randal Pompeu, titular da unidade.

CEARÁ – O depoimento de Beatriz Gonçalves da Câmara teve o objetivo de esclarecer fatos relacionados a processo de reparação de danos morais e materiais. Nara Sousa, que presta serviços ao Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) há seis anos, atuou como tradutora na audiência, que durou cerca de 40 minutos.

Beatriz é a única testemunha a presenciar o acidente de carro que vitimou Deivisson Cardoso Vidal, de 27 anos. Durante a primeira audiência, realizada em outubro do ano passado, a juíza Mirian Porto entendeu que era necessário, para a elucidação dos fatos, viabilizar a vontade de Beatriz de participar de forma plena no depoimento. “Cabe ao Poder Judiciário promover a devida inclusão social de pessoas com deficiência, conforme definido pela legislação pertinente”, destacou a magistrada.

De acordo com o Código de Processo Civil e o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/15), o poder público deve assegurar o acesso da pessoa com deficiência à justiça, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, garantindo, sempre que requeridos, adaptações e recursos de tecnologia para assistência.

SOBRE O CASO

Em 1º de janeiro de 2017, o baiano Deivisson Cardoso Vidal estava de férias em Fortaleza, quando foi atropelado nas proximidades da avenida Dioguinho, bairro Caça e Pesca. Ele morreu após passar um ano em coma. Beatriz Gonçalves da Câmara, na época com 17 anos, também foi atingida pelo veículo e teve sequelas nas pernas, precisando implantar pinos.

Beatriz e Deivisson eram amigos e ambos surdos. Consta nos autos que eles estavam na calçada, quando um motorista perdeu o controle da direção após uma discussão com a esposa dentro do carro.

“Meu amigo morreu tentando me proteger. Foi muito importante para mim poder ser ouvida nesse processo, era uma vontade muito grande que eu tinha. Quero ajudar a esclarecer e fazer justiça”, disse Beatriz.

“A deficiência física não pode ser uma limitação para o acesso à Justiça e garantia de direitos. É muito importante ter vez e voz, independente da forma”, disse Celiane Oliveira, que atua na defesa da família de Deivisson, junto com o advogado Marcelo Silva.

Fonte: https://www.tjce.jus.br/noticias/audiencia-com-interprete-de-libras-garante-depoimento-de-testemunha-surda/

Postado por Antônio Brito 

Ele ama tanto o irmãozinho com síndrome de Down que canta o dia todo pra ele

"Demoraria 10 mil horas e 10 mil a mais se fosse necessário conhecer esse querido coração. Talvez eu nunca chegue lá, mas vou tentar se for preciso mais 10.000 horas ou o resto da minha vida, vou te amar ”, disse o pequeno Rayce de 6 anos ao cantar para o seu irmãozinho.

Quando temos irmãozinho é uma coisa maravilhosa. Ficamos empolgados, sentimos que ele também é nosso e fazemos tudo por ele. Ser o mais velho também implica uma responsabilidade extra, cuidado e entrega de amor ao pequeno. Esse amor pode ser expresso de várias maneiras.

Este menino ama tanto seu irmãozinho com síndrome de Down que pra ele todos os dias. O bebê ama esse carinho. Não há diferenças entre eles.

Eles moram no Arkansas (Estados Unidos) e são uma família numerosa. Recentemente, ela se juntou ao bebê Tripp, que nasceu com síndrome de Down e se juntou ao clã da família mais do que especial.

Rayce e Tripp têm um relacionamento muito especial, desde que ele nasceu, eles tiveram uma conexão profunda. É lindo de ver. Todas tardes ele canta para o irmãozinho. Lenta e delicadamente, ele quase sussurra as melodias e letras de cada música.

“É assim que Rayce se junta a Tripp. Ele canta para ele o tempo todo. Ele jura que essa música é sobre ele e seu irmão. Ele canta: “Seriam 10 mil horas e 10 mil a mais se fosse necessário conhecer esse querido coração. Talvez eu nunca chegue lá, mas tentarei, se forem 10.000 horas ou o resto da minha vida, vou te amar. O amor não conta nos cromossomos, ou como Rayce diz: “Não somos todos? diferente?”

Quando ele nasceu, Tripp teve que permanecer na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do hospital, devido a algumas complicações. Para Rayce, isso não era um problema, porque todas as tardes ele visitava e acompanhava seus pais para visitar o irmãozinho.

Com informações UPSOCL

Fonte  https://www.asomadetodosafetos.com/2020/01/ele-ama-tanto-o-irmaozinho-com-sindrome-de-down-que-canta-o-dia-todo-pra-ele.html?fbclid=IwAR2C46FGjQzmvSNt2KfXf54qz_JbVky0wcq4LwT4LgRKWOJ-pZyPvTskOqQ

Postado por Antônio Brito 

Bombeiro é vítima de racismo em ocorrência: “você não vai tocar em mim seu preto”

Jovem de 18 anos foi preso pela Polícia Militar na madrugada deste sábado, em um clube de Aquidauana, pelos crimes de desacato, resistência e injúria racial. Ele ofendeu um militar do Corpo de Bombeiros que havia sido acionado para socorrê-lo.

Segundo boletim de ocorrência, os bombeiros foram chamados porque havia um rapaz ferido em um clube no centro da cidade. No local, a equipe constatou que a vítima tinha ferimentos na cabeça, resultantes de agressões.

No entanto, quando um dos bombeiros se aproximou, o rapaz passou a atacá-lo com ofensas racistas: “Não se aproxime de mim seu neguinho, você não vai tocar em mim seu preto. Você com essa sua cor não chega perto de mim”, teria dito o autor que logo em seguida saiu correndo pela via, jogando objetos na direção dos bombeiros.

A Polícia MIlitar foi acionada e localizou o rapaz. Ao ser abordado, também ofendeu os policiais: “Vocês não vão me pegar, seus fedidos”, disse ele, entre outras ofensas. Diante dos fatos, foi preciso uso de força e algemas para contê-lo, pois aparentava estar alterado. Populares disseram que ele estava causando desordem no clube. Ele foi levado à delegacia.

Fonte  http://m.opantaneiro.com.br/policial/bombeiro-e-alvo-de-racismo-em-ocorrencia-voce-nao-vai-tocar-em-mim/153570/

Postado por Antônio Brito 

26/01/2020

Tiago ruma aos EUA para conhecer o exoesqueleto que o poderá tirar da cadeira de rodas

O preparador físico da ginasta Beatriz Martins está a caminho dos Estados Unidos para fazer testes com o exoesqueleto HAL e tentar qualificar-se para o programa Cyberdyne, que o poderá tirar da cadeira de rodas e permitir andar.


Tiago Sousa era atleta de alta competição de tumbling, no Lisboa Ginásio Clube (LGC), quando, em 12 de janeiro de 2005, com 21 anos, sofreu um acidente num treino e contraiu uma lesão grave que o remeteu para uma cadeira de rodas.

“Estava a fazer um treino e [num mortal] parei no ar, caí com a testa e o corpo foi todo para a frente, fazendo a luxação das [vértebras cervicais] C5 e C6. Percebi que era muito grave, porque chegavam pessoas ao pé de mim e eu gritava porque não me conseguia levantar. Quando cheguei ao hospital, percebi que era algo realmente grave, porque não mexia nada do pescoço para baixo”, começa por recordar, em entrevista à agência Lusa.

O acidente conduziu-o a um longo processo de tratamentos, fisioterapia e, ao fim de dois anos, abriu-lhe um novo rumo, quando saiu do Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão e assistiu a um treino de tumbling, altura em que percebeu que era ali que queria estar. De outra forma, por outro meio. O ex-aluno do curso Técnico-Profissional de Desporto tirou uma especialização como instrutor de fitness, fez um curso de micro expressões e linguagem corporal e tornou-se preparador físico de vários atletas, colaborando ainda na preparação de atletas do Projeto Olímpico de trampolins e da seleção nacional.

Hoje, com 35 anos, o desafio de Tiago Sousa é outro. Conquistou alguma atividade motora nos membros inferiores e consequentemente o acesso aos testes com o exoesqueleto HAL (“Hybrid Assistive Limb”), que vão decorrer em Jacksonville, nos EUA.

“Este é um grande objetivo ter conseguido ir para o Cyberdyne HAL. De 14 a 24 de fevereiro, vou fazer os testes para ver se consigo ficar os três meses. Em 2016, tentei entrar, só que ainda não tinha os pré-requisitos de atividade muscular para ingressar nesse programa. De há dois, três anos para cá comecei a treinar e a ser o bio-atleta de alta competição para conseguir alcançar este grande objetivo que é ingressar neste programa”, explica.

Caso seja bem-sucedido nos testes, Tiago Sousa, que, entretanto, já recuperou grande parte da mobilidade dos membros superiores, usará diariamente, durante 45 minutos a uma hora, o exoesqueleto HAL.

“A diferença entre este exoesqueleto e os outros é que, para este exoesqueleto HAL funcionar, tem de haver atividade muscular, nem que seja o mínimo. Porquê? Que vai fazer este exoesqueleto? Vai potenciar essa mensagem. Ou seja, se eu quiser por o exoesqueleto a trabalhar, e não tiver nenhuma atividade muscular, ele não vai mexer”, esclarece.

A expectativa de Tiago Sousa não é, contudo, “sair de lá a andar”, mas dar um passo rumo à sua total recuperação.

“A minha ambição é a de sempre, a de criar metas para alcançar o grande objetivo. Não estar tão focado nesse objetivo de sair da cadeira de rodas e andar, que vai ser o objetivo para o resto da minha vida ou até acontecer, mas ficar mais focado no processo e em todas as conquistas que vou conseguindo dia a dia”, frisa.

Mas para conseguir realizar o programa, o preparador físico desenvolveu uma campanha de angariação de fundos para tentar reunir 10 mil euros para os testes e 30 mil euros para os três meses da Cyberdyne HAL.

Mediante este desafio, Beatriz Martins não hesitou em juntar-se à causa de “um profissional incrível”, fazendo um apelo nas redes sociais e disponibilizando-se para as iniciativas que estão a ser desenvolvidas, como aulas de fitness, zumba ou ‘workshops’.

“Tocou-me um bocadinho mais no coração, é meu amigo, é meu treinador e, por ser uma pessoa tão próxima, sei o quanto ele quer isto, o quanto trabalhou para isto e acho que é altura de se focar um bocadinho mais nele próprio”, defende a ginasta, assegurando que “nunca foi muito estranho” o seu preparador “estar numa cadeira de rodas e nunca houve um dia em que achasse que as limitações do Tiago estavam a limitar” o seu treino.

Em vésperas da partida, Tiago Sousa mostra-se extremamente confiante naquela que chama a qualificação para os seus Jogos Olímpicos.

“Sinto-me tão forte fisicamente e mentalmente que, mesmo que não alcance [a qualificação], sei que vai aparecer alguma coisa e eu hei de conseguir alcançar. Mas o objetivo é ir lá e, com toda a minha força, e de todas as pessoas que estão à minha volta, conseguir fazer o programa e viver sozinho”, conclui Tiago Sousa.

Fonte: SAPO24
https://tetraplegicos.blogspot.com/2020/01/ruma-tiago-ruma-aos-eua-para-conhecer-o.html?spref=fb&m=1
Postado por Antônio Brito 

Artigo da LBI entra em vigor e garante imóveis acessíveis para pessoas com deficiência

A partir do dia 27 de janeiro, novos projetos protocolados em prefeituras de todo o Brasil devem ter porcentual de unidades de moradia adaptáveis ou adaptadas
A partir da próxima segunda-feira, 27 de janeiro, projetos de construtoras e incorporadoras protocolados em todas as prefeituras do País deverão atender aos critérios de acessibilidade estipulados no artigo 58 da Lei n° 13.146/2015 - Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), conforme Decreto Presidencial n° 9.451 assinado em julho de 2018. Na prática, pessoas com mobilidade reduzida, portadoras de nanismo ou limitações auditivas e visuais, por exemplo, estão asseguradas por Lei a pedirem adaptações em imóveis adquiridos na planta (antes do início da construção) sem que haja custo adicional.
De acordo com o último censo do IBGE - realizado em 2010 - cerca de 24% da população brasileira declarou ter algum grau de deficiência ou dificuldade em habilidades motoras, visuais, de audição ou intelectuais. A porcentagem de pessoas com dificuldade severa de mobilidade é de 2,3%, por exemplo.
Para assegurar a acessibilidade dessa parcela da população, a LBI conta com três artigos que impactam diretamente no setor de construção civil. O artigo 32, já em vigor, estabelece que construções habitacionais de cunho social e financiadas com recursos públicos, como o Minha Casa Minha Vida, devem conter 3% de unidades adaptadas. O artigo 45, também em vigor, corresponde a hotéis e demais estabelecimentos comerciais e estipula a obrigatoriedade de 5% de unidades adaptadas.
Cadeirante há 22 anos, Edson Alba passou pelo processo de pedir uma unidade adaptada antes da vigência do artigo. Foto: Nilton Fukuda
O artigo 58 impacta diretamente em novos projetos de médio e alto padrão. Para seguir a legislação, construtoras e incorporadoras têm duas opções: protocolar empreendimentos com 100% de unidades internas adaptáveis ou imóveis com 3% de unidades internas já adaptadas.
A unidade adaptável deve ser projetada de forma em que possa ser convertida futuramente em unidade acessível. Isso significa que é imprescindível que alterações de layout, dimensões internas ou quantidade de ambientes sejam possíveis de serem realizadas sem que a estrutura da edificação e instalações prediais sejam afetadas. Já as unidades adaptadas devem ser entregues seguindo parâmetros acessíveis em larguras de corredores (90 cm), portas (80 cm), banheiro (cadeirante deve entrar e sair de frente do cômodo, ou seja, é preciso proporcionar giro de 180° da cadeira de rodas), altura e distância máxima de interruptores (altura pode mudar de acordo com a necessidade - pessoas com nanismo e cadeirantes têm alturas diferentes, por exemplo), entre outras. Sinais visuais e sonoros também compõem unidades adaptadas para pessoas com deficiências visuais e auditivas. Os padrões de acessibilidade estão estabelecidos em norma da ABNT NBR 9050.
Carlos Borges, vice-presidente do Sindicato de Habitação de São Paulo (Secovi-SP), ressalta que será preciso mudar a forma como os profissionais e as empresas planejam os novos projetos. "Para conceber um empreendimento que possa ser adaptável, não é possível simplesmente pegar uma planta normal e depois fazer uma adaptação. É preciso pensar no projeto já com essa possibilidade. Seja na largura de corredores ou em instalações elétricas e hidráulicas. Todo o projeto tem que ser pensado como adaptável. É uma mudança de mindset", diz.
O Secovi-SP e especialistas no tema acreditam que a Lei retoma o conceito de desenho universal e fortalece a arquitetura pensada para as pessoas. "Acredito que a Lei será uma aula inclusiva para os arquitetos responsáveis por esses projetos. Precisamos voltar a pensar na qualidade da moradia, em edifícios construídos para seres humanos, que mudam com o tempo, envelhecem, adoecem, quebram uma perna ou recebem o pai idoso para morar com ele", acredita Silvana Cambiaghi, arquiteta e presidente da Comissão Permanente de Acessibilidade de São Paulo.
Cadeirante há 22 anos, Edson Alba passou pelo processo de pedir uma unidade adaptada antes da vigência do artigo. Seis meses antes da entrega do imóvel, ele pediu o aumento da largura das portas (de 70 cm para 90 cm) e a instalação de uma rampa entre a sacada e a entrada da sala, pois havia um degrau no ambiente. "Acredito que a vigência do artigo vem para somar. Ainda mais porque existe a tendência de construir imóveis cada vez menores. Neles, a adaptação é mais difícil e a Lei vai assegurar isso", acredita. Edson completa que a construtora não demonstrou resistência e todas as adaptações foram feitas sem custo adicional.
Pelo artigo 58, estão isentos imóveis com um dormitório e até 35 m² e imóveis de dois dormitórios com até 41 m².
Na prática. Luiz Antonio França, presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), diz que construtoras e incorporadoras estão preparadas para seguir a legislação a partir desta segunda-feira, 27. "Estamos falando de imóveis de médio e alto padrão, não existe dificuldade. E a legislação é clara e objetiva", diz.
A reportagem do Estado entrou em contato com incorporadoras da cidade de São Paulo e nenhuma aceitou falar sobre o tema. Apenas a Plano&Plano comentou o assunto.
"Como nossos empreendimentos são financiados pela Caixa Econômica Federal (são construções para o Minha Casa Minha Vida, por isso atendem ao artigo 32), já cumprimos esses requisitos. Nos últimos três anos, 100% dos empreendimentos seguem as normas", diz Renee Silveira, gerente da incorporadora.
Em dezembro de 2019, o Secovi-SP, a Abrainc e a Comissão Permanente de Acessibilidade de São Paulo com apoio de outras entidades do setor lançaram o Guia Prático de Acessibilidade em Unidades Residenciais. A cartilha traz detalhes sobre as exigências estabelecidas pelo artigo 58 e traz medidas e adaptações necessárias para os novos projetos. O guia está disponível gratuitamente no site do Secovi-SP.

COLABOROU ANNA BARBOSA, estagiária sob a supervisão do editor de Economia e Negócios, Alexandre Calais. 

Fonte  https://economia.estadao.com.br/blogs/radar-imobiliario/artigo-da-lei-de-acessibilidade-entra-em-vigor-e-garante-imoveis-acessiveis-para-pessoas-com-deficiencia/
Postado por Antônio Brito 

Anvisa decide simplificar acesso a medicamentos de canabidiol

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) simplificou a importação de medicamentos à base canabidiol. Em decisão tomada hoje (22) por sua diretoria, a agência reduziu a documentação necessária para requerer a importação do medicamento. Agora, basta a apresentação da prescrição médica do produto.
A reunião desta quarta-feira fez a revisão de uma norma de 2015, que define os critérios e procedimentos para a importação, em caráter excepcional, de produto à base de canabidiol. A norma define critérios de importação desse tipo de medicamento apenas para pessoa física. Os pedidos continuarão sendo feitos pelo portal de serviços do governo federal.
Outra mudança é a validade da prescrição junto com o cadastro, que passará a ser de dois anos. Com isso, a Anvisa espera uma redução no tempo de análise e liberação dos pedidos. A revisão definiu que a importação pode ser feita pelo responsável legal do paciente ou por seu procurador legalmente constituído.
Desde a Resolução de 2015, a Anvisa registrou aumento de 700% no número de pedidos para importação desses medicamentos. A média mensal saltou de 328 pedidos por mês em 2018 para mais de 900 em 2019. Medicamentos com base em canabidiol são usados para tratamento de doenças raras, graves ou que podem levar à morte.
Fonte  https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/agencia-brasil/2020/01/22/anvisa-decide-simplificar-acesso-a-medicamentos-de-canabidiol.htm
Postado por Antônio Brito