Cenoura e tomate estão entre os produtos que tiveram maiores recuos, enquanto cebola teve uma das maiores altas. (Foto: Luiz Costa/SMCS) |
Apesar de ter registrado deflação, a Região Metropolitana do Recife (RMR) apresentou o maior resultado na inflação em maio entre as 16 áreas pesquisadas pelo IBGE. A variação negativa entre abril e maio foi de 0,18%, enquanto a média nacional apresentou recuo de 0,38%. No acumulado do ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) na RMR teve variação positiva de 0,61%, a terceira maior, atrás apenas de Aracaju (1,11%) e Fortaleza (0,64%). Neste comparativo, no Brasil houve uma retração de 0,16%. O acumulado dos últimos 12 meses foi o único resultado que a RMR teve inflação abaixo da média nacional, de 1,67% contra 1,88%, mas ainda assim com variação positiva.
Na variação mensal, entre abril e maio, entre os grupos de produtos e serviços, a maior alta no IPCA foi no setor de artigos de residência, de 1,18%, seguida de alimentação e bebidas, com 0,73%. Comunicação teve um leve aumento, de 0,11%. Os outros seis setores apresentaram queda e ajudaram a puxar a inflação para baixo, com destaque para transporte, com recuo de 1,47%, seguido de habitação (-0,60%) e vestuário (-0,44%).
Entre os produtos, os que tiveram as maiores quedas foram as passagens aéreas, com recuo de 25,05%, além de cenoura (-21,47%) e tomate (-14,15%). Combustíveis como óleo diesel e etanol apresentaram índices negativos de 7,38% e 7,05%, respectivamente, quedas maiores do que na gasolina. Mas a alta nos preços da cebola (31,31%) e do automóvel novo (1,86%), além de uma queda menos intensa no valor da gasolina (-3,59%), foram fatores que levaram a uma retração menos acentuada na inflação na Região Metropolitana do Recife. Além disso, o transporte por aplicativo (9,16%), batata inglesa (9,14%) e alho (8,92%) também tiveram acréscimos significativos.
Brasil
Na média nacional, dos nove grupos e serviços pesquisados, cinco tiveram queda em maio. O maior impacto foi nos transportes que passou de recuo de 2,66% em abril para 1,90% em maio. Outros destaques foram em vestuário (-0,58%) e habitação (-0,25%). Já no sentido contrário, apresentaram altas artigos de residência (0,58%). Alimentação e bebidas teve acréscimo de 0,24%, mas apresentação desaceleração sobre a variação de 1,79% em abril.
Entre as localidades pesquisadas, Belo Horizonte apresentou o menor índice, com queda de 0,60%. O resultado foi impulsionado pelo recuo nos preços da gasolina (-6,61%) e das passagens aéreas (-28,14%). Campo Grande e Curitiba, com queda de 0,57%, ficaram em segundo na lista. Já entre os piores resultados, além do Recife, com recuo de 0,18%, São Luis (-0,22%) e Goiânia (-0,25%) também apresentaram deflação, mas de forma menos intensa.
Fonte https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/economia/2020/06/inflacao-da-regiao-metropolitana-recife-tem-pior-resultado-do-brasil.html
Postado por Antônio Brito
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