21/12/2019

Estudar música deixa as crianças mais atentas e menos ociosas


Estudar música deixa as crianças mais atentas e menos ociosas: Pesquisas      recentes      mostram  que  aprender  a    tocar um instrumento na infância melhora funções cerebrais ligadas a habilidades como memória, organização e controle das emoções.

Dar um instrumento musical na mão do seu filho ajuda a estimular o desenvolvimento neurológico dele. Estudar música melhora as funções executivas do cérebro, responsáveis por habilidades como memória, controle da atenção, organização e planejamento do futuro.

Especialistas constataram que o treinamento musical aumenta a espessura de uma área nobre do cérebro, o córtex, responsável também pelo controle das emoções. “O estudo dos instrumentos leva o ser humano ao nível mais complexo de concentração do cérebro, que é a atenção executiva. É preciso ter foco e disciplina para aprender a ler partituras e marcar o tempo”, explica a pesquisadora Elvira Souza Lima, especialista em neurociência e música.

A atividade pode começar a partir dos quatro anos, quando a criança já é capaz de fazer movimentos mais sutis com as mãos. “Esse aprendizado modifica fisicamente o cérebro, principalmente quando ocorre antes dos sete anos, e os ganhos se mantêm por toda a vida, mesmo que a criança pare de tocar o instrumento depois”, diz Elvira, frisando que o contato com  a música, ainda que apenas como ouvinte, tem um grande impacto no desenvolvimento humano e prepara o cérebro para executar diferentes tipos de funções.

Fonte  https://educacaoetransformacaooficial.blogspot.com/2019/12/estudar-musica-deixa-as-criancas-mais.html?m=1

Postado por Antônio Brito 

Prêmio Paralímpicos 2019 homenageia os melhores do ano no Paradesporto brasileiro

No final da noite desta terça (17), o Comitê Paralímpico Brasileiro realizou a cerimônia de entrega do Prêmio Paralímpicos. Os grandes vencedores da noite foram Beth Gomes, do arremesso de disco, e o velocista Petrúcio Ferreira. Eles foram escolhidos como melhores atletas do ano.

#DescriçãoDaImagem: Na foto está Petrúcio, um homem branco de cabelos pretos, ele está correndo e veste uma regata azul marinho escrito “Brasil”. Ele não tem parte do braço esquerdo. Fim da descrição. Foto: Divulgação/CPB

Beth Gomes teve um ano de 2019 especial, conquistando a medalha de ouro na prova de lançamento de disco tanto nos Jogos Parapan-Americanos de Lima como no Mundial de Atletismo em Dubai, oportunidade na qual bateu o recorde mundial da prova.

#DescriçãoDaImagem: Na foto está Beth Gomes, uma mulher branca, ela está com uma regata amarela escrito “Brasil” e está com expressão de esforço ao lançar um disco. Fim da descrição. Foto:  Daniel Zappe/CPB/Exemplus

Petrúcio também brilhou muito neste ano. No Parapan de Lima ele ficou com o ouro nas provas de 100m e 400m e prata no revezamento 4x100m. Além disso, no Mundial de Atletismo em Dubai ele ficou com a primeira posição nos 100m e nos 400m, além de bater o recorde mundial nos 100m e se tornar o atleta paralímpico mais rápido do mundo.

Atleta da Galera

Outro prêmio importante foi o concedido ao Atleta da Galera, categoria que é eleita por voto popular. Neste ano a honraria ficou com a judoca Alana Maldonado.

#DescriçãoDaImagem: Na foto está a judoca Alana Maldonado, ela está com um vestido longo na cor rosa claro, e segura dois troféus do Prêmio Paralímpicos. Ao fundo está um banner vermelho do evento. Fim da descrição. Foto: CPB/Divulgação.

Revelação do ano

Já o nadador Wendell Belarmino foi escolhido como a revelação do ano. O jovem participou em 2019 pela primeira vez de um Parapan e de um Mundial, conquistando o total de nove medalhas (quatro ouros e duas pratas em Lima e um ouro, uma prata e um bronze em Londres).

Relação de vencedores por modalidade do Prêmio Paralímpicos 2019

Atletismo – Petrúcio Ferreira
Basquete em CR – Vileide Almeida
Bocha – Maciel Santos
Canoagem – Luis Carlos Cardoso
Ciclismo – Lauro Chaman
Esgrima em CR – Jovane Guissone
Esportes de Neve – Cristian Ribera
Futebol de 5 – Raimundo Nonato
Futebol de 7 – Bira Magalhães
Goalball – Leomon Moreno
Halterofilismo – Mariana D’Andrea
Hipismo – Rodolpho Riskala
Judô – Meg Emmerich
Natação – Carol Santiago
Parabadminton – Vitor Tavares
Parataekwondo – Débora Menezes
Remo – Renê Pereira
Rúgbi em CR – Julio Braz
Tênis de Mesa – Paulo Salmin
Tênis em CR – Daniel Rodrigues
Tiro Esportivo – Alexandre Galgani
Tiro com arco – Jane Karla Gögel
Triatlo – Carlos Viana
Vôlei Sentado – Gilberto da Silva
Texto retirado da Agência Brasil
Fonte  https://deficienciaemfoco860798267.wordpress.com/2019/12/17/premio-paralimpicos-2019-homenageia-os-melhores-do-ano-no-paradesporto-brasileiro/
Postado por Antônio Brito 

Torcedor gremista que chamou atenção por estar na arquibancada de cadeira de rodas, já está dando os primeiros passos


#DescriçãoDaImagem: Foto divida em três partes, nas três aparecem Rivelino, um homem de pele branca que está em uma cadeira de rodas, em todas ele aparece com a camisa do Grêmio, nas cores, azul, preto e branco, e está em um estádio de futebol. Fim da descrição. Foto: Arquivo.

Em 2017 na final da Copa Libertadores da América, se enfrentaram Grêmio e Lanus da Argentina. Mas o que chamou atenção mesmo foi um torcedor na cadeira de rodas em meio a torcida gremista. Ele era Rivelino Justo, gaúcho de Torres, protagonizou uma verdadeira saga para ir até a Argentina e entrar no estádio para ver seu time campeão. Relembre aqui.
No entanto, aquela não era a única saga que Rivelino protagonizaria, pois como ele contou na entrevista anterior, o sonho dele era voltar a andar. E para isso, ele buscou fazer um tratamento em São Paulo por meio de neurotransmissores.

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Rivelino tem 41 anos e aos 35 viu sua vida mudar após ser atropelado. Ele estava com sua moto uma Hayabusa em Goiás quando um motorista fez uma conversão proibida e o atingiu. Em decorrência ao acidente ele teve uma lesão na vértebra T4 causando uma lesão completa e consequentemente a paraplegia.
 Mas em 2016, ele descobriu uma técnica que somente um médico no Brasil realizava que consistia na implementação de neuroestimulador na região do acidente, esse aparelho envia sinais elétricos através de eletrodos para o local da lesão. Originalmente essa prática é usada para auxiliar pessoas que usam cadeira de rodas na recuperação do controle do intestino e bexiga, mas em alguns casos ela pode auxiliar na recuperação de movimentos.

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Ao saber disso, Rivelino buscou uma consulta com o Dr. Nucélio Ramos “resolvi marcar uma consulta pra ver se eu tinha condições de fazer o tratamento. Ele analisou os exames e achou que eu podia fazer um implante de um neuroestimulador e com estímulos ficar em pé com a ajuda do andador.” Conta.
Porém, as batalhas de Rivelino iam muito além da cirurgia, pois para conseguir o tratamento, avaliado em mais de o tratamento, avaliado em mais de R$ 600 mil, ele teve que ingressar na justiça contra o seu plano de saúde. Em novembro de 2017 ele conseguiu nos tribunais o direito a realizar o tratamento.

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Em abril de 2019 ele se mudou para São Paulo para se preparar para a cirurgia, que ocorreu em julho. Segundo ele o procedimento foi um sucesso “fiz a cirurgia e foi realizada com bastante sucesso. E por três meses não pude fazer movimentos de torções, por exemplo, só depois do quinto mês eu poderia calçar o tênis sozinho, então tive que contratar uma cuidadora, eu dependia 100% de alguém.” Explica.
Passado esse período Rivelino começou uma série de treinamentos, fisioterapias e exercícios posturais, visto que a cirurgia impõe bastante restrições. “após três meses comecei os treinamentos para ficar em pé na barra paralela. Aí começou a batalha da fisioterapia para recuperar os movimentos, com a ajuda de uma órtese comecei a dar uns passos, com o andador passei a ganhar mais força”. Relata. Confira aqui.

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Todo esse esforço já vem tendo progressos importantes “recentemente eu consegui ficar em pé em um par de muletas, sou o primeiro paciente a ficar em pé de muletas, o próximo desafio é tentar trocar passos com elas. É muito difícil, mas não vou desistir.” E completa “estou realizado porque minha condição de vida melhora muito. Estou bem satisfeito.” Finaliza. Assista aqui.
Fonte  https://deficienciaemfoco860798267.wordpress.com/2019/12/12/torcedor-gremista-que-chamou-atencao-por-estar-na-arquibancada-de-cadeira-de-rodas-ja-esta-dando-os-primeiros-passos/
Postado por Antônio Brito 

Ativismo digital em prol da pessoa com deficiência, conheça Ivan Baron


#DescriçãoDaImagem: Na foto está Ivan, um jovem de pele branca, cabelos pretos. Ele usa óculos e está sorrindo. Está vestindo uma camiseta branca escrito “Lute como uma pessoa com deficiência”, e está fazendo um sinal de punho cerrado com a mão esquerda. Ao fundo está uma escada. Fim da descrição. Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação.

A internet é um mundo de possibilidades. É clichê, eu sei, mas é a melhor forma de representar a importância de acesso ao mundo digital por e para pessoas com deficiência. E foi pensando nisso que o Potiguar, Ivan Baron de 21 anos, que tem paralisia cerebral decidiu produzir conteúdo voltado para pessoas com deficiência no FacebookInstagram e YouTube.

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A militância


#DescriçãoDaImagem: Na foto está Ivan em uma atividade na rua, segurando um cartaz com a seguinte frase “Enquanto ele for exclusão, eu serei oposição”, junto estão ícones representando as pessoas com deficiência e a comunidade LGBT.” Fim da descrição. Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação.

Ivan conta que a militância começou com a necessidade de buscar representatividade “pois sempre via uma pessoa sem deficiência levantando as nossas bandeiras, e quando levantava. Mas como nosso próprio lema já diz “Nada sobre nós, sem nós” precisei buscar esse protagonismo. Só nós mesmo sabemos as nossas necessidades.” Conta.
A luta por um mundo inclusivo, exige que se rompa alguns paradigmas, e no caso da maioria de nós pessoas com deficiência, precisamos vencer a falta de acessibilidade e o capacitismo “falta de acessibilidade, os espaços não estão prontos para nos receber, o espaço é deficiente, e também tem a questão do preconceito, o capacitismo, te rotulam apenas pela deficiência e não como indivíduo. Temos que tomar isso como impulso para que nossa luta fique cada vez mais forte.” Explica, Ivan.

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Internet

A rede se tornou um espaço importante para aqueles que não tem espaço na grande mídia. E foi através da internet que Ivan leva conhecimento, reflexão e informação para pessoas com deficiência “através da internet podemos levar muito conhecimento para pessoas pouco esclarecidas sobre as deficiências. E também é uma forma de democratizar o conhecimento, pois muitos de nós não podemos ocupar alguns espaços. E na internet não, pois ela é o espaço para levar informação. É importante a gente ver uma Youtuber superfamosa e com deficiência.” Ele pontua também a questão da representatividade e autoestima “crianças que não se sentiram representadas ou coragem de gravar vídeos se sentem representados e levanta a autoestima”. Avalia.

#DescriçãoDaImagem: Na foto está Ivan, um jovem de pele branca, cabelos pretos. Ele usa óculos e está sorrindo. Está vestindo uma camiseta branca escrito “Deficiente é o seu preconceito”. Ao fundo está uma escada. Fim da descrição. Foto: Arquivo Pessoal / Divulgação.

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Brasil e sociedade inclusiva

Sempre frisamos que o nosso país tem uma das melhores legislações de amparo a pessoa com deficiência, no entanto, ainda falhamos na prática. De acordo com Ivan, é preciso que nós pessoas com deficiência tenhamos consciência e ocupemos os espaços “só vamos ter um Brasil inclusivo e acessível quando o próprio movimento da pessoa com deficiência se empoderarem e saberem que são pessoas com direitos e deveres. Serem mais ativos na política e entender que na política podemos garantir mais questões de cidadania. Fora dela só existe o autoritarismo.” Afirma.
Sobre a ideia de sociedade inclusiva, Ivan diz que ela só existira se houver diversidade “uma sociedade inclusiva só vai acontecer se tiver diversidade, e não é só diversidade sexual. É de cores, raças, corpos com e sem deficiência. Isso é diversidade. Para existir isso é preciso diálogo e pessoas comprometidas com a luta e não se abstenham em certas ocasiões. Obscurantismo não combina com uma sociedade inclusiva. Precisamos nos posicionar e lutar por nosso direito e não pela retirada dos mesmos.” Salienta.
Ivan também deixou um recado “vocês pessoas com e sem deficiência, continuem tendo a rebeldia de lutar por um mundo mais justo com menos desigualdade e mais diversidade e inclusão de grupos minoritários que historicamente foram renegados seus direitos. Rebeldia e luta, pois através dela é que vamos garantir a cidadania plena.” Finaliza.
Fonte  https://deficienciaemfoco860798267.wordpress.com/2019/12/19/ativismo-digital-em-prol-da-pessoa-com-deficiencia-conheca-ivan-baron/
Postado por Antônio Brito 

Primeira modelo com Síndrome de Down a desfilar nas passarelas do Brasil Fashion Week

O mês de Novembro está sendo um mês marcante na vida da modelo carioca Maju de Araújo! Ela, que foi a primeira modelo com Síndrome de Down, a estrear nas passarelas do Brasil Eco Fashion Week.  Ela que também irá desfilar no maior evento de moda de Brasília o Brasília Trends, no dia 30!!! Mas antes, no dia 28, ela brilhou no Desfile de lançamento "Moda para comer com os olhos", do estilista Guilherme Tavares, que teve a original ideia de transformar alimentos em alta costura, imprimindo um estilo exclusivo, inspirando artistas como Katy Perry e Lady Gaga que vestiram guloseimas e carne em suas aparições e vestindo artistas nacionais como Ana Furtado e Sthefany Brito! Maju desfilou um de seus originais modelos e claro, trazendo muito charme para esse lançamento! Maju formou-se como modelo profissional pelo conceituado curso School Models, no dia 20.
@majudearaujo
Ufa!!! Não há dúvidas de que esse mês está sendo um grande portal para o caminho de tantos outros sonhos que ainda serão realizados na vida da Maju, que ao longo dessa jornada nos conquistou e cativou com seu carisma, sua história, sua empatia e sua força de vontade! Mas calma que o mês ainda não acabou e os sonhos continuam mostrando-se reais para a modelo carioca! Muitas marcas a procuram como sua New Face! E quem não quer tê-la como símbolo de representatividade não é mesmo? 

Ela, que promove a campanha:
"Inclusão não é moda, inclusão é cidadania" já coleciona dezenas de milhares se seguidores e tem uma grande legião de fãs acompanhando sua história através do @majudearaujo!
@majudearaujo
E nessa viagem embarcamos juntos, torcendo e esperando para ver essa estrela continuar brilhando forte nas passarelas da vida! O mundo é seu Maju e seus sonhos são nossos sonhos também!
https://instagram.com/majudearaujo
Fonte  http://cartaodevisita.r7.com/conteudo/28227/primeira-modelo-com-s-ndrome-de-down-a-desfilar-nas-passarelas-do-brasil-fashion-week
Postado por Antônio Brito

São Paulo soma mais moradores de rua do que população de 457 cidades paulistas


Calçadas, ruas e praças são endereços fixos para cerca de 33.700 mil habitantes na capital paulista, segundo o Movimento Estadual de Moradores de Rua do Estado de São Paulo . Em quatro anos, a cidade mais que duplicou o número de pessoas vivendo em condição de pobreza absoluta, com vínculos interrompidos ou fragilizados com a família e sem habitação convencional regular.

Os dados do Movimento de Moradores de Rua tomam como base o número de pessoas cadastradas durante o atendimento feito pela organização. A quantidade de indivíduos nessas condições é superior à população total de 457 cidades do Estado.

O último censo, de 2015, contabilizou 15.905 mil pessoas vivendo nessas condições. A expectativa é que o próximo levantamento da Prefeitura seja liberado por volta de julho de 2020 pela Qualitest, empresa que venceu o processo de licitação.

Na cartografia da ‘ cidade ’ que dorme e amanhece sob o chão das ruas paulistanas , os migrantes representam 71% do total. A maior parte vem do interior e os demais de outros estados do Brasil, com maior concentração vinda do próprio Sudeste. Para o presidente do  Movimento Estadual de Moradores de Rua do Estado de São Paulo Robson Mendonça, falta oportunidade para que as pessoas em situação de rua mudem de vida.

Fonte  https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/sao-paulo-soma-mais-moradores-de-rua-do-que-populacao-de-457-cidades-paulistas/

Postado por Antônio Brito 


Dono da Havan critica obrigação de instalar piso tátil para cegos em loja


***ARQUIVO***BRASILIA, DF, 06.08.2019: O presidente Jair Bolsonaro, ao lado do vice presidente Hamilton Mourão, dos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Abraham Weintraub (Educação) e do empresário Luciano Hang, durante cerimônia de lançamento da ID Estudantil, no Palácio do Planalto. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O empresário Luciano Hang, dono da rede varejista Havan, publicou um vídeo em suas redes sociais na madrugada desta sexta-feira (20) em que critica a obrigação de ter de colocar piso tátil e de disponibilizar cadeira de rodas automática em loja na cidade de Chapecó (SC).

Em um vídeo de 16 minutos, que foi visualizado 520 mil vezes na página do empresário no Facebook, Hang critica a exigência, que chama de burocracia. A Havan inaugurou sua terceira loja na cidade nesta sexta.

"A prefeitura de Chapecó conseguiu ultrapassar o ridículo. Olha só essa loja linda, maravilhosa. Cheguei aqui na porta e coloca isso aqui", afirmou, mostrando o piso tátil à câmera.

Segundo ele, o piso "leva o nada ao lugar nenhum". Em um trecho, o empresário aponta para o piso e diz: "olha que coisa feia. É a única loja do Brasil com essa porcaria que não vale nada."

O piso forma um retângulo logo na entrada da unidade da Havan. Para Hang, "é como se um cego ficasse andando em voltas, para lá e para cá, para lá e para cá".

"Agora, o cego tenho certeza que vai vir com alguém ou se chegar aqui nós vamos dar atenção para eles. Não precisa botar aquele negócio para ele ficar que nem uma galinha tonta. É um absurdo."

O empresário ainda criticou a exigência da colocação de placas indicativas para vagas reservadas para idosos e pessoas com deficiência.

"Em qualquer lugar do mundo tem vagas para deficiente. Aqui, os populistas aranjaram vaga para deficiente e para idoso. E aqui, em Chapecó, conseguiram piorar. Olha só que absurdo (...). Tenho que colocar essas placas aqui ó, de 2,5 metros [para sinalizar as vagas] na frente da loja. Em qualquer lugar do mundo, você faz uma vaga para deficiente e coloca uma marcação no solo."

No vídeo e, posteriormente, à reportagem, Hang afirmou que a exigência do piso tátil em calçadas foi aprovada por influência de um vendedor de pisos que conheceu em Porto União, no Paraná.

"Inaugurei a minha loja de Porto União e lá o vendedor de piso tátil disse que ele e mais um professor da PUC-PR colocaram a lei. Um vendedor de piso conseguiu aprovar uma lei para que fosse obrigado colocar essa porcaria que não leva nada a lugar nenhum."

As declarações despertaram manifestações de apoio e de crítica à postura de Hang. Entre os críticos, estão pessoas com deficiência que disseram considerar as manifestações desrespeitosas.

À reportagem, Hang afirmou que suas lojas são acessíveis e que as críticas foram a exigências burocráticas.

"Não acho justo é obrigar um comerciante a comprar uma cadeira de rodas elétrica. É obrigatório em Chapecó. Sou contra piso tátil onde não tem necessidade de usar. As nossas lojas são as mais acessíveis do Brasil. Tenho 140 lojas e ninguém reclama delas. Essa, por exemplo [a unidade recém-inaugurada ], tem um andar só, tudo no nível da rua, com corredores de quatro metros."

Fonte  https://br.financas.yahoo.com/noticias/dono-da-havan-critica-obriga%C3%A7%C3%A3o-011400871.html

Postado por Antônio Brito 

20/12/2019

Caminhoneiros se tornaram protetores dos animais nas rodovias


 
Já foi o tempo que matar um animal silvestre e levar como troféu era motivo de orgulho. Hoje, orgulho é poder ajudar os mesmos.

Nós últimos tempos, os caminhoneiros ganharam um papel fundamental na proteção dos animais que vivem às margens das rodovias. 

Em vídeos gravados e publicados nas redes sociais, é possível ver motoristas disponibilizando água à tatus durante o período de seca e queimadas. 



Em outro vídeo, já dentro de uma fazenda, dois caminhoneiros laçaram um lobo guará que havia se abrigado debaixo da carreta para se proteger do sol forte. Mesmo com o risco de serem atacados, os motoristas deram água ao animal e o levaram para próximo à mata.


Ao se deparar com o bicho preguiça atravessando uma rodovia, um caminhoneiro parou seu veículo na pista e foi ajudar o animal a atravessar com segurança a rodovia.


Exemplos como esses, mostram a  importância da ajuda dos caminhoneiros na proteção desses animais. 

Fonte https://www.flogaoelite.com.br/2019/12/caminhoneiros-se-tornaram-protetores.html?m=1

Postado por Antônio Brito 

EM PERNAMBUCO, GRUPO DE MÃES GARANTE REGISTRO DE CRIANÇAS PELOS PAIS.

Marli Márcia da Silva criou a Associação Pernambucana de Mães solteiras nos anos 1990. O trabalho do grupo garantiu o reconhecimento paterno de mais de 50 mil crianças
Já fazia algum tempo que a pernambucana Marli Márcia da Silva — ou Marli Maravilha, como os amigos a conhecem — escutava diferentes versões de uma mesma história. Sempre que ela visitava as penitenciárias do seu estado natal, alguém se queixava da dificuldade de fazer constar, na certidão de nascimento dos filhos, o nome e o sobrenome do pai. A reclamação partia, com frequência, das mães das crianças, cujos companheiros (ou ex-companheiros) estavam presos. Era algo que ela já esperava. A surpresa surgiu quando alguns dos homens com que Marli conversava nos presídios começaram a reclamar de problema parecido: “Eles queriam reconhecer seus filhos, mas os cartórios diziam ser impossível. Pensei: ‘tem algo de muito errado aí’”, lembra ela. 

Marli — uma mulher de cabelos muito negros e fala calma — é coordenadora da Associação Pernambucana de Mães Solteiras (Apemas), uma organização criada por ela em 1991 para tratar de um tema que, no Brasil de então, pouco ou nada se falava: o não reconhecimento paterno. Ele ocorre quando o pai de uma criança se recusa a registrar o filho em seu nome. Não há dados oficiais sobre o problema, mas números do Censo Escolar de 2011 sugerem que é grande: naquele ano, 5,5 milhões de crianças no país não tinham o nome do pai na certidão de nascimento (no caso desse dado, há situações em que o pai de fato é desconhecido).

Marli despertou para a questão quando, uma semana depois do nascimento de seu único filho, o pai da criança sumiu: numa conversa ríspida, disse que o menino estaria seguro se ficasse aos cuidados dela, mas que ele próprio não tinha a intenção de assumir a paternidade. Mãe solteira, Marli acabou sendo expulsa de casa pela família: “A sociedade me culpou por esse abandono”, diz. “Criei a Apemas para que outras mulheres não tivessem que passar pelo mesmo que eu”.

A associação trabalha em diversas frentes: ao longo dos anos, pressionou por mudanças na legislação, de modo a facilitar o registro tardio das crianças. Com a ajuda de advogados voluntários, orienta mães sobre como cobrar o reconhecimento paterno, e chega mesmo a acompanhar alguns casos na justiça. O trabalho nas prisões começou em 2011, quando Marli e suas companheiras decidiram passar dias nas portas de presídios da região metropolitana do Recife: “A gente passava o dia abordando as mulheres que aguardavam para visitar os presos, para orientá-las. Foi um trabalho longo”. O esforço chegou a virar um filme, lançado em 2014. Nele, Marli mostra como, com alguma frequência, o não-reconhecimento parental se repete por gerações: muitos dos homens presos também não conheciam seus pais.

Foi ao exibir o documentário para os presos que Marli se deu conta do problema que até ali ignorava: o dos homens que tinham aceitado reconhecer suas crianças mas que, estando na prisão, não conseguiam. Em teoria, o processo deveria ser simples — bastaria uma procuração assinado pelo pai: “Mas eles me contavam que os cartórios se recusavam a fazer os registros. Exigiam que as mães voltassem com testes de DNA”, diz Marli. “Mas, oras, não é o cartório quem tem de pedir o exame de DNA. É o pai, no caso de ter dúvida quanto a paternidade”.

De tanto ouvir a história se repetir, Marli decidiu assumir a briga. Com a ajuda de voluntários, entrou nos presídios em busca de quem quisesse registrar os filhos. Os documentos que a Apemas preenchia eram levados aos cartórios de Pernambuco: “Eles resistiam a fazer o registro. Pediam mesmo o exame de DNA, CPF, uma série de documentos. Mas a gente insistia”. Ao final de uma semana de trabalho, em 2016, 489 crianças tinham sido registradas. Marli cita o número sem muita vaidade: “O que precisamos, agora, é pensar nas próximas campanhas”, diz, pragmática. “Tem ainda muita gente precisando de orientação”.
 


Números expressivos se repetem na história da Apemas. A associação calcula que, nos últimos 27 anos, participou do reconhecimento de paternidade de mais de 50 mil crianças. Sua atuação se confunde com o amadurecimento da discussão sobre não-reconhecimento paterno no Brasil. Apesar da ausência de dados oficiais a respeito, estimativas sugerem que o país ocupa lugar de destaque num ranking desconfortável: o dos países onde o não reconhecimento parental é mais frequente. A socióloga Ana Liése Thurler, da Universidade de Brasília (Unb), chegou a essa conclusão depois de analisar registros de cartório em todo o Brasil. Segundo seus números, 20% dos brasileiros nascidos em 2006 não foram reconhecidos por seus pais. É bem mais que o número estimado para o mesmo período na França, por exemplo: “Por lá, onde há estatísticas oficiais sobre a questão, a taxa é de 2% das crianças”, diz a professora. 

Os números indicam uma correlação entre o não reconhecimento paterno e a qualidade de vida da população. Segundo Ana Liese, quanto maior o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), menor o número de pais que se recusa a registrar seus filhos. As estatísticas também dão pistas sobre como foi formada a sociedade brasileira — nossas taxas de não-reconhecimento paterno altas, afirma a pesquisadora, são resultado de uma cultura que ainda entende a criação dos filhos como responsabilidade exclusiva da mãe: “Se o homem não quiser mesmo reconhecer a criança, vai tomando medidas protelatórias e não reconhece. Há uma desigualdade entre o tratamento dado ao reconhecimento da paternidade e à maternidade, que ainda é compulsória em nosso país”, afirma.

Nas últimas décadas, o quadro — ainda que grave — parece ter melhorado. Apenas na cidade de São Paulo, segundo dados da Associação dos Registradores Naturais do Estado (Arpen- SP), o número de certidões de nascimento sem o nome do pai caiu nos últimos anos: de quase 13 mil em 2015 para 333 em 2017.  Em parte, esse progresso ocorreu graças a mudanças estimuladas por Marli: em 2007, a Apemas conseguiu que fosse instituída a gratuidade do registro tardio de paternidade em Pernambuco. Antes disso, os cartórios cobravam mais de R$100,00 pelo documento. Em 2010, o Conselho Nacional de Justiça expandiu a política para todo o país. 

Mas o caminho de Marli foi tortuoso. Em 1991, depois de ser expulsa de casa com o filho nos braços, Marli peregrinou pela periferia do Recife, se revezando nas casas de amigos que concordavam em abrigá-la. Levava consigo a roupa do corpo e uma sacola de fraldas. Na época, chegou a cogitar o suicídio: “Eu me lembro de rezar para que meu filho morresse. Porque, assim, eu poderia morrer também”.

Acabou se estabelecendo no bairro de Torrões, onde abriu um bar com a irmã: “Ali, eu percebi que havia várias outras mulheres na mesma situação que eu. Decidi que precisava reuní-las”, diz Marli. “Eu ainda não sabia bem para que, mas precisava.” 

Ninguém gostou da ideia. Abandonadas por seus companheiros, as mulheres da vizinhança não queriam falar sobre seus problemas e dores. Tampouco queriam que os nomes daqueles homens constassem no registro de nascimento de suas crianças: “Além disso, algumas pessoas diziam que éramos prostitutas. Que íamos nos reunir para fazer zona”, diz Marli. 

Foram necessários meses de insistência até as mães aceitarem se encontrar. As crianças sem pai conhecido, dizia Marli, são tão perseguidas quanto suas mães. Sofrem com o preconceito na escola. Além disso, uma vez reconhecida a paternidade, é possível requerer o pagamento de pensão alimentícia: “Eu tive de convencê-las de que o reconhecimento da paternidade não deveria ser uma escolha delas. Porque era um direito das crianças”, conta. 

Marli compreendia bem a resistência daquelas mulheres porque partilhava dos mesmos sentimentos. Ela própria demorou a se convencer de que seu filho deveria ter o nome do pai no registro de nascimento. Na certidão da criança, esse campo continuou em branco até que o menino completar 4 anos.

As primeiras reuniões da Apemas aconteceram num clube de dominó – uma sala comprida e apertada, onde o grupo dividia espaço com os homens que jogavam: “A gente tinha que falar baixinho. Por que discutia problemas pessoais”, conta ela. 

Hoje, a associação tem 12 diretoras – contando com Marli. E outras oito voluntárias recorrentes: “O engraçado é que a maioria delas não foi mãe solteira, mas se identificou com a causa”, diz. Seus esforços tornaram a Apemas uma referência em Pernambuco. Ao ponto de, a partir deste ano, o estado celebrar o dia da paternidade responsável no 1 de outubro: “Justo na data em que a Apemas foi criada”, conta Marli, agora sim, sem disfarçar o orgulho. 

O trabalho da Apemas ajudou a mudar a vida de milhares de crianças, e fez o mesmo pela vida da própria Marli. Hoje, já com quase 60 anos, ela demonstra disposição férrea para continuar o trabalho que iniciou há quase três décadas  —  acorda todos os dias antes das 5 da manhã e só volta para casa depois de o sol se pôr. Além do trabalho na Apemas, cursa  o sétimo período da faculdade de direito. O “maravilha” do apelido, que citamos ali no início da matéria, ela carrega desde que nasceu: “Minha mãe é que me chamava assim, quando eu era criança. Por que ela dizia que eu era a maravilha dela”, conta. A alcunha pegou. E não há quem discorde. Na página de Facebook da Apemas, um comentário resume bem a opinião de quem conhece Marli: “Fiquem atentos - a verdadeira mulher maravilha é negra”.

FOTOS: Fundo Brasil e arquivo pessoal

Jovem com deficiência auditiva pinta obra de arte no muro da escola

Aluno da Escola Astrogildo encantou os professores com o resultado do trabalho.


Wellington Prado
Entre os formandos do terceirão da Escola Astrogildo, de Barra Velha, um dos alunos ficará marcado não só na memória dos professores, mas nos muros da principal escola da cidade. Wellington Prado, de 17 anos, fez da sua deficiência auditiva um motivo a mais para se superar. Com o pincel na mão, ele criou obras de arte nos muros da escola que chamaram atenção dos alunos e professores.
A técnica apurada do rapaz já era notada pela professora de artes Elisangela Pohl Tomko. Wellington exibe um portfólio de desenhos que é de causar inveja. Segundo a professora, a ideia de revitalizar espaços da escola já vem sendo implantada há algum tempo, e contar com o talento de Wellington engrandeceu ainda mais o projeto.


Painéis dão um colorido especial no interior da escola
O aluno desenhou e pintou três painéis, além de fazer o alfabeto em libras. Traços precisos, cores chamativas e muita história por trás de cada pincelada. Com a ajuda de uma professora auxiliar para traduzir a lingua de sinais, Wellington conversou com a reportagem. Ele conta que se sente realizado em proporcionar esse colorido para a escola, mas destaca um ponto principal:

– Era gratificante ver as crianças se preocupando comigo, trazendo água. E hoje vejo elas paradas em frente ao desenho querendo aprender a língua dos sinais, contou.
A LUTA PELA INCLUSÃO


Criança observa painel e aprende a língua de sinais
O recém-formado agora pensa no seu futuro e uma coisa já está decidida: continuar com a arte. Aos 17 anos, Wellington carrega com ele a vontade de querer mais. Vencer mais. Aprender mais. Recentemente tem participado de eventos em prol do movimento surdo em Santa Catarina e quer de alguma forma contribuir com aqueles que passam pelas mesmas dificuldades.

A história do aluno chamou atenção da gestora da escola, a Professora Renata Borba. “As pessoas precisavam conhecer a trajetória desse aluno. Não poderia deixar a passagem dele por aqui se encerrar de qualquer forma,” disse. Renata também destacou a importante participação da profissional de artes, Elisangela, e a professora auxiliar Ana Paula no desenvolvimento escolar do aluno.