
O Brasil inicia a disputa do Mundial de Natação Paralímpica de Singapura na noite deste sábado, 20, no horário de Brasília, manhã de domingo, 21, em Singapura. Esta será a primeira vez que o campeonato, em sua 12ª edição, será disputado na Ásia e também o primeiro Mundial da modalidade dentro do ciclo dos Jogos Paralímpicos de Los Angeles 2028.
A competição contará com mais de 580 atletas e será disputada até o dia 27 de setembro.
A Seleção Brasileira é formada por 29 atletas, 16 homens e 13 mulheres, oriundos de sete estados brasileiros (MG, RJ, PA, PE, PR, SC e SP).
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A expectativa da comissão técnica brasileira é de uma disputa acirrada, com as principais forças da modalidade representadas por seus atletas mais competitivos. O cenário desafia nadadores brasileiros invictos em ao menos uma prova em mais de um Mundial a manter sua hegemonia no evento. No grupo estão o mineiro Gabriel Araújo, a pernambucana Carol Santiago, os paulistas Gabriel Bandeira e Samuel Oliveira e a fluminense Mariana Gesteira.
“Nossa expectativa de um grande e forte mundial foi confirmada. Diferentemente de edições anteriores logo após Jogos Paralímpicos em que a competição esteve mais esvaziada, Singapura vai receber os principais atletas das principais potências do mundo”, afirmou Felipe Silva, treinador chefe da Seleção Brasileira.
Para Felipe, apesar do desafio, a Seleção chega forte e bem preparada, após uma aclimatação que começou com mais de dez dias de antecedência, para que os atletas se acostumassem com um fuso horário com 11 horas de diferença em relação à Brasília. “O Brasil sempre será referência. Nossa seleção está bem preparada , bem aclimatada e acredito em uma grande competição para o Brasil. Nossos nadadores estão muito bem . Apesar de este ser um ano logo após os Jogos, os atletas entenderam a necessidade de estar em fisicamente o tempo todo”, completou.
O país chega à Singapura embalado por duas campanhas históricas em Mundiais da modalidade, na Ilha da Madeira (Portugal), em 2022, e em Manchester (Reino Unido), em 2023.
O melhor resultado da história veio em Portugal, onde o Brasil conquistou 53 medalhas, 19 de ouro, 10 de prata e 24 de bronze. Com isso, ficou na terceira colocação do quadro de medalhas do evento, somente atrás de Estados Unidos e Itália. A China, candidata a figurar no alto da lista, não participou da edição daquele ano.
Em Manchester 2023, em disputa que contou com a participação da China, o país subiu 46 vezes ao pódio, conquistando 16 medalhas de ouro, 11 de prata e 19 de bronze. Com isso, ficou na quarta colocação no quadro de medalhas, atrás de italianos, ucranianos e chineses. O resultado em piscinas inglesas foi o terceiro melhor para o Brasil nos 11 Mundiais já disputados. Além da edição portuguesa de 2022, Manchester 2023 só não foi melhor por conta do número de ouros do que Cidade do México 2017, edição que esteve com um contingente menor de países participantes em razão de terremoto que obrigou o adiamento do evento. na ocasião, o país obteve 36 pódios, com 18 ouros, 9 pratas e 9 bronzes.
Invictos
O mineiro e bicampeão paralímpico
Gabriel Araújo nunca obteve uma medalha em Mundiais que não fosse de
ouro. Foram três na Ilha da Madeira, em 2022, e três em Manchester 2023.
Em Singapura, o atleta irá repetir o trio de provas nas quais se
consagrou, os 50m costas, 100m costas e 200m livre da classe S2
(comprometimento físico-motor).
“Eu gosto deste peso a mais [de defender o título]. Aumenta a responsabilidade, mas levo mais para o lado da motivação. Com a experiência a gente chega mais maduro, mais atento a tudo, sabendo o que pode acontecer. Tento manter sempre um nível muito alto de trabalho. E, caso não esteja em um bom dia, sei também o que devo fazer para vencer”, afirmou.
Carol Santiago, da classe S12 (baixa visão), é a maior campeã paralímpica da história do Brasil, com seis ouros conquistados em Tóquio 2020 e Paris 2024. A nadadora também é a maior medalhista em mundiais da delegação brasileira, com 19 pódios (13 ouros, quatro pratas e dois bronzes).
Em Singapura, a atleta fará um programa de provas menor do que o habitual, com três disputas individuais. Irá testar sua invencibilidade nos 50m livre e nos 100m livre, provas nas quais já é tricampeã mundial (Londres 2019, Ilha da Madeira 2022 e Manchester 2023). Além disso, estreia na competição com os 100m costas no dia 21, prova da qual foi prata em 2019 e depois ouro por duas vezes consecutivas (2022 e 2023).
“Estou empolgada. A ideia é ir até Los Angeles 2028 para buscar um recorde mundial e este campeonato vai ser um belo termômetro para saber como estou. Os mundiais são as competições mais importantes até lá e não gosto de subir no bloco se não for para fazer o meu melhor”, afirmou.
Outros três atletas que buscarão o tricampeonato estarão em Singapura em busca de retomar o topo do pódio após serem superados nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
Gabriel Bandeira, da classe S14 (deficiência intelectual) buscará chegar ao tricampeonato nos 100m borboleta, prova que venceu nos dois Mundiais que disputou, mas na qual terminou com a medalha de bronze em Paris.
Situação semelhante vive a fluminense Mariana Gesteira, radicada em Vitória (SC). A atleta buscará repetir o ouro nos 50m livre da classe S9 (comprometimento físico-motor) que obteve nos Mundiais de Portugal e Reino Unido após terminar a mesma prova na terceira colocação nos Jogos Paralímpicos do ano passado.
Já o paulista Samuel Oliveira, da classe S5 (comprometimento físico-motor), que realizou uma prova histórica em Manchester 2023 nos 50m borboleta, deixando para trás o trio de chineses que são seus principais adversários em sua classe. O nadador, porém, ficou na quarta colocação no encontro seguinte, nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024.
Serão três campeões dos Jogos Paralímpicos de Paris em Singapura. Além de Carol e Gabrielzinho, o Brasil ainda conta com o catarinense Talisson Glock, da classe S6 (comprometimento físico-motor), ouro nos 400m livre, prata nos 100m livre e bronze nos 200m medley e no revezamento 4x50m livre 20 pontos no megaevento.
Outro destaque do evento será a participação da fluminense Lídia Cruz, da classe S4 (comprometimento físico-motor). O programa da atleta conta com seis disputas individuais: 50m peito, 100m livre, 150m medley , 50m costas, 50m livre e 200m livre. Além disso, a atleta ainda é presença constante na equipe do revezamento 20 pontos brasileira, que irá competir nas provas dos 4x50m livre e 4x50m medley. Com isso.
Além de atletas experientes , a Seleção Brasileira ainda contará com cinco atletas que estarão em um Mundial de natação paralímpica pela primeira vez: os paulistas Beatriz Flausino (S14, deficiência intelectual), Victor Almeida (S9, comprometimento físico-motor) e Alessandra Oliveira (S5, comprometimento físico-motor) o mineiro Arthur Xavier (S14); e a catarinense Mayara Petzold (S6, comprometimento físico-motor).
Patrocínio
As Loterias Caixa e a Caixa são as patrocinadoras oficiais da natação.
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
Os
atletas Gabriel Araújo, Talisson Glock, Arthur Xavier, Mariana Gesteira,
Mayara Petzold, Samuel Oliveira e Gabriel Bandeira são integrantes do
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio
individual da Loterias Caixa e da Caixa que beneficia 148 atletas.
Time São Paulo
Os atletas Victor Almeida,
Talisson Glock, Lídia Vieira da Cruz e Alessandra Oliveira integram o
Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos
Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 154
atletas.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
Fonte https://cpb.org.br/noticias/singapura-2025-brasil-busca-manter-invencibilidades-em-disputa-com-principais-nadadores-do-mundo/
Postado Pôr Antônio Brito
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