24/02/2021

Em Manaus, Instituto de Inclusão realiza campanha de vacinação para pessoas com deficiência

Em Manaus, o Instituto Amazonense de Inclusão realiza campanha para pedir inclusão de pessoas com Síndrome de Down e outras deficiências no grupo prioritário para a vacinação contra a Covid-19. Segundo Breno Marx, presidente do Instituto, pessoas com síndrome de Down possuem diferenças imunológicas e genes a mais, sendo mais propensas a contrair infecções.
“Além disso, muitas pessoas com síndrome de Down têm outros problemas médicos que podem trazer maior risco de agravamento do quadro da Covid-19. Temos também outras deficiências sensíveis às infecções. Portanto a iniciativa do Instituto é o de ampliar esta necessidade para outras deficiências, gerando com isso a inclusão que tanto buscamos”, afirmou o presidente do Instituto.

Marx afirmou ainda que pessoas com deficiência muitas vezes não conseguem expressar quando sentem algum sintoma da doença, ou dor, o que pode dificultar a identificação da doença. O instituto tem como objetivo fazer um apelo às autoridades para a importância da vacinação para essas pessoas.

O presidente do Instituto afirmou que é importante pensar no coletivo quando se trata de pessoas com deficiência. “Quando falamos de inclusão de pessoas com deficiência, devemos sempre ter foco no coletivo. Todos são importantes, todos amam, sorriem, choram, adoecem, sentem dor e vivem”, pontuou.

Fonte: https://revistareacao.com.br/em-manaus-instituto-de-inclusao-realiza-campanha-de-vacinacao-para-pessoas-com-deficiencia/

Postado por Antônio Brito 

23/02/2021

Projeto cadastrará pessoas com deficiência interessadas em entrar no mercado de trabalho em Arcos

Prefeitura de Arcos — Foto: Assessoria de Comunicação/Prefeitura de Arcos

Um projeto da Prefeitura de Arcos pretende cadastrar pessoas com deficiência que têm o interesse de entrar no mercado de trabalho. O projeto "Caravana da Inclusão" terá equipes do Sistema Nacional do Emprego (Sine) e da Secretaria Municipal de Integração percorrendo postos de saúde para fazer o cadastramento. A previsão é que o projeto tenha início em março.

De acordo com a Prefeitura, o cadastro ficará com o Sine. A intenção é capacitar os inscritos e fazer um trabalho junto com as empresas da cidade para que elas direcionem vagas que possam ser preenchidas por pessoa com deficiência.

A Prefeitura informou que ainda busca parceiras para a capacitação, no entanto, o foco está em áreas que atendam ao mercado local.

Por questão de segurança sanitária, as equipes ficarão apenas nas unidades do Programa de Saúde da Família (PSF). O calendário com a programação das visitas ainda será divulgado.

"A inclusão é importante para a pessoa com deficiência, que vai potencializar habilidades e ampliar o convívio social. Ao passo que as pessoas sem deficiência têm a oportunidade de aprender muito com elas", explicou a servidora Paula Sandra Goulart, uma das mentoras do projeto.

Durante as visitas, todas as recomendações do comitê de combate à Covid-19 serão atendidas, como distanciamento, uso de máscaras e álcool em gel, tanto pela equipe, quanto pelos interessados em se cadastrar.

Fonte  https://g1.globo.com/google/amp/mg/centro-oeste/concursos-e-emprego/noticia/2021/02/21/projeto-cadastrara-pessoas-com-deficiencia-interessadas-em-entrar-no-mercado-de-trabalho-em-arcos.ghtml

Postado por Antônio Brito 

Fundação Dorina Nowill para Cegos se prepara para expandir seu acervo de livros em 2021

Referência na produção e distribuição de publicações acessíveis em Braille, a Fundação Dorina Nowill para Cegos possui a maior gráfica deste segmento em toda a América Latina. Para comemorar a chegada de 2021 e seu aniversário de 75 anos, lançará obras gratuitas para presentear todas as pessoas com deficiência visual. Os próximos meses serão repletos de novidades em seu acervo editorial.

Atualmente, a instituição conta com uma biblioteca com diversos títulos: são cerca de 508 livros em Braille, 3.675 audiolivros e 945 conteúdos digitais. Mas sabendo que em tempos de pandemia o comportamento dos leitores mudou e foi crescente a procura pelos materiais acessíveis, a Fundação Dorina Nowill ampliará ainda mais as opções de leitura para este ano. Entre as novidades que estão por vir, serão publicados gêneros como romance, poesia, infantil, fantasia, espiritualidade, suspense e história.

As crianças serão contempladas com a obra “Alice no Jardim de Infância”. Já os amantes de espiritualidade poderão ler “Conserto para uma alma só”. Uma opção para os interessados em fantasia será o livro “O Filho das Sombras”. E as novidades continuam: os fãs de romance terão acesso aos títulos “A Trilogia de Nova York”, “Mister”, “O Falcão Maltês” e “A cabana do Pai Tomás”. Outros temas também estarão presentes, como o suspense “O homem de Giz” e a obra “Uma história do samba: volume I (As origens)”.

Vale lembrar que, entre os projetos voltados à inclusão da pessoa com deficiência visual por meio do livro e da leitura, a instituição conta ainda com a Rede de Leitura Inclusiva, ação que beneficia pessoas com deficiência visual através da troca de experiência e boas práticas em leitura. São realizados encontros com a presença de leitores, bibliotecários, professores, mediadores de leitura e instituições de atendimento à pessoa cega ou com baixa visão. Ao todo são 3.123 organizações cadastradas que têm acesso aos títulos, sendo uma forma de fomentar debates em todos os estados do Brasil sobre os conteúdos inclusivos.

No último ano, foram cerca de 241 atividades promovidas, entre reuniões de planejamento, oficinas, lives e palestras. Devido a pandemia, a maior parte dessas ações foi virtual e contou com 1.800 participações em encontros on-line. Já as lives atingiram cerca de 8.000 visualizações. Todas esses conteúdos deixaram explícito o interesse e necessidade de diálogos sobre leitura inclusiva e acessível. Para acessar as lives, acesse o canal da Fundação Dorina Nowill para Cegos no YouTube.

A Fundação se orgulha de ter nascido há 75 anos promovendo a leitura acessível no Brasil. Esse é um legado que permanece até hoje. Por isso, a produção gráfica é sempre priorizada em nossas ações, uma vez que os livros em Braille são essenciais para o processo de alfabetização e possibilitam maior aprendizado, entretenimento e cultura para pessoas cegas ou com baixa visão, fazendo com que também façam parte do universo da leitura, mergulhando numa literatura ampla e diversificada”, declara Alexandre Munck superintendente da Fundação Dorina Nowill para Cegos.

Como dizia Dorina de Gouvêa Nowill, “na escada da vida, os degraus são feitos de livros”.
Fonte  https://revistareacao.com.br/fundacao-dorina-nowill-para-cegos-se-prepara-para-expandir-seu-acervo-de-livros-em-2021/
Postado por Antônio Brito 

SP recebe inscrições de mulheres com deficiência para curso de empreendedorismo

O projeto Sebrae Delas – Elas Acontecem recebe inscrições de mulheres com deficiência até o dia 15 de março. Para fazer o cadastro, clique aqui ou acesse bit.ly/SebraeDelas2021. A ação é aberta somente a quem mora no Estado de SP.

A iniciativa do governo paulista oferece curso gratuito de empreendedorismo feminino. É uma parceria entre a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo (SEDPcD) e o Sebrae.

As aulas são online, entre 22 de março a 6 de abril, com 13 horas de capacitação e mais duas horas de mentoria. 

Os temas são Inspiração: (inteligência emocional, descubra-se), Capacitação: (empreenda rápido, descomplique), Impacto: (conteúdo relevante e complementar ao empreendedorismo) e Mentoria: (habilidades interpessoais e gestão).

A ação integra o ‘TODAS in-Rede’, programa para empoderamento, autonomia e protagonismo. Segundo a secretaria, SP tem 1,7 milhão de mulheres com deficiência.

“Por meio de ações de formação profissional, disseminação de informações e criação de uma rede virtual acessível às mulheres com deficiência, o programa busca o protagonismo desse público, onde são trabalhados temas como acesso à informação, trabalho, renda e autonomia financeira, exercício dos direitos afetivos, sexuais e reprodutivos, prevenção à violência e autoestima e liderança”, diz a SEDPcD.

Fonte  https://brasil.estadao.com.br/blogs/vencer-limites/sp-recebe-inscricoes-de-mulheres-com-deficiencia-para-curso-de-empreendedorismo/

Postado por Antônio Brito 

22/02/2021

Município paulista ensina Libras a todos os alunos para promover inclusão

Promover uma inclusão eficaz dos alunos com deficiência é um dos desafios da escola que o Brasil vem construindo ao longo dos últimos anos. Embora muitos avanços tenham vindo na esteira da Lei Brasileira de Inclusão, sancionada em 2015, ainda resta um longo caminho até que esses estudantes estejam realmente integrados ao ensino regular. Passo a passo, esse caminho vai ganhando trilhas importantes. É o caso de Olímpia, município do interior paulista com população estimada em pouco mais de 55 mil pessoas, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2017, a Secretaria Municipal de Educação entendeu que apenas matricular crianças surdas em classes regulares não era o bastante para promover a inclusão e integração desses alunos com os colegas e professores. Até aquele ano, os estudantes surdos sinalizantes – ou seja, aqueles que utilizam a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para se comunicar – tinham o acompanhamento de intérpretes durante as aulas. Dessa forma, eles podiam compreender os conteúdos que estavam sendo ensinados e também fazer perguntas quando tinham alguma dúvida. Mas como resolver a solidão que essas crianças poderiam sentir fora da classe, naqueles momentos antes do início das aulas ou nos intervalos, quando elas estavam acompanhadas unicamente de seus colegas falantes do Português, que não sabiam se comunicar em Libras?

As reflexões sobre esse problema levaram à criação do projeto Libras na Escola, uma tentativa de ir além das obrigações estabelecidas em lei e integrar, de fato, estudantes surdos e não surdos. Desde então, todos os alunos de turmas regulares que tenham colegas surdos recebem, gratuitamente, aulas de Libras. A coordenadora da Educação Especial Inclusiva, da Secretaria de Educação, Marcela Rúbia Nespolo Aniceto, explica que o objetivo é garantir que haja uma interação e uma comunicação real entre as crianças surdas e as ouvintes, de modo que elas possam desenvolver laços e se tornar parceiras não só dentro da sala de aula, mas em outros espaços fora do ambiente escolar.

Segundo ela, a experiência do Libras na Escola é transformadora para os alunos surdos. “As crianças que compartilham desse processo se sentem valorizadas e se desenvolvem com muito mais segurança e com uma autoestima elevada”, conta. Mas os benefícios são sentidos também entre os demais estudantes e até mesmo a equipe escolar. “É uma troca enriquecedora, que contribui para o desenvolvimento da escola como um todo”, avalia.

A inclusão de alunos com deficiência nas escolas de Educação Básica brasileiras tem sido um desafio para as instituições de ensino e os educadores, assim como, em alguns casos, torna-se um drama para as famílias desses estudantes. “Essa integração deve receber a devida atenção no âmbito das políticas públicas, até mesmo na formação dos professores. Dar protagonismo à criança surda passa por entender que Libras é a sua primeira língua. É fundamental que a escola conheça suas crianças, as respeite e promova o respeito às diferenças e Olímpia é exemplo disso”, afirma Pedro Lino, supervisor pedagógico da Área Pública da Editora Aprende Brasil, responsável pelo Sistema de Ensino Aprende Brasil, que atende mais de 17 mil escolas em mais de 200 municípios brasileiros. “É preciso entender a inclusão como uma ação de responsabilidade coletiva”, destaca.

Inclusão passa por ensino bilíngue

Na visão da pedagoga, com habilitação em Educação Especial, Daniele Silva Rocha, iniciativas como a de Olímpia são fundamentais para que a Educação Básica no Brasil permita, de fato, experiências de integração social para todos os estudantes. Para ela, que também é surda sinalizante, é preciso criar escolas bilíngues, com foco no aluno surdo, porque esses alunos não são apenas laudos. “Eles chegam à sala de aula sem saber falar o Português, enquanto os colegas não sabem falar Libras. Então, é preciso que, pelo menos, os professores sejam fluentes nas duas línguas”, sugere. Daniele defende que projetos como o Libras na Escola precisam ser mais difundidos em todos os municípios e níveis de ensino. Atualmente, programas como esse ainda são a exceção, o que obriga muitos educadores a buscarem alternativas próprias para promover uma maior equidade no ensino para essas crianças.

É o caso da professora Doani Emanuela Bertan, idealizadora do canal Sala 8, no Youtube, e uma das finalistas do Global Teacher Prize 2020, o principal prêmio para professores do mundo. Atuando como professora bilíngue em sala de aula, Doani teve a ideia de criar o canal para apresentar conteúdos de Português e Matemática em Libras. “A gente tem a ilusão de que dividir o mesmo espaço físico é incluir. Mas o que faz a inclusão acontecer, na realidade, são as interações, as trocas, uma língua em comum. Quando se trata da escola e de tudo o que acontece nesse espaço, isso se torna ainda mais relevante. A língua natural do estudante surdo é a Libras. Ele ainda está construindo o Português. Mas o material escolar que ele recebe está apenas em Português. Se o material fosse realmente inclusivo, ele viria na língua do meu aluno, que é a Libras. Por isso, eu resolvi fazer esse material”, relata.

Daniele e Doani falam mais sobre a importância de promover a inclusão real de alunos surdos no 20º episódio do  podcast PodAprender, cujo tema é “Educação bilíngue para surdos”. O programa pode ser ouvido no site do Sistema de Ensino Aprende Brasil (sistemaaprendebrasil.com.br), nas plataformas Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e nos principais agregadores de podcasts disponíveis no Brasil.

Fonte  https://revistareacao.com.br/municipio-paulista-ensina-libras-a-todos-os-alunos-para-promover-inclusao/

Postado por Antônio Brito 

Conheça as mascotes dos Jogos Paralímpicos

As mascotes dos Jogos Rio 2016, Vinícius e Tom, posam para foto durante evento-teste em 2015. Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB

As mascotes dos Jogos Paralímpicos despertam a curiosidade e o afeto do público. A cada edição do megaevento, uma nova mascote vem representar o país-sede da competição e personificar o espírito do próprio evento.

Nos Jogos Paralímpicos, as mascotes tiveram sua estreia em 1980, em Arnhem (Holanda). Esta foi a sexta edição dos Jogos Paralímpicos e, para aquela competição, uma emissora holandesa promoveu um concurso para que os participantes pudessem enviar a criação de mascotes feitos à mão. O vencedor do concurso foi um casal de esquilos, desenhados por Necky Oprinsen. Naquela ocasião, os esquilos foram reproduzidos em souvenirs dos Jogos, porém, não foram nomeados.

Durante os últimos quarenta anos, as mascotes ganharam papéis muito mais relevantes do que apenas estampar os materiais de divulgação e lembrancinhas. Agora, as mascotes são apresentadas com antecedência ao público, são batizadas de acordo com a cultura local e estão presentes dentro do evento como um todo, desde a abertura ao encerramento dos Jogos e, muitas vezes, até depois do fim da competição.

Este é o caso do carismático Tom, que foi o mascote dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016. O nome dele e de seu companheiro, Vinícius – representante das Olimpíadas, foram escolhidos em votação popular na internet e trouxeram representatividade da música brasileira ao megaevento, fazendo menção a Tom Jobim e Vinícius de Moraes. Mas este foi apenas o começo do sucesso de Tom. Após o término dos Jogos, o simpático personagem foi anunciado como a mascote oficial do Comitê Paralímpico Brasileiro e marca presença em eventos do paradesporto desde então.

A mascote Tom salta em frente ao símbolo dos Agitos na praia da Copacabana, no Rio de Janeiro, em 2016
Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB

Para os próximos Jogos Paralímpicos, em Tóquio, a mascote já foi anunciada e batizada. Someity, nome escolhido em referência à flor de cerejeira japonesa, entrará em cena. Sua personalidade e características também já foram reveladas: Someity é uma personagem legal, com senso tátil de cereja e poder sobrenatural. É geralmente calma, mas muito poderosa quando necessário. Tem uma força interior digna e um coração amável que ama a natureza. Pode falar com pedras e vento. Também consegue mover as coisas apenas olhando para elas.

Pronto para ver Someity animando os Jogos Paralímpicos de Tóquio?

Mascotes olímpiadas e paralimpiadas
Legenda: Imagem ilustrativa da mascote Someity (dir.), que representará os Jogos Paralímpicos de Tóquio, e da mascote Miraitowa, que representará os Jogos Olímpicos do Japão
Fonte: https://revistareacao.com.br/conheca-as-mascotes-dos-jogos-paralimpicos/

Postado por Antônio Brito 

Sindicatos não podem reduzir cota de aprendizagem e PCD em negociação coletiva

O juiz da 78a Vara do Trabalho de São Paulo acolheu pedido do Ministério Público do Trabalho em São Paulo em ACP ajuizada pela procuradora do Trabalho Elisiane dos Santos, e determinou que, até o julgamento definitivo da ação, os Sindicatos: dos Empregados em Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros, Colocação e Administração de Mão-de-obra, Trabalho Temporário, Leitura de Medidores e Entrega de Avisos do Estado de São Paulo (SINDEEPRES) e das Empresas de Prestação de Serviços a Terceiros Colocação e Administração de Mão de Obra e de Trabalho Temporário no Estado de São Paulo (SINDEPRESTEM), se abstenham de firmar convenções coletivas afastando a cota legal para contratação de aprendizes e trabalhadores com deficiência.

Segundo a investigação no MPT, a convenção coletiva em vigência firmada pelos sindicatos possuía cláusulas discriminatórias na contratação de pessoas com deficiência (PcD), prevendo que apenas os empregados pertencentes ao setor administrativo serviriam de base de cálculo para fins de cumprimento da cota legal. O mesmo ocorria em relação a contratação de aprendizes, que estava limitada às funções administrativas.

“A conduta dos sindicatos ofende dispositivos constitucionais que amparam direitos fundamentais dos trabalhadores, em especial daqueles com deficiência e aprendizes”, explica Elisiane dos Santos, que ofereceu um Termo de Ajustamento de Conduta aos sindicatos para que se adequassem às normas legais, sem que houvesse manifestação as entidades quanto à proposta.

“Não nos restou alternativa que não fosse ajuizar a ACP para que a ordem jurídica fosse restabelecida, uma vez que as cláusulas são ilegais e as cotas destinadas às pessoas com deficiência e aos aprendizes não podem ser objeto de negociação coletiva, especialmente quando se pretende a redução da base de cálculo de tais reservas de vagas de trabalho previstas expressamente em lei”, afirma a procuradora.

Em sua decisão liminar, o juiz determinou que os sindicatos réus se abstenham de celebrar instrumentos convencionais que tenham por objeto a negociação de cláusulas que restrinjam a base de cálculo das cotas legais para contratação de trabalhadores com deficiência, bem como de aprendizes, até o julgamento definitivo da ação. Devem, também, abster-se de aplicar as cláusulas das convenções coletivas em vigência, bem como quaisquer cláusulas que imponham redução, supressão ou modificação dos percentuais/base de cálculos previstos em Lei para contratação de trabalhadores com deficiência e aprendizes; sob pena de pagamento de multa de R$ 500.000,00, por descumprimento das obrigações, cada vez que constatado o descumprimento, acrescida de 5.000,00 por trabalhador prejudicado (não contratado levando-se em consideração a cota mínima legal).

“Com acerto, o Poder Judiciário resguarda o cumprimento das cotas previstas na Lei 8.213/90 (PCD) e art. 424 da CLT, abrangendo milhares de potenciais vagas de aprendizagem e para pessoas com deficiência, dada a representatividade das categorias abrangidas pela decisão. Somente o SINDEPRESTEM abrange um universo de mais de 500 mil empregados, o que, em um cálculo aritmético simples, indicaria mais de 25 mil vagas para PcD. Além de assegurar o cumprimento da Constituição Federal, a decisão está também amparada pelas Convenções internacionais, ratificadas pelo Estado brasileiro, que estabelecem a vedação ao retrocesso social no campo dos direitos humanos como os que defendemos nesta ação”, comemora a procuradora Elisiane dos Santos.

Para ela, a decisão restabelece a ordem jurídica afrontada e os valores fundamentais do Estado Democrático de Direito, uma vez que o cumprimento das cotas além de obrigação empresarial no âmbito do Direito do Trabalho, constituem instrumentos de políticas públicas de Estado, que não podem ser transacionados por meio de norma coletiva: “A inclusão de trabalhadores com deficiência e adolescentes e jovens no trabalho são medidas afirmativas, previstas na legislação brasileira, com o escopo de assegurar direito fundamental ao trabalho digno e à profissionalização a esses grupos vulneráveis, historicamente conquistados pela classe trabalhadora, movimentos de proteção à infância e pessoas com deficiência. A negociação coletiva não permite que direitos fundamentais sejam modificados em prejuízo dos trabalhadores, especialmente quanto tais medidas são voltadas à promoção da igualdade, ao combate ao trabalho infantil, no caso da aprendizagem, e promoção do direito à profissionalização”, finaliza a procuradora Elisiane dos Santos.

A decisão prevê pagamento de multa de R$ 10.000,00 pelas rés por descumprimento das obrigações, cada vez que constatado o descumprimento, acrescida de R$ 5.000,00 por trabalhador prejudicado (não contratado levando-se em consideração a cota mínima legal). Os valores poderão ser reversíveis a projetos, entidades ou Fundo a ser indicado pelo MPT, com vistas a reconstituição dos bens lesados.

Fonte: https://revistareacao.com.br/sindicatos-nao-podem-reduzir-cota-de-aprendizagem-e-pcd-em-negociacao-coletiva/

Postado por Antônio Brito 

21/02/2021

fake da acessibilidade

A acessibilidade garante a segurança e integridade física de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, assegurando assim, o direito de ir e vir e ainda o de usufruir os mesmos ambientes que uma pessoa sem deficiência.
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O problema é que, muitas vezes, a acessibilidade não é levada a sério e o que se promove é a falsa acessibilidade. Sabe o ficou bom "mais ou menos"? É seguro "mais ou menos"? Dá para ter autonomia "mais ou menos"? Então, é isso que nos oferecem na maioria das vezes!
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A FALSA acessibilidade me irrita tanto quanto a FALTA de acessibilidade. A Acessibilidade, de acordo com a LBI, é composta por: Acesso + Segurança + Autonomia. Se alguém precisa apoiar a sua cadeira de rodas atrás para não virar ao subir uma rampa, então faltou segurança e autonomia. Portanto, isso NÃO É acessibilidade.
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Repost: @janeladapatty
#lesaomedular #lesadomedular #medulaespinhal #paraplegia #tetraplegia #reabilitacao #pcd #acessibilidade

Fonte  https://www.facebook.com/groups/lesionadomedular/permalink/3801107893276144/
Postado por Antônio Brito 

Fevereiro: Mês da conscientização sobre o Lúpus

Por Alessandro Castanha da Silva

Atualmente, vemos que cada mês recebe uma cor buscando conscientizar a população sobre uma determinada doença, e em fevereiro, utilizamos a cor roxa para lembrar a população sobre as doenças incuráveis, dentre elas, o Lúpus Eritomatoso Sistêmico (LES).

O LES é uma doença autoimune multissistêmica, ou seja, que pode atingir qualquer parte do corpo, e sua gravidade e sintomas variam de acordo com a região afetada. O Lúpus é caracterizado por uma desregulação do sistema imune do indivíduo, a defesa contra agentes estranhos passa a produzir anticorpos contra células ou tecidos do próprio corpo, podendo assim apresentar-se sistêmica ou atingir somente um órgão. No Brasil, estima-se que aproximadamente 65 mil pessoas sejam portadoras do LES, a maioria são mulheres, sendo nove a 10 casos para cada homem. Mesmo ocorrendo em qualquer idade, é mais frequente por volta dos 30 anos, tendo incidência maior em pessoas de raça negra do que branca.

Existem inúmeros fatores que podem dar início à doença, como: hormonais femininos, radiação ultravioleta, predisposição genética, medicamentos e até mesmo infecções virais. Desta forma, observamos que cada paciente apresenta uma característica diferente com relação ao desenvolvimento.

As manifestações clínicas do LES são variadas, dependendo muito das regiões afetadas. As pessoas acometidas, podem apresentar lesões de pele e articulações, diminuição de células sanguíneas causando anemia, leucopenia e trombocitopenia, inflamações de sistema circulatório (pericardite e vasculite), nefrites que podem causar a perda da função renal, dentre outras tantas que podem ser desencadeadas.

Atualmente a Hidroxicloroquina, medicamento muito falado durante a pandemia de covid-19, é o mais indicado para o tratamento em todos os casos relacionados ao Lúpus. Corticosteroides são amplamente utilizados em casos agudos da doença na busca da remissão, entretanto, a indicação de imunossupressores também podem ser uma ótima alternativa nos casos mais graves.

Com o avanço da medicina e a criação de métodos mais individualizados, num futuro próximo acredita-se que os tratamentos tragam resultados mais eficientes contra doenças como essa. Como a informação é a melhor ferramenta no caso de tantas doenças existentes em nosso meio, divulgar é a forma mais perfeita de cuidar de quem você quer bem, por isso participar das campanhas desenvolvidas mensalmente que trazem conhecimento é um ato de amor ao próximo e a você mesmo.

* Alessandro Castanha da Silva é biólogo, especialista em Microbiologia Clínica e professor dos cursos da Área de Saúde do Centro Universitário Internacional Uninter.

Fonte  https://revistareacao.com.br/fevereiro-mes-da-conscientizacao-sobre-o-lupus/

Postado por Antônio Brito 

Grandes recordes e superação: paratletas abrem detalhes inspiradores de suas trajetórias

Danielle Nobile, primeira mulher cadeirante triatleta do País, acumula muitos recordes na sua trajetória de maratonas (Fabio Piva/Red Bull Content Pool)

Seja praticante de exercícios simples ou de alto rendimento, individual ou coletivo, diário ou de vez em quando, cada pessoa possui uma ligação com o esporte. Fonte de grandes histórias de superação, ele também é capaz de mostrar que não há limites para quem deseja alcançar um sonho ou apenas mudar a rotina. E, no Dia do Esportista, celebrado nesta sexta-feira (19), três brasileiros inspiradores são exemplos de como essa prática pode transformar vidas.

Corredora, Danielle Nobile participou de diversas provas de rua, mas viu a sua vida mudar após sofrer um grave acidente de carro e ficar tetraplégica.

O que poderia ser o fim de uma carreira no esporte, representou um recomeço. Com muita dedicação, força de vontade e apoio, Danielle foi readquirindo parcialmente os movimentos dos membros superiores e se tornou a primeira mulher cadeirante triatleta do Brasil e a desafiar os limites do Meio Ironman, além de ter sido vencedora da primeira edição da Wings For Life World Run, em 2014, corrida de rua global que reverte todo o valor das inscrições para pesquisas em prol da cura da lesão na medula espinhal.

“Devo minha vida à corrida, pois ela faz parte de quem eu sou. Por isso, sempre oriento a quem quer começar, que comece logo e não espere o cenário perfeito para isso. Não precisa ter o melhor tênis, melhor bike ou prancha. Para todo esporte, é necessário preparo cardiorrespiratório. Então, comece dando umas voltas no quarteirão, na cadeira de rodas do dia a dia ou com o tênis que você deixou empoeirando no armário. Experimente vários esportes e descubra o que gosta. Comece devagar, mas comece!”, afirma a atleta.

Natural de São Bernardo do Campo (SP) e presença assídua nas edições da Wings For Life World Run, Diego Coelho também sofreu acidente de carro e perdeu o movimento dos membros inferiores. No começo, teve dificuldades, beirou a obesidade, mas encontrou no esporte a mudança de vida. Quatro vezes classificado para representar o Brasil no maior torneio de Crossfit adaptado do mundo, ele motiva diversas pessoas com sua determinação e incentiva a prática de exercícios físicos.

“Após o acidente, aprendi a valorizar as coisas mais simples e encontrei uma maneira que eu não imaginava de ajudar as pessoas, motivando-as a saírem do sedentarismo. O esporte pode trazer uma liberdade inimaginável e levar a lugares maravilhosos que você nunca imaginou alcançar. Por isso, digo para as pessoas não adiarem algo que pode começar hoje. E incentivo a prática de algum esporte para ser mais saudável, ter mais disposição para brincar com os filhos ou simplesmente para se cuidar”, conta Diego.

Já Paula Ferrari encontrou uma grande motivação na bicicleta, após sofrer mielite, que ocasionou uma lesão medular incompleta. Apesar de se deparar com dificuldades de acesso e mobilidade no transporte de sua handbike, o pontapé inicial aconteceu quando a atleta decidiu realizar um trajeto de 320 km pelo Caminho da Fé.

“Eu apenas decidi que faria, sem pensar em mais nada e sem imaginar a dificuldade que me esperava. Comecei a treinar diariamente e, em nove dias, realizamos o percurso. Contei com o apoio de dez ciclistas que hoje são parceiros para a vida. Desde então, continuamos a nos encontrar e participamos do XTerra, Ourobiker e 6ª Romaria de Estiva a Aparecida, onde realizamos cerca de 170 km em 1 dia e meio de pedal”, relata Paula.

Para ficar de olho no dia a dia dos atletas, vale também acompanhar suas contas no Instagram: @daniellenobile, @coelhod, @cadeirantenocaminho.

Foto: Marcelo Maragni for Wings for Life World Run

 

Sobre a Wings for Life World Run

Em um dia do ano, a prova acontece simultaneamente em diferentes países ao redor do mundo, com todos correndo na mesma hora, não importa se é dia ou noite, e sempre pelo mesmo objetivo – arrecadar fundos para a Fundação Wings for Life, que reverte todo o valor da prova em pesquisas que buscam a cura da lesão medular.

Com seu formato único, os participantes correm o quanto conseguirem até serem ultrapassados pela linha de chegada móvel, o “Carro Perseguidor”, que larga 30 minutos depois dos competidores e vai aumentando de velocidade gradativamente. Em 2021, a prova acontece de forma digital por meio do aplicativo da corrida, com largada oficial em 9 de maio, às 8h (horário de Brasília).

Para saber mais, acesse: https://www.wingsforlifeworldrun.com/pt-br/locations/app .