A lei 8.213/91 pode ser considerada um marco na luta pela inclusão de pessoas com deficiência na sociedade. A reserva de 2 a 5% de vagas em empresas com 100 ou mais empregados prometia novos horizontes para o futuro do trabalho.
Em 2015, a Lei da Inclusão (13.146/2015) passou a garantir o “direito ao trabalho de sua livre escolha e aceitação, em ambiente acessível e inclusivo, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas”. Os ecos de ambas as medidas são amplamente positivos, mas, na prática, podem ser considerados discretos.
Dados apresentados pela Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2018, mostram que, das quase 47 milhões de vagas com carteira assinada daquele ano, somente 486 mil eram preenchidas por pessoas com deficiência. O número corresponde a 1,04% do total, número bem abaixo do esperado para uma população de 46 milhões de pessoas com deficiência.
Dentro de uma economia afetada pela pandemia da Covid-19, a disputa por emprego se tornou ainda mais acirrada. E, se o futuro do mercado trabalho para pessoas com deficiência gera expectativas de inclusão, a qualificação ganha peso no currículo.
Confira os principais desafios impostos pelo mercado e as habilidades cruciais para se tornar o profissional do futuro.
O caminho para o futuro do trabalho
Da abertura de processos seletivos à inclusão, existem múltiplos desafios para o futuro do trabalho das pessoas com deficiência. Se fosse respeitado o percentual exigido pela Lei de Cotas, pessoas com deficiência deveriam ocupar bem mais vagas do que o verificado hoje. De acordo com a produtora de conteúdo Ana Kelly Melo, porém, muitas empresas preferem pagar a multa do Ministério do Trabalho do que cumprir as cotas.
“O foco nas contratações ainda é necessário. É muito importante que as companhias considerem pessoas com deficiência em suas seleções”, ressalta Ana. Ana Kelly. Foto: Andressa Leão
Não são incomuns as situações nas quais pessoas com deficiência são efetivadas em cargos que não exigem ou consideram habilidades técnicas. Passam a simplesmente preencher uma vaga somente para “cumprir a cota”, sem perspectiva de aprendizado e crescimento dentro da empresa.
São casos nos quais os profissionais não são tratados como tal e ocupam cargos que, na avaliação de Ana Kelly, são subempregos.
As diferentes acessibilidades
A inclusão efetiva necessita que dois obstáculos sejam perpassados. O primeiro é que, frequentemente, as empresas não estão preparadas para receber empregados que sejam pessoas com deficiência. Logo, por não contarem com medidas de acessibilidade, acabam por “encostar” esses profissionais.
Para a consultora em inclusão de profissionais com deficiência Tabata Contri, a inclusão é necessária desde o planejamento de espaços acessíveis.
“Já passamos da fase de ‘fazer para’ e estamos no momento do ‘fazer com’. Inclusão se faz junto. Por isso, nós, pessoas com deficiência, usamos a frase ‘Nada sobre nós sem nós’, que ficou famosa na convenção da ONU que aconteceu no Brasil em 2006”, aponta Tabata.
E quando falamos em acessibilidade, não nos referimos somente a medidas arquitetônicas (espaços com rampas, piso tátil etc), mas também às cinco outras dimensões abaixo:
- Acessibilidade atitudinal: relacionada ao fomento de uma cultura inclusiva, sem estigmas ou discriminação.
- Acessibilidade metodológica: que aborda barreiras técnicas, de processos e metodologias no trabalho;
- Acessibilidade instrumental: que quebra barreiras no acesso a instrumentos de trabalho;
- Acessibilidade programática: para acabar com barreiras que estão dentro de leis, normas e regulamentos;
- Acessibilidade natural: relacionada a barreiras naturais.
As empresas devem sempre incluir pessoas com deficiência no debate sobre acessibilidade. Somente elas podem fornecer detalhes que fazem toda a diferença na construção de um espaço inteiramente acessível.
O profissional do futuro deve estar atento às múltiplas dimensões citadas acima. Dessa forma, será capaz de contribuir para a quebra de cada tipo de barreira.
O outro obstáculo para a inclusão está fortemente enraizado na sociedade. E deve ganhar atenção por ser uma das metas a serem superadas no futuro do trabalho: o capacitismo.
Capacitismo e liderança
O capacitismo consiste em atos de discriminação, opressão ou abuso da pessoa com deficiência. Está relacionado à dimensão atitudinal da acessibilidade, envolvendo estigmas que definem pessoas com deficiência como inferiores ou, o oposto, como heroínas.
Seus efeitos são sentidos em todos os segmentos do mercado, principalmente, na escalada entre cargos. Uma mentalidade capacitista faz com que diversos profissionais fiquem estagnados e sem perspectivas.
“Enquanto associarmos deficiência à incapacidade teremos entraves. Precisamos conscientizar as lideranças sobre o capacitismo que permeia as decisões de meritocracia e acabam travando o desenvolvimento e evolução hierárquica de vários profissionais”, explica Ana Kelly.
Já segundo Tabata Contri, menos de 1% das pessoas com deficiência ocupam cargos de liderança nas 500 maiores empresas para se trabalhar no Brasil. A causa seria a falta de credibilidade e de um olhar que ultrapassasse as deficiências e enxergasse o profissional.
“Precisamos entender que a inclusão de pessoas com deficiência é diferente de caridade. É oportunidade porque temos que pensar que esses talentos vão produzir e trazer resultados para os negócios. Não podemos ser contratados como deficiências. Somos talentos e temos muito a somar”, enfatiza Tabata.
O planejamento de recursos humanos deve considerar os postos ocupados por pessoas com deficiência como partes essenciais para o desenvolvimento da empresa. Na verdade, tão importantes quanto qualquer cargo, contribuindo não apenas para os objetivos organizacionais, como também para os individuais.
Para isso, é vital que se invista em uma cultura inclusiva e anticapacitista. Líderes e gestores devem olhar para o profissional com deficiência valorizando seu potencial e pensando em seu desenvolvimento. Além disso, devem estar bem preparados para gerir pessoas com diferentes deficiências e seus graus.
Em contrapartida, os profissionais não podem estar despreparados. O investimento constante em capacitação será decisivo para um futuro do trabalho altamente competitivo.
Habilidades para o profissional do futuro
“É preciso deixar claro que a Lei de Cotas abre oportunidades no trabalho, mas ela não garante estabilidade, promoção ou sucesso na carreira”, afirma Tabata Contri.
As palavras da consultora de inclusão reforçam o valor de um aprimoramento contínuo para o profissional do futuro. A necessidade de constante atualização já é realidade em praticamente todos os setores da economia, das novas tecnologias à gestão. Para profissionais com deficiência, a situação não seria diferente.
Como vimos, uma série de empresas ainda não cumpre – por diferentes motivos – a cota de contratações de pessoas com deficiência. Isso diminui o número de oportunidades abertas e aumenta bastante a concorrência.
A fim de se destacar, o profissional deve possuir um leque de habilidades diferenciadas. Além das hard skills, que envolvem conhecimentos técnicos como operar máquinas, elaborar códigos de programação, aplicar um protocolo de saúde etc. - as chamadas soft skills ganharam relevância como habilidades do futuro.
“Habilidades comportamentais, como relações interpessoais e autogestão são fundamentais. Serão destaque os profissionais que construírem relações de confiança com suas lideranças e com seus times”, completa ela.
E, por falar em qualificação, a falta de inclusão também atinge instituições educacionais. Da mesma forma que empresas contratantes, não é raro que escolas, cursos ou universidades não aceitem o ingresso de pessoas com deficiência. Isso sem considerar a acessibilidade do espaço ou da metodologia de ensino.
A educação se põe, portanto, como uma outra barreira a ser superada para o futuro do trabalho.
As novas profissões e modelos de trabalho
O profissional com deficiência também precisa ficar atento às possibilidades abertas com as novas profissões e modelos de trabalho.
A pandemia da Covid-19 acelerou uma tendência de descentralização com empresas de todos os portes adotando, por segurança, o home office.
Em primeiro momento, podemos pensar que a PcD tende a se beneficiar do regime de trabalho à distância. A economia de tempo e deslocamento é grande, sem contar as complicações urbanas como a falta de transporte público acessível e a má qualidade das calçadas.
A produtividade em casa, contudo, exige recursos. Acesso à internet, um ambiente confortável e sem ruídos, familiares que compreendam o expediente, entre outros, são indispensáveis ao regime remoto.
No caso de pessoas que tenham grande dificuldade de deslocamento e que tenham acesso a toda essa estrutura, exercer uma função à distância é uma solução.
Mesmo assim, existem situações em que o home office é prejudicial. Ana Kelly enxerga que um espaço de trabalho coletivo pode ser vantajoso em alguns casos.
“A socialização também faz parte da capacitação dos profissionais de forma que consigam navegar em um ambiente corporativo. Nesse ponto, o ambiente digital sai perdendo”, ressalta a produtora de conteúdo.
Cada situação é diferente da outra, sendo sempre melhor analisar individualmente.
Tecnologias saem na frente
Mesmo com um cenário abalado pela pandemia, um setor se sobressaiu justamente pelo contrário.
A área de tecnologia foi a menos afetada em 2020, ao obter um crescimento a taxas significativas. Uma alta demanda aliada à pouca presença de talentos com deficiência em tecnologia indicam que as novas profissões podem surgir da área de TI.
“Se formos dar uma dica para as pessoas com deficiência que estão definindo qual carreira ingressar, o universo da tecnologia é um caminho interessante”, conclui Tabata Contri.
O futuro do trabalho é oportunidade e qualificação
Pessoas com deficiência podem e devem ocupar todos os espaços na sociedade na busca da legitimação de seu lugar.
Ao mesmo tempo em que se faz necessário pressionar pelo cumprimento de medidas como a Lei de Cotas, promover oportunidades sem corresponder com qualificação é somente meio caminho andado.
Em suma, o futuro do trabalho exige que a sociedade mude a mentalidade capacitista, entendendo que as pessoas com deficiência têm papel importante a desempenhar dentro das organizações. E ainda mais: elas podem escolher exatamente qual é esse papel.
Autoridades no evento de divulgação do planejamento estratégico e da parceria com Hamamatsu em 2018 | Foto: Leandro Martins/CPB/MPIX
Atletas brasileiros que devem disputar os Jogos Paralímpicos de Tóquio em 2021 participarão de um intercâmbio digital com alunos japoneses do ensino fundamental da cidade de Hamamatsu, a partir desta quarta-feira, 18.
Ao todo, serão quatro encontros virtuais. A estimativa é que mais de 600 crianças japonesas participem da ação. Cada bate-papo contará com a presença de dois atletas da mesma modalidade. Eles conversarão sobre as expectativas para os Jogos Paralímpicos de Tóquio e responderão perguntas dos alunos.
O primeiro evento será nesta quarta-feira, 18, com estudantes da escola Nishi e contará com a participação dos nadadores Daniel Dias (classe S5, para atletas com deficiência físico-motoras) e Carol Santiago (S12, para atletas com baixa visão).
Já na segunda-feira, 30, será a vez dos alunos da escola Sunaoka conhecerem mais sobre o atletismo. Eles conversarão com a lançadora de dardo Raissa Rocha (F56, para cadeirantes) e o velocista Petrúcio Ferreira (T47, para amputados de braço).
Em dezembro, ocorrerá mais um bate-papo, no dia 8. A escola Miyakoda Minami terá a oportunidade de conversar sobre futebol de 5 com o goleiro Luan Lacerda e o pivô Raimundo Nonato. O último encontro será com os alunos da Sanarudai no dia 2 de fevereiro e com a presença dos mesa-tenistas Danielle Rauen (classe 9) e Israel Stoh (classe 7).
Com cerca de 790 mil habitantes, Hamamatsu fica localizada na província de Shizuoka, 260km ao sul de Tóquio. A cidade abriga a maior colônia brasileira no Japão, o que motivou o município a se interessar em receber a delegação nacional.
A direção técnica do CPB esteve em Hamamatsu em 2019, quando visitou as instalações esportivas que servirão para os ajustes finais da delegação brasileira antes dos próximos Jogos Paralímpicos. Todas serão adequadas a fim de propiciar as melhores condições de acessibilidade e treinamento aos atletas do Brasil.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
O Circuito BRB de tênis profissional em cadeira de rodas terá novas etapas a partir do próximo mês de dezembro, além da disputa da Supercopa. A competição, que retornou em outubro após a paralisação de calendário devido à pandemia do Covid-19, vai acontecer na Associação Médica de Brasília, no Distrito Federal.
O torneio é realizado pela Confederação Brasileira de Tênis (CBT), com o apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), da Federação Brasiliense de Tênis, e da Secretaria de Esporte e Lazer do Governo do Distrito Federal.
A etapa 2 do circuito ocorrerá entre os dias 5 e 7 de dezembro, enquanto a etapa 3 será realizada entre 8 e 10. Já a Supercopa será disputada logo em seguida, de 11 a 13 de dezembro.
As premiações (R$ 30 mil por etapa e R$ 60 mil para a Supercopa), serão divididas igualmente entre três categorias: Open masculino e feminino (para atletas com alguma deficiência nos membros inferiores) e Quad (para atletas com deficiência em três ou mais membros).
O formato de disputa terá, no máximo, oito atletas na chave principal de cada categoria, definidos pelo ranking nacional. São esperadas as participações dos campeões da etapa anterior, como Daniel Rodrigues (Open masculino), Meirycoll Duval (Open feminino) e Ymanitu Silva (Quad).
Haverá ainda a realização de uma chave secundária aberta, sem limite de inscritos e sem premiação. Para participar, é necessário que o atleta tenha mais de 14 anos e ser filiado à CBT.
Para se inscrever na competição, basta clicar neste link. O prazo das inscrições se encerra em 23 de novembro.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
Na Live Paralímpica desta sexta, 20, os atletas Raissa Rocha (atletismo) e Alex Sandro Souza (esgrima em cadeira de rodas) e a técnica de futebol de 5 Laryssa Macêdo debateram o tema “Negros no esporte paralímpico”. O bate-papo aconteceu na página oficial do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) no Facebook em celebração ao Dia da Consciência Negra, comemorado também em 20 de novembro.
Iniciada no mês de maio, a Live Paralímpica compõe o conjunto de ações feitas pelo CPB durante a pandemia do Covid-19. Ao todo, já foram realizadas 21 transmissões ao vivo. Confira a playlist completa aqui.
Para o esgrimista Alex Sandro, que começou no atletismo e migrou para a esgrima em cadeira de rodas, a modalidade é elitista devido à sua origem histórica. “A esgrima é um esporte muito antigo, praticado pela realeza. E os homens da corte defendiam sua honra com duelos [de esgrima], só depois virou um esporte olímpico”, explicou o atleta que compete na categoria A (para pessoas com movimentação de tronco) e tem má-formação congênita na perna direita.
A lançadora de dardo Raissa Rocha, medalhista de bronze no Mundial de Dubai 2019, compartilhou como foi a sua infância e adolescência e o seu processo de aceitação por meio da transição capilar.
“Quando eu comecei no esporte eu sentia que o meu cabelo me atrapalhava. O cabelo crespo, cacheado, demanda tempo e eu achava que o cabelo liso me daria praticidade. Comecei a alisá-lo desde novinha. Nos Jogos Rio 2016, eu não me identificava mais com o meu cabelo liso, não era eu. Eu não me aceitava pela minha deficiência, pelo meu cabelo, pela minha cor. Não tinha maquiagem que ficavam boas na minha pele. Do nada eu decidi entrar em transição capilar. Foram oito meses de transição e eu não aguentava a diferença do liso e do cacheado e decidi cortar”, revelou a atleta.
Técnica do CEDEMAC, time do Maranhão que tem toda a equipe técnica composta por mulheres, Laryssa Macêdo contou como mostrou para os seus atletas o seu cabelo. “Quando eu entrei no futebol de 5, os meninos não tinham contato com mulheres de cabelo crespo com o corte tipo ‘black’. Eu comecei a explicar para eles como era o meu cabelo e eles queriam ficar com um cabelo igual. Eles, ao passarem a mão na minha cabeça, percebiam e percebem até hoje realmente qual o tipo de textura do meu cabelo”, contou.
Confira a Live Paralímpica "Negros no esporte paralímpico" completa abaixo:
Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível A atleta Raissa Rocha é integrante do Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa que beneficia 70 atletas e sete atletas-guia.
Assessoria de Comunicação do Comitê Paralímpico Brasileiro (imp@cpb.org.br)
O Senac de Camaquã, no Rio Grande do Sul, está promovendo o curso “Cuidados para pessoas com deficiência”.
O curso é rápido, ocorrendo durante o turno da tarde, do dia 7 de dezembro até o dia 16 de dezembro. O curso é uma alternativa, não apenas para se destacar no mercado de trabalho, mas também para saber como lidar com familiares que necessitam de cuidados especiais.
Consta como grade do curso, temas como:
Mobilidade e Inclusão da pessoa com deficiência;
Características Fisiológicas e Patologias PCD;
Desenvolvendo Habilidades Necessárias para o Cuidar.
Acesse o site Senac Camaquã – https://www.senacrs.com.br/unidades.asp?unidade=73 – e confira a grade de cursos disponíveis na unidade da cidade. No site é possível conhecer todos os detalhes dos cursos disponíveis e conferir qual deles se encaixa melhor com as suas necessidades e sonhos.
O medicamento será ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em até 180 dias. - Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Os pacientes que sofrem de esclerose múltipla ganham mais um aliado no combate à doença. O Ministério da Saúde ampliou o uso do natalizumabe no tratamento da esclerose múltipla remitente-recorrente, o que representa 85% dos casos da doença. A decisão foi publicada por meio da Portaria nº 49, em 11 de novembro de 2020. Com isso, o medicamento será ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em até 180 dias.
Para avaliar a inclusão do natalizumabe, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) analisou o impacto das mudanças na qualidade de vida dos pacientes, assim como a relação custo-efetividade obtida por meio da comparação entre os medicamentos ofertados pelo SUS.
A esclerose múltipla é uma doença que atinge principalmente adultos jovens, na faixa etária entre 20 e 50 anos, e compromete o sistema nervoso central. O dano gera interferências na transmissão dos impulsos elétricos que controlam as funções do organismo e diversas consequências para os pacientes, como alterações na visão, no equilíbrio e na capacidade muscular.
Imagem representando a Língua Brasileira de Sinais (Libras)
Em Joaçaba / SC, a Unoesc acredita que promover a acessibilidade contribui para a construção de uma realidade muito mais sociável e respeitosa. Diante disso, está atenta às demandas relacionadas às pessoas com deficiência e tem promovido ações que viabilizem o acesso ao aprendizado de qualidade.
De acordo com a coordenadora do Núcleo de Apoio Pedagógico da Unoesc, professora Elisabeth Haffner Facin, foram realizadas várias rodas de conversa com os acadêmicos que têm alguma dificuldade de aprendizado ou ainda, algum tipo de deficiência, com o objetivo de compreender as dificuldades enfrentadas por eles, tanto para acompanhar as trilhas de aprendizagem, como as webconferências neste período de aulas remotas e ainda em outras situações do dia a dia universitário.
— Os professores são orientados a falar pausadamente de modo que o áudio seja ouvido claramente favorecendo os alunos que são cegos. Para os que são surdos ou têm baixa audição, disponibilizamos intérprete de libras e também legendas nos vídeos e webconferências. Caso algum deles ainda assim tenha dificuldades oferecemos atendimento individualizado para tirar dúvidas. Temos o cuidado para que os acadêmicos compreendam da melhor forma possível o conteúdo repassado — explicou a professora.
Paralelamente, o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) e o serviço de Apoio ao Estudante (SAE) também prestam apoio aos estudantes. Além disso, com o objetivo de proporcionar para as pessoas com deficiência uma comunicação mais clara e efetiva, a universidade está adequando a linguagem do seu portal de ensino, de seus e-mails, vídeos publicitários e ainda, das suas publicações nas redes sociais. Legendas, descrições com a #pratodosverem e ainda outras adaptações estão sendo implantadas.
— Este novo jeito de se comunicar visa a valorização da diversidade humana, estreitando o relacionamento para com os alunos, mantendo a qualidade do aprendizado e facilitando para que possam entender o modo como a Unoesc pode transformar vidas por meio de seus cursos e serviços — enfatizou o coordenador de Marketing da Unoesc Tiago de Matia.
Os que tiverem alguma sugestão que auxilie a melhorar ainda mais o processo de comunicação institucional, podem encaminhar para o e-mail marketing@unoesc.edu.br.
O Departamento de Jornalismo da Revista / Sistema Reação acompanhou o desempenho de mais de 150 candidatos a vereador por todo o Brasil que não conseguiram sucesso nas urnas em 15 de novembro.
São candidatos espalhados por todas as regiões do Brasil, que obtiveram votações expressivas em suas cidades, mas que muitas vezes foram barradas em função do partido não ter feito a quantidade de votos suficientes para ocupar vagas nas Câmaras Municipais.
Por outro lado o Sistema Reação identificou que em pelo menos 32 Câmaras Municipais por todo o Brasil terão pessoas com deficiência exercendo o cargo de vereador a partir de 1º de janeiro de 2021. Alguns foram reeleitos. A cidade de São Manuel, interior de São Paulo, por exemplo, terá dois cadeirantes no próximo mandato. Em Goiás, duas cidades serão comandadas por cadeiras: em Abadia de Goiás e Bom Jardim de Goiás.
As informações apuradas pelo Departamento de Jornalismo, até o fechamento desta matéria, são exclusivas.
O TSE – Tribunal Superior Eleitoral apenas divulgou o número de candidatos nas últimas eleições que, ao registrar a candidatura, informaram ser pessoa com deficiência e qual a deficiência, mas não divulgou nenhum resultado oficial desses candidatos. Nas eleições 2020 as pessoas com deficiência representaram, segundo o TSE, 0,64% do eleitorado nacional. Esse grupo do eleitorado soma 1.158.405 cidadãos que estavam aptos a votar.
De acordo com o órgão, foram 6.096 pessoas com deficiência que disputaram uma vaga ao Poder Legislativo, enquanto 239 foram candidatos a Vice-Prefeito e outros 249 a Prefeito.
A Revista Reação também apontou que foi a primeira vez que pessoas com síndrome de Down disputam as eleições no Brasil. Luana Rolim de Moura, em Santo Ângelo, RS, Larissa Leal, em Itabuna, BA e João Guilherme em Queimadas/PB concorreram as Câmaras Municipais mas não se elegeram.
VENCEDORES NA DISPUTA PELO EXECUTIVO
WANDER SARAIVA (WANDER DA ORTOMIX) foi eleito prefeito de Abadia de Goiás, GO, com 5.053 votos ele teve 64,23% dos votos válidos. A cidade fica na região central do estado. Ele tem 54 anos, é casado, tem ensino médio completo. É diretor e fundador do grupo Ortopedia Brasil, fabricante das cadeiras de rodas manuais e motorizadas da marca Ortomix, reconhecidamente uma das maiores e mais conceituadas no segmento em todo o Brasil. “Que orgulho. Que emoção! A comemoração da nossa vitória não poderia ser diferente: debaixo de chuva percorremos as ruas de Abadia de Goiás para agradecer pela confiança e pela votação expressiva que tivemos em todas as seções eleitorais. E mais uma vez demos o nosso recado: esse projeto não é nosso, é de todos vocês. De todos que sonham e sabem que é possível construir um novo rumo para Abadia de Goiás. E é com a força de cada um de vocês que vamos fazer uma das melhores administrações que essa cidade já viu. Essa vitória é uma conquista de todas as famílias de Abadia de Goiás. Por isso, vamos retribuir e honrar esse voto de confiança com obras, melhorias na área da educação, mais segurança e oportunidades de emprego. Muito obrigado, de coração!”, afirmou Wander da Ortomix, que assume o Poder Executivo de Abadia de Goiás, GO, à partir de 1º de janeiro de 2021.
ODAIR DO ODÉLIO, que é cadeirante, foi reeleito prefeito de Bom Jardim de Goiás, GO, com 50,56%. O atual prefeito conquistou 2.864 e permanece a frente do Poder Executivo. “Nossos sinceros sentimentos de gratidão a todos os 2864 votos que recebemos e que nos conduziram a gestão 2021/2024. Seremos gestão de todos e para todos e nossa cidade sem dúvida alguma irá rumo ao progresso e ao desenvolvimento que tanto buscamos. Muito obrigado a cada um de vocês que estiveram juntos conosco em toda essa jornada. Um abraço especial e que Deus abençoe a cada um”.
NA DISPUTA NO 2º TURNO
Fábio Manfrinato
Em Bauru/SP o atual vereador Fábio Manfrinato é candidato a vice-prefeito. No primeiro turno ficou em segundo lugar, com 33,28% dos votos válidos. Nas últimas eleições foi o vereador mais votado na história de Bauru, interior de São Paulo. Ele é esportista e pentacampeão mundial de Luta de Braço. Ainda criança contraiu a poliomielite. O candidato a prefeito é o Dr. Raul.
CANDIDATOS AS VICE-PREFEITURAS
Marcos da Costa
Em São Paulo/SP, no maior colégio eleitoral do Brasil, Marcos da Costa foi candidato a vice-prefeito na chapa que tinha como candidato a Prefeitura o Deputado Federal Celso Russomano. Eles obtiveram 10,50% dos votos válidos e ficaram em quarto lugar na disputa pelo executivo.Em 2015 ele foi vítima de um acidente de trânsito e precisou fazer a amputação de parte da perna direita.
Em Brotas/SP, João de Jesus, cadeirante, foi candidato a vice-prefeito. Leca Berto foi candidata à chefia do Poder Executivo. Obtiveram 36,34% dos votos válidos e ficaram em segundo lugar na disputa municipal, com 4.297 votos. O primeiro lugar venceu a disputa com uma diferença de 70 votos.
Em Ribeirão Preto/SP, a Assistente Social Mayra Ribeiro – com deficiência visual, foi candidata à vice-prefeita na chapa “Ribeirão Para a Maioria”. Com apenas 1,23% dos votos não foram eleitos.
Em Crissiumal/ RS, Claudia Voss Nass, cadeirante, foi candidata ao cargo de vice-prefeita recebendo 1,37% dos votos válidos e não venceu as eleições.
VEREADORES ELEITOS PELO BRASIL
Rio de Janeiro/RJ – Luciana Novaes, tetraplégica, foi reeleita na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, RJ, com 0,58% dos votos válidos obtendo 15.311 votos. “Acredito que através do meu trabalho como vereadora posso inspirar e ajudar muitas pessoas. Sonho com um Rio de Janeiro melhor, mais humano, inclusivo e com oportunidade para todos e todas. Essa campanha foi um grande desafio para nós, mas eu acredito que conseguimos transmitir a todos os cantos a nossa mensagem de inclusão, esperança e amor pelo Rio de Janeiro. Vamos juntos com esperança e fé mudar a cidade que amamos.
Joinville / SC – Alisson Julio, nasceu com AME – Atrofia Muscular Espinhal tipo 3, foi o vereador mais votado em Joinville com 9.574 votos. Aos 32 anos, ele irá para o seu primeiro mandato. “Vamos atualizar a política de Joinville. Serei o vereador da inovação. Liberdade para empreender, incluir e vivenciar a cidade. Sem privilégios, menos assessores e decisões com base em dados e evidências” são os compromissos do mandato de Alisson.
Belo Horizonte/BH – Walter Tosta, cadeirante, obteve 8.072 votos “Graças ao nosso Senhor pude ser eleito e irei representar os Belorizontinos na Câmara. Essa é a minha missão. Estou aqui para ser um legítimo representante da população de Belo Horizonte, com deficiência ou não, para construir uma cidade melhor para todos. Sou cadeirante desde os 15 anos. Eu sei o que é sofrer preconceito. Já passei por isso diversas vezes, vindo de diferentes meios. Mas eu nunca me deixei abalar e ao longo de toda a minha trajetória obtive grandes conquistas para a nossa cidade. Agradeço a todos vocês que estiveram comigo e que continuarão junto a mim nessa caminhada”. Ele já esteve Deputado Federal no período de 2011/2015.
Florianópolis / SC – Gabriel Meurer, ou Gabrielzinho foi reeleito com 3.690 em Santa Catarina. Ele tem uma doença rara, chamada Hipocondroplasia, que atinge o crescimento da cartilagem e prejudicou o desenvolvimento do corpo. “Muito obrigado! Eu só tenho a agradecer a todos vocês. O dia 15 de novembro de 2020 ficará marcado em minha história como o dia em que eu fui reeleito ao cargo de vereador de Florianópolis com 3690 votos. Cada um destes votos representa uma pessoa que confia em mim, acredita no meu projeto e estará ao meu lado durante o mandato para ajudar a construir um município melhor. Mais do que 45 dias de campanha limpa, sem acusações falsas, com propostas, superando fake news e respondendo questionamentos de todos nas redes sociais e nas ruas, venho de quatro anos de trabalho intenso. Ser reconhecido por cada um de vocês me deixa orgulhoso e ainda mais motivado. Este é só o começo de mais uma jornada. Vocês podem continuar me cobrando, questionando, dando sugestões e, acima de tudo, contando comigo sempre. Obrigado mais uma vez a todos que votaram e tenham certeza que vou honrar a confiança de todos. Abraço forte!”.
Montes Claros / MG – Rodrigo Cadeirante – o mais votado e reeleito em Montes Claros, MG, teve 3.550 votos e segue para o terceiro mandato consecutivo. “Eu pedi a Deus que só permitisse que colhesse aquilo que plantamos e ele é justo. Eu luto pela Justiça e contra as desigualdades, com cobrança, fiscalização e denúncia. Vou continuar trabalhando com a mesma disposição para retribuir cada um dos votos com muito trabalho. Me esforçarei todos os dias para não decepcionar os 3.550 eleitores que confiaram em mim. Durante a campanha, eu recusei verba do fundo eleitoral, partidário e todo tipo de doação financeira. Contei que apoio de familiares, amigos e voluntários que se sentem representados por nós”.
Garanhuns / PE – Juca Viana, com deficiência visual foi reeleito com 3.428 votos. “Quero agradecer imensamente a cada um de vocês! Agradecer a cada uma das 1714 pessoas, que depositaram em mim a sua confiança, o seu voto. Que acreditaram em meu projeto! Vocês realmente fizeram, e fazem a diferença, para a nossa amada Garanhuns! Estou extremamente honrado, por ter contado com o apoio de vocês! Todos, sem distinção, fizeram com que esse momento pudesse acontecer! Quero novamente frisar, que cada garanhuense pode contar comigo! Sempre estarei a disposição do povo e farei o que estiver ao meu alcance! Obrigado Senhor Jesus! Obrigado aos meus familiares! Obrigado a equipe Juca Viana! Obrigado garanhuenses! Sigamos firmes e fortes! A luta continua! É vitória, é Juca Viana!”
Belém / PA – Amaury da APPD foi reeleito com 3.177 na capital do Pará e ocupará uma vaga como vereador pela quinta vez consecutiva. Oriundo da Associação Paraense das Pessoas com Deficiência (APPD), Amaury da APPD é exemplo de vereador que surge de movimentos sociais, no caso na entidade que representa os direitos das pessoas com deficiência no Pará. Eleito para o quinto mandato, é um dos parlamentares com mais tempo na Casa, e começou a trajetória política em 1981, tendo sido fundador e presidente da associação. Foi também fundador da Federação Brasileira de entidades de Cegos
Natal / RN – Tércio Tinoco é o primeiro cadeirante eleito vereador na capital potiguar com 3.101 votos. “Eu agradeço demais a cada voto de confiança depositado nas urnas. O trabalho que eu sempre fiz em benefício das pessoas com deficiência vai poder ser ampliado com minha presença na Câmara. Minha eleição é uma prova de que é possível conquistar o eleitor com propostas. Não usei dinheiro público na campanha, não tenho padrinhos políticos, nem família tradicional na política. Tive muito apoio de pessoas com deficiência que se identificaram com a minha bandeira, de mais inclusão e equidade”.
Presidente Prudente / SP – Douglas Kato, cadeirante, foi reeleito com 2.980 votos. “Muito obrigado Prudente! Reafirmo meu compromisso de honrar os votos que vocês confiaram a mim. Estou muito grato a todos que fizeram essa corrente do bem e ajudaram a chegar nesse resultado lindo. Vou continuar lutando por todos vocês!”
Taubaté / SP – Talita é jovem, cadeirante e professora. Foi eleita com 2.900 votos e a segunda candidata mais bem votada na cidade. “Nesse domingo fizemos história! Quero agradecer a confiança de cada um de vocês que acompanharam e divulgaram o meu trabalho, acreditaram em mim e me escolheram para sua representante! Se um de nós está lá, todos estamos! O pódio é nosso!”.
Ponta Grossa / PR – Felipe Passos, cadeirante, foi eleito com 2.546 votos. “Vereador eleito! É por você. É por Ponta Grossa. Obrigado a Deus, a minha equipe e a cada um que faz parte dessa missão pelo bem da população!”.
Piracicaba/SP – André Bandeira, cadeirante, obteve 2.484 votos e foi reeleito na Câmara Municipal de Piracicaba, interior de São Paulo. “É com muito CARINHO e AMOR que agradeço a todos pelos votos de confiança O trabalho vai continuar e prometo que Piracicaba se tornara cada vez mais uma cidade desenvolvida, acessível, inclusiva, com qualidade de vida e crescendo em empregabilidade. Deus abençoe imensamente a vida todos vocês!”
Arapiraca / AL – Adriano Targino tem deficiência física por causa da Poliomielite e foi eleito com 1982 votos. “Obrigado a Deus por ter feito tudo do jeito Dele! Surpreendentemente Deus nos coroou e usou cada um de vocês! Somos gratos por vocês se juntarem a esse exército do bem! Deus os abençoe!” .
Goiânia/ GO – Willian Veloso, cadeirante, foi eleito vereador em Goiânia, GO, com 1.972 votos (0,33% dos votos válidos). “Não tenho palavras para descrever a minha gratidão a todos os goianienses que acreditaram no nosso projeto e apoiaram minha candidatura. Uma cadeira será de rodas e vamos lutar por todas as Pessoas com Deficiência. Nossa luta agora entra em um novo capítulo”.
Itajaí / SC – Marcelo Werner, com deficiência visual foi reeleito com 1.032 votos. “Foram 1032 votos de confiança e credibilidade para os próximos 4 anos. Agradeço a Deus primeiramente, a você que acredita em meu trabalho, aos amigos, a cada um que me apoiou durante esta campanha e a minha família querida, minha esposa Rose Werner e meus pais. O trabalho continua por toda Itajaí! VER com o coração é enxergar o próximo com amor. É assim que eu enxergo você!”
Carazinho / RS – Fabio Zanetti foi reeleito com 950 votos. Ele é Membro da Diretoria da ACADEV – Associação Carazinhense para pessoas com deficiência visual. “Obrigado pela confiança de cada um de vocês que depositou em mim, a esperança de dias melhores e de uma sociedade mais justa e principalmente inclusiva! Foram 950 votos e eu reafirmo meu compromisso com toda comunidade Carazinhense, como sempre fiz desde o início de minha vida pública! Muito obrigado, Deus nos abençoou!”
Pato Branco / PR – Professor Rafael Celestrin, com deficiência visual, foi eleito com 885 votos. “Agradeço a todos que acreditaram em meu potencial, meu muito obrigado pelo apoio, pela dedicação e essa multiplicação de votos que fez toda a diferença! Como eu comentei em minha campanha: Se é para entrar e for apenas mais um lá dentro, pois então que eu não entre. Quero entrar para fazer a diferença! Agora poderemos além de a fazer, mas sim, ser a diferença!!! Sou muito grato a todos vocês que confiaram em minha pessoa, que me deram seus votos de confiança. Agora vamos lá, juntos somos mais fortes, e revolucionaremos esse nosso quadro político atual!!!”
Santana de Paranaíba / SP – Nilson Martins, cadeirante, conquistou 791 votos. “Chegou a hora de trabalharmos por novos projetos para Santana de Parnaíba. O nosso trabalho precisa continuar. Precisamos de uma cidade cada vez melhor e juntos faremos a diferença. Quem luta vence! Quem espera alcança”.
Silvânia / GO – Washingthon, tetraplégico, foi reeleito vereador e o mais votado com 717 votos com 6,28% dos votos válidos. “Gratidão resume o nosso sentimento. Muito obrigado. Deus em primeiro lugar, quero agradecer a cada um de vocês, os 717 votos que depositaram sua confiança em mim na eleição deste domingo e concedendo à minha reeleição a vereador. Fui o candidato mais votado pela segunda vez consecutiva. Vamos todos continuar caminhando untos! E a todos que nos ajudaram a escrever mais este capítulo lindo em nossa vida. O nosso mais sincero MUITO OBRIGADO!!! Por uma Silvânia cada vez melhor”.
Medianeira / PR – Ivan Cadeirante foi eleito com 683 votos. “Muito obrigado meu Criador, minha família e meus amigos e comunidades. Minha gratidão eterna pelo apoio, por me acolher e pela recepção. Conte comigo. Estou aqui com vocês. Por vocês. E com vocês. Chegou o momento de unirmos rua com rua, bairro com bairro, comunidades com comunidades, todos juntos falando numa só voz. A voz da população Medianeirense junto somos mais forte!”
Penápolis/SP – Letícia Sader, cadeirante, foi eleita no interior de São Paulo com 680 votos. “Coração transbordando de gratidão aos 680 votos que me elegeram vereadora em Penápolis. Foi uma campanha desafiadora, mas muito bonita e gratificante. Provamos que é possível fazer política de outro jeito, sim! Sem precisar trocar voto por cerveja, churrasco ou cesta básica. Foi a campanha da coerência, de propostas bem apresentadas, de histórico de vida e, sobretudo, foi a vitória de todas as pessoas que dividiram comigo o sonho de uma Penápolis mais justa, humana e inclusiva. Eu vou honrar todos vocês e vamos juntos construir uma nova Câmara!”.
São Manuel / SP – João Paulo Piovan, cadeirante, foi reeleito com 668 votos. “Quero aqui agradecer primeiramente a DEUS por me dar saúde e sabedoria em mais está caminhada. Agradecer imensamente a minha esposa, aos familiares, amigos e simpatizantes que estiveram do meu lado me apoiando e ajudando na divulgação do meu trabalho. Muito obrigado a todos que depositaram os 668 votos de confiança”.
Bebedouro / SP – Leandro Lauriano (Lão), cadeirante, foi eleito com 666 votos. “É com extrema alegria, que venho externar minha profunda gratidão a Deus, pela oportunidade e responsabilidade que me foram concedidas, de representar cada um de vocês, que assim como eu, acreditam que é possível trazer mudança, renovação, inclusão e justiça para nossa querida Bebedouro. Muito obrigado por cada voto de confiança, desde as comunidades de onde vim e faço parte, e também por todos os votos de familiares, amigos e colegas de trabalho, votos esses, que são transformados em esperança de um breve futuro, de novas conquistas e realizações. Eu vos dou minha palavra, que honrarei a confiabilidade que recebi, trabalhando por nossa sociedade, fazendo frente a luta das pessoas deficientes, que até então, foram esquecidas das políticas públicas. Incluiremos a todos! Trabalharemos juntos, por uma Bebedouro mais Inclusiva, Acessível e com mais Igualdade. Deus abençoe a todos. Obrigado”.
São Miguel / RN – José Nelto de Carvalho, com deficiência visual, foi eleito vereador. “Quero agradecer aos 591 eleitores que confiaram no meu trabalho e no meu potencial. E que estiveram comigo desde o início desta minha caminhada. Na busca de fazer o bem sem olhar a quem, nunca foi obstáculo mesmo diante da minha deficiência. Desafios ficou para ser superados, Sonhos ficou para serem realizados e para vencer basta ter força de vontade”.
Paranaguá / PR – Isabelle Dias, surda e professora de Língua Brasileira de Sinais, foi eleita a única mulher em uma Câmara Municipal de 19 integrantes. Com 555 votos ela comemora e afirma que “Deus é justo! Obrigada Paranaguá pelo apoio e vamos juntos lutar por nossa cidade. Vamos comemorar juntos pela renovação dentro da Câmara Municipal de Paranaguá e por uma campanha que foi feita de AMOR e de CORAÇÃO. Muito Obrigada a todos pelo voto de confiança!”.
São Manuel / SP – Rubens Izidoro, cadeirante – eleito com 488 votos. “Venho agradecer a cada cidadão e cidadã que creditou em mim. Fizemos uma política limpa, apresentando ideias e mostrando a população que o desejo de servir a nossa querida cidade é maior do que qualquer interesse próprio. Vou me dedicar ao máximo para fazer valer a pena cada voto recebido, e conto com a participação de toda a população nestes próximos 4 anos que passaremos juntos, fiscalizando as ações do executivo e sua administração, buscar novos recursos para a cidade, analisar e aprovar projetos e ideias do executivo e também do legislativo, que beneficiem toda a nossa população, e o crescimento de nossa cidade. Contem comigo, pois tenho certeza de que juntos realizaremos um ótimo trabalho, colocando nossa cidade no caminho do desenvolvimento e da prosperidade!!”.
Araçagi / PB – Ana Kelly ou a Kelinha de Naldo foi eleita com 421 votos. Tem deficiência auditiva e cursa Letras na Universidade Federal da Paraíba. “Quero agradecer primeiramente a DEUS e a todos vocês 421 votos que abraçaram essa causa junto comigo. Graças a todos vocês hoje sou a primeira surda eleita vereadora da Paraíba. Agora, mais do que nunca, peço que todos continuem comigo para fazer um excelente e brilhante trabalho na Câmara Municipal de Araçagi! Obrigado a todos, Juntos fazemos a diferença”.
Pirapozinho / SP – Claudinei Dinello tem deficiência física por causa da Poliomielite. Foi reeleito com 411 votos (2,80% dos votos válidos). Ocupará pela sexta vez consecutiva uma vaga na Câmara Municipal de Pirapozinho. “A vida de um político deve ser guiada por cinco “C”s: caráter, compromisso, companheirismo, consagração e cristão. Ou seja, deve ser alguém com princípios éticos e morais, comprometido com os valores do Reino de Deus, que cumpra seu mandato com honra, de forma a glorificar o nome de Deus e, sobretudo, seguir os ensinamentos de Jesus Cristo”.
Apiaí / SP – Paulo Tsujimoto, tetraplégico, foi eleito 363 votos . “Queria agradecer a todos que me apoiaram e torceram por mim nessas eleições. Queria deixar um recado a toda Apiaí: Amo Apiaí. É um sonho realizado. Por Apiaí lutarei para o bem comum de todos. Apiaí, de coração, obrigado por essa oportunidade. DEUS os abençoe!”
Araçoiaba da Serra / SP – Leandro Portella, tetraplégico, foi eleito com 341 votos. “Sem palavras para agradecer tanto carinho! Essa vitória é nossa, agradeço os 341 votos e a chance de poder trabalhar por Araçoiaba da Serra! Uma pessoa que ama a vida e quer uma Araçoiaba para todos!”
Ituberá / BA – Cássio Reis, com deficiência visual e atleta na Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais – CBDV foi eleito com 260 votos e vai ocupar pela primeira vez uma cadeira na Câmara Municipal de Ibuberá. “Obrigado, galera. 260 disseram sim nas urnas para inclusão social, para esporte, para cultura, para saúde e segurança. Para uma Ituberá com mais oportunidades… brigaremos juntos por tudo isso, é um direito nosso! Em uma cadeira na câmara municipal vocês terão um representante de extrema coragem e convicto de todos os seus objetivos. Estamos juntos para legislar, cobrar e fiscalizar”.
Igaraçu do Tietê / SP – Zequinha da Cadeira tem deficiência física e foi eleito com 207 votos. Gostaria de agradecer a todos pelos votos de carinho que tenho recebido. Peço que continuem orando por mim nessa nova empreitada, para a construção de uma cidade melhor. Que deus abençoe a todos”.
Jandaia do Sul / PR – Adenilson Vicente, com deficiência visual foi eleito com 174 votos. “Quero agradecer primeiramente a Deus e a cada um de vocês, que me deram um voto de confiança para que eu pudesse ser eleito vereador. Muito obrigado a você que me deu sua atenção durante a campanha e que acreditou em mim e em minhas propostas. Que Deus te abençoe. Digo a você que vou trabalhar com transparência e honestidade representando os anseios da nossa população na Câmara municipal. Obrigado mais uma vez por esta oportunidade de ser o seu representante. Que Deus nos guie no caminho certo!”
CANDIDATOS POR TODO O BRASIL QUE DISPUTARAM AS ELEIÇÕES, MAS NÃO FORAM ELEITOS
São Paulo / SP – Juarez Pereira – 12.340 votos
Porto Alegre / RS – Reginete Bispo – 4.008 votos
São Paulo / SP – Bruno (Todos pela Acessibilidade) – 3.923 votos
Foto do lançamento do curso EAD Movimento Paralímpico, em fevereiro de 2019. Foto: Daniel Zappe/CPB/MPIX
24 DE NOVEMBRO DE 2020
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) fechou uma parceria com a Nippon Sport Science University, de Tóquio, para participar de um programa de capacitação de profissionais de países que nunca participaram de nenhuma edição dos Jogos Paralímpicos ou que ainda não possuem grande expertise no Movimento Paralímpico.
O programa de Educação Paralímpica é um dos pilares do planejamento estratégico do CPB e tem como um dos seus objetivos promover cursos online e gratuitos para profissionais de educação física. O CPB forma por ano, em média, 7 mil professores por meio do seu curso EaD Movimento Paralímpico: fundamentos básicos do esporte, além de oferecer qualificações online e gratuitas de arbitragem e habilitação técnica em atletismo, natação e halterofilismo e turmas presenciais em áreas como classificação, gestão, fisioterapia, iniciação, além de arbitragem e habilitação técnica.
Nesta semana, professores do atletismo paralímpico nacional, ligados à área da Educação Paralímpica do CPB, farão uma “sessão virtual” com cerca de 25 participantes, entre atletas e treinadores, de países latino-americanos como Guatemala, Honduras, Paraguai e Uruguai, e Guiné-Bissau, da África.
Rosicler Ravache é uma das profissionais do país que vão ministrar as apresentações. Coordenadora de paradesporto na Secretaria de Esportes de Joinville (SC), tem ampla experiência com iniciação esportiva de atletas com deficiência, ministra palestras e cursos e já acompanhou a Seleção Brasileira de Jovens em competições internacionais.
Outro professor será Eduardo Leonel, ex-atleta da modalidade e atual coordenador técnico da equipe de atletismo paralímpico da cidade de Santos. Também palestra e realiza cursos na área.
“O Brasil é uma potência paralímpica, e sentimo-nos no dever de difundir e promover o conhecimento e qualificação aos países que ainda não possuem um Movimento Paralímpico consolidado como o brasileiro. Gerar oportunidades para pessoas com deficiência em todo o mundo a partir do capital de conhecimento que nós temos aqui é uma satisfação e uma forma de fortalecer ainda mais a cultura do esporte para pessoas com deficiência no mundo”, afirma Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cinco em Atenas 2004 e Pequim 2008, e presidente do CPB.
A ação, chamada NSSU Expansion of Para Sports Participants (ampliação de participantes no paradesporto, em inglês), é financiada pela Japan Sport Agency (Ministério do Esporte do Japão), assistido pelo Comitê Paralímpico do Japão, e conta com o apoio do IPC (Comitê Paralímpico Internacional) por meio da Fundação Agitos.
O objetivo principal do programa é maximizar o número de países participantes nos Jogos Paralímpicos em Tóquio (o recorde histórico foi de 164 países em Londres 2012) e, em longo prazo, estabelecer o aumento da inclusão social nas nações atendidas.
Consiste também no desenvolvimento de treinadores e atletas paralímpicos pelo mundo e no apoio dos países à participação em Jogos e competições internacionais.
CONFIRA ABAIXO OS CURSOS NO BRASIL COM INSCRIÇÕES ABERTAS:
Todos os cursos são lecionados por profissionais do CPB com ampla experiência e vivência prática nos temas ou em áreas ofertados para formação.
Atletismo
O CPB está com inscrições abertas para suas clínicas de atualização em atletismo. As aulas online serão gratuitas e voltadas para profissionais da Educação Física de todo o Brasil que já concluíram o curso de habilitação técnica da modalidade.
Serão realizadas clínicas para todos os níveis de graduação em atletismo e a programação terá datas e conteúdos específicos para cada turma.
Natação
O CPB também está com inscrições abertas para suas clínicas de atualização em natação. As aulas online serão gratuitas e voltadas para profissionais da Educação Física de todo o Brasil que já concluíram o curso de habilitação técnica da modalidade.
Serão realizadas clínicas para todos os níveis de graduação em natação e a programação terá datas e conteúdos específicos para cada turma.
Halterofilismo
O CPB também está com inscrições abertas para suas clínicas de atualização em halterofilismo. As aulas online serão gratuitas e voltadas para profissionais da Educação Física de todo o Brasil que já concluíram o curso de habilitação técnica da modalidade.
Serão realizadas clínicas para todos os níveis de graduação em halterofilismo e a programação terá datas e conteúdos específicos para cada turma.
De acordo com a Agência Senado, “aguarda votação em Plenário o Projeto de Lei (PL) 5.149/2020, que prorroga, até 31 de dezembro de 2026, a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de automóveis para utilização no transporte autônomo de passageiros, bem como por pessoas com deficiência”.
A proposta é de autoria da Senadora Mara Gabrilli/SP e foi publicada no Diário Oficial no início de novembro de 2020. O texto altera a vigência do incentivo fiscal, que deixaria de existir no final de 2021, por meio de alterações na Lei 8.989, de 1995 (que dispõe sobre a isenção do IPI) e da Lei 13.146, de 2015, que institui o Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Antes de ir para votação final no Plenário o projeto precisa ser analisado por Comissões Permanentes, que apresentam, discutem e votam pareceres favoráveis ou contrários ao projeto. Possivelmente a proposta tenha que receber aval dos Senadores da CAS – Comissão de Assuntos Sociais, CAE – Comissão de Assuntos Econômicos, CCJ – Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania. A Presidência do Senado ainda não publicou por quais Comissões o projeto deverá ser discutido. Isso pode ocorrer nos próximos dias.
Para a Senadora Mara Gabrilli/SP “a isenção do IPI na aquisição de automóveis para uso no transporte autônomo de passageiros ou por pessoas com deficiência é um instrumento importante de amparo aos motoristas autônomos, cada vez mais numerosos, e de inclusão das pessoas com deficiência. No cenário econômico atual, milhões de trabalhadores têm dificuldade de encontrar vagas de emprego, e recorrem, como meio de vida, ao transporte autônomo de passageiros, atualmente muito dinamizado pelo uso de aplicativos para telefones celulares, observa a senadora na justificativa da proposição”.
Mara Gabrilli destaca que as pessoas com deficiência encontram inúmeras barreiras no transporte público e, em muitos casos, precisam de adaptações nos veículos de sua propriedade para torná-los acessíveis. Dessa forma, incorrem em custos e em dificuldades, que são apenas parcialmente compensados pela isenção do IPI. Já as pessoas com deficiência que não necessitam dessas adaptações obtêm, na isenção, uma pequena compensação por outros custos e transtornos que as barreiras sociais ainda criam na nossa sociedade, que ainda precisa trilhar um longo caminho para se tornar mais inclusiva, observa Mara Gabrilli.
A autora do PL 5.149/2020 observa ainda que o Estado assumiu compromissos quando da ratificação da Convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, em 2008, com status de emenda à Constituição, nos termos do artigo 5º, parágrafo 3º, da Constituição.
“Entre os compromissos como Estado-Parte, devemos levar em conta a proteção dos direitos das pessoas com deficiência em todos os programas e políticas e, em relação aos direitos econômicos, sociais e culturais, a tomar medidas, tanto quanto permitirem os recursos disponíveis, a fim de assegurar progressivamente o pleno exercício desses direitos (Artigo 4, Obrigações gerais)”, conclui Mara Gabrilli na justificativa do projeto.