07/08/2025

Onde estão as Pessoas com Deficiência?

 O artigo discute a dificuldade de obter dados precisos sobre PCDs no Brasil. Autores apontam falhas em censos do IBGE e prefeituras, como a de Recife e São Paulo, destacando a disparidade de dados e o problema da falta de cruzamento de bancos de dados governamentais para a formulação de políticas públicas efetivas.

Onde estão as Pessoas com Deficiência?

Não é de hoje que buscar informações colhidas pelo poder público sobre Pessoas com Deficiência é um grande desafio. E como lutar pela criação de Políticas Públicas eficientes sem saber quem são e onde estão as Pessoas com Deficiência?

Ou as informações não são colhidas (questões de custos ou falta de interesse?), não estão organizadas para que haja uma estatística com cruzamento de banco de dados ou simplesmente não são de acesso público.

Em 2011 foi promulgada a Lei de Acesso à Informação – Lei Federal n° 12.527/2011. Ocorre que sem bancos de dados digitalizados fica difícil um Departamento Governamental emitir relatórios. Com a modernização dados começaram a ser armazenados por meio de sistemas, ocorre que praticamente não há cruzamento de dados entre esses sistemas. Essa é uma problemática tanto da esfera Municipal, quanto Estadual e Federal.

Buscando informações estatísticas. Para buscar uma informação básica como quantidade de Pessoas com Deficiência em Recife/PE foi necessário entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde que possui Departamento específico para a Pessoa com Deficiência. O sistema de informações é o e-sus (a Pessoa com Deficiência faz o cadastro junto com o agente de saúde). Enquanto pelo e-sus, em Recife, a quantidade de Pessoas com Deficiência cadastradas é de aproximadamente 23 mil pessoas, pelo Censo do IBGE de 2010 há 1.693.481 Pessoas com Deficiência declaradas no Município. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pe/recife/pesquisa/23/23612

Ressaltando que, de acordo com o referido Departamento, os critérios são bem diferenciados. A Prefeitura de Recife conta também com os números da Secretaria de Assistência Social (Pessoas com Deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada), número esse perto de 35 mil. Como crítica que fazemos à colheita de dados do IBGE, além de ser feita por amostragem, a classificação dos tipos de deficiência é lamentável. Temos as categorias: auditiva; deficiência mental/intelectual; motora; e visual (o que somadas contam com o número 587.231). E a categoria “com nenhuma dessas deficiências” conta com o número de 1.106.250 pessoas. Ou seja, o IBGE não consegue identificar que tipos de deficiência mais de 1 milhão de pessoas residentes em Recife possuem, o que demonstra imensa falha na elaboração das categorias.

Em São Paulo a dificuldade foi a mesma, os dados encontrados no portal da Prefeitura http://basededados.sedpcd.sp.gov.br/dadoscensitarios.php são os constantes no censo 2010 do IBGE.

No âmbito Federal, para dar publicidade de dados estatísticos relevantes no que diz respeito à violência no Brasil, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, desenvolveu o Atlas da Violência, que é publicado anualmente desde 2016, e recentemente tivemos a publicação do ano de 2020, mas infelizmente o material não serve como fonte de pesquisa para quem deseja entender especificamente a violência sofrida pela Pessoa com Deficiência, pois não distinguem em seus números os casos nos quais a Pessoa com Deficiência é vítima. https://www.ipea.gov.br/atlasviolencia/download/24/atlas-da-violencia-2020

Censo Municipal. Em São Paulo foi promulgada a Lei Municipal n° 15.096/2009 que dispõe sobre o Programa Censo-Inclusão, que se trata do levantamento de informações para a identificação e mapeamento do perfil socioeconômico das Pessoas com Deficiência ou mobilidade reduzida no Município. O resultado do mapeamento iria gerar o Cadastro-Inclusão, que conteria informações para contribuição com a qualificação, quantificação e localização das Pessoas com Deficiência ou mobilidade reduzida, informações como tipos e graus de deficiências encontradas. O cadastro deveria estar disponibilizado no site da Prefeitura do Município de São Paulo, entretanto encontramos apenas o anúncio do Programa. https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/pessoa_com_deficiencia/noticias/?p=39059

No Município de Mogi das Cruzes/SP há, também, legislação específica e há a página para o Censo-Inclusão, mas sem conteúdo de relatórios. http://www.mogidascruzes.sp.gov.br/pagina/coordenadoria-da-pessoa-com-deficiencia/censo-inclusao

Em 2018 Vitória/ES também aprovou o CensoInclusão http://www.cmv.es.gov.br/controladoria/noticia/ler/8921/vitria-avana-na-incluso-das-pessoas-com-deficncia, mas consta no portal da prefeitura apenas a notícia de 2009 de criação da CMGE (Comissão Municipal de Geografia e Estatística), que funciona como um “canal de comunicação entre o IBGE e a sociedade”. https://www.vitoria.es.gov.br/noticia/vitoria-implanta-comissao-municipal-para-iniciar-censo-2010-1206

Cid Torquato Júnior, que foi Secretário Municipal da Pessoa com Deficiência de São Paulo na última gestão, explica que “A Lei Municipal sobre o Censo faz pouco sentido pois é muito caro fazer um Censo como deve ser feito na esfera Municipal. A tentativa que houve na Prefeitura de São Paulo custou mais de 4 milhões de reais, atingiu pouca gente e teve um resultado pífio pois não trouxe os dados a que se propunha.”

Esclarece, ainda, que se tentou outra estratégia. “Na minha gestão encontramos outro caminho, uma forma mais inteligente de se fazer algo próximo de um Censo Municipal. Fazer o cruzamento dos bancos de dados das várias Secretarias, encontrar o usuário do serviço público. Para isso foi criado o Observatório da Pessoa com Deficiência do Município de São Paulo”.

Cid Torquato questiona a legalidade do Censo Municipal: “Com relação ao cadastro em si há questionamentos jurídicos sobre a legalidade por conta da privacidade da pessoa. Embora haja uma lei sobre isso o tema tem que ser passível de discussão”.

Podemos concluir que é com mobilização que mudamos essa realidade que, inclusive, foi tema da primeira reunião do Movimento Todos pela Acessibilidade, coletivo apartidário de lideranças na articulação das Políticas Públicas em prol dos Direitos das Pessoas com Deficiência. Vamos trocar experiências? Compartilhe conosco se na sua cidade os dados estatísticos das Pessoas com Deficiência são acessíveis!

o Hegle Machado Zalewska – Advocacy; Comunicadora; Desenvolvedora de Projetos; Produtora de Conteúdo de Políticas Públicas; Advogada Especializada em Direito Digital. e-mail: heglemz@yahoo.com.br

Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=6cbbb342-d3f5-4b37-9b2f-90f5098c1d25

Postado Pôr Antônio Brito 

06/08/2025

Projeto de Iniciação ao Esporte Adaptado IV da ADD desperta interesse pela prática paradesportiva em crianças e jovens

Projeto de Iniciação ao Esporte Adaptado IV da ADD desperta interesse pela prática paradesportiva em crianças e jovens

Projeto busca, além de introduzir o esporte, desenvolver as habilidades físicas e emocionais dos participantes

A ADD – Associação Desportiva para Deficientes – dá sequência ao programa de Iniciação ao Esporte Adaptado com o “Projeto de Iniciação ao Esporte Adaptado Ano IV”. O programa, realizado a partir da Lei n.º 11.438/06 – Lei de Incentivo ao Esporte, tem como objetivo oferecer atividades que proporcionem o desenvolvimento de habilidades sociais e esportivas para crianças, adolescentes e jovens adultos com deficiência física e intelectual.

“Dar continuidade ao Projeto de Iniciação ao Esporte Adaptado é motivo de grande orgulho para todos nós da ADD. Sabemos o quanto o esporte é uma ferramenta poderosa de inclusão, desenvolvimento e conquista de autonomia. Por meio da Lei de Incentivo ao Esporte, conseguimos ampliar nosso alcance e oferecer, de forma gratuita e qualificada, atividades que estimulam não apenas as habilidades físicas e esportivas, mas também o convívio social e a autoestima de crianças, adolescentes e jovens adultos com deficiência. Seguimos firmes no nosso propósito de transformar vidas por meio do esporte”, declara Eliane Miada, Fundadora e Presidente do Conselho da ADD.

Muito mais do que a aprendizagem das modalidades do paradesporto, o projeto promove o desenvolvimento físico, social, psicológico e cultural de crianças, adolescentes e jovens com deficiência física, intelectual ou visual, com idades entre 6 e 29 anos, de ambos os sexos, por meio da prática esportiva, residentes na cidade de São Paulo e Grande São Paulo. 

O projeto prevê o atendimento de 160 participantes que realizam atividades nos contraturnos escolares e aos sábados no Centro Paraolímpico de São Paulo e no Sírio-Libanês. Além disso, no mínimo 80% dos estudantes da rede pública de ensino serão selecionados, registrados e incentivados a participarem regularmente das atividades.

Todas as atividades e ações são realizadas por profissionais habilitados na área de Educação Física e Esporte, com experiência no atendimento da pessoa com deficiência, a fim de garantir um acompanhamento qualificado, seguro e adequado às necessidades de cada participante. Os esportes oferecidos são: atletismo, futebol, basquete em cadeira de rodas, ginástica, bocha e tênis de mesa.

O projeto pretende levar como resultado o auxílio no desenvolvimento físico, educacional e psicossocial dos participantes com deficiência associado à prática de esporte adaptado de forma educacional, em modalidades específicas ou diversificadas, além da melhoria na percepção da inclusão social por meio de participação de atividades de apropriação de espaços públicos e eventos culturais, e promover avanços no nível de independência e autonomia dos participantes matriculados no projeto.

O ADD Programa de Iniciação ao Esporte Ano IV, é um projeto realizado com apoio da Lei n.º 11.438/06 – Lei de Incentivo ao Esporte desde 2017, e é patrocinado por Itaú, IBM, Bank of America, B3, Facchini, Grupo Wiz, Grupo ELA, BD e Montana.

Sobre a ADD

A Associação Desportiva para Deficientes (ADD), fundada em 1996 por Steven Dubner e Eliane Miada, promove a melhoria da qualidade de vida de pessoas com deficiência por meio do esporte, desde a iniciação até o alto rendimento. Entre suas principais modalidades estão o atletismo, basquete em cadeira de rodas (com a equipe multicampeã ADD Magic Hands), bocha paralímpica e vôlei sentado. Com quase três décadas de atuação, a ADD já atendeu mais de 14 mil pessoas, conta com cerca de 300 voluntários por ano, realizou mais de 5 mil palestras e impactou cerca de 2 milhões de pessoas com seus programas.

Fonte https://diariopcd.com.br/projeto-de-iniciacao-ao-esporte-adaptado-iv-da-add-desperta-interesse-pela-pratica-paradesportiva-em-criancas-e-jovens/

Postado Pôr Antônio Brito 

Laudo ou Sentença? Quando a deficiência vai a julgamento e o CNJ tenta escrever novas regras para o que nunca foi só papel

 

Laudo ou Sentença? Quando a deficiência vai a julgamento e o CNJ tenta escrever novas regras para o que nunca foi só papel OPINIÃO - * Por Jairo Varella Bianeck

OPINIÃO

  • Por Jairo Varella Bianeck

Quando o direito à dignidade passa por um laudo

O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é, para milhões de brasileiros, a única renda possível diante da exclusão e da pobreza. Previsto no art. 203, inciso V, da Constituição Federal, o benefício garante um salário mínimo a idosos e pessoas com deficiência que não conseguem se sustentar. Mas até que o direito vire realidade, há um caminho tortuoso — técnico, lento e muitas vezes desigual. Para mudar isso, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou, em 2025, a Resolução nº 630. A norma cria um modelo único de avaliação biopsicossocial da deficiência, que todos os tribunais do país deverão adotar a partir de 2026. A proposta soa promissora: justiça com critérios iguais para todos. Mas, como quase tudo no sistema brasileiro, a execução levanta dúvidas.

Deficiência não é só diagnóstico, é contexto

A principal mudança é de olhar. Com a nova regra, a Justiça deixa de focar apenas no laudo médico e passa a considerar as barreiras sociais, ambientais e econômicas que limitam a vida de quem tem deficiência. A norma incorpora o modelo social defendido pela Lei Brasileira de Inclusão no art. 2º, §1º e pela Convenção da ONU: uma abordagem que vê a deficiência como resultado da interação entre o corpo e o mundo. A avaliação passa a ser feita por uma equipe composta por perito médico e assistente social, com um questionário detalhado baseado na Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF). Essa mudança, se bem implementada, pode tornar o processo mais justo e conectado com as vivências reais.

Técnica a serviço da equidade ou da burocracia?

A padronização promete reduzir desigualdades entre decisões judiciais, fortalecendo a previsibilidade e a isonomia. Pela regra, o laudo técnico orienta o juiz, mas não o obriga. A decisão continua sendo do magistrado, desde que fundamentada. Mas há um risco. Quando regras técnicas se tornam muito rígidas, elas correm o perigo de serem aplicadas como receita de bolo — sem escuta, sem contexto, sem alma. O desafio é garantir que o instrumento técnico ajude, sem virar mais um obstáculo automatizado.

Tribunais despreparados, vidas em espera

Nem todo fórum do país está pronto para aplicar a resolução. Em muitas cidades, faltam profissionais especializados, estrutura mínima e acesso digital adequado. Isso pode transformar uma boa ideia em mais um fator de atraso. E, no caso do BPC, tempo é uma questão de sobrevivência. Além disso, o sistema de Justiça brasileiro tem histórico de desigualdade estrutural. Sem investimento sério e planejamento federativo, a padronização corre o risco de aprofundar injustiças — em vez de reduzi-las.

Quem foi ouvido nessa decisão?

Apesar de se tratar de um tema que impacta diretamente a vida das pessoas com deficiência, muitas entidades e movimentos sociais relatam que não participaram da construção da Resolução nº 630. Isso fere um princípio básico da democracia participativa: nada sobre nós sem nós. Políticas públicas voltadas à inclusão precisam ser feitas com escuta ativa e respeito à experiência de quem vive a exclusão. Sem isso, mesmo boas intenções podem gerar efeitos perversos ou distantes da realidade.

O que ainda precisa ser feito e com urgência?

Para que a Resolução funcione como se espera, algumas medidas são indispensáveis:

• Formação em larga escala de assistentes sociais e peritos com domínio da nova metodologia;

• Ampliação da estrutura dos fóruns, especialmente nas regiões mais vulneráveis;

• Revisões periódicas do instrumento, com escuta pública e dados abertos;

• Fiscalização ativa da sociedade civil e das defensorias públicas. A inclusão não pode ser um projeto de gabinete. Ela precisa se enraizar nas realidades diversas do Brasil profundo.

A norma existe. Mas quem precisa dela ainda espera

A Resolução nº 630 representa uma tentativa importante de tornar o Judiciário mais sensível à complexidade da deficiência. Ela reconhece que justiça não é apenas aplicar a lei, mas considerar a vida concreta de quem está diante do juiz. Isso, por si só, já é um avanço. Mas nenhuma norma vale por si só. O Brasil é um país de desigualdades profundas, onde a boa vontade da lei precisa enfrentar o abismo da prática. Transformar uma avaliação técnica em instrumento de inclusão exige mais do que formulário: exige compromisso político, investimento público e escuta das vozes historicamente silenciadas. A norma está escrita. Agora, resta saber se ela será vivida.

“O Brasil é um país de desigualdades profundas, onde a boa vontade da lei precisa enfrentar o abismo da prática.”

  • * Jairo Varella Bianeck é Advogado, Militante do campo progressista e Defensor dos direitos das pessoas com deficiência

Fonte https://diariopcd.com.br/laudo-ou-sentenca-quando-a-deficiencia-vai-a-julgamento-e-o-cnj-tenta-escrever-novas-regras-para-o-que-nunca-foi-so-papel/

Postado Pôr Antônio Brito 

CPB divulga convocação para Mundial de atletismo paralímpico em Nova Déli; confira a lista

 

O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) divulga nesta terça-feira, 5, a convocação de 50 atletas e 10 atletas-guia para o Mundial de atletismo paralímpico em Nova Déli, na Índia, que vai acontecer de 27 de setembro a 5 de outubro. Esta será a 12ª participação brasileira em um Mundial da modalidade.

A formação da Seleção Brasileira que irá ao país asiático levou em consideração os Critérios de Entrada para a competição estabelecidos pelo CPB e divulgados em abril deste ano. Todos os atletas também precisaram atender aos requisitos mínimos de elegibilidade estabelecidos pela World Para Athletics (WPA, entidade ligada ao Comitê Paralímpico Internacional e que rege a modalidade em âmbito mundial) para o campeonato em Nova Déli.

CONFIRA AQUI A CONVOCAÇÃO COMPLETA

Tetracampeão mundial nos 100m (Londres 2017, Dubai 2019, Paris 2023 e Kobe 2024) e ouro nos 200m (Londres 2017) e nos 400m (Dubai 2019), além de ser tricampeão paralímpico (Rio 2016, Tóquio 2020 e Paris 2024), o paraibano Petrúcio Ferreira está entre os convocados, assim como a acreana Jerusa Geber, dona de 11 medalhas em Mundiais e maior medalhista da atual Seleção Brasileira de atletismo na competição. Em Nova Déli, ela pode superar a maior medalhista do país na história dos Mundiais de atletismo: a mineira Terezinha Guilhermina, com 12 medalhas no total – oito ouros e quatro pratas entre os Mundiais de Assen 2006 e Doha 2015.

Já o paulista Daniel Martins, também presente na lista, irá em busca do tetracampeonato mundial na prova dos 400m da classe T20 (deficiência intelectual) após conquistar o ouro em Dubai 2019, Londres 2017 e Doha 2015, além de uma prata em Paris 2023 na mesma disputa.

Para as provas do campo, foram convocados nomes como os paulistas Beth Gomes, que já subiu ao pódio seis vezes em Mundiais, sendo quatro ouros, uma prata e um bronze, e Thiago Paulino, que conquistou três ouros e duas pratas nas provas do arremesso de peso e lançamento de disco da classe F57 (que competem sentados).

Na Índia, a Seleção Brasileira de atletismo contará com uma delegação quase do mesmo tamanho da equipe que competiu em Kobe 2024 no ano passado, quando o país contou com 46 esportistas e 10 atletas-guia. O recorde nacional de participação na história da competição aconteceu em Paris 2023, quando foram convocados 54 atletas e 11 atletas-guia representantes.

No Japão, a Seleção Brasileira terminou na segunda posição do quadro geral de medalhas, somente atrás da China. Foram 42 pódios no total, sendo 19 medalhas de ouro, 12 de prata e 11 de bronze. Esta foi a campanha mais dourada do país na história dos mundiais. Já no Mundial de Paris 2023 o Brasil teve seu melhor desempenho em total de pódios na história, com 47 medalhas ao todo, sendo 14 ouros, 13 pratas e 20 bronzes. Na ocasião, o país contou com sua maior delegação da história, com 54 atletas e 11 atletas-guia.

Ao todo, o Brasil já conquistou 307 medalhas na história dos Mundiais de atletismo – sem considerar a participação do país na edição de Birmingham 1998 por falta de dados do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês). Foram 108 ouros, 93 pratas e 108 bronzes.

A competição na Índia será o primeiro Mundial de atletismo após a realização dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Na capital francesa, a modalidade rendeu 36 pódios ao país, sendo 10 ouros, 11 pratas e 15 bronzes.

Patrocínio
As Loterias Caixa, a Caixa, a Braskem e a Asics são as patrocinadoras oficiais do atletismo.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://cpb.org.br/noticias/cpb-divulga-convocacao-para-mundial-de-atletismo-paralimpico-em-nova-deli-confira-a-lista/

Postado Pôr Antônio Brito 

Convite para mães atípicas de Araçariguama/SP e região

Um encontro gratuito para mães atípicas de Araçariguama/SP e região será realizado no dia 8 de agosto, a partir das 9h da manhã. O evento acontecerá no CMED - Centro Multidisciplinar de Formação em Educação Especial e Inclusivo - Despertar e visa ser um momento de acolhimento e troca de experiências para essas mulheres. O convite é especial para as mães da cidade e região.

Convite para mães atípicas de Araçariguama/SP e região

Se você é mãe atípica, na cidade de Araçariguama/SP e toda a região, marque na agenda esse encontro, dia 08 de agosto a partir das 9h da manhã, totalmente GRATUITO, no espaço CMED - Centro Multidisciplinar de Formação em Educação Especial e inclusivo – Despertar. Você é nossa convidada!

Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=f65238be-2c36-4c0e-9497-d69e02d265de

Postado Pôr Antônio Brito 

05/08/2025

Sensibilização - Pessoa Com Deficiência: Assédio Moral


Sim, o *assédio moral contra pessoas com deficiência* é uma conduta criminosa e discriminatória. Embora não exista um crime específico chamado "assédio moral", essa prática se enquadra em outras leis que criminalizam a discriminação, a violência e a violação da dignidade humana.

A principal base legal para a proteção da pessoa com deficiência (PCD) no Brasil é a *Lei Brasileira de Inclusão (LBI) — Lei nº 13.146/2015*. Essa lei estabelece que toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão contra a pessoa com deficiência é vedada.

### O que acontece na prática?

O assédio moral se manifesta através de condutas repetitivas e abusivas (humilhações, isolamento, xingamentos, ameaças) que têm o objetivo de desqualificar, humilhar e desestabilizar a vítima. Quando a motivação para essas condutas é a deficiência da pessoa, o agressor comete o *crime de discriminação*.

A LBI, em seu *artigo 88*, é bem clara ao tipificar esse crime:

> *Art. 88.* Praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência:

> Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

Em ambientes de trabalho, por exemplo, o assédio moral contra uma PCD pode ser enquadrado como uma forma de discriminação, garantindo à vítima o direito de buscar indenização por danos morais e até mesmo a rescisão indireta do contrato de trabalho.

Além disso, é importante saber que a Lei nº 14.532/2023 alterou o Código Penal para aumentar a pena do crime de injúria quando ela consistir em elementos referentes à condição de pessoa idosa ou com deficiência.

### O que fazer em caso de assédio?

1.  *Reúna provas:* anote datas, horários e detalhes de cada incidente. Guarde e-mails, mensagens, áudios ou qualquer outro tipo de registro que comprove a prática. Testemunhas também são fundamentais.

2.  *Busque ajuda:* procure o setor de recursos humanos da empresa (se houver), sindicatos, o Ministério Público do Trabalho ou um advogado.

3.  *Denuncie:* faça uma denúncia formal em uma delegacia de polícia. Lembre-se de que a Lei Brasileira de Inclusão prevê proteção para que a vítima não sofra represálias.

Se você ou alguém que você conhece está passando por essa situação, é fundamental buscar ajuda. A lei está do lado da pessoa que sofre a violência.


Afogados da Ingazeira passa a ser polo do PE Conduz

A governadora Raquel Lyra entregou, nesta quinta-feira (31), no Palácio do Campo das Princesas, nove novas vans adaptadas que ampliam a frota do PE Conduz, iniciativa que oferece transporte para pessoas com deficiência, usuárias de cadeiras de rodas, para realizar tratamentos de saúde e rotas de lazer. 

Dentre elas, duas foram destinadas aos municípios de Limoeiro, no Agreste Setentrional, e Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú, cidades-polo que passam a fazer parte da ação. Realizada pela Secretaria Estadual de Justiça, Direitos Humanos e Prevenção à Violência (SJDH), o PE Conduz integra o Programa Pernambuco Acessível e reforça a política de mobilidade e inclusão para pessoas com deficiência em todo o Estado. A vice-governadora, Priscila Krause, também participou da entrega.

“Com muita alegria, hoje entrego as novas vans do PE Conduz para fortalecer o atendimento às pessoas que têm algum tipo de deficiência e que precisam de um transporte específico para poder se deslocar até suas terapias ou para ter um lazer. Tinha filas de espera no Recife, Petrolina e Caruaru, e estamos zerando elas. Além disso, abrindo novos polos em Afogados da Ingazeira e Limoeiro para permitir que a gente possa descentralizar o atendimento, e as pessoas terem este serviço mais perto da sua casa”, declarou a governadora Raquel Lyra.

Com esta entrega, o Governo de Pernambuco cumpre mais uma meta do programa Pernambuco Acessível, lançado em fevereiro de 2025 com investimentos da ordem de mais de R$ 400 milhões e o objetivo de promover a inclusão e acessibilidade para pessoas com deficiência. Dentre tantas ações integradas por várias secretarias do Estado, foi pontuado como horizonte o aumento de 25% na frota do PE Conduz e a criação de outras cidades-polos. Com a nova remessa, os 35 veículos agora somam 44 em operação, um crescimento de 25,7%.

“Estamos cumprindo a meta de aumentar o número de vans e das cidades-polo, beneficiando também os municípios circunvizinhos e fazendo com que a gente consiga zerar as filas de espera na RMR, em Petrolina e Caruaru”, destacou a secretária de Justiça, Direitos Humanos e Prevenção à Violência (SJDH), Joanna Figueirêdo.

As cidades-polo atendem não apenas seus moradores, mas também pessoas de municípios vizinhos que estejam num raio de até 50 quilômetros. Com a ampliação, o PE Conduz passa a funcionar em nove locais da Região Metropolitana do Recife (RMR), Petrolina, Caruaru, Garanhuns, Arcoverde, Timbaúba e agora Limoeiro e Afogados da Ingazeira.

O público atendido pelo PE Conduz é formado por pessoas com deficiência física, cadeirantes e de baixa renda. Os interessados podem se cadastrar pelo site da SJDH (www.sjdh.pe.gov.br), preenchendo o formulário disponível. Após a inscrição, uma assistente social realiza uma visita presencial para verificar documentos como laudo médico e comprovante de baixa renda.

Também participaram da entrega o senador Fernando Dueire; o deputado estadual Gilmar Júnior; os prefeitos Edmilson Cupertino (Moreno) e Henrique Queiroz (Buenos Aires); os vice-prefeitos Chiquinho (Olinda) e Dayse Silva (Caruaru); e os vereadores Davi Muniz (Recife) e Sou Mais Hugo (Jaboatão); além do secretário-chefe da Casa Militar, Coronel Hercílio Mamede.

nilljunior.com.br

Especialistas debatem suspensão de benefícios pelo INSS e Resolução do CNJ que envolve a Avaliação Biopsicossocial

 Especialistas debatem suspensão de benefícios pelo INSS e Resolução do CNJ que envolve a Avaliação Biopsicossocial

Debate acontece no canal no YouTube do Diário PcD

Os advogados Letícia Lefevre e André Coelho debatem AO VIVO, a partir das 20h, as últimas cobranças do INSS que traz desespero e enorme pressão e também a decisão do CNJ – Conselho Nacional de Justiça em intervir na Avaliação Biopsicossocial.

Confira todos os detalhes

https://youtu.be/WSxdpVSC3-0

Fonte https://diariopcd.com.br/especialistas-debatem-suspensao-de-beneficios-pelo-inss-e-resolucao-do-cnj-que-envolve-a-avaliacao-biopsicossocial/

Postado Pôr Antônio Brito 

Meeting Loterias Caixa terá etapas em Brasília, Alagoas e Amapá com 540 atletas neste sábado, 9

 

Nadadoras iniciam prova do Meeting Paralímpico Loterias Caixa de Brasília em 2024 | Foto: Pedro Ladeira/CPB

O Meeting Paralímpico Loterias Caixa, realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), terá pela primeira vez três etapas simultâneas e em três regiões diferentes em um mesmo dia. Neste sábado, 9, o evento chegará a Brasília (DF), Macapá (AP) e Pilar (AL), na região metropolitana de Maceió, reunindo 540 atletas em disputas de seis modalidades no Centro-Oeste, no Nordeste e no Norte do Brasil.

O evento oferece disputas para o alto rendimento e seletivas estaduais de quatro competições para atletas em desenvolvimento: Paralimpíadas Escolares, Paralimpíadas Universitárias, Paralimpíadas Militares e Intercentros, para crianças com idade de 7 a 10 anos alunas do projeto Centros de Referência do CPB.

Em Brasília, serão 341 atletas divididos em provas de seis modalidades. Desses, 182 estarão nas disputas do atletismo, na Universidade de Brasília; 15 estarão na bocha e 30 no halterofilismo, no Cetefe; 63 na natação, no Clube do Exército; 20 no tiro com arco, na Federação de Tiro com Arco do Distrito Federal; e 31 no tiro esportivo, na Federação Brasiliense de Tiro Esportivo.

Em Macapá, 100 competidores se inscreveram para provas de atletismo no Estádio do Zerão e 18 para disputas de tiro com arco no Ginásio Avertino Ramos. Já em Pilar, serão 82 esportistas em provas de atletismo no Complexo Esportivo Professor Edson Queiroz.

O Meeting Paralímpico foi criado em 2021 e tem o objetivo de desenvolver o paradesporto em todo o território nacional, com a participação de novos talentos e atletas de elite. Entre abril e agosto deste ano, o evento irá passar por todos os estados e pelo Distrito Federal.

Em 2025, o Meeting Paralímpico Loterias Caixa já teve etapas em Porto Alegre (RS), Rio Branco (AC), Florianópolis (SC), Porto Velho (RO), Curitiba (PR), Cuiabá (MT), Salvador (BA), Campo Grande (MS), Aracaju (SE), Goiânia (GO), Recife (PE), Palmas (TO), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB), Vitória (ES), Natal (RN), Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE), Teresina (PI), Boa Vista (RR), Manaus (AM), São Luís (MA) e Belém (PA).

Imprensa
Os profissionais de imprensa interessados em cobrir o Meeting Paralímpico Loterias Caixa de Brasília, Amapá ou Alagoas podem enviar um e-mail para imp@cpb.org.br com os seguintes dados: nome completo, RG ou CPF e o veículo pelo qual irão cobrir o evento. No dia da competição, os profissionais deverão se identificar na sala de imprensa do local.

Serviço
Meeting Paralímpico Loterias Caixa – Etapas de Brasília, Amapá e Alagoas
Data: 9 de agosto, a partir das 8h

Brasília
Atletismo
Local: UnB Campus Universitário Darcy Ribeiro, Faculdade de educação Física – Asa Norte
Endereço: Faculdade de educação Física – Asa Norte, Brasília – DF, 70910-900

Natação
Local: Clube do Exército – Sede SMU
Endereço: SMU SMU – Brasília, DF, 71630-000

Bocha e Halterofilismo
Local: Cetefe – SAIS AREA 2A ED. ENAP Ginásio de Esportes
Endereço: Estrada Setor Policial Militar – SUL, Brasília – DF, 70610-900

Tiro com Arco
Local: Federação de Tiro com Arco do Distrito Federal
Endereço: Setor de Clubes Esportivos Sul Trecho 2 – Asa Sul, Brasília – DF,
70200-002

Tiro Esportivo
Local: Federação Brasiliense de Tiro Esportivo
Endereço: Setor de Clubes Esportivos Sul , Trecho 4 – Brasília, DF, 70297-400

Amapá
Atletismo
Local: Estádio Milton de Souza Corrêa- Zerão
Endereço: Rua do Estádio Zerão, s/n

Tiro com arco
Local: Ginásio Avertino Ramos
Endereço: Rua Cândido Mendes, s/n

Alagoas
Atletismo

Local: Complexo Esportivo Professor Edson Queiroz
Endereço: BR316 (Pilar)

Patrocínios
As Loterias Caixa, a Caixa, a Braskem e a Asics são as patrocinadoras oficiais do atletismo.
As Loterias Caixa e a Caixa são as patrocinadoras oficiais da natação, bocha, halterofilismo, tiro com arco e tiro esportivo.

Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)

Fonte https://cpb.org.br/noticias/meeting-loterias-caixa-tera-etapas-em-brasilia-alagoas-e-amapa-com-540-atletas-neste-sabado/

Postado Pôr Antônio Brito 

Artista com autismo diz que a arte a salvou muitas vezes

A artista autista Daya Ananias realiza em Jaciara/MT a exposição "Normal demais para ser autista, autista demais para ser normal", a primeira de Mato Grosso a retratar o autismo sob a ótica feminina. A mostra, em cartaz até 15 de agosto, explora sentimentos de inadequação e solidão, e inclui depoimentos de outras mulheres autistas, buscando dar voz e visibilidade às suas subjetividades.

Artista com autismo diz que a arte a salvou muitas vezes

Uma exposição está em cartaz entre até dia 15 de agosto no Instituto Vencer, em Jaciara/MT. É a exposição: “Normal demais para ser autista, autista demais para ser normal”. Ela marca um momento inédito na cena cultural de Mato Grosso. Idealizada e protagonizada por Daya Ananias, artista e autista diagnosticada aos 32 anos, a mostra é a primeira do estado concebida por uma pessoa autista e dedicada integralmente a retratar o autismo sob a ótica feminina.

A exposição convida o público a um mergulho em experiências atravessadas por sentimentos de inadequação, solidão e sobrecarga emocional. Nas palavras, imagens e texturas criadas por Daya, a narrativa do autismo deixa de ser vista apenas pela lente biomédica ou infantilizada e passa a ocupar um território íntimo e poético, o das mulheres que viveram décadas sem saber sobre sua diferença.

Além das obras artísticas de Daya, a mostra também reúne 4 depoimentos inéditos de mulheres autistas com diagnóstico tardio.

A artista explica que as narrativas revelam vivências comuns de mulheres que passaram a vida tentando se encaixar em expectativas alheias e só mais tarde descobriram que havia um nome para tudo aquilo que sentiam.

Daya revela que a intenção é criar uma cartografia emocional do autismo feminino, tema ainda pouco explorado nas artes visuais brasileiras. Mais do que um conjunto de obras, a mostra se constitui como um manifesto de identidade: um chamado à escuta e ao reconhecimento das subjetividades que têm sido historicamente invisibilizadas.

Fonte https://revistareacao.com.br/noticias/noticia?id=dc5beac3-07c3-4dca-918b-e2f70904cfb5

Postado Pôr Antônio Brito