27/02/2021

Jogadoras de vôlei sentado se dividem entre treinos com a Seleção e profissão fora das quadras

Nathalie dá aulas de natação e está na Seleção desde 2006. Foto: Washington Alves/EXEMPLUS/CPB

A Seleção Brasileira feminina de vôlei sentado está no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, para a segunda fase de treinos do ano, que vai até o próximo dia 28 de fevereiro. 

Ao todo, nove atletas estão reunidas neste período e, para algumas, ser convocada requer planejamento e readequação de agenda uma vez que têm de conciliar a carreira no esporte com outra profissão fora das quadras. É o caso das atletas Jani Freitas, que é fisioterapeuta, e Nathalie Filomena, professora de natação.  

Formada em Fisioterapia desde 2015, Jani Freitas atende seus pacientes de forma particular e já trabalhou em clínicas. A jogadora precisa conciliar os treinos, fases de treinamento, com os pacientes nas sessões de fisioterapia.  

“Eu sempre converso com os meus pacientes antes, explico que sou atleta e que precisarei me ausentar em alguns momentos, como para as fases de treinamento. Deixo agendado exercícios para que o tratamento não seja interrompido durante a minha ausência”, conta Jani, que perdeu parte da perna esquerda, acima do joelho, após ser atropelada por uma carreta em 2006.  

Já Nathalie Filomena, que tem paralisia no braço esquerdo, está na Seleção desde 2006 e, há dez anos, concluiu a graduação em Educação Física. “Conciliar a faculdade e a rotina de atleta de alto rendimento foi difícil, mas os professores foram compreensíveis e me davam prazos maiores quando tinha fases de treinamento, por exemplo”, recorda.  

Atualmente, Nathalie trabalha dando aulas de natação na Prefeitura de Suzano, cidade em que reside, e em alguns projetos sociais. “A natação é minha segunda modalidade do coração. Tive a oportunidade de fazer estágio na natação durante a faculdade e me apaixonei. Quando sou convocada, sou liberada e um professor substituto fica no meu lugar”, conta.  

Ambas são medalhistas de bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, melhor resultado brasileiro em Jogos da modalidade, e vice-campeãs parapan-americanas em Lima 2019. Com a prata na capital peruana, o Brasil está classificado para os Jogos Paralímpicos de Tóquio.  

Fonte: Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Postado por Antônio Brito 

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