A concessionária CCR ViaOeste possui vagas abertas destinadas às Pessoas com Deficiência (PCD) para atuar na função de agente de arrecadação na praça de pedágio Barueri, SP, na rodovia Castello Branco. Não é exigida experiência profissional e o grau de instrução desejável para o candidato é ensino fundamental completo.
Os candidatos devem residir na Grande São Paulo, mais especificamente na região de Barueri, Osasco, Carapicuíba e Itapevi. A carga horária mensal é de 220 horas em escala de revezamento. Além de salário compatível com a atividade, a empresa oferece benefícios, como vale-alimentação, vale-transporte, seguro de vida, convênio médico e odontológico e PLR (Participação nos Lucros e Resultados).
Os interessados em participar do processo seletivo devem fazer o cadastro através do campo Trabalhe Conosco disponível no site www.viaoeste.com.br. O Grupo CCR utiliza a plataforma Kenoby, sistema integrado de gestão de pessoas que concentra todos os currículos cadastrados nos sites das unidades e filtra os candidatos de acordo com os requisitos e qualificações para cada vaga.
A avaliação de currículos será exclusivamente pelo cadastro nos sites, ou seja, documentos entregues impressos nas bases das empresas ou enviados por e-mail não serão considerados.
Com o objetivo de desmistificar o sentimento de medo e insegurança em acessar os recursos tecnológicos, garantindo maior autonomia e a inclusão da Pessoa com Deficiência, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD) disponibiliza o TeleApoio Tecnológico, serviço de atendimento de inclusão digital.
A atividade é realizada por assessores em inclusão do Centro de Tecnologia e Inovação e do Serviço de Reabilitação Lucy Montoro – Jardim Humaitá, equipamentos da SEDPcD, e funciona com abrangência estadual de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. O atendimento pode ser feito pelo e-mail faleconosco@cti.org.br ou por meio do aplicativo WhatsApp (11) 99841-6685/99690-3359.
O serviço visa auxiliar a pessoa com deficiência no uso de aplicativos on-line. Com o isolamento social devido a pandemia de COVID-19, aumentou-se a necessidade do uso destes aplicativos e conhecimento em recursos tecnológicos, para isso a SEDPcD também oferece cursos de ensino à distância (EaD) sobre tecnologia voltados à pessoa com deficiência, que fazem parte da ação de inclusão digital.
As pessoas com deficiência interessadas, poderão se matricular nos cursos de: Alfabetização Digital, Digitação, Redes Sociais e Tecnologia Assistiva voltada para pessoas com deficiência visual. As inscrições podem ser realizadas pelo link http://bit.ly/2WwSWzd .
A educação tem sido um dos setores mais impactados pela pandemia do novo coronavírus. Adotado às pressas na quarentena, o ensino remoto tem desafiado as competências e habilidades dos educadores e profissionais da educação.
Para conversar sobre os desafios que esta situação está causando no trabalho do professor e as sensações que a educação a distância tem provocado, a SOMOS Educação promoveu um webinário sobre o tema, com o professor Gabriel Assis. Neste post, trouxemos alguns pontos importantes dessa conversa. Confira!
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MUDANÇA OU TRANSFORMAÇÃO?
Os conceitos de mudança e transformação podem parecer similares num primeiro momento, mas possuem aplicabilidades diferentes, principalmente em cenários como o atual. A principal diferença entre eles é que a mudança se refere a um movimento que fazemos para manter um status quo, as condições que estavam inicialmente postas. Já o processo de transformação diz respeito a novas e melhores maneiras de se fazer algo, em uma efetiva ressignificação e entrega.
Ao perceber que não há nenhum precedente na história da educação para esse momento de pandemia e que manter as coisas como eram antes não é mais uma possibilidade, o processo de transformação começa realmente a fazer sentido. A escola que conhecíamos não existe mais. As novas condições estão postas e é preciso que os educadores se entreguem às ferramentas e recursos possíveis e disponíveis para essa transformação.
AS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES DESENVOLVIDAS
Ao longo do webinário, Gabriel propõe uma série de atividades e momentos de reflexão. Vale a pena conferir o bate-papo na íntegra. Entre os raciocínios propostos, o educador sugere um olhar sobre as próprias trajetórias escolares com relação as competências e habilidades estimuladas e desenvolvidas. Segundo Gabriel, a escola oferece os espaços para esse desenvolvimento, mas a efetiva elaboração de competências e habilidades foi, certamente, uma responsabilidade individual.
Por isso, por meio de uma ferramenta nomeada 1a, 2a e 3a pessoa, Gabriel ressalta a importância do autocuidado e autoconhecimento por parte dos professores, coordenadores e diretores. O trabalho dessas competências influencia diretamente no relacionamento entre os membros da comunidade escolar, tão essencial no período que estamos vivendo. Se não estivermos bem, muito provavelmente as relações que estabeleceremos não serão boas e potentes.
CRENÇAS E CONVICÇÕES
De acordo com Gabriel, são os valores humanos que dão origem às atitudes. Para que isso aconteça, as crenças e convicções são o cerne dessas construções. Pensando nisso, ele sugere uma prática de atividade chamada ‘Eu e meus filtros’, através de um processo auto-avaliativo sobre as crenças pessoais e verdades absolutas.
A proposta é que os educadores percebam suas resistências, como, por exemplo, a de que a educação a distância não funciona, para que seja possível uma ruptura dessas crenças. Só assim será possível adquirir novas visões de mundo. A educação a distância desenvolve (ou tem potencial para desenvolver) muito mais a autonomia do estudante do que a educação presencial.
Além desse exemplo, o educador sugere uma revisão de questões como o erro não fazer parte do processo de aprendizagem, ou, ainda, de que existem diferenças entre educação e ensino, quando se pensa na nomenclatura dos estágios educacionais (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio). Para Gabriel, o processo de desenvolvimento na educação é uma contínuaquebra de crenças. É preciso observar que educar é formar crenças à medida em que acontecem conexões entre pessoas e conhecimento de novos mundos.
COMPETÊNCIAS QUE ESTÃO EMERGINDO
Gabriel elenca no webinário seis competências que vão emergindo a partir do trabalho com a ferramenta nomeada 1a, 2a e 3a pessoa e da identificação das crenças e convicções. Essas competências fazem parte de uma crescente que parte do “eu” (indivíduo) e caminha para um “nós” (coletivo). São elas:
Bem-estar: entendendo que tudo começa com a relação que você desenvolve consigo. Sendo assim, é preciso estabelecer uma relação de cuidado consigo mesmo;
Confiança: ao cuidar de si, é possível desenvolver a confiança, diretamente relacionada à autoestima. Essa confiança é fundamental para um ambiente escolar que faça sentido para todos e não apenas para o aluno;
Escuta ativa: a confiança gera a escuta ativa.
Comunicação: quando eu escuto o outro eu me comunico melhor.
Inovação: se eu escuto as pessoas, eu conheço suas crenças e consigo trabalhar a inovação.
Negociação: ouvir o outro e conhecê-lo me ensina a negociar.
O futuro é coletivo, assim como o ambiente escolar. Em uma sala de aula com 30 alunos, as incertezas e complexidades são inúmeras. Dessa maneira, ao compreender a escola a partirdo conceito de comunidade, é fundamental que se pense nas comunicações e nas maneiras de se negociar e aprender com as pessoas.
Esse processo de desenvolvimento impacta toda a comunidade escolar, permitindo inovações, ações coletivas e construções alinhadas com o todo. Essas são as competências e habilidades socioemocionais necessárias aos professores dos novos tempos.
Vale lembrar que o processo de desenvolvimento dessas competências é cíclico, visto que a escuta ativa assegura a empatia, por exemplo, e para que ela aconteça é preciso ter uma relação de cuidado e bem-estar, que por sua vez, atribui-se à confiança e assim por diante. É preciso escutar o próximo e a si mesmo para que as decisões tomadas sejam as melhores. Juntos conseguiremos alcançar a excelência de ensino sonhada por tantos educadores.
Objetivo é enfrentar deficiências de alfabetização
Estados e municípios têm até esta quarta-feira (30) para aderir ao programa Tempo de Aprender, do Ministério da Educação (MEC). A iniciativa tem o objetivo de enfrentar as deficiências de alfabetização no país.
As secretarias estaduais e municipais de Educação interessadas em aderir ao programa devem preencher o formulário com o e-mail e o CPF do respectivo secretário da pasta. Os dados cadastrais do secretário municipal, estadual ou distrital de Educação devem estar atualizados no sistema PDDE Interativo, ferramenta do MEC utilizada para o repasse de recursos às secretarias e para apoio à gestão escolar.
Alfabetização
O programa tem ações estruturadas em quatro eixos: formação continuada de profissionais da alfabetização, apoio pedagógico para a alfabetização, aprimoramento das avaliações da alfabetização e valorização dos profissionais da alfabetização.
O Tempo de Aprender disponibiliza um curso online de formação continuada em práticas de alfabetização, com estratégias de ensino para o primeiro e o segundo ano do ensino fundamental. Ele é destinado a professores, coordenadores pedagógicos, diretores escolares e assistentes de alfabetização, que, neste caso, não dependem da adesão do ente federativo ao programa em si para se inscrever e participar do curso online.
O curso também é aberto a gestores de redes educacionais, pais de alunos ou a qualquer pessoa interessada no tema e que queira ter acesso ao conteúdo de formação. O acesso é gratuito e a carga horária é de 30 horas.
Desenvolvido pela Pestalozzi de Bonito/MS, com apoio e financiamento da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Assistência Social e Trabalho, o Projeto Click Click objetiva oportunizar às pessoas com deficiência desafios antes não imaginados, devido a suas restrições físicas e/ou cognitivas, tendo assim um modelo pragmático e inovador que transforme o mundo ao seu redor de forma positiva, alterando o contexto que está inserido, elevando a autoestima e promovendo o protagonismo daquele que fotografa.
A Oficina de Fotografia, oferecida na sede da Instituição, já atendeu mais de 20 alunos. O fotógrafo paulista de trajetória internacional e especialista em antropologia visual, Evandro Sudre, 43 anos, foi parceiro da ação. Ele já fotografou em 27 países e conquistou mais de 30 prêmios e nomeações nos Estados Unidos, Canadá e países da Europa e Oriente Médio.
Segundo a diretora da Instituição, Sueli Silveira, uma das razões para fotografar está relacionada a uma necessidade de comunicação, de expressão, que revela milhares de possibilidades de interpretações, mesmo sendo sobre um momento congelado e guardado para todo o sempre.
“O impacto da foto do céu já rompeu as emoções da equipe e de fato tudo ficou emocionante, nem mesmo as moscas do boi Manhoso ficaram indiferentes ao olhar dos nossos fotógrafos especiais. O formigueiro ganhou de fato seu lugar ao Sol. Com olhar de infinito essa exposição virtual é show”.
A exposição das imagens do projeto será feita, em primeiro momento, pelo site . Assim que possível, a instituição pretende dar ainda mais visibilidade ao trabalho, com exposição em eventos e locais públicos.
Pestallozi de Bonito
A Associação Pestalozzi de Bonito foi fundada no dia 14 de abril de 1988, por um grupo de pessoas da sociedade Bonitense, ligada a corajosa e abnegada atitude de amor e vontade filantrópica, assim designada Organização da Sociedade Civil. Sendo associação sem fins lucrativos decretada de Utilidade Pública Municipal, Estadual e Nacional, a Entidade Mantenedora é composta de voluntários dentre os munícipes que formam a diretoria, hoje está presidente Marly Monteiro dos Santos, composta das áreas de Educação, Saúde e Assistência Social.
A Instituição tem seu funcionamento garantido através de repasses fundo a fundo e Termos de Fomento três esferas de governo nas áreas da Assistência, Educação e Saúde, bem como Doações Voluntárias de Associados que acompanham e acreditam na importância e qualidade dos serviços prestados. O Centro de Atendimento a Pessoa com Deficiência presta atendimento na área da Saúde e Assistência Social e Educação.
Atualmente são atendidos diretamente 96 Pessoas com Deficiências diversas e cuidadores, e 280 indiretamente. O cotidiano das pessoas com deficiência e familiares é extremamente complexo e exige trabalho constante e específico. Nesta perspectiva, a Instituição há 06 anos vem desenvolvendo Projetos elevando a qualidade do atendimento.
No mês que a Lei de Cotas completa 29 anos de existência, o CIEE – Centro de Integração Empresa Escola afirma, em nota, que joga luz aos desafios que envolvem os profissionais PCDs e o retorno ao escritório, uma vez que muitos fazem parte do grupo considerado de risco e ainda não existem soluções de fácil acesso para o período pós-pandemia, como máscaras para surdo-mudos ou tapetes de higienização que garanta a total limpeza das cadeiras de rodas. “A Lei de Cotas completa 29 anos de existência. Ela traduz a resistência e a luta da Pessoa com Deficiência em garantir seu espaço no mundo do trabalho. A inclusão é uma jornada: alguns estão iniciando, buscando vencer desafios e resistências. Outros já estão com a possibilidade e a convivência diária, todos buscando sair da zona de conforto que as relações nos trazem. Trabalhar pela inclusão da Pessoa com Deficiência é encarar de frente o medo do desconhecido, é buscar pelo novo e de dar chance de uma pessoa muito diferente de você te conquistar. É motivo de comemoração e também de continuar com esse engajamento, até chegarmos a um ponto de não haver necessidade de lei ou cumprimento de cota para que as pessoas ocupem os lugares que puderem e, principalmente, que quiserem”, afirma Lilene Ruy, supervisora de Inclusão Social do CIEE.
Para Lilene Ruy, além da adaptação, também é necessário discutir a inserção de Pessoas com Deficiência no mundo do trabalho. Segundo o Centro de Integração Empresa-Escola – CIEE, o número de oportunidades de estágio e aprendizagem apresentou retração de 80% desde o início da pandemia, pois muitas empresas cancelaram oportunidades ou postergaram.
Entretanto, já foi possível registrar uma pequena melhora e as empresas têm buscado o INCLUI para a abertura de oportunidades.
De acordo com o Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção do Trabalho no Brasil, apenas 50,62% das empresas cumprem a cota de Pessoas com Deficiências e reabilitados. No setor privado esse percentual é de 52%, e de apenas 11,21% na administração pública. A última atualização é de 2018.
O relatório da Relação Anual de Informações Sociais 2018, publicado pelo Ministério da Economia em outubro de 2019, mostra que a evolução proporcional de pessoas com deficiência no estoque de empregos formais foi de 1,04%.
Os aros de impulsão das cadeiras de rodas não podem deixar de entrar na manutenção mensal ou até semanal, se o cadeirante for muito ativo. Afinal, eles são o principal local de contato que temos ao locomover a cadeira. Além de ser limpo diariamente, uma vez por semana é importante apertar as porcas que os ligam aos parafusos que ficam por dentro dos aros das rodas da cadeira. Aproveitando o ajuste, limpem bem as porcas, pois com o tempo podem enferrujar. Quem mora no litoral deve ter especial atenção a estas peças. Os aros em si não costumam enferrujar por serem feitos de alumínios em sua maioria. Mas se forem de ferro, a limpeza diária é fundamental.
Outra coisa importante é verificar se há arranhões profundos ou entalhes que podem gerar pequenos "pontos" no alumínio. Estes pontos, se não forem identificados, podem cortar a mãos ou os dedos em uma freada ou até numa tocada. Já aconteceu comigo e já vi acontecer com amigos. Pode parecer bobagem, mas dependendo do tamanho do "desnível" do aro, machuca bem.
Uma chave resolve pequenas lascas no aro
Para resolver este problema basta usar a parte lisa de uma chave e raspar no aro onde estiver danificado várias vezes até sumir. Como o metal da chave é mais forte que o alumínio, ela "come" a lasca até nivelar. Outra solução é pegar uma lixa fina comum e passar no local até nivelar. Mas será preciso passar muitas vezes até conseguir um bom resultado. Com a chave é mais rápido, porém mais "grosseiro". A lixa tem a vantagem de uniformizar a superfície e tirar outros arranhões menores.
O que sugiro é usar a chave para tirar as lascas quando aparecerem, e uma vez por mês desmontar os aros e dar uma lixada geral neles. Assim eles ficam mais bonitos e uniformes. E ainda é um bom exercício!
Denúncias podem ser feitas pela página da Delegacia Virtual, aparelhada para apurar os fatos e agir
Desde sexta-feira (24), encontra-se regulamentado o registro de ocorrência de violência doméstica por meio da Delegacia Eletrônica da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). A medida segue o protocolo de saúde adotado pelo GDF durante a pandemia de Covid-19.
Uma vez registrada eletronicamente, a ocorrência é encaminhada à área responsável pela apuração. O profissional da delegacia poderá entrar em contato – via telefone ou mesmo por WhatsApp – para obter mais informações sobre o fato.
Caso a pessoa não tenha acesso à internet, a denúncia também pode ser feita por meio do telefone 197 (opção 3). Nessa circunstância, a ligação será transferida para a delegacia mais próxima do endereço informado pela vítima, que dará continuidade ao atendimento.
Ajuda ampliada
A titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), Sandra Gomes, destaca a importância da medida: “A regulamentação publicada aperfeiçoa os canais que a PCDF já havia disponibilizado desde o início da pandemia e visa garantir que as mulheres do Distrito Federal, vítimas de violências, em especial a violência doméstica, ocorrida na maioria das vezes no interior dos lares, tenham ao seu alcance todas as formas possíveis para pedir ajuda”.
A ampliação dos registros via internet já havia ocorrido no final de março. Até então, delitos como lesão corporal, crimes praticados em outros estados, desacato, desobediência e constrangimento, só podiam ser registrados presencialmente.
Direitos garantidos
A delegada Sandra Gomes lembra que a portaria regulamenta o segundo atendimento, ou seja, o acompanhamento da ocorrência pela autoridade policial após o registro do fato. Durante esse procedimento, a vítima poderá relatar mais detalhes e fornecer provas para instrução do processo e encaminhamento ao Judiciário. Se preciso, a pessoa denunciante também pode solicitar ajuda, como atendimento médico ou auxílio para buscar pertences.
“As delegacias – tanto as especializadas de atendimento à mulher quanto as demais – estão realizando os atendimentos independentemente do registro on-line”, esclarece a delegada. “É preciso que o Estado garanta às mulheres todos os canais de acesso possível para pedidos de ajuda, principalmente no momento atual, em que sabemos que a violência pode se potencializar”.
“É preciso que o Estado garanta às mulheres todos os canais de acesso possível para pedidos de ajuda, principalmente no momento atual”Delegada Sandra Gomes, da Deam
Representantes das escolas, por outro lado, lamentam a decisão do Tribunal Regional do Trabalho
(foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
Com retorno previsto para esta segunda (27/7), as escolas particulares do Distrito Federal precisarão esperar para abrirem as portas. Neste sábado, o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) decidiu suspender o retorno das aulas em instituições particulares da capital por 10 dias. A decisão atende, parcialmente, um pedido feito pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), na sexta-feira. A medida agradou entidades representativas de pais, estudantes e professores, mas foi criticada por representantes das instituições de ensino.
O juiz à frente da decisão, Gustavo Carvalho Chehab, também estendeu a decisão para as unidades de ensino superior da capital. No pedido, os procuradores argumentaram que o retorno às aulas presenciais provocaria riscos à comunidade escolar, e que deveria haver um calendário padronizado também com as unidades públicas de ensino, que estão com retorno previsto apenas para 3 de agosto.
De acordo com o magistrado, a medida pode ser revertida ou ampliada “a qualquer momento pelo juízo natural da causa, se entender de modo diverso”. A suspensão, de acordo com a decisão, permanecerá em vigor “até que sejam prestadas novas informações e dados a esse juízo”. Apesar de suspender temporariamente o retorno, o juiz indeferiu os pedidos do MPT para que novo decreto fosse elaborado pelo GDF e para que medidas adicionais fossem cobradas das escolas particulares.
O Governo do Distrito Federal (GDF) disse que prestará as informações solicitadas pela Justiça. Em um primeiro momento, o Executivo informou que iria recorrer da decisão. No entanto, no fim da tarde de ontem, o GDF corrigiu a informação e disse que cumprirá a decisão da Justiça.
Controvérsias
O presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe), Álvaro Domingues, disse que a notícia surpreendeu as unidades de ensino privadas. “Estávamos, todos, preparando um retorno seguro, investindo e treinando as equipes para oferecer o melhor possível para aquelas famílias que precisavam”, reforçou.
De acordo com Álvaro, em 16 de julho, o Sinepe participou de uma reunião com o MPT, que não teria feito manifestações contrárias à abertura das escolas. “Essa decisão tempestiva, nesse momento, trará apreensão e mais insegurança ao setor”, criticou. Segundo o presidente da entidade, agora, o que se espera é que haja outra medida, “o mais breve possível”, em favor da normalidade e de uma previsibilidade para que as escolas sejam abertas.
Em contrapartida, o diretor jurídico do Sindicato dos Professores de Entidades de Ensino Particulares do DF (Sinproep), Rodrigo de Paula, comemorou a decisão da Justiça e destacou que o momento não é ideal para que as aulas voltem na capital. “Fomos nós que formalizamos esse pedido ao Ministério Público”, comentou. De acordo com ele, as unidades de ensino privadas têm condições de manter as atividades de forma remota. “Apesar de termos certa dificuldade com a educação infantil, logo após o início da suspensão, essa modalidade já foi colocada em prática”, frisou.
De acordo com Rodrigo, o Sinproep tentou diálogo com o Executivo para que as aulas não voltassem neste momento da pandemia. “Não tivemos outro mecanismo, a não ser acionar o Ministério Público”, disse. O presidente do sindicato ainda destacou que, com a volta das aulas, serão cerca de 280 mil alunos da rede privada e 20 mil funcionários na ativa, o que é arriscado nesse período. “Esperamos que nesses 10 dias tenhamos diálogo com o governo para fazer um pacto pela vida, com o máximo de segurança. Vamos avaliar se esse período é suficiente. Voltar à escola é colocar em risco a vida de pessoas”, alertou.
Para Alexandre Veloso, presidente da Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino (Aspa), esse tipo de conflito entre o Executivo e Judiciário gera insegurança. “Na verdade, a gente não sabe mais em quem confiar. O que se espera é que o GDF, nesse prazo de 10 dias, amadureça a discussão sobre o retorno das aulas e que ela se torne técnica, científica e transparente para os pais”, frisou.
O presidente da Aspa reconhece que muitos pais precisam do retorno das aulas, porque quase toda a atividade comercial da capital voltou à ativa. “A gente defende que o retorno precisa acontecer de forma segura. Infelizmente, o Executivo não veio a público mostrar as medidas que foram tomadas nas escolas particulares. Essa decisão da Justiça acaba sendo fruto de uma falta de gestão”, lamentou. De acordo com Alexandre, falta transparência nas decisões e, infelizmente, o adiamento do retorno das aulas vai pegar muitos pais de surpresa, que se preparavam para a volta das atividades.
Debate
Entre os responsáveis dos alunos não há consenso. A polarização entre quem optou por levar crianças e adolescentes às aulas e quem preferiu ficar em casa formou discussões em grupos de WhatsApp e gerou até brigas, como conta Gustavo Carvalho, 45 anos. “Fui até ofendido por ser a favor da volta, mas acho que a escola tem de dar a opção do ensino presencial e a distância. Nós estamos confinados há muito tempo, e isso é negativo no aspecto psicológico. Vejo pai tendo de medicar criança de 12 anos, porque ela está com ansiedade e síndrome do pânico”, comentou o administrador.
Por outro lado, a pediatra e avó de quatro netos Ana Goretti Kalumi Maranhão, 66 anos, não concorda com retorno das aulas nas escolas particulares da capital. “Aconselhei as minhas filhas a não liberar o retorno deles para a escola. O vírus está circulando em grande quantidade no DF”, comentou. De acordo com ela, o ideal é que tivesse uma redução consistente do coronavírus para que ocorra a retomada das aulas.
Ana ressalta que, além do risco para os alunos, há o restante da comunidade escolar, como professores. “Considero que o mais importante, no momento, é manter a saúde dos alunos e de todos que convivem no ambiente. A reabertura significa maior circulação de pessoas na ruas, o que expõe a população”, comentou. Segundo a pediatra, outras estratégias devem ser pensadas para que ocorra essa reabertura e, por enquanto, os netos continuarão no ensino a distância, mesmo que as escolas sejam autorizadas a retomar as atividades. Palavra de especialista
“Aprendizado para todos”
“A volta às aulas está sendo um período de extrema apreensão tanto para os pais quanto para nós, pediatras. A Sociedade Brasileira de Pediatria não recomenda a volta às aulas neste momento. Até agora, não dispomos de tratamento antiviral efetivo tampouco vacinas profiláticas. Crianças, mesmo assintomáticas, podem ser transmissoras da doença. Tossem, espirram, compartilham brinquedos e alimentos sem maiores cuidados. Mas sabemos que muitas famílias necessitam que os filhos voltem às aulas. Sendo assim, orientamos precauções, alguns cuidados que devem ser tomados para ajudar a diminuir o número de casos infecciosos. É importante também a adoção de políticas de educação para prevenção de infecções, que envolvam alunos, pais, professores e funcionários. Os pais devem ser orientados a não levarem seus filhos à escola ao menor indício de quadro infeccioso, seja febre, manifestações respiratórias, diarreia, entre outras. A escola deve ter ainda um espaço reservado para a situação em que haja adoecimento de algum aluno, professor ou funcionário. Dependendo do contexto clínico, pode haver a necessidade de conduzir o estudante para atendimento médico. A pandemia tem sido um aprendizado para todos, sobre o qual, a cada dia, vivenciamos fatos novos, exigindo constante atualização dos conhecimentos para um adequado enfrentamento desta grave situação.”
Sanção será publicada no Diário Oficial da União de amanhã
O presidente Jair Bolsonaro sancionou o Projeto de Lei 848/2020, que determina que receitas médicas ou odontológicas sujeitas a prescrição e de uso contínuo tenham prazo de validade indeterminado. O projeto foi originário da Câmara dos Deputados e foi aprovado no Senado no início de julho. A sanção será publicada no Diário Oficial da União de amanhã (28).
As regras valem para o período da pandemia no país e não incluem medicamentos de uso controlado, como tarja preta e antibióticos. Bolsonaro vetou um trecho do projeto que autorizava a retirada do medicamento por terceiros, sem a presença do titular da receita, com a apresentação de uma declaração.
Na justificativa para o veto, a Secretaria-Geral da Presidência da República explicou que “o dispositivo cria uma exigência que poderá vir a ser estendida a todos os casos e, por consequência, burocratizar o atendimento nas farmácias”.