A cor está presente em tudo, inimaginável um mundo sem cor, na natureza, no vestuário, na alimentação, nos medicamentos, na higiene, na decoração, na literatura, e por aí vai, elas são essenciais, fazem parte da vida e das tarefas cotidianas.
Conhecer as cores torna as pessoas independentes e capacitadas a fazerem suas próprias escolhas, uma vez que um deficiente visual não consegue fazer a identificação da cor, ele está excluído da sociedade e dependente de terceiros.
Pensando nisso, a see color, muito fácil e prática, foi criada para dar autonomia, inclusão e contribuir para a educação das pessoas com deficiência visual, provocando uma mudança social no comportamento e a evolução do ser humano.
O que é o método
Assim como o braille, o ALTO RELEVO, é utilizado para se fazer a leitura do método que é extremamente fácil, constituído apenas de UM PONTO sempre na posição central e DUAS LINHAS, UMA LINHA EM DIVERSAS ANGULAÇÕES, como ponteiros de relógio, que formam a variação das 105 cores que compõem a linguagem e a OUTRA LINHA ESTÁTICA NA HORIZONTAL ABAIXO. Ler esses símbolos permitem a este público a possibilidade de eles “entenderem” as cores e terem uma melhor compreensão do mundo ao seu redor.
Como aprender a See color
O primeiro método para o aprendizado da linguagem, foi o de dois triângulos cromáticos em madeira. Um maior com as três cores primárias nas extremidades: vermelho, azul e amarelo e outro menor com as três cores secundárias: lilás, verde e laranja. Uma haste com as cores neutras preto e branco, compõem o “KIT PEDAGÓGICO see color” para o aprendizado da leitura correta da linguagem.
Os dois triângulos montados sobrepostos formando uma estrela de seis pontas e a haste, cruzando de um lado a outro, permitem o entendimento das cores, porque é aí que se cria a linguagem.
Quando, numa imagem mental, coloca-se um ponto ao centro dessa estrela, mantém-se uma das linhas estática na base, enquanto as outras linhas, como ponteiros de relógios, apontam para as extremidades onde se encontram as cores primárias e secundárias. A linha estática são as cores neutras.
Uma vez tendo-se conhecimento do see color que é extremamente fácil e apresenta uma nuance de 105 cores, basta aplicá-lo em objetos diversos de sua preferência, desde uma pílula até um carro, por exemplo. Outros métodos de aprendizado são: See Clock, See Game, Moldes vazados, Site
(www.seecolor.com.br), Redes Sociais, APP.
História
O projeto foi orientado pelos professores Dr. Ramón Sigifredo Cortés Paredes, Dra. Maria Lúcia Leite Ribeiro Okimoto e Dr. Milton José Cinelli.
E a hoje a Dra. Sandra Wt. Marchi, do curso de Pós-graduação de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Paraná (UFPR), criou o see color, um método de toque que oferece aos deficientes visuais a possibilidade de eles “entenderem” as cores, exatamente como tese para adquirir esse título.
Sobre a autora
Graduada em Artes Plásticas pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Sandra veio para a capital paranaense para fazer mestrado e doutorado e se aprofundar nos estudos sobre as cores. “Em Curitiba eu comecei a pesquisar sobre Tecnologia Assistiva, que é aquela que contribui para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e, consequentemente, promover vida independente e inclusão”, conta.
O primeiro sistema que veio à mente foi o braille, sendo a principal linguagem tátil utilizada pelos cegos. Segundo Sandra, o problema, no entanto, é que essa linguagem é bastante extensa. Para escrever ‘amarelo’ em braille na etiqueta de uma roupa, por exemplo, fica muito longo. “Eu percebi que teria que ser algo tátil, fácil de memorização e com dimensões bem pequenas. Vi que já existiam tentativas pelo mundo de se criar códigos para cores, mas que não foram eficazes. Desta forma, a ideia era criar algo pequeno, mas que fosse perceptível ao tato, para que pudesse estar em qualquer objeto, do menor ao maior, e que o cego pudesse compreender facilmente”.
fonte https://revistareacao.com.br/see-color-linguagem-tatil-das-cores-para-cegos-e-deficientes-visuais/Postado por Antônio Brito
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